quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

José é um ramo frutífero


Terminei agora o livro de Gênesis. Eu li os capítulos 48 a 50. Eu fiquei meditando mais um pouco na vida desse homem de Deus chamado José. Vejam a bênção do velho Jacó para o seu filho amado: José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto a uma fonte; seus raminhos se estendem sobre o muro. Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e perseguiram, mas o seu arco permaneceu firme, e os seus braços foram fortalecidos pelas mãos do Poderoso de Jacó, o Pastor, o Rochedo de Israel, pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoara, com bênçãos dos céus em cima, com bênçãos do abismo que jaz embaixo, com bênçãos dos seios e da madre. As bênçãos de teu pai excedem as bênçãos dos montes eternos, as coisas desejadas dos eternos outeiros; sejam elas sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça daquele que foi separado de seus irmãos (Gênesis 49:22-26).
José foi um ramo frutífero em todas as áreas da sua vida. Com a família perdoando aos seus irmãos. Na moral dizendo não para a proposta indecente da mulher de Potifar. Na relação com Deus mesmo no meio dos buracos em que foi jogado. No tratamento com a fé sem nunca vacilar. Na administração da sabedoria que Deus lhe deu. Na humildade em não prevalecer com os dons dados pelo Eterno. Nas finanças sendo sempre fiel com os bens dos outros. 
Jacó disse que ss flecheiros lhe deram amargura e o flecharam e perseguiram, mas o seu arco permaneceu firme e os seus braços foram fortalecidos pelas mãos do Poderoso de Jacó. De fato, ele foi mesmo porque devolveu amargura com amor, graça, perdão e tratamento vip para aqueles que jogaram ele num buraco por pura inveja e orgulho. Ele abençoou os seus irmãos dando comida, casa e o melhor da terra do Egito. Porque ele entendia que as bênçãos vinham dos céus dadas pelo Deus Eterno para os seus familiares e todos os demais homens que foram colocados nas mãos de José.
A vida de José é diferenciada porque ele tinha temor diante do Senhor todos os dias. Mesmo sendo humilhado de maneira terrível, ele permaneceu fiel aos seus princípios aprendidos com os seus pais. Ele é um modelo profundo demais para a nossa cminhada com o Eterno. modelo de ramo frutífero que ama ao Senhor sobre todas as coisas.
Que o Eterno nos faça homens e mulheres como José!
 
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Alcindo Almeida

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A história profunda de José

Lendo a história profunda de José percebo algumas atitudes extraordinárias dele:  
  • Ele não perde a sua fidelidade diante do seu Deus.
  • Ele não abre mão do seu compromisso com Deus.
  • Ele não permite que a rejeição mude o foco do coração dele.
  • José possui uma força e esta é a grande diferença nele.
  • Ele não se enfraqueceu diante das muitas perseguições e dificuldades da vida, mas o seu arco permaneceu firme e os seus braços se tornaram ativos.
  • Ele entregou o seu coração ao Senhor. Ele confiou no seu Deus mesmo no meio de momentos de terrível solidão e abandono.
  • A fé de José não vacila.
  • Sua obediência é sempre estrita e rápida.
  • Ele aprendeu pouco a pouco que os planos sobrenaturais têm uma coerência divina.
  • Nas diversas circunstâncias de sua vida, o Patriarca não renuncia a pensar nem desiste da sua responsabilidade.
  • José abandonou-se sem reservas nas mãos de Deus.

Obrigado pela música de Stênio Március

Obrigado pela música melhor sofrer perto dos sons
Do que celebrar calado silêncio é nobre mas vazio.
Obrigado pela música suavizou os temporais
Tornou os dias leves e redobrou as alegrias.

Obrigado pela música
Nela a alma pode saciar
Esta sede que só vai parar
Se te adoro ó Deus com música.

Obrigado pela música não me deixou perdido e só
E até os desencontros foi colo certo e ombro amigo
Obrigado pela música que me ajudou a amar demais
Nos berços e varandas os filhos embalei e as esperanças.

Obrigado pela música
Nela a alma pode saciar
Esta sede que só vai parar
Se te adoro ó Deus com música.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Os paradoxos no Natal

Que loucura! Um Deus de fraldas deitado numa cocheira é um absurdo completo para a minha mente metida a racional. O Criador do universo vestindo o manequim de um bebê torna-se um contra senso universal. Mas, a verdade nua é que Deus se encarnou num neném pelado e veio habitar humildemente como homem entre os homens soberbos.
Deus, agora, tem um endereço insignificante numa biboca qualquer deste mundo cheia de pedras, espinhos e cardos. Há um Salvador para a arrogância humana, dormindo sossegadamente numa estrebaria, sem qualquer visibilidade pública. O Deus encolhido, o Deus nenê desceu do céu para expandir o amor na terra dos ensimesmados. Parece que esse Deus infantil gosta mesmo e muito de gente topetuda e suja de barro.
O nascimento de Deus na raça de Adão é o paradoxo dos paradoxos. Mas, também, é a maior demonstração de afeto por uma espécie saturada de autossuficiência. Como é grandioso ver o Deus Soberano e Onipotente se importar profundamente com gente que não vê qualquer importância nele! Gente obesa de si mesma!
Vejo em Jesus de Nazaré a assinatura humana de Deus num título de resgate de uma conta im-pagável de presunção desta pseudo independência. Vejo nele o preço da redenção, sem pechincha nem descontos, para uma turma altiva que se acha acima do panteão, e que prefere construir a sua lamentável história à custa da demolição do planeta azul.
Quero, nesta pequena reflexão, fora de época, já que Cristo Jesus, com certeza, não nasceu no mês de dezembro, desejar que você perceba o Natal, não como uma festa de alguns presentes, mas, como a Festa de Alguém, muito especial, presente nas vidas dos indignos que o recebem, fazendo a diferença nos corações dos indiferentes.
Feliz Natal é uma pobre frase sem sentido, criada pelos admiradores de “ho, ho, ho”. Embora, feliz será sempre aquele que celebrar o Natal, 365 dias por ano. Curta, com alegria, este ano 2012 com Cristo habitando no seu casebre de barro. Ele mesmo financiará o seu contentamento a cada dia, apesar das tribulações. O Criador veio para ser submisso à criatura, e, deste modo, fazer o maior milagre na terra: conceder à cria orgulhosa a condição de depender do Criador, que se acocorou com uma bacia e uma toalha, a fim de lavar os pés de uma “turminha” soberba ao extremo, indo até a cruz para libertar os que se acham “super deuses”.
No amor da Casa do Pão. (De Belém, ao monte do Calvário, você será saciado em sua fome de significado neste banquete diário de Amor incondicional).

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Glenio Paranaguá e família

Desejo um ano de 2012 na graça e paz do Eterno

Desejo um ano de 2012 na graça e paz do Eterno para todos que curtem meu Blog. Se o Eterno permtir em 2012 estaremos com novas mensagens, dicas de leitura, filmes, fotos e eventos importantes.
Um grande abraço,

Alcindo Almeida

Uma oração no Natal

Senhor Jesus, louvado seja o teu nome porque tu és o nosso pão vivo que desceu do céu! O pão que trouxe redenção! O pão que alimenta a nossa alma. O pão que traz o resgate do céu para pecadores! Bendito seja o nome do Redentor divino!

