Texto para reflexão I Tess. 5.13-17
Há um livro muito precioso de Henri Nouwen chamado Viver é ser amado. E ele nos chama a atenção para uma frase
importante: "A vida é uma oportunidade dada por Deus para nos tornarmos quem somos,
para afirmarmos a nossa própria e autêntica natureza espiritual. Aquele que nos
criou deseja nossa resposta ao amor que ele mesmo nos deu. O dom mais precioso
que podemos ter é amarmos e ser amados".
Fico pensando que a
Bíblia nos traz dicas importantes e extremamente preciosas sobre o ponto básico
para vivermos bem, para deixarmos legados e algo de essencial na vida que é exatamente
a arte de amar. E a maneira de deixarmos legado é amarmos e sermos amados pelos
outros. Olhando para o texto sagrado de I Tessalonicenses 5.13-17 percebemos que Paulo trabalha realidades
excelentes para que sejamos pessoas melhores em termos de relacionamentos e
assim sirvamos mais como gente que anda com Deus.
Vejamos as dicas
para vivermos bem:
1.
Vivamos em paz com todos que estão
próximos de nós:
Paulo diz: Vivam em paz uns com os outros.
Hoje vemos que a maioria das pessoas
perdeu a paciência nos mínimos detalhes. Há brigas terríveis no trânsito por
causa de uma fechada, que dirá nas grandes questões da vida. Precisamos olhar
para as pessoas e viver em paz com elas. A paz gera tranquilidade e harmonia em
todos os processos da vida. A paz diz não para a guerra e para a revanche entre
pessoas.
Anselm Grun no livro Abra seu coração para o amor diz: “O ser humano aspira por
amor verdadeiro, por um amor que não fira e nem destrua, mas que vivifique e
enobreça; que não controle e aprisione, mas liberte e abra um espaço para a
vida. Na verdade, o ser humano aspira ser amado incondicionalmente em tudo
o que é. Ele aspira por um amor que lhe permita viver autenticamente em
liberdade".
2.
Exortemos com amor os que são faltosos:
Paulo diz: Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os
ociosos. Não que
sejamos melhores do que ninguém, mas a prática deve ser mútua. Quando um amigo
erra, precisamos trabalhar a correção em amor. E quando errarmos também devemos
ser admoestados e ensinados naquilo que devemos melhorar.
Quem disse que um executivo na empresa
não pode ser ensinado pelo seu subordinado? Quem disse que o mestre não pode
receber dica do aluno? Quem disse que um filho não pode ensinar algo para o seu
pai? A humildade é algo essencial para sermos lapidados através da exortação e
correção.
3.
Consolemos os desanimados:
Paulo diz: Consolem os desanimados.
Há tanta gente precisando só de uma
palavra: Deus está com você! Não desista
da vida! Como precisamos ter um coração disposto para consolar pessoas,
ouvir pessoas e abraçar pessoas. As pessoas sofrem e precisam de um ombro
amigo. Pensemos sobre isso e nos preocupemos mais com quem precisa de uma
palavra amiga de motivação e ânimo.
4.
Amparemos sempre os fracos:
Paulo diz: Auxiliem os fracos.
Convivemos com pessoas que passam por
lutas e algumas são fracas, não conseguem andar sozinhas e precisam de ajuda. Henri Nouwen diz que hoje é triste constatar como,
num mundo altamente competitivo e ávido de sucesso. Nesse mundo nós perdemos o
contato com a alegria de dar. Com frequência vivemos até como se a nossa
felicidade dependesse de ter. Mas, o que acontece é que não conhecemos ninguém que
seja realmente feliz pelo que tem. A alegria autêntica, a felicidade e a paz
interior, provêm da capacidade de nos doarmos para os outros. Uma vida feliz é
uma vida dedicada pelo outros.
Então quando amparamos os outros que estão fracos,
somos agraciados com a dádiva do cuidado para com o próximo. Thomas Merton no seu
livro Amor e vida disse algo sério: “O amor é o nosso verdadeiro
destino. Não encontramos o sentido da vida sozinho — nós o encontramos com o
próximo. Não descobrimos o segredo de nossa vida apenas pelo estudo e pelo
cálculo em nossa meditação isolada. O sentido de nossa vida é um segredo que
nos tem de ser revelado no amor, por aquele que amamos”.
5.
Sejamos pacientes com todos:
Paulo diz: Sejam pacientes para com todos.
Quantas vezes não temos paciência com
pessoas. Nem queremos ouvi-las. O convite é para ter um ânimo longo em relação às
pessoas. Isso exige a prática da bondade para com aqueles que precisam de
atenção. Aqueles que têm dilemas complicados para se resolver e isso demanda gente
que escute e que dá atenção para outros.
O convite de Paulo é que tenhamos a
graça em nós de olharmos com essa forma de paciência para com as pessoas com um
ânimo longo.
6.
Sigamos o bem sempre:
Paulo diz: Tenham cuidado para que ninguém retribua o mal
com o mal, mas sejam sempre bondosos uns para com os outros e para com todos.
Às vezes, é bem complicado praticar o
bem, mas esse é o propósito do Eterno em todos os processos da nossa vida. Agostinho afirmou algo precioso demais: "Pouco importa quanto fazes,
o que importa é quanto amas".
Precisamos praticar o bem para com as pessoas que
nos cercam, precisamos amar gente, andar realizando o bem. Quando olhamos para
o nosso mestre Jesus, percebemos que o texto sagrado se refere a ele assim: Ele tudo faz bem! Não é por acaso que o
idealizador de um lar para deficientes chamado Jean Vanier disse: "A humanidade precisa voltar
para este Deus humilde e amoroso, que é todo coração. Ela precisa redescobrir a
mensagem da suavidade, da ternura, da não violência e do perdão, para
redescobrir a beleza do nosso universo, da matéria, de nosso próprio corpo e de
toda a vida. Esse caminho de redescoberta vai ser uma luta, mas uma luta que
vale a pena".
7.
Alegremo-nos sempre com a vida:
Paulo diz: Alegrem-se sempre.
O texto é rico demais porque na sequência
fala de dar graças em tudo na vida porque é a vontade do Eterno. Quando nos
alegramos em tudo o que Deus faz, possuímos um coração alegre e dependente. A alegria traz vida longa, ela renova os ambientes em
que vivemos, ela brota saúde no coração da gente.
8.
Oremos sempre:
Paulo diz: Orem continuamente.
É preciso parar e nos acalmar, devemos parar de
correr e correr tanto. Precisamos fugir um pouco da agitação. Precisamos permanecer
parados para nos encontrar com Deus. O coração precisa de alimento para alma e ele
vem através da oração. Quando
oramos, voltamos nosso coração para o espiritual, para a comunhão com o
criador. Orar
abre o nosso coração para receber. Orar refresca nossa memória para perceber
Deus em nosso interior. Orar admite nossa dependência total do Pai.
Que ele nos dê graça para praticarmos
esses ensinos em nome de Jesus!
Pr. Alcindo Almeida – membro da equipe
pastoral de Alphaville.
Nenhum comentário:
Postar um comentário