terça-feira, 28 de abril de 2009

Entre os desertos e palácios - Ricardo Agreste.


Ao longo de minha caminhada cristã, não foram poucas as vezes em que me encontrei cercado por circunstâncias adversas. Em diversas ocasiões, carreguei dentro de mim um sentimento de que não conseguiria sair de uma determinada situação. Se não bastassem os problemas externos que me afligiam, meu ânimo se encontrava debilitado e sentimentos contraditórios me deixavam ainda mais confuso. Para completar o cenário caótico, em alguns destes momentos, um outro elemento intensificava ainda mais a crise: a sensação de que Deus não estava ouvindo minhas palavras ou olhando por mim.
Apesar de ouvirmos muito pouco acerca da realidade destes momentos, ao longo da jornada de um cristão eles existem de fato. Descrevendo sua angústia em uma destas fases de sua caminhada cristã, João da Cruz chega a definir tal momento como sua “noite escura da alma”. Eu, particularmente, tenho optado por nomeá-lo simplesmente como deserto.
O deserto, como espaço geográfico, é um lugar árido e de visual caracterizado pela desolação. Sua imagem transmite a todos a idéia de ausência de vida e iminência de morte. No entanto, é interessante notar que na espiritualidade bíblica o deserto não representa um lugar de perdição e destruição. Muito pelo contrário – nas páginas das Escrituras ele é retratado inúmeras vezes como um lugar onde pessoas são surpreendidas pela presença de Deus e por seu cuidado gracioso para com suas vidas.
Neste sentido, o deserto pode se visto como um lugar para onde muita gente se desloca por força das circunstâncias, como aconteceu com Davi, ou voluntariamente, a fim de buscar a presença de Deus, como aconteceu com Jesus. Mas o deserto pode também ser momento existencial caracterizado pelas adversidades, decepções, enfermidades, crises e perdas; um tempo que não gostaríamos de atravessar, mas que, no futuro, nos dará plena consciência de sua importância na construção de nossas vidas.
Há pessoas que acreditam que este tempo de deserto pode ser altamente perigoso para sua caminhada com Deus. Elas temem que, diante das pressões externas e lutas espirituais, possam vir a desanimar ou mesmo a se decepcionar com o Senhor, abandonando até mesmo a caminhada.
No entanto, as histórias bíblicas nos mostram o contrário. No deserto, servos do Senhor são lapidados e ganham maior consciência do amor de Deus por suas vidas e de sua vocação na história. É ali que, ao invés de se perderem, foram encontrados pelo Pai.
Na verdade, existe um espaço muito mais perigoso e nocivo para a genuína espiritualidade do que o deserto. É o que podemos chamar de palácio: o lugar onde experimentamos o poder e a fartura. No palácio, temos a sensação de que tudo está sob nosso controle. No palácio, nem mesmo precisamos de Deus, pois o pão nosso de cada dia está garantido pelas nossas próprias conquistas.
Por isso mesmo, as histórias bíblicas e as biografias de homens e mulheres do passado nos revelam que, em sua grande maioria, o espaço em que pessoas mais frequentemente se perdem não é o deserto, mas o palácio. É quando vivem no palácio que abaixam a guarda, passam a confiar demais em si mesmas e se veem cercadas de oportunidades que não tinham antes. É no contexto do palácio que o dinheiro, o sexo e o poder se mostram mais sedutores, levando o ser humano à ruína.
Creio que somos convidados a desenvolver nossa espiritualidade ao longo de uma caminhada que envolve tempos de desertos e tempos de palácios. Nos desertos, precisamos encontrar o caminho da confiança no caráter de Deus e da submissão aos seus desígnios, principalmente quando eles não são os da nossa vontade. Mas, nos palácios, precisamos exercitar a humildade de coração e a dependência do Senhor, reconhecendo que tudo o que temos e somos veio de suas mãos – e que as bênçãos não nos são privilégios, mas sim, responsabilidade. Isso porque ambos – tanto os palácios como os desertos – segredam armadilhas próprias. Enquanto desertos são lugares onde a amargura e a desconfiança nos assaltam, nos palácios somos constantemente envolvidos pela tentação de assumirmos o controle de nossas próprias vidas.
É tendo em mente a consciência de que nossa espiritualidade é construída através de desertos e palácios que podemos compreender as palavras de Paulo em Filipenses 4.10-13: “Alegro-me grandemente no Senhor (…) pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura.

Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece”. Aprender a cruzar desertos e a viver em palácios é uma tarefa árdua que requer uma vida inteira de muita oração e dependência de Deus. No entanto, é preciso concordar plenamente com o apóstolo quando diz que tudo podemos no Senhor. Só isso pode explicar o fato de que, apesar dos desertos e palácios, ainda estamos firmes – e, apesar de nossos tombos e deslizes, ainda continuamos no caminho.


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Escrito pelo Pr. Ricardo Agreste da Silva.

Pastor da Chácara Primavera em Campinas.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Mortifiquemos o nosso pecado todo dia


- Refletir no texto: Se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão (Romanos 8.13).

Nesta semana eu li um livro profundo de John Owen: Triunfo sobre a tentação. Brasília: Palavra, 2009. John Owen faz uma pergunta insolente: Minha alma foi lavada a fim de ter mais espaço para mais impurezas?
Se alguém quer conhecer profundamente seu próprio caráter e ao mesmo tempo conhecer profundamente o caráter de Deus, não pode deixar de ler esta obra dele, um dos muitos escritos teológicos de John Owen (1616-1685).
Owen é uma figura notável. Pouco depois de ter sido ordenado pastor em 1637, Owen teve uma profunda experiência de convicção de pecado, algo raro hoje em dia e muito necessário, quando não é doentio e quando provoca a busca da misericórdia de Deus e da santidade de vida. O livro de John Owen nos faz refletir sobre a atual situação da igreja e tomar atitudes sérias diante de Deus.
Owen diz que o pecado é uma nuvem espessa que se espalha sobre a superfície da alma e intercepta todos os raios do amor e favor de Deus. Aquele que troca a soberba pelo mundanismo, a sensualidade pelo farisaísmo, a vaidade pelo desprezo do próximo, não pense que mortificou o pecado. Mudou de dono, mas continua escravo (Owen, John. Triunfo sobre a tentação. Brasília: Palavra, 2009, p.189).
Ele diz que enquanto a consciência tiver meio de aliviar-se da culpa do pecado, a alma nunca tentará fazer a própria mortificação. A grande verdade é que Deus tem olhos puros demais para contemplar a iniqüidade.
A idéia no texto de Romanos é condicional. A conjunção se revela como a mudança e a necessidade da mortificação é crucial. É absolutamente necessário morrermos para o pecado todos os dias. E assim teremos um coração mais voltado para a santidade do eterno Deus.
O texto nos convida como servos de Deus a morrer para os atos da carne a fim de experimentarmos a santidade dele na vida. E o grande meio para esta mortificação é a terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Ela só pode ser realizada pelo Espírito em nosso interior. Ele quem luta em nosso favor para praticarmos o que é bom e eliminarmos mais do que há de depravação em nós.
A nossa tarefa do nosso coração é fazer morrer os atos do nosso corpo. O pecado habita no interior, a nossa carne é corrompida, o velho homem ainda habita em nós.
Mortificar é literalmente disponibilizar para a morte. Paulo diz que se fizermos morrer, matamos o corpo no sentido do pecado. Devemos fazer morrer o velho homem com as faculdades, propriedades, sabedoria e sutileza todos os dias.
E a promessa para todo este processo é que viveremos. Deus nos dá vida que é o contrário do efeito da carne: destruição (Owen, 2009, p.196).
Para quem anda com Deus, o processo natural é vida. Vida em qualidade. Quando fugimos do pecado e dos efeitos terríveis nele no interior, nos encontramos mais com a vida de Deus e da sua graça.
Owen dá algumas dicas importantes para nós:
· A mortificação é o enfraquecimento habitual do pecado em nós.
· A mortificação é uma luta constante na vida espiritual.
· A mortificação é evidenciada pelo sucesso de vencer o pecado.
· A mortificação é uma obra do Espírito Santo dentro de nós (Owen, 2009, p.206).
Que Deus nos ajude a morrer todos os dias para o pecado.