Marco Fabossi diz

"Mais importante que conhecer as dimensões do ser humano é entender que a espiritualidade é o eixo principal e o centro da nossa vida e que todas as outras dimensões giram ao seu redor, conectadas a ela".

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Terminei o livro Redenção graciosa

Q beleza gente!!! Tô realizado porque terminei o livro: Redenção graciosa. Série Intimidade com a Palavra - Livro de Romanos. Agora é mais um da série no NT com Filipenses, Efésios e Tiago. Começo a trabalhar agora em I e II Timóteo.

O domingo Pop dos evangélicos

Diante do domingo Pop dos evangélicos, creio q fica o alerta e preocupação nossa em melhorar cada vez mais nossa vida cristã. No sentido de sermos exemplos de caráter, fé sincera, honestidade nos negócios e amor sincero. Isso no modo maisd prática para que as pessoas vejam q o nosso diferencial não está na música e, sim, na vida de intimidade com o Eterno Deus. Lembro-me de Eliseu que era chamado homem de Deus. E com ele tantos outros como Abraão que foi chamado pelos filhos de Hete como príncipe de Deus.
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Pr. Alcindo

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Andando com o Eterno todos os dias

Hoje fui edificado demais com o texto de Gn. 5.21: Andou Enoque com Deus.....Aos sessenta e cinco anos, Enoque gerou Matusalém. Depois que gerou Matusalém, Enoque andou com Deus trezentos anos e gerou outros filhos e filhas. Viveu ao todo trezentos e sessenta e cinco anos.
Enoque andou com Deus e já não foi encontrado, pois Deus o havia arrebatado. Ele teve uma vida profunda e de significado também profundo. Ele viveu como luz diante dos homens da sua época. Ele foi alguém que inspirava esperança, um verdadeiro raio de esperança em meio às trevas do pecado porque neste capítulo só há tristeza por causa da situação horrível de pecado em que se encontra a terra. Ele, ao contrário, é uma pessoa diferente nas ações e no coração.
O texto mostra para nós que Enoque voltou a andar com Deus, mesmo estando fora do jardim, como Adão e Eva. Acredito seriamente que essa é a arte espiritual para todos nós: andar com o Eterno todos os dias mesmo no meio da desonestidade, mesmo no meio da violência, das separações infantis de casais. Mesmo no meio da lei da vantagem em tudo por causa do egoísmo e da soberba. Essa é a arte espiritual de andar com o Eterno todos os dias refletindo minimamente o caráter de Jesus de Nazaré!

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Alcindo Almeida

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O céu não é a questão

Não há acordo na Igreja hoje em dia sobre o que acontece com as pessoas quando morrem, embora o Novo Testamento seja claro sobre o assunto. Paulo fala da “redenção do nosso corpo” em Romanos 8.23. Não há espaço para dúvidas sobre o que ele quer dizer: ao povo de Deus é prometido um novo tipo de existência corporal, a completude e redenção da nossa vida corporal presente. O resto dos primeiros escritos cristãos, onde este assunto é abordado, estão em completa sintonia com isto.
O quadro tradicional de pessoas que vão para o céu ou para o inferno como uma jornada pós-morte, com um estágio de duração, representa uma séria distorção e diminuição da esperança cristã. A ressurreição do corpo não é nada diferente desta esperança – é o elemento que dá forma e significado ao resto da história dos últimos propósitos de Deus. Se resumida, como muitos têm feito, ou até deixada de lado, como outros fizeram explicitamente, perde-se esta visão extra, uma espécie de “peça central” da fé, que a faz funcionar. Quando falamos com precisão bíblica sobre a ressurreição, descobrimos uma base excelente para um trabalho cristão criativo e vivo no mundo presente, e não, como alguns supõem, mero escape ou devoção sacrificial.
Enquanto o paganismo greco-romano e o judaísmo possuíam uma grande variedade de crenças sobre vida após a morte, os primeiros cristãos, a começar por Paulo, eram memoravelmente unânimes acerca do tema. Quando Paulo fala, em Filipenses 3, sobre a “cidadania dos céus”, o apóstolo não quer dizer que vamos nos aposentar na eternidade após terminar nosso trabalho aqui. Ele diz na linha seguinte que Jesus virá dos céus para transformar nossos corpos humilhados do presente em um corpo glorioso como o seu. O Senhor fará isto através do seu poder, já que tudo está sob o seu domínio. Esta declaração contém, em suma, mais ou menos o que Paulo pensa sobre o assunto. Jesus ressurreto é tanto o modelo para o corpo futuro dos cristãos como a forma pela qual este corpo chegará.
O corpo ressurreto de Jesus, que para nós é quase inimaginável neste momento em toda a sua glória e poder, será o modelo para o nosso próprio corpo. Mas a passagem mais clara e forte é a de Romanos 8.9-11. Se o Espírito de Deus habita em alguém, então aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos dará vida a seu corpo mortal. Outros escritores do Novo Testamento apóiam essa idéia. A primeira carta de João declara que, quando Jesus aparecer, seus servos se tornarão como ele, pois o verão como é. Cristo reafirma a ampla expectativa dos judeus sobre a ressurreição no último dia e anuncia que a hora já havia chegado: “Eu lhes afirmo que está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão”. De outra feita, garante: “Não fiquem admirados com isso, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão – os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados”.
É claro que haverá uma futura completude envolvendo a última ressurreição. A compreensão teológica em Lucas não deixa dúvidas, sobretudo no que se refere à passagem do ladrão da cruz – aquele que ouviu do Salvador as seguintes palavras: “Hoje, estarás comigo no paraíso”. Lucas deve ter compreendido tal afirmação como uma referência a estar na eternidade. Com Jesus, a esperança futura chega ao presente. Para aqueles que morrerem na fé, antes do acordar final, a promessa central é estar com Jesus de uma vez. “Meu desejo é partir e estar com Cristo, o que é muito melhor”, disse Paulo.
Aqui precisamos discutir o que Jesus quer dizer quando declara que “há muitas moradas” na casa de seu Pai. Tal descrição tem sido muito utilizada, não só no contexto de perdas para dizer que os mortos (ou pelo menos os cristãos que partem) simplesmente irão para o céu permanentemente, ao invés de serem ressuscitados subsequentemente para uma nova vida corpórea. Mas a palavra “moradas” – monai –, é regularmente usada no grego antigo não para designar um lugar de descanso final, mas para um local temporário, em uma jornada que levará a outro lugar no final. Isto se encaixa às palavras de Jesus para o criminoso na cruz: “Hoje você estará comigo no paraíso”. Apesar de uma longa tradição de erros na leitura, “paraíso”, aqui, não significa o destino final, mas um jardim, uma terra de descanso e tranqüilidade, onde os mortos encontram refrigério enquanto esperam pelo fim do novo dia.
A questão principal da frase está no aparente contraste entre o pedido do criminoso e a resposta de Jesus: “Lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”, o que significaria que isso seria num tempo distante no futuro. Contudo, a resposta de Jesus traz a esperança futura para o presente, significando que com a sua morte, o Reino de Deus é chegado, apesar de não parecer nada com aquilo que as pessoas imaginavam. Tal certeza é sintetizada na sua célebre frase: “Hoje você estará comigo no paraíso”.
A ressurreição então aparecerá com o significado da palavra no mundo antigo, quando não era uma forma de falar sobre a vida depois da morte. Era uma forma de referir-se sobre uma nova vida do corpo após quaisquer estados de existência as pessoas entrariam com a morte. Era, em outras palavras, a vida após a vida após a morte. O que dizer então sobre passagens como I Pedro 1, que fala sobre a salvação que está “guardada nos céus”, para que no presente creia que receberá “a salvação de suas almas”? O Cristianismo ocidental nos dirige em uma direção equivocada. A maioria dos Cristãos hoje, ao ler uma passagem como esta, assume que o significado seja que o céu é aonde você vai para receber esta salvação, ou até, que a salvação consiste em “ir para o céu quando você morre”.
A forma como agora compreendemos a linguagem no mundo ocidental é completamente diferente do que Jesus e seus ouvintes compreendiam e significavam. Para começar, o céu é na realidade uma forma reverente de falar sobre Deus, portanto as “riquezas do céu” significam simplesmente “as riquezas da presença de Deus”. Mas, por derivação deste primeiro significado, o céu é o lugar onde os propósitos de Deus para o futuro estão armazenados. Não significa o local onde eles devem ficar e, portanto, você deve ir até lá para aproveitá-los. É onde estão guardados até o dia em que se tornarão realidade na terra. A herança futura de Deus, o novo mundo incorruptível e os novos corpos que habitarão o mundo novo, já estão guardados, esperando por nós, para que apareçam no novo céu e nova terra.

