
Texto para meditação: Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo e sentir em mim o poder da Sua ressurreição (Paulo, Carta aos Filipenses 3:10).
Estamos vivendo em nosso calendário a “Semana Santa” assim chamada, mesmo por aqueles que nem sequer sabem o seu significado. Outros são capazes de referir-se a esses dias como os da “Páscoa”.
E num momento assim, capaz de remeter-nos a alguns dias de feriado prolongado, a encontros de família, a passeios relaxantes, a ovos de chocolate (irresistíveis é verdade), não encontramos espaço para falar de eventos da história, a um “drama da paixão”, ou assuntos assim da “religião”.
Poderia me eximir de falar sobre esse momento, escolher um outro tema para nosso tempo tão rico e precioso dessa manhã, mas, minhas convicções de vida e fé não me permitem.
Isso porque não estou falando de um evento qualquer, mas do evento mais portentoso e estupendo que o mundo já conheceu: A Cruz e a Ressurreição de Jesus Cristo.
Alguns meses atrás, conversando com um homem muçulmano a respeito de Jesus e o que Ele significaria para ele, o mesmo assim se expressou: “um profeta; o único que ressuscitou”.
Mas, você pode me perguntar: o que isso tem a ver com minha vida hoje?
O hiato entre a sexta-feira e o domingo da ressurreição (ou domingo de Páscoa), diz respeito às nossas vidas e suas possibilidades.
Ele expõe a realidade que é permanente diante de nossos olhos. Entre a morte e a vida; a perda e o achado; o choro e o riso; a desesperança e a esperança; o vazio e o encher-se de Deus.
Por isso, nesse momento, toda a manifestação do amor de Deus e a obra da salvação em Cristo ganha sentido.
Assim como Paulo (Carta aos Colossenses 2:2) nós queremos dizer que temos trabalhado para que o coração de vocês seja cheio dessa coragem de crer.
Isso tem sido uma verdade tão marcante em nós que tenho em meu coração a mesma convicção de fé de um irmão que no momento de sua morte testemunhou: “Mesmo que eu quisesse eu não podia; mesmo que eu pudesse eu não queria”. Em outras palavras: “Mesmo que eu quisesse viver sem Jesus eu não podia; mesmo que eu pudesse viver sem Jesus, eu não queria”.
Embora a Cruz e a Ressurreição sejam assuntos que causem pouco ou nenhum interesse em nossos dias atuais, gostaria de convidá-lo a refletir sobre esse evento, pois ele tem implicações eternas sobre nossas vidas.
A Cruz não foi um acidente na vida de Jesus, e não é um simples incidente teórico ou religioso na experiência de um cristão.
Ela é uma realidade interior na vida do cristão, onde esse compreende, percebe, e sente o grande amor de Deus, expresso em sua mais intensa manifestação. A cruz é uma eterna decisão de Deus para mostrar o Seu amor por cada um de nós.
Muito se explora a dramatização da Paixão de Cristo, ou a crueldade da crucificação. Mas, vale lembrar que a crucificação é apenas um cenário exterior, que revela a maldade humana.
A Cruz, por sua vez, deve ser uma realidade interior. Ela é a resposta da salvação de Deus para nossas vidas. É a oferta de um amor perdoador que transforma e dá sentido às nossas vidas, e faz da fé uma experiência de vida, e vida em abundancia.
E a Cruz não é o fim da história. Jesus não permaneceu na Cruz. Ele Ressuscitou!
A Ressurreição vem-nos fazer lembrar, que nas realidades da nossa existência, independentemente de quão difíceis possam ser em suas situações ou circunstâncias, há esperança da vida acontecer, de haver transformação, mudança, cura, restauração, provisão, socorro e salvação.
Talvez você esteja vivendo um momento como a sexta-feira.
Mas esse tempo nos faz lembrar, que a manhã do primeiro dia de um novo tempo vai chegar. Que a vida triunfou sobre a morte. Que a luz resplandeceu sobre as trevas. O pecado foi lavado pelo perdão do Sangue do Cordeiro.
O poeta cantou: “Porque Ele vive, posso crer no amanhã!”.
Cristo ressuscitou! Ressuscitou, assevera-nos a Palavra de Deus; ressuscitou, confirmam-no centenas de testemunhas de tão maravilhoso evento; ressuscitou afirmam-no as vidas de centenas de mártires que selaram a fé com o seu sangue; ressuscitou, anunciam milhões e milhões de vidas libertas do pecado, as quais, pela eficácia do Evangelho, tornaram-se novas criaturas.
Crer na ressurreição quer dizer transpor, desde já, pela esperança, que antecipa o futuro, os limites que foram transpostos ou rompidos pela ressurreição de Jesus crucificado. Nenhum limite, nenhuma barreira, nenhuma dificuldade, nada neste mundo, será capaz de matar a vida e a esperança, que assim nasceram no coração do que crê em Jesus Cristo.
É curioso pensar que muitos livros e relatos biográficos de personagens da nossa história, quer tenham vínculos religiosos ou não, terminam com a morte e o sepultamento desses personagens.
A História que celebramos fala de alguém que ressuscitou! Cristo vive!
O Apóstolo Paulo diz em sua carta aos Filipenses: “Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo e sentir em mim o poder da Sua ressurreição” (Fl 3:10).
Concluindo,
Não dá para ficar indiferente à revelação do amor de Deus em Cristo, morrendo por nós e ressuscitando para que por Ele tenhamos vida, e vida em abundância.
Assim, é necessário mudar referenciais, conceitos, valores, convicções e posturas. É necessário romper com o que é menor, mesquinho, fútil, muitas vezes leviano ou irresponsável, e crer naquele que pode fazer diferença, porque Ele nos vê em nossa unicidade: “Cada um de nós”. Eu posso sentí-Lo, andar com Ele, viver sabendo que Ele estará comigo todos os dias, mesmo quando “no vale da sombra e da morte”.
Muitos sentem dificuldades em crer na ressurreição. Poderíamos enumerar muitas evidências sobre ela. Mas, por mais eficazes que sejam as evidências para convencer a mente, não são suficientes para transformar a vida.
Uma coisa é ouvir a mensagem, outra bem diferente é ter um encontro pessoal com o Senhor ressurreto. O nosso desejo é que todos aqui tenham essa experiência.
Uma Feliz Páscoa com o Senhor Jesus!
Que Deus o abençoe rica e abundantemente.
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Pr. Hilder C Stutz.
Bem, realmente a Páscoa nos faz refletir sobre quem somos para Deus.Gostei muito do seu artigo e desejo que este ministério prospere sempre . beijos
ResponderExcluirAprendendo sobre as realidades da vida
ResponderExcluirSIM, é esse tipo de encorajamento que esperamos nessa vida, onde seguimos em viagem! Deus abençoe sua vida e que você continue a desfrutá-la sabiamente valorizando cada minuto dessa existência. Abraços, Cida Dorico