segunda-feira, 27 de abril de 2009

Mortifiquemos o nosso pecado todo dia


- Refletir no texto: Se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão (Romanos 8.13).

Nesta semana eu li um livro profundo de John Owen: Triunfo sobre a tentação. Brasília: Palavra, 2009. John Owen faz uma pergunta insolente: Minha alma foi lavada a fim de ter mais espaço para mais impurezas?
Se alguém quer conhecer profundamente seu próprio caráter e ao mesmo tempo conhecer profundamente o caráter de Deus, não pode deixar de ler esta obra dele, um dos muitos escritos teológicos de John Owen (1616-1685).
Owen é uma figura notável. Pouco depois de ter sido ordenado pastor em 1637, Owen teve uma profunda experiência de convicção de pecado, algo raro hoje em dia e muito necessário, quando não é doentio e quando provoca a busca da misericórdia de Deus e da santidade de vida. O livro de John Owen nos faz refletir sobre a atual situação da igreja e tomar atitudes sérias diante de Deus.
Owen diz que o pecado é uma nuvem espessa que se espalha sobre a superfície da alma e intercepta todos os raios do amor e favor de Deus. Aquele que troca a soberba pelo mundanismo, a sensualidade pelo farisaísmo, a vaidade pelo desprezo do próximo, não pense que mortificou o pecado. Mudou de dono, mas continua escravo (Owen, John. Triunfo sobre a tentação. Brasília: Palavra, 2009, p.189).
Ele diz que enquanto a consciência tiver meio de aliviar-se da culpa do pecado, a alma nunca tentará fazer a própria mortificação. A grande verdade é que Deus tem olhos puros demais para contemplar a iniqüidade.
A idéia no texto de Romanos é condicional. A conjunção se revela como a mudança e a necessidade da mortificação é crucial. É absolutamente necessário morrermos para o pecado todos os dias. E assim teremos um coração mais voltado para a santidade do eterno Deus.
O texto nos convida como servos de Deus a morrer para os atos da carne a fim de experimentarmos a santidade dele na vida. E o grande meio para esta mortificação é a terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Ela só pode ser realizada pelo Espírito em nosso interior. Ele quem luta em nosso favor para praticarmos o que é bom e eliminarmos mais do que há de depravação em nós.
A nossa tarefa do nosso coração é fazer morrer os atos do nosso corpo. O pecado habita no interior, a nossa carne é corrompida, o velho homem ainda habita em nós.
Mortificar é literalmente disponibilizar para a morte. Paulo diz que se fizermos morrer, matamos o corpo no sentido do pecado. Devemos fazer morrer o velho homem com as faculdades, propriedades, sabedoria e sutileza todos os dias.
E a promessa para todo este processo é que viveremos. Deus nos dá vida que é o contrário do efeito da carne: destruição (Owen, 2009, p.196).
Para quem anda com Deus, o processo natural é vida. Vida em qualidade. Quando fugimos do pecado e dos efeitos terríveis nele no interior, nos encontramos mais com a vida de Deus e da sua graça.
Owen dá algumas dicas importantes para nós:
· A mortificação é o enfraquecimento habitual do pecado em nós.
· A mortificação é uma luta constante na vida espiritual.
· A mortificação é evidenciada pelo sucesso de vencer o pecado.
· A mortificação é uma obra do Espírito Santo dentro de nós (Owen, 2009, p.206).
Que Deus nos ajude a morrer todos os dias para o pecado.

Pr. Alcindo Almeida
Membro da equipe da IP Lapa

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