Conversas que geravam vida!

Eugene Peterson disse no seu livro A linguagem de Deus: "Cada pessoa tem uma forma única de falar, uma linguagem peculiar. Uma mesma língua pode ser falada de muitas maneiras, com sotaques variados, gírias e palavras próprias. O ato de falar vai além de usar palavras certas e pronunciá-las corretamente."

Isso é verdade mesmo, a fala é marca registrada da individualidade humana. Quem somos e como falamos faz toda a diferença. A língua é um presente de Deus para nós. Somos imagem e semelhança dele, portanto somos seres relacionais e comunicativos. Conversamos uns com os outros e também devemos falar com Deus.

Somos despertados para a espiritualidade da linguagem. O modelo de fala apresentado nas Escrituras é Jesus Cristo, o verbo que virou gente, o homem-Deus que viveu entre pessoas comuns, teve conversas usuais, mas cuja palavra tinha o poder de fazer maravilhas.

Nas histórias contadas por Jesus e suas orações, descobrimos como usar nossa língua de forma a manter boas conversas, tanto com aqueles que nos cercam como diante de Deus. O texto sagrado afirma em Colossenses 4:6: A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um. Quando sentamos com uma pessoa devemos produzir boas palavras, quando conversamos com Deus, respondemos aquilo que Ele fala conosco.

Jesus conversava com todo o tipo de gente, com uma prostituta, com um cobrador de impostos, com fariseu e escriba, com mulheres e homens. As conversas de Jesus geravam vida, identidade, significado e graça. Precisamos fazer isso na nossa conversa com as pessoas. Precisamos falar corretamente sobre Deus, sobre a vida, sobre o coração. A arte de falar certo não é somente para os pastores, é para o povo que se chama cristão. Somos os embaixadores do Reino de Deus que falam as verdades do céu, as palavras que transbordam o coração. 

Oremos e peçamos ao Eterno que nos dê essas palavras que edificam e somam para a vida na presença dele. (Alcindo Almeida)