Pr. Alcindo Almeida
Membro da equipe da IP Lapa

ENCONTRO DA FAMÍLIA NA IP LAPA


No dia 18 de maio às 20: 00 horas - teremos o Encontro da família.
A palavra será pelo Pr. Clênio Lins Caldas (Igreja Assembléia de Deus – Bom Retiro).
Teremos também a participação da irmã Doris e o Conjunto Expressão de Louvor da IP Lapa.
Convidamos todas as famílias e irmãos para celebrarem conosco este precioso momento!
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IGREJA PRESBITERIANA DA LAPA
R. Roma, 465.
e-mail:
iplapa@uol.com.br
Site:
www.iplapa.org.br

Fotos da gaIarela da Ip Lapa em casa dia 25.04.2009....









Batismo da nossa pequena Isabella:


Convidamos os nossos amigos para o batismo da nossa pequena Isabella...
Será domingo dia 03.05 as 18:00 na IP Lapa...
Vcs são especiais e por isso estão convidados...
Um ab
Alcindo e Erika
Rua Roma, 465.

sábado, 25 de abril de 2009

“CONHECENDO-ME”


Para meditação: Fizeste-nos para Ti, ó Deus, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansar em Ti (Santo Agostinho).

O nosso mundo é repleto de vendedores de ilusões. São vendedores de ilusões das riquezas: loterias, dinheiro fácil, vida tranqüila, do ter é poder, da supremacia do ter em detrimento do ser.
São vendedores de ilusões de felicidade: as adolescentes grávidas da novela sempre se saem bem; o adultério explícito parece nunca deixar marcas e é facilmente superado por outro relacionamento, quase sempre coberto de superficialidade; a vingança parece uma virtude recomendável, confundida com justiça.
Parece que existe uma distancia intransponível entre o que é, a realidade que nos cerca, e o que gostaríamos que fosse verdade em nossas vidas, relacionamentos, sociedade, e em nosso mundo.
Esses conflitos entre sonho e realidade, desejo e possibilidade, tem desfigurado o ser humano e levado muitas pessoas a algumas opções que julgamos equivocadas:
o Algumas optam por representar diante das pessoas – alguns julgam essa a única opção diante de algumas situações. “Eu pensava da seguinte forma: já que as pessoas não gostam de meu “eu” real, deveria criar uma versão apenas para consumo”. Craig Groeschel em “Confissões de um pastor”, Ed Mundo Cristão, pág 66. Essa tem sido infelizmente, a escolha de muitas pessoas e em muitas situações, gerando frustrações em muitos relacionamentos das mais diversas naturezas.
o Outros concluem que, para sobreviver, é impossível confiar em alguém – Você já pode ter passado por situações em que essa conclusão pareceu-lhe inevitável. Talvez julgue que para viver neste mundo é preciso sempre estar na defensiva. Mesmo porque as pessoas não são o que parecem ser, por isso é sempre bom se proteger. Não confie em ninguém! Senão você se dará mal. O resultado é-nos bastante conhecido: construímos muros à nossa volta e não permitimos que ninguém se aproxime.
Tudo isso parece traduzir uma realidade marcante em nossos dias: a solidão. “O homem moderno é prolixo para comentar o mundo em que está, mas emudece diante do mundo que é. Por isso, vive o paradoxo da solidão. Trabalha e convive em multidões, mas, ao mesmo tempo, está isolado dentro de si mesmo” Augusto Cury, em “O Mestre dos Mestres” Ed Academia de Inteligência, pág 71.
É preciso uma busca sincera para nos conhecermos melhor. Creio que isso se torna possível quando adotamos duas atitudes:

I – SINCERIDADE PARA OLHAR PARA DENTRO DE NÓS MESMOS.
Quem somos realmente?
Impressiona o fato de as pessoas muitas vezes só conseguirem falar de si mesmos diante de um psicólogo ou de um psiquiatra. O problema é que a vida acontece não dentro, mas fora dos consultórios.
A dificuldade é que temos deixado de “ser humanos” para nos tornarmos em um numero, uma conta bancária, uma posição social, um status.
Desenvolvemos atitudes onde queremos ser amados apenas pelo que há de bom em nós, como se fossemos constituídos apenas disso.
Passamos a desenvolver um esforço permanente de ser o que esperam que sejamos, ou a falar, pensar, desenvolver vontades e desejos que esperam que tenhamos.
Mas, o que realmente somos?
Recentemente o cantor Caetano Veloso, em uma reportagem sobre seu novo trabalho musical, justificando seu ritmo essencialmente brasileiro, argumentou: “Você não pode livrar-se de si mesmo, não pode simplesmente decidir que não é brasileiro” (Folha de S.Paulo, 15/04/09).
É preciso compreender essa verdade: nós não podemos nos livrar de nós mesmos. É necessário sinceridade para olharmos para dentro de nós mesmos e nos vermos como somos.
Isso deve estender-se a todas as áreas da vida humana: social, moral e espiritual.

II – CORAGEM PARA OLHAR PARA DEUS.
E quando estamos diante de Deus, desnudamos nossa alma e nosso coração diante dEle, passamos a conhecermo-nos a nós mesmos.
Bem sabemos que é possível enganar outros e até enganarmo-nos a nós mesmos, construirmos uma imagem falsa perante nosso próximo, mas diante de Deus é impossível que o homem esconda quem ele verdadeiramente é.
Santo Agostinho (bispo de Hipona, 354-430 d.C) escreveu: “Diante de Deus, está sempre a descoberto o abismo da consciência humana: que poderia haver de oculto em mim para Deus, por mais que eu não quisesse dizer a verdade? Conseguiria apenas ocultar Deus aos meus olhos, mas não poderia ocultar-me dos seus”.
Buscando a Deus em fé, podemos conhecer a realidade mais íntima do nosso ser, e isso só é possível diante daquele que nos conhece completamente, e mesmo assim nos aceita a ama.
“Deus nos ama o bastante para nos aceitar como somos, mas nos ama demais para permitir que continuemos os mesmos”. Philip Yancey
Quanto mais conhecemos a Deus e o Seu caráter, mais aprendemos a amá-Lo e a nos conhecer melhor.
Concluindo,
Certamente você já se viu tentando impressionar as pessoas. Normalmente fazemos isto por acreditar que agindo assim, as pessoas gostarão de nós.
“A vida em torno do “falso eu” gera o desejo de apresentar ao público uma imagem perfeita, de modo que todos nos admirem e ninguém nos conheça”. Brennam Manning (autor de “O Evangelho Maltrapilho”).
Paulo, o apóstolo, escreveu: “Acaso busco agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens?” (Gálatas 1:10).
Creia: Você não é o que os outros dizem, e sim quem Deus diz que é.
Portanto, chega de ficar representando para os outros. A opinião de Deus a seu respeito é a única que importa. Sua vida pertence a Ele; então, permita que Ele guie cada um de seus movimentos.

Que Deus o abençoe rica e abundantemente.
Pr. Hilder C Stutz

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Lançamento de Vivendo na presença do Pai

Autor: Alcindo Almeida
Páginas: 144.

Vivendo na presença do Pai, é um livro que nos faz refletir e exercitar a nossa intimidade com Deus. Quando temos consciência de que precisamos viver na presença de Deus, sentimos de maneira impressionante o seu toque no nosso coração. E este toque é precioso demais porque é íntimo e tão pessoal que revoluciona a nossa maneira de amá-lo e servi-lo.
Quando andamos na presença de Deus somos tocados nos mais profundo do nosso coração e somente Deus é capaz de chegar lá e discernir todas as nossas emoções. Na presença de Deus somos conhecidos por ele em todas as facetas do nosso coração. E neste processo acontece uma conexão tão verdadeira que a cada detalhe da vida percebemos e sentimos a presença de Deus em nós. Somos também influenciados por um toque divino que vivemos com a realidade e sentido da santidade dentro de nós. Daí a mentira não é a nossa prática de vida.
Quando andamos na presença de Deus somos encharcados com a graça de Cristo e passamos a refletir minimamente o caráter e a vida de Jesus.
Assim, as pessoas olharão para nós e perceberão algo diferente porque a nossa atitude é a de Jesus, o nosso amor é o de Jesus, a nossa palavra é a de Jesus e a nossa postura é a de Jesus.
Ao ler este livro busquemos andar a cada dia sentindo o toque da presença de Deus em nosso viver!
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Vivendo na presença do Pai: Pagamento à vista: 27,00
Vc pode comprar com Rosangela no fone: 011 - 3853-2586 - 011 - 9361-3248.
Ou direto na Editora: 011 2122- 4243 com Rosana...


