quinta-feira, 28 de maio de 2009

FAMILIA – IDÉIA DE DEUS

- Texto para meditar: “Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos aos pais...” (Malaquias 4:6).

Família é um tema apaixonante. Até os menos ou pouco sensíveis são capazes de se emocionar quando tratamos de família.
Parece, em determinados momentos, que viver a experiência de família é viver a repetição de erros e acertos.
Conta-se a história dos caçadores que foram caçar na África. São deixados pelo piloto que os buscaria em 15 dias. Eles caçam dois gorilas e queriam embarcá-los. O piloto reluta, mas eles dizem que já fizeram isso anteriormente. Tentam e os colocam dentro do pequeno avião. Ele começa a decolagem e quando começa a subir, não agüenta o peso e cai. Um pergunta ao outro se sabia onde estavam e onde tinham caído. O outro diz: creio que a uns 500 m de onde caímos o ano passado.
Vivemos grandes desafios para viver a família e enfrentar o contexto onde vivemos na sociedade de hoje.
“Pela primeira vez na história a família está acabando, e as conseqüências são imprevisíveis”. (Charles Melman, psicanalista francês, em entrevista à Revista Veja, 2008).
Li um email lido por filho em seu computador instalado no seu quarto: “Querido Pedro. Como você está? Sua mãe e eu estamos bem. Sentimos muito sua falta. Por favor, desligue o computador e desça as escadas para comer algo. Com amor, seus pais”. – Estamos vivendo juntos, sem estarmos juntos.
Vivemos numa sociedade onde a soberba, auto-suficiência, distorção de valores, flexibilização de condutas parecem atitudes normais ou saudáveis.
Há ainda pouco ou nenhum interesse pela fé em Deus, ou pela experiência de transmitir valores aos filhos.
Acontece que não há famílias que não convivam com sua própria possibilidade de tempestades, crises, tribulações, problemas.
Nenhum de nós se casa desejoso de ver falir seu casamento. Nenhum de nós cria filhos na intenção de vê-los se perderem, se desestruturarem. Quem diz: “quem me dera ser mal sucedido profissionalmente”. Quem, de sã consciência profetiza desgraça para si mesmo? Só para o vizinho.
A verdade é que as tempestades vêm sobre a vida de todos, de todas as famílias. E muitas vezes ela nos encontra ocupado, preocupado, um monte de coisas para administrar, decisões a tomar, estresse, emoções, questões a resolver com rapidez.
Gostaria de sugerir três observações para a experiência de ser e ter uma família:

I – NECESSIDADES NÃO ATENDIDAS VIRAM CRISES.
Quem constitui uma família, ou quem deseja filhos e os gera, sempre o faz com os melhores desejos e os ideais mais nobres.
Acontece que uma família não se adquire. Uma família se constrói. Apenas bons ideais não são suficientes.
Conheça as necessidades de sua família. Identifique-as.
A família é o lugar onde se permite o crescimento integral de todos os seus membros e não meramente dos filhos. Esse crescimento se dá na satisfação das necessidades dos que a compõem.
Necessidades afetivas, sexuais, intelectuais, materiais, relacionais e acima de tudo espirituais.
Famílias não são coisas que precisamos comprar, ter, possuir. São pessoas e suas necessidades.

II– NÃO TRANSFIRA RESPONSABILIDADES INTRANSFERÍVEIS.
Às vezes estamos tão ocupados que transferimos responsabilidades.
Você conhece os sonhos daqueles que vivem ao seu lado, dentro de sua casa?
Invista na qualidade da relação estabelecida em família.
Tenha uma presença que signifique fazer-se disponível uns aos outros em família, legitimando e satisfazendo suas necessidades reciprocamente.
Não são presentes embrulhados, mas, relação estabelecida, o toque, o abraço, a palavra de fé, o exemplo compartilhado da vida.
Pais, seus filhos precisam de um pai. Mães, seus filhos precisam de uma mãe. Filhos, seus pais precisam de vocês. Esposa (os) vocês precisam um do outro.
Isto fará desenvolver aceitação e confiança, que são fatores determinantes para o que a psicologia chama de “identidade do ser”.
Para quem estamos transferindo nossas responsabilidades? Para os meios de comunicação, para os ídolos da TV?

III – NUNCA DEIXE DE CONFRONTAR OS PROBLEMAS.
Não deixe de confrontar os problemas como se fosse possível fugir deles, ou fazer deles justificativas para sua omissão.
Muitos homens desistiram de entender suas esposas. Foram treinados para não as aborrecerem, mas não tentam mais um diálogo (já conhecem o resultado).
Muitas mulheres usam o sexo como moeda de troca e os filhos como instrumentos de suas mágoas e amarguras não reveladas e tratadas.
A família vê surgir o ódio, porque não trata os problemas.
A família não é feita de amor fácil, que permite tudo, que não coloca limites, balizas, postula disciplinas. Nossos filhos esperam esses referenciais.
Levante as necessidades; identifique os problemas; avalie as causas; relacione os desafios; ore por eles; veja-os como oportunidades de Deus em sua família.

Concluindo,
O texto de Malaquias 4:6 diz: “Ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos aos pais...”.
Isso se torna verdade quando você é capaz de fazer confissões de amor.
Manifeste o seu amor aos seus. Verbalize-o. Transforme-o no toque, no gesto, na atitude. Uma conversão à minha família, à minha esposa(o), aos meus filhos(as).
“Comece hoje a praticar aquela ação que você está procrastinando, e a energia de que tanto precisa irá surgir. Se você está desmotivado, mesmo assim comece a se movimentar, e em breve você sentirá os reflexos da sua ação”. James Carrigan
“O Senhor sustém os que vacilam e apruma todos os prostrados.” Salmos 145:14.
“A cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, faz-nos perder também a felicidade” (Carlos Drummond de Andrade).
É tempo de busca, de reconstrução, de transformação. Creia: Deus tem um propósito para sua vida e para sua família!
Que Deus o abençoe rica e abundantemente.
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Pr. Hilder C Stutz

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