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N. T. Wright

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Natal o ano inteiro

E vendo a estrela, a alegria deles foi imensa! Entrando na casa onde estavam o menino e Maria, sua mãe, eles se ajoelharam diante dele, para adorá-lo e lhe deram presentes (Evangelho de Mateus 2.10 e 11).

Estamos em um tempo bastante especial no calendário cristão – é tempo de Natal.
Mesmo para aqueles que não compreendem o seu verdadeiro sentido, e que vão sendo envolvidos pela cultura do consumo, que, usando de todas as armas possíveis, produzem uma miscelânea de figuras e símbolos que só dificultam a compreensão desse momento, ele traz-nos uma oportunidade de reflexão.
Se, para alguns, pode representar um tempo fútil e sem sentido, para aqueles que compreendem o que celebramos nesse momento, é um tempo especial, sim.
Gosto da recomendação de Paulo, quando ele diz: “Receber o que Deus fez por vocês é o melhor que podem fazer por Ele. Não se ajustem demais à sua cultura, a ponto de não poderem pensar mais. Em vez disso, concentrem a atenção em Deus. Vocês serão mudados de dentro para fora. Descubram o que Ele quer de vocês e tratem de atendê-lo. Diferentemente da cultura dominante, que sempre os arrasta para baixo, ao nível da imaturidade, Deus extrai o melhor de vocês e desenvolve em vocês uma verdadeira maturidade” (Rm 12:1 e 2–texto de “A Mensagem” de Eugene Peterson).
Também percebemos nesse tempo o desejo e o costume de trocas de presentes, o que acontece no ambiente familiar e mesmo profissional. São celebrações em família, ao redor de uma mesa farta (pelo menos para alguns) e uma bonita árvore (também para alguns) que essa troca de presentes acontece.
Mas, você já pensou em dar alguma coisa todos os dias do ano até chegar o Natal? Esses presentes diários poderiam ser chamados de “projetos natalinos”. Um por dia, todos os dias, até o Natal.
Você já imaginou isso? Pense como seria divertido poder dizer “Feliz Natal” em Julho!
Charles Swindoll fez essa sugestão em um livro de meditações diárias publicado em 2000 (“Day by Day”). Tomo a liberdade de transcrever abaixo algumas sugestões que fez, para sua reflexão:

Ø “Acabe com uma briga.
Ø Procure um amigo que ficou esquecido.
Ø Escreva um longo e atrasado bilhete de amor.
Ø Abrace alguém apertado e sussurre: “Amo muito você”.
Ø Perdoe um inimigo.
Ø Seja amável e paciente com alguém irritado.
Ø Alegre o coração de uma criança.
Ø Encontre tempo para cumprir uma promessa.
Ø Faça ou cozinhe alguma coisa para alguém... anonimamente.
Ø Afaste um ressentimento do seu coração.
Ø Escute.
Ø Fale bondosamente com um estranho.
Ø Participe da dor e da tristeza de alguém.
Ø Sorria.
Ø Ria um pouco.
Ø Ria mais um pouco.
Ø Vá passear com um amigo.
Ø Diminua suas exigências sobre outros.
Ø Ouça uma música agradável durante o jantar.
Ø Peça desculpas se estiver errado.
Ø Desligue a televisão e converse.
Ø Pague um sorvete para alguém.
Ø Lave a louça da família.
Ø Ore por alguém que tenha ajudado em seu sofrimento.
Ø Prepare o café na manhã de domingo.
Ø Dê uma resposta branda mesmo se estiver aborrecido.
Ø Encoraje uma pessoa mais velha”.
Ø Gostaria de acrescentar algumas sugestões:
Ø Ofereça-se como voluntário numa ação.
Ø Dê palavras de incentivo a um casal em conflito.
Ø Dê suporte a um adolescente ou jovem em atrito com seus pais.
Ø Visite alguém em um hospital.
Ø Mostre gratidão a alguém que lhe ajudou em algum momento.
Ø Demonstre amor através de uma atitude concreta.
Ø Identifique uma necessidade de sua família e disponha-se a esse favor.
Ø Veja uma dificuldade como uma oportunidade – apresente-se!
Ø Priorize um tempo com sua família.
Ø Surpreenda sua esposa (o).
Ø Reconheça humildemente sua deficiência.
Ø Demonstre graça a alguém (graça – tratar o outro como ele não merece).
Ø Reveja uma decisão tomada equivocamente.
Ø Aprenda observando o erro de alguém. “Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida”. (Platão)
Ø Escolha algo em você e disponha-se a mudar.
Ø Faça um compromisso de amor.

