sexta-feira, 29 de junho de 2018

A tentação de ser poderoso

O poder pode assumir muitas formas: dinheiro, contatos, fama, capacidade intelectual, aptidões humanas e outros itens que são originários lá daquela proposta começada lá no Éden, lembram? Tudo isto são formas de alcançar um certo sentido de segurança e de controle, e de reforçar a ilusão de que poderemos dispor da vida à nossa vontade. Henri Nouwen, um homem que aprendeu a lidar bem com a fama e o poder disse: O poder cobiça sempre um poder maior, precisamente por ser uma ilusão. Apesar da nossa experiência de que o poder não nos transmite a sensação de segurança que desejamos, revelando, pelo contrário, as nossas próprias debilidades e limitações, continuamos a convencer-nos a nós mesmos de que um poder maior acabará por satisfazer as nossas necessidades. 
Ilusão enorme é essa do poder. Porque ele vem e vai embora muito rápido. Eu conheci uma pessoa muito rica, muito conhecida na sociedade. Ela de repente, num processo meteórico, perdeu tudo. E ao ouvir essa pessoa relatando sua história, percebi claramente que o poder e o sucesso são muito solitários. Eles acabam deixando a gente lá no canto escuro da alma. Por isso, Jesus nos convida a buscar a vida simples, a vida de contemplação, porque que aproveita há em ganhar o mundo inteiro, ganhar fama, sucesso e poder e não ter o essencial na vida que é a vida eterna? 
O sucesso nos consome e nos deixa no caos da ganancia de querer ter e ter cada vez mais. A graça de buscar Deus nos deixa mais cheio do ser. Trabalhamos mais o significado da vida que é andar a cada dia em comunhão com Deus e com sua Palavra. De novo, Henri Nouwen afirmou: O mistério do nosso ministério é sermos chamados a servir, não com o nosso poder, mas com a nossa impotência. Na nossa impotência e insignificância aprendemos que o valor da vida é andar com Deus, celebra-lo em nosso coração. Que tenhamos essa graça e privilégio pela graça divina. (Alcindo Almeida)

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