Uma Teologia renovadora para o coração


Precisamos saber como aproveitar a abertura das pessoas do mundo pós-moderno para propagar por palavras e obras a verdadeira mística cristã, que não se encontra na negação de nossa humanidade ou na busca de um mundo ilusório da transcendência, ou de uma antecipação do céu aqui na terra, mas que se funda em um enigma real e objetivo na história: o mistério da encarnação de Cristo.
A proposta do Filho encarnado é de ressurreição e vida. Esta verdade do Reino traz libertação de gente de carne e osso. E esta vida de Cristo se manifesta através do mover da dinâmica do Espírito Santo. Por isso, como afirma Alister E. McGrath há uma necessidade de ler o movimento da mente e coração. E para isto ele sugere três caminhos para uma teologia renovadora:

·Apreciação pela verdade bíblica:

O propósito da Teologia é nos levar a admirar as riquezas de Deus. Paulo tinha este apreço e diz que considera tudo por perda por meio de Cristo. Ele quer participar da ressurreição de Cristo. Ele quer o prêmio da soberana vocação em Cristo.
A Teologia para Paulo não era um alvo acadêmico, era algo que o preservava encantado diante das grandezas de Deus. Isto nos leva a ficar pasmos diante da revelação de Deus.
A Teologia é para nos envolver mais com Deus. Esta é uma devoção renovadora em nós. É uma devoção que nos leva de volta para Deus. Uma devoção que nos leva para a Palavra com todo o coração.

·Necessidade de envolver os nossos afetos e coração na revelação:
Não dá para entrarmos no processo de conhecimento de Deus sem afeto, porque conhecimento sem as afeições como afirma J. Owen não passa de vazio e frieza. Se não entramos na meditação com as emoções corremos o risco sério de nos envolver num estudo frio e pragmático que gerará conflitos e debates vazios sem devoção.
Na verdade, construiremos definições sobre Deus e não uma experiência de fé e vida com ele.

·Disposição de viver de forma coerente:
A cruz se transforma em algo que desejamos. Submeter-nos a Cristo se torna algo real e verdadeiro.
D. Bonhoeffer fala sobre a cruz como preço do discipulado. Há um custo em viver sem este discipulado. Há traumas profundos quando não honramos a cruz de Jesus.
É terrível quando não vemos o morrer de Cristo em nosso viver diário. Há um convite pela na cruz de Cristo. Precisamos nos envolver no chamado bíblico de uma maneira consistente e coerente. Se a Bíblia não nos molda no viver coerente, vivemos o irreal na vida.
O convite está diante de nós para vivermos uma Teologia renovadora na vida que é sadia e dinâmica!

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Alcindo Almeida

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Comentário sobre o texto:
Aprendendo sobre as realidades da vida...
SIM, é esse tipo de encorajamento que esperamos nessa vida, onde seguimos em viagem!
Deus abençoe sua vida e que você continue a desfrutá-la sabiamente valorizando cada minuto dessa existência.
Abraços,
Cida Dorico

quinta-feira, 16 de abril de 2009

(IN) SATISFAÇÃO


- Texto para meditação: Porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação (Paulo, Carta aos Filipenses 4:11).

Nós, seres humanos, parecemos eternos insatisfeitos.
Diógenes de Sínope, filósofo grego que viveu no séc IV a.C. ficou conhecido como “o cínico”, pelos seus comentários sempre ácidos e sua forma de viver desapegada do mundo. Conta sua história que um dia recebeu a visita de Alexandre, o Grande. Diógenes então lhe perguntou quais eram seus planos para o futuro. Alexandre respondeu: “Conquistar a Grécia”. E depois? acrescentou ele. “Conquistar a Ásia Menor”, respondeu Alexandre, “e depois o mundo”. E o sempre cínico Diógenes continuou: “E depois disso?”.

Alexandre disse que então iria descansar e se divertir. Diógenes então fulmina: “Por que você não se poupa a esse trabalhão todo e começa a descansar e a aproveitar a vida agora mesmo?”.
Isso reflete um sentimento muito presente na natureza humana: “a insatisfação do possuir”.