É interessante perceber que quando você se dá, o presente nunca precisa ser devolvido. Creio que oferecemos uma lista bastante expressiva que pode fazer diferença em sua vida e na vida de pessoas que você ama.
Reflita! Acerte suas prioridades! A mensagem do Natal nos dá conta de que o amor não precisa de um ambiente perfeito para ser manifestado – Jesus nasceu numa estrebaria.
Também nos diz que o amor não precisa de circunstancias ideais para se fazer presente – as tensões de Maria, a apreensão de José ou o momento de insegurança de um rei (Herodes) não inibiram a manifestação do amor de Deus revelado através do nascimento de Jesus.
Demonstre amor! Ofereça o seu amor como o melhor presente!
Receba de Deus o maior e melhor presente – JESUS!
Que Deus o abençoe rica e abundantemente o seu Natal,
Em Cristo,

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Rev. Hilder C Stutz

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Disciplinas Espirituais por D. A. Carson

Há quase duas décadas, escrevi um artigo intitulado "Quando a espiritualidade é espiritual? Reflexões Sobre Alguns Problemas de Definição". Aqui, eu gostaria de analisar um aspecto deste tema.
A estrutura mais ampla da discussão precisa ser lembrada. "Espiritual" e "espiritualidade" se tornaram palavras notoriamente indistintas. No uso comum, elas quase sempre têm conotações positivas, mas raramente o significado delas se encaixa na esfera do uso bíblico. Pessoas acham que são "espirituais" porque têm certas sensibilidades estéticas, ou porque sentem algum tipo de conexão mística com a natureza, ou porque adotam uma versão altamente personalizada de uma das muitas religiões. (Mas "religião" tende a ser uma palavra de conotações negativas, enquanto "espiritualidade" tem conotações positivas.)
No entanto, nos termos da nova aliança, a única pessoa "espiritual" é aquela que tem o Espírito Santo, derramado sobre indivíduos na regeneração. A alternativa, na terminologia de Paulo, é ser "natural" – meramente humano – e não "espiritual" (1 Co 2.14). Para o cristão cujo vocabulário e conceitos sobre este tema são moldados pelas Escrituras, somente o cristão é espiritual. E, por uma extensão óbvia, aqueles cristãos que mostram virtudes cristãs são espirituais, porque essas virtudes são fruto do Espírito. Aqueles que são meras "crianças em Cristo" (1 Co 3.1), se estão verdadeiramente em Cristo, são espirituais, porque são habitados pelo Espírito, mas sua vida pode deixar muito a desejar. Apesar disso, o Novo Testamento não designa os cristãos imaturos como não espirituais, como se a categoria "espirituais" fosse reservada apenas para os mais maduros, a elite dos eleitos. Isso é um erro muito comum da tradição de espiritualidade da Igreja Católica Romana. Nesta, a vida espiritual e as tradições espirituais estão frequentemente ligadas com fiéis que desejam ir além do que é comum. Essa vida "espiritual" é muitas vezes ligada com ascetismo e, às vezes, com misticismo, ordens de freiras e monges e uma variedade de técnicas que vão além do cristão comum.
Devido ao amplo uso das palavras da família de "espiritual", muito além do Novo Testamento, a linguagem de "disciplinas espirituais" tem se estendido, igualmente, a arenas que tendem a deixar preocupados aqueles que amam o evangelho. Em nossos dias, as disciplinas espirituais podem incluir leitura da Bíblia, meditação, adoração, doar dinheiro, jejuar, solidão, comunhão, obras de beneficência, evangelização, dar esmolas, cuidado da criação, escrever diários, obra missionária e mais. Pode incluir votos de celibato, autoflagelação e cantar mantras. No uso popular, algumas dessas supostas disciplinas espirituais são totalmente divorciadas de qualquer doutrina específica, cristã ou não. Elas são apenas uma questão de técnica. Essa é a razão por que, às vezes, as pessoas dizem: "Quanto à sua doutrina, comprometa-se, por todos os meios, com as confissões evangélicas. Mas, no que diz respeito às disciplinas espirituais, volte-se para o catolicismo ou, talvez, para o budismo". O que é universalmente admitido pela expressão "disciplina espiritual" é que essas disciplinas têm o propósito de aumentar a nossa espiritualidade.
No entanto, à luz da perspectiva cristã, não é possível alguém aumentar sua espiritualidade sem possuir o Espírito Santo e submeter-se à sua instrução e ao seu poder transformadores. As técnicas nunca são neutras. Estão sempre carregadas de pressuposições teológicas, frequentemente não reconhecidas.
Como devemos avaliar essa maneira popular de abordar as disciplinas espirituais? O que devemos pensar sobre as disciplinas espirituais e sua conexão com a espiritualidade definida pelas Escrituras? Algumas reflexões introdutórias:

(1) A busca do conhecimento direto e místico de Deus não é sancionado pelas Escrituras; é, também, perigoso em várias maneiras. Não importa se esta busca é realizada, digamos, no budismo (embora budistas instruídos provavelmente não falem sobre "conhecimento direto e místico de Deus" – as duas últimas palavras talvez precisem ser omitidas) ou na tradição católica, à maneira de Julian de Norwich. Nenhum desses exemplos reconhece que nosso acesso ao conhecimento do Deus vivo é mediado exclusivamente por Cristo, cuja morte e ressurreição nos reconciliam com o Deus vivo. Buscar o conhecimento direto e místico de Deus é anunciar que a pessoa de Cristo e sua obra sacrificial em nosso favor não são necessárias para o conhecimento de Deus. Infelizmente, é fácil alguém deleitar-se em experiências místicas, prazerosas e desafiadoras em si mesmas, sem conhecer nada do poder regenerador de Deus, alicerçado na obra da cruz de Cristo.

(2) Devemos perguntar o que nos garante incluir algum item numa lista de disciplinas espirituais. Para os cristãos que têm algum senso da função reguladora das Escrituras, nada, certamente, pode ser reputado como uma disciplina espiritual se não é mencionado no Novo Testamento. Isso exclui não somente a autoflagelação, mas também o cuidado da criação. Esta última é, sem dúvida, uma coisa boa que devemos fazer; é parte de nossa responsabilidade como administradores da criação de Deus. Mas é difícil pensarmos em uma base bíblica para que entendamos essa atividade como uma disciplina espiritual – ou seja, uma disciplina que aumenta a nossa espiritualidade. A Bíblia fala muito sobre oração e guardar a Palavra de Deus em nosso coração, mas diz muito pouco sobre o cuidado da criação e o cantar mantras.

(3) Algumas das coisas incluídas na lista são levemente ambíguas. Em um nível, a Bíblia não diz nada sobre escrever diários. Por outro lado, isto pode ser apenas uma designação conveniente para referir-se a autoexame cuidadoso, contrição, leitura bíblica meditativa e oração sincera. E o hábito de fazer registros em um diário para fomentar essas quatro atividades não pode ser descartado da mesma maneira como temos de rejeitar a autoflagelação.
O apóstolo declarou que o celibato é uma coisa excelente, se a pessoa tem o dom (tanto o casamento quanto o celibato são designados carismata – "dons da graça") e o celibato contribui para um ministério aprimorado (1 Co 7). Por outro lado, nada sugere que o celibato é um estado intrinsecamente mais santo; e nos termos da nova aliança nada existe que sancione o retirar-se para mosteiros de freiras ou monges celibatários que se separaram fisicamente do mundo para se tornarem mais espirituais. A meditação não é um bem intrínseco. Grande parte da meditação depende do foco da própria pessoa. O foco é um ponto escuro imaginário em uma folha de papel branco? Ou é a lei do Senhor (Sl 1.2)?

(4) Até aquelas disciplinas espirituais que todos reconheceriam como tais não devem ser mal compreendidas ou abusadas. A própria expressão é potencialmente enganadora: disciplina espiritual, como se houvesse algo intrínseco no autocontrole e na imposição da autodisciplina que qualifica alguém a ser mais espiritual. Essa suposição e essas associações mentais só podem levar à arrogância. E o que é pior: elas levam frequentemente ao hábito de julgar os outros como inferiores. Os outros podem não ser tão espirituais como eu, visto que sou tão disciplinado que tenho um excelente tempo de oração ou um ótimo esquema de leitura da Bíblia. Mas o elemento verdadeiramente transformador não é a disciplina em si mesma, e sim o valor da tarefa realizada: o valor da oração, o valor da leitura da Palavra de Deus.

