
Precisamos saber como aproveitar a abertura das pessoas do mundo pós-moderno para propagar por palavras e obras a verdadeira mística cristã, que não se encontra na negação de nossa humanidade ou na busca de um mundo ilusório da transcendência, ou de uma antecipação do céu aqui na terra, mas que se funda em um enigma real e objetivo na história: o mistério da encarnação de Cristo.
A proposta do Filho encarnado é de ressurreição e vida. Esta verdade do Reino traz libertação de gente de carne e osso. E esta vida de Cristo se manifesta através do mover da dinâmica do Espírito Santo. Por isso, como afirma Alister E. McGrath há uma necessidade de ler o movimento da mente e coração. E para isto ele sugere três caminhos para uma teologia renovadora:
·Apreciação pela verdade bíblica:
O propósito da Teologia é nos levar a admirar as riquezas de Deus. Paulo tinha este apreço e diz que considera tudo por perda por meio de Cristo. Ele quer participar da ressurreição de Cristo. Ele quer o prêmio da soberana vocação em Cristo.
A Teologia para Paulo não era um alvo acadêmico, era algo que o preservava encantado diante das grandezas de Deus. Isto nos leva a ficar pasmos diante da revelação de Deus.
A Teologia é para nos envolver mais com Deus. Esta é uma devoção renovadora em nós. É uma devoção que nos leva de volta para Deus. Uma devoção que nos leva para a Palavra com todo o coração.
·Necessidade de envolver os nossos afetos e coração na revelação:
Não dá para entrarmos no processo de conhecimento de Deus sem afeto, porque conhecimento sem as afeições como afirma J. Owen não passa de vazio e frieza. Se não entramos na meditação com as emoções corremos o risco sério de nos envolver num estudo frio e pragmático que gerará conflitos e debates vazios sem devoção.
Na verdade, construiremos definições sobre Deus e não uma experiência de fé e vida com ele.
·Disposição de viver de forma coerente:
A cruz se transforma em algo que desejamos. Submeter-nos a Cristo se torna algo real e verdadeiro.
D. Bonhoeffer fala sobre a cruz como preço do discipulado. Há um custo em viver sem este discipulado. Há traumas profundos quando não honramos a cruz de Jesus.
É terrível quando não vemos o morrer de Cristo em nosso viver diário. Há um convite pela na cruz de Cristo. Precisamos nos envolver no chamado bíblico de uma maneira consistente e coerente. Se a Bíblia não nos molda no viver coerente, vivemos o irreal na vida.
O convite está diante de nós para vivermos uma Teologia renovadora na vida que é sadia e dinâmica!
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Alcindo Almeida
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