(5) Não é proveitoso fazer uma lista variada de responsabilidades cristãs e rotulá-las de disciplinas espirituais. Isso parece ser o argumento que está por trás da teologia introduzida inapropriadamente, por exemplo, no cuidar da criação e no dar esmolas. Mas, pela mesma lógica, se motivado por bondade cristã, você faz massagem nas costas de uma senhora que tem pescoço rígido e ombro inflamado, este massagear as costas se torna uma disciplina espiritual. Por essa mesma lógica, uma obediência cristã é uma disciplina espiritual, ou seja, ela nos torna mais espirituais.
Usar a categoria de disciplinas espirituais desta maneira tem duas implicações infelizes. Primeira, se cada instância de obediência é uma disciplina espiritual, não há nada especial nos meios de graça, ordenados e bastante enfatizados nas Escrituras, como, por exemplo, a oração, a leitura séria e a meditação na Palavra de Deus. Segundo, essa maneira de pensar sobre as disciplinas espirituais nos induz sutilmente a pensar que o crescimento em espiritualidade é uma função de nada mais do que conformidade com as exigências de muitas regras, de muita obediência. Certamente, a maturidade cristã não é manifestada onde não há obediência. Contudo, há também grande ênfase no crescimento em amor, em confiança, em entendimento dos caminhos do Deus vivo, na obra do Espírito de encher-nos e capacitar-nos.

(6) Por essas razões, parece ser sábio restringir a designação "disciplinas espirituais" a aquelas atividades prescritas na Bíblia, que são declaradas explicitamente como meios de aumentar nossa santificação, nossa conformidade com Cristo, nossa maturação espiritual. Em João 17, quando Jesus rogou que seu Pai santificasse seus seguidores por meio da verdade, ele acrescentou: "A tua palavra é a verdade". Não é surpreendente que os crentes tenham há muito chamado de "meios de graça" coisas como o estudo da verdade do evangelho. "Meios de graça" é uma expressão agradável e menos susceptível a mal-entendidos do que "disciplinas espirituais".

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Tradução: Wellington Ferreira
Traduzido do original em inglês: Spiritual Disciplines. Publicado no site The Gospel Coalition.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Como Merton disse:

"A razão pela qual jamais adentramos a realidade mais profunda de nosso relacionamento com Deus é que raramente reconhecemos nossa completa insignificância perante ele".

O gigante Golias e o coitadinho do Mefibosete

A história de Davi, o pastorzinho de ovelhas que virou rei de Israel, tem dois personagens curiosos em sua biografia. Um gigante, no prefácio, e um aleijadinho, na conclusão. Os dois tipos são simbólicos e significativos. O primeiro é a representação daquilo que promove a nossa vanglória. Escalar os píncaros elevados é um obstáculo quase intransponível para quem deseja a vida simples e anônima. É complicado assentar-se num trono e ainda gozar o prazer de descansar num tamborete à sombra da invisibilidade pública.
A história dos grandes feitos requer uma narrativa heróica. Quando Davi venceu o gigante Golias, tornou-se um monstro sagrado para o seu povo. Daí para frente ele veio a cultivar e cultuar muitos aplausos, uma vez que os heróis normalmente são convertidos em ídolos das multidões ávidas por referência.
Nesta hora aparecem as tietes como fungos tóxicos, envenenando os rivais e causando, através da louvação, um verdadeiro esporão de arraia no íntimo dos invejosos. O rei Saul foi vítima deste golpe ferino, quando as donzelas o compararam com aquele súdito pixote, aquele nanico; dando a Davi uma potência de dez vezes mais do que o rei. Foi aí que o seu reinado despencou morro a baixo.
O perigo do êxito é duplo: de um lado, a vaidade instigando a vanglória; do outro, a inveja instalando a sua perseguição e vingança astuta. O sucesso é uma sucessão de armadilhas ardilosas e sutis, por onde o orgulho financia a soberba, enquanto a inveja favorece a armação de uma arapuca para aprisionar o sujeito. De ambos os lados há conflitos gigantescos no íntimo da pessoa bem sucedida.
O meu gigante vanglorioso é um Drácula que suga o sangue na veia dos invejosos e ainda me deixa anêmico pela necessidade de reconhecimento da platéia. Se for admirado, acabo ficando pálido de tanto me admirar nesse espelho mágico, distante do sol da verdade. E, se não sou visto, sofro com a hemorragia nas minhas entranhas. Porém, há outro personagem tipológico que requer cuidados especiais. Davi foi genro do rei Saul, seu arquiinimigo invejoso, que o quis matar a todo custo. O rei o detestava, mas o seu cunhado, Jônatas, era o seu amigo preferido.
Davi e Jônatas, filho de Saul, se amavam no meio de um fogo cruzado da artilharia brutal dessa guerra nacionalista. A dinastia de Saul havia chegado a um beco sem saída. O fim da aristocracia de Benjamim foi quase ao extermínio total da família. Quando Davi assumiu o trono, apareceu um descendente de Saul, um serzinho manco nos escombros dos benjamitas. Era o pobre Mefibosete, um aleijadinho que havia caído do caminhão da mudança. Agora, no cenário da psique, pode brotar a autocomiseração como o outro lado da velha moeda do orgulho.
A doença da alma, via de regra, faz da bondade um negócio para compensar a culpa que por vezes esculpe uma chaga dolorosa do "Auto da Compadecida". Mefibosete significa: "exterminando o ídolo". Qual era o ídolo? Também, temos uma figura que tipifica a operação da graça aos miseráveis. Observem que ele é um deficiente indigno que foi convidado a tomar parte como príncipe, em lugar de honra, na mesa real. Mas a sua conduta não é totalmente ingênua.
A semana que vem eu vou considerar algumas estripulias desse meu gênero coitadinho. O orgulho camuflado de autocompadecimento é muito mais ameaçador do que desfilar na passarela destilando a arrogância às golfadas. Tenho muito mais receio do meu modelito esguio do que dessa tampa de poço do meu ego obeso. Até a próxima!
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Glenio Paranaguá

O Corinthians é pentacampeão brasileiro!

O Corinthians é pentacampeão brasileiro! A Fiel começou o ano sofrendo, mas fecha 2011 explodindo de alegria. Esse momento ficará eternizado no coração corinthiano!!!!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O filme Prova de Fogo

O filme Prova de Fogo traz a história de um heróico bombeiro, Caleb Holt, que é reconhecido por toda cidade onde ele habita como um profissional exemplar e, acima de tudo, um herói. O seu casamento, porém, não anda nada bem, e Caleb e sua esposa estão prestes a se separarem.
A salvação do casamento do capitão do corpo de bombeiros vem quando seu pai lhe dá de presente um diário que se trata de um desafio de 40 dias no qual cada dia Caleb tem de fazer diversas coisas para a sua esposa e aprender a entender as situações vividas em um matrimônio. O Livro traz ensinamentos sobre o casamento e atividades a serem desenvolvidas como surpreender seu parceiro, elogiar, escutar mais seu parceiro e muitas outras situações.
Este filme trouxe uma proposta para as pessoas, de assistir ao filme e depois fazer O Desafio de Amar. Como se trata de 40 dias de desafios, pode ser feita por ministérios de família e encontros de casais ou de outras formas. O livro dispõe de espaços para anotações e observações sobre cada tarefa e a reação dos parceiros.

Palestra para casais: A dinâmica dos Quatro Amores

Uma reflexão no livro de C. S. Lewis
Por Alcindo Almeida
Local: IP Pirituba
Data: 04.12.11
Horário: 10 hs

Encontro na Lapa em dezembro....

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Os divórcios aumentaram!!!!


Os divórcios aumentaram bastante de 1984 para cá. Um analista disse na rádio Estadão que é por causa da facilidade do processo. Eu diria que é por causa da dureza de coração e da crise na identidade o ser humano. é o problema da crise na identidade do ser humano. Isso td gera insegurança nas emoções, na sexualidade e até afeta a nossa espiritualidade.Um outro fator aqui no Brasil é o problema da beleza. As pessoas são medidas pelo lado externo. Rapazes se casam por beleza, só que quando ficamos avançados na idade, o que marca não é a beleza. O que marca mesmo é o coração, a afeição, a relação sincera que há na vida e relação do casal. Enquanto o ser humano não se render diante do Eterno Deus, ele nunca terá disposição para caminhar com o seu cônjuge na dinâmica do perdão e da graça sempre!

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Pr. Alcindo Almeida

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Leituras no mês de novembro de 2011

BELL, James Stuart - Anthony Palmer Dawson. A biblioteca de C. S. Lewis. São Paulo: Mundo Cristão, 2006. Durante as décadas de 1970 e 1980, a relevância de C. S. Lewis como pensador perdeu um pouco de sua robustez. Essa tendência pode ser, em parte, creditada à apologia que ele fazia ao cristianismo, malvista pelos acadêmicos avessos à subjetividade da fé. Entretanto, a redescoberta recente do escritor e o recrudescimento da força de sua obra permitiram a muitos estudiosos conhecer melhor o arcabouço de sua literatura e do conjunto de suas idéias. G. K. Chesterton, George MacDonald, Shakespeare, Agostinho, Samuel Johnson, Edmund Spencer, Aristóteles e John Milton são alguns dos nomes que influenciaram Lewis, tornando-se não apenas objeto de sua admiração, como também de suas pesquisas e de seus exercícios dialéticos. A biblioteca de C. S. Lewis é o resultado do esforço de James Stuart Bell e Anthony Palmer Dawson em compilar todas essas influências e elucidar o papel de cada autor na obra singular do escritor britânico. Revelador e elucidativo, o livro recompõe o mosaico sobre o qual Lewis lançou os fundamentos de sua filosofia, e mesmo de sua fé. Contém 381 páginas.

LEWIS, C. S. Os quatro amores. São Paulo: Editora Martins Fontes. Os quatro amores que C.S. Lewis distingue neste livro são a Afeição, a Amizade, Eros e a Caridade. Examina como cada um se combina aos demais, sem perder de vista a diferença necessária e real entre eles. Lewis nos adverte também dos enganos e distorções que podem tornar os três primeiros amores - os amores naturais - perigosos sem a graça suavizante da Caridade, do amor divino que deve constituir o somatório e o objetivo de todos os demais. Contém 208 páginas.
 
VIOLA, Frank. Da eternidade até aqui. Brasília: Editora Palavra, 2010. Redescobrindo o propósito eterno de Deus para a sua vida. Uma história arrebatadora do plano eterno de Deus. Um livro revolucionário que vai fazer você repensar o que é ser um cristão e qual a sua missão no mundo. Este livro é considerado a melhor obra de Frank Viola e um dos seus mais importantes trabalhos publicados. Como ele diz "este representa o fardo central de minha vida e ministério". As grandes obras são assim, forjadas em meio a conflitos interiores, inquietudes e busca às vezes insana, por respostas. O livro apresenta três histórias maravilhosas. Cada uma percorre um tema divino que é tecido através das escrituras. Juntas, elas oferecem um clarão extraordinário do que é a grande paixão de Deus e sua grande missão. Tal como aconteceu com o autor, o que você vai descobrir irá mudar para sempre sua visão de vida, da igreja e de Deus. Contém 296 páginas.

ORTBERG, John. A vida que sempre quis. São Paulo: Editora Vida, 2003. Muitos cristãos gostariam de ter um relacionamento mais profundo com Deus. Desejam ardentemente uma vida cristã frutífera e usufruir de total intimidade com o Senhor tal como os heróis da fé de todos os tempos. No entanto, embora se esforcem muito, não conseguem vencer todos os obstáculos que esse estilo de vida impõe. Falta-lhes alguma coisa para que a vitória seja permanente e definitiva. Neste livro inspirador e fundamentado na Bíblia, Jonh Ortberg mostra que é possível vencer os ciclos de altos e baixos na vida cristã e ser uma benção nas mãos de Deus. O autor apresenta passos práticos e úteis que conduzirão o leitor à verdadeira essência do cristianismo. Ao seguir esses ensinamentos, a vida que você sempre quis viver com Deus se tornará realidade. Contém 280 páginas.

BLANCHARD, Ken. A alma do líder. São Paulo: Editora Garimpo, 2009. Liderar é bem mais que ocupar um cargo ou uma posição. Está diretamente relacionado àquilo que o ser humano tem de mais profundo: seus valores, seus princípios, suas aspirações. E A alma do líder fala justamente sobre isso. Nesta obra - edição atualizada e revisada de um dos maiores sucessos de Ken Blanchard, O coração do líder -, o autor reúne uma série de reflexões sobre o assunto, todas extremamente inspiradoras e úteis para aquele que tem a responsabilidade de conduzir um grupo, uma organização, uma empresa, uma comunidade ou mesmo uma nação. Leitura fundamental para quem encara a liderança com a nobreza que o tema exige. Um livro de leve leitura, mas com verdades de extrema relevância que farão do leitor um líder melhor - um líder com alma. Contém 192 páginas.

MAXWELL, John C. A arte de formar líderes – Como transformar colaboradores em empreendedores. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2011. Será que sou um líder tão bom capaz de desenvolver outros líderes ao meu redor? Esta deveria ser a primeira pergunta que toda pessoa em posição de autoridade ou ascendência deveria se fazer, segundo o especialista que se tornou referência mundial no assunto: John C. Maxwell, fiel defensor da teoria de que o sucesso de qualquer organização depende 100% do desenvolvimento dessa habilidade. “Prédios deterioram-se. Máquinas desgastam-se. Mas as pessoas podem crescer, desenvolver-se e tornar-se mais eficientes se tiverem um líder que compreenda seu valor potencial”, afirma. Neste livro — publicado anteriormente como Desenvolvendo líderes em sua equipe de trabalho — Maxwell fornece tanto inspiração quanto orientação prática para líderes que estão comprometidos em formar outras pessoas capazes de assumir as responsabilidades de um cargo de comando. Ele oferece histórias cheias de bom humor, testes de avaliação, gráficos e analogias esportivas para transmitir ensinamentos valiosos. Juntas, todas essas ferramentas ajudam a desenvolver líderes à sua volta e fortalecer o líder que existe dentro de você. Contém 240 páginas.

Trabalhar demais faz mal

“Qual o sentido de trabalhar tanto? Não é um absurdo trabalhar feito um condenado e deixar tudo pra alguém que nunca fez nada?... O que você ganha trabalhando sem parar?” (Eclesiastes 3:20 a 23, versão “A Mensagem de Eugene Peterson)

- Recentemente o Jornal Folha de São Paulo (edição 28/11/11, caderno Mercado, pág 10) trouxe um artigo intrigante sobre uma realidade que nos atinge a todos: “Email e celular estendem jornada de trabalho para casa e até as férias”.
- Nele aborda-se uma realidade que identificamos com facilidade em nossos dias: a tecnologia elevou o número de horas trabalhadas de forma assustadora.
- Essa percepção é de simples constatação. Você observa no trabalho, andando na rua, no restaurante, em casa, como as pessoas estão “plugadas” o tempo todo.
- É assustador como as pessoas não conseguem “largar” o telefone, desligar o laptop, desconectar-se por um instante que seja. Você vai almoçar com alguém e não consegue almoçar com ele, pois ele está o tempo todo atendendo o telefone, respondendo a um email “urgente”. Você não consegue assistir um filme no cinema, uma peça teatral, sem ouvir um telefone celular tocar.
- Não importa mais o ambiente, a hora, o momento, ou outro fator qualquer. Parece não haver limite para nossa conectividade.
- Recentemente me “espantei” com uma adolescente, tendo sua mãe à morte bem à sua frente, em um leito do hospital, agonizando em sua dor terminal. Ela não deixava o seu telefone celular um instante sequer.
- Conforme a reportagem mencionada, uma pesquisa realizada por uma consultoria de recrutamento de executivos com 1090 profissionais, sete em cada dez que ocupam cargo como analista, gerente e supervisor, afirmam que passam mais tempo no escritório hoje do que há 5 anos. Mais da metade diz que o teto da carga horária no escritório saltou de oito para dez horas diárias, e cerca de 80% são acionados nos momentos de lazer e descanso via mensagens no celular.
- Nem as férias escapam, diz o estudo. Mais de 50% respondem a emails de trabalho durante esse período.
- Há algum tempo atrás, conversando com um esposo e pai de família, próximo de experimentar a ruptura de seu relacionamento conjugal e a falência de sua família, fiquei impressionado com a noção de “prioridade” dele, enquanto discutíamos os graves problemas familiares que experimentava e a forma como atendia e respondia quase que compulsivamente aos chamados telefônicos e à mensagens que recebia do seu trabalho.
- Mas o excesso de trabalho tem seu preço e conseqüências: cansaço, estresse, perda da felicidade, decepção com o próprio trabalho. “Temos hoje uma geração de cansados”, diz Nelson Carvalhaes Neto, médico do Fleury Medicina e Saúde.
- Se por um lado a tecnologia permitiu-nos uma jornada flexível e o trabalho à distância, por outro, trouxe implicações terríveis ao nosso bem estar, principalmente quando perdemos a noção de limites.

O TRABALHO COMO MEIO DE EXPRESSÃO E PROVISÃO

- Essa é uma perspectiva descrita nas Sagradas Escrituras. O trabalho dever ser um meio de expressão e provisão, capaz de fazer o ser humano se sentir satisfeito e realizado.
- Quando Deus criou o homem, conforme descrito em Gênesis (2:15) Ele “colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo”.
- J.J.Allmen, no “Vocabulário Bíblico” (ASTE, SP) diz que: “O trabalho é a energia ativa do próprio Deus que constitui o protótipo do trabalho... o trabalho corresponde à ordem divina das coisas. Às obras de Deus correspondem as obras dos homens. O primeiro homem foi colocado no jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo. O trabalho é a atribuição normal prescrita para o homem pelo criador. É por meio do trabalho que Deus associa o homem à sua obra criadora. Desta forma, pois, o trabalho do homem é bom, enquanto for a resposta a esta ordem e se inspirar na obra de Deus”.

O PERIGO DO TRABALHO

- A mesma Escritura adverte sobre o perigo de o trabalho transformar-se em fonte de opressão, enfado e infelicidade.
- Um ambiente ou motivações envoltas pelo orgulho, inveja, ganância e corrupção, transformam o ambiente de trabalho em um local gerador de frustrações, perdas de relacionamentos e estresses altamente prejudiciais.
- Numa entrevista com mais de 500 estudantes e 70 administradores, feitas por Estelle Morin (“Os sentidos do trabalho”, em “RAE Executivo”, revista acadêmica da FGV, ago/set/out/2002, pag 73 e 74), ela conclui: “Não é suficiente apenas trabalhar, é preciso que o trabalho seja fonte de sentido e significado, isto é: (1) seja feito de maneira eficiente e gere resultados, (2) seja intrinsecamente satisfatório, (3) moralmente aceitável, (4) fonte de experiências de relações humanas satisfatórias, (5) garanta segurança e autonomia, (6) mantenha as pessoas ocupadas, dando-lhes uma rotina dentro da qual se possa organizar a vida”.

Concluindo,

- Espiritualidade no mundo corporativo ocupam artigos e livros em nossos dias. Exemplo é o best seller “O Monge e o Executivo” de James Hunter.
- Como escreveu Daniela Lacerda, jornalista, em “O líder espiritualizado”, Revista VOCÊ S/A, 04/2005: “Ênfase na espiritualidade no mundo corporativo é uma resposta à alarmante crise existencial que assola o mundo corporativo... Muitos profissionais já não se satisfazem apenas com a perspectiva de bater metas e receber um gordo bônus no final do ano. Não querem mais atuar numa empresa que tem valores tão diferentes dos seus. Não estão mais dispostos a abrir mão da vida pessoal... Nesse cenário turbulento, a espiritualidade desponta como um caminho para uma relação mais saudável entre os funcionários e as empresas em que atuam, considerando o trabalho como parte de algo que transcende os aspectos materiais e contempla, também, as dimensões psíquicas, sociais e espirituais”,
- O Verso 24 do mesmo Livro do Eclesiastes diz: “Para o homem não existe nada melhor do que comer, beber e encontrar prazer em seu trabalho. E vi que isso também vem da mão de Deus”.
- Creio que assim encontramos uma posição de equilíbrio que reconhece tanto as alegrias quanto as dores do trabalho.
- Assim, devemos evitar os dois extremos, e buscar uma satisfação realista através do trabalho, evitando-se a armadilha do torná-lo um fim em si mesmo.
- O significado e segurança de nossas vidas não está no trabalho, mas em Deus. Não no que fazemos, mas naquEle que nos fez.
Que Deus o abençoe rica e abundantemente,
Em Cristo,

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Rev. Hilder C. Stutz

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Quantos são os evangélicos no Brasil? - Por Marcos Stefano

Quantos são os evangélicos no Brasil?Para uns somos 20,2%, ou cerca de 40 milhões de pessoas. Outros falam em 51,1 milhões. Os mais otimistas falam que em 2020 seremos mais da metade da população, ou cerca de 105 milhões de almas.
A velha máxima de que os números não mentem pode estar com os dias contados. Pelo menos, no que diz respeito a estatísticas sobre religião no Brasil. Contrariando as últimas pesquisas sobre a fé no país, que apontam os evangélicos como sendo 20,2% da população – ou menos de 40 milhões de pessoas –, diversas denominações apostam em um panorama mais otimista, no qual os crentes já seriam atualmente 51,1 milhões. Dizem mais: que, caso se mantenham as atuais taxas de crescimento do segmento cristão evangélico, os crentes em Jesus serão, já em 2020, mais da metade da população brasileira, o que equivaleria a 105 milhões de almas. Números evangelásticos (termo cunhado para se referir aos constantes exageros dos crentes) à parte,o certo é que organizações que se dedicam a estatísticas religiosas trabalham com números que apontam uma maioria religiosa protestante no Brasil em apenas dez anos.
O cálculo é feito por organizações como o Departamento de Pesquisas da Sepal (Servindo Pastores e Líderes) e o Ministério Apoio com Informação (MAI), levando em conta a taxa de crescimento que os evangélicos tiveram nas últimas décadas, sobretudo a de 1990. As projeções têm como ponto de partida os Censos periódicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelo levantamento de 1991, por exemplo, sabe-se que os evangélicos eram 13 milhões naquele tempo, ou 8,9% da população brasileira. Nove anos depois, em 2000, já haviam dobrado de tamanho, passando a ser 26, 1 milhões, 15,45%. “Se o crescimento anual se mantiver nesses patamares, de cerca de 7,4% ao ano, poderemos ter, sim, mais de 50% da população brasileira composta por evangélicos”, aponta o pastor Luis André Bruneto, ligado ao Departamento de Pesquisas da Sepal. “Tudo bem que a tendência mais para frente é que esse aumento venha a se estabilizar. Mas, levando-se em conta a taxa de crescimento anual dos evangélicos, que é mais de três vezes o da população do país em geral, podemos dizer que hoje um em cada quatro brasileiros é protestante”, confirma a matemática Eunice Zillner, do MAI.
Em relação às disparidades de números com um dos últimos levantamentos feitos, o Mapa das Religiões da Fundação Getúlio Vargas (FGV), baseado nos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE, Bruneto aponta que essa classificação pode ser imprecisa. O estudo destaca uma estabilidade do crescimento pentecostal, que fica em 12% do total da população, um pequeno crescimento das denominações históricas, que passam de 5,39% para 7,47%, e um forte aumento daqueles que se dizem evangélicos, mas não estão em nenhuma denominação específica. “Essas nuances já eram esperadas quando comparadas as mesmas curvas estatísticas entre os censos de 1980 e 2000. Por outro lado, o Mapa das Religiões coloca as quase 200 classificações batistas como ‘históricas’, quando a maioria desse grupo deveria ser classificada como ‘pentecostal’. Em contrapartida, a Universal do Reino de Deus, que sofre grande concorrência, é tida também como ‘pentecostal’ – mesmo grupo no qual foram incluídas as Testemunhas de Jeová no estudo”, critica.
Apesar deste e outros notáveis equívocos, o Mapa das Religiões também confirma o que diversos estudiosos do fenômeno religioso brasileiro já vinham falando: o crescimento econômico e as melhores condições sociais e educacionais no Brasil favoreceriam uma migração de fiéis para igrejas históricas, conhecidas pelo ensino bíblico mais profundo e pela organização eclesiástica que favorece maior participação dos membros, inclusive em termos administrativos. Já o aumento explosivo dos evangélicos, hora ou outra, acabaria levando a um processo de secularização, com o surgimento de crentes apenas “nominais”. Ou seja, é gente que se identifica como protestante por ter nascido ou feito parte de uma denominação, mas agora não frequenta mais a igreja.
 
PADRÕES HISTÓRICOS
 
Tais nuances fazem com que muita gente fique com a pulga atrás da orelha com previsões muito otimistas neste aspecto. Mesmo trabalhando com os números, o próprio Bruneto é um que recomenda cautela. “Não se tratam de dados reais. São apenas projeções e perigosas”, observa. Como se está lidando com pessoas, e não com uma ciência exata, é bom deixar claro que a dinâmica populacional é muito intensa e que disparidades e mudanças dificultam a concretização de muitas previsões. Um bom exemplo é o surgimento do secularismo e a queda do crescimento de qualquer religião, comuns após a terceira ou quarta gerações dos convertidos. Exemplo disso acontece na Região Sul, justamente onde aportaram os luteranos, primeiros protestantes a chegarem ao Brasil como grupo organizado, a partir de 1824, com a imigração germânica. No Rio Grande do Sul, é possível encontrar a cidade mais evangélica do Brasil, Quinze de Novembro, com 80,4% de crentes, a apenas 20 quilômetros de uma das menos evangélicas, Alto Alegre, com 0,28% de protestantes. Outro caso é Timbó, em Santa Catarina. Lá, a Igreja Luterana tem mais de 15 mil membros, mas apenas 40 pessoas participam de seus cultos a cada domingo.
“Não existem estudos sérios e estatísticas confiáveis que nos permitam acreditar que o Brasil terá maioria evangélica em uma década”, sentencia o sociólogo Paul Freston, professor catedrático de religião e política na Wilfrid Laurier University, no Canadá, e colaborador na pós-graduação em sociologia na Universidade Federal de São Carlos (SP). Ele defende que, para fazer uma conta mais próxima da realidade, é necessário considerar os padrões históricos de crescimento dos evangélicos a partir dos anos 1950 e não somente na década de 90, quando houve um “pulo”. “Tempos atrás, também falaram que alguns países da América Central teriam a maior de parte de suas populações composta por evangélicos ainda antes da virada do milênio. Claro, isso não se confirmou. Se uma religião avança, outras respondem para frear a perda de fieis”, argumenta o estudioso.
Freston, que é evangélico, diz que já foi considerado um homem sem fé por causa de suas posições mais conservadoras, mas prefere optar por estimativas que considera mais realistas. “Se o crescimento não continuar tão acelerado, os evangélicos terão fracassado?
De forma alguma”, ressalva. “A se confirmar o maior crescimento dos tradicionais, devemos levar em conta que, durante 25 anos, pentecostais e neopentecostais estiveram na linha de frente do avanço evangélico no Brasil. Mas essa perda de vigor também precisa ser melhor analisada.
O processo pode mostrar uma perda de capacidade de diálogo dos evangélicos com a sociedade. E isso pode trazer consequências ruins a longo prazo”, alerta. Até a divulgação dos números definitivos do Censo 2010, que se promete para o ano que vem – e mesmo depois disso, já que eles parecem tão inconclusivos –, muita água vai correr sob essa ponte.
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Fonte: http://cristianismohoje.com.br/interna.php?id_conteudo=818&subcanal=41&__akacao=662686&__akcnt=5f7f7f09&__akvkey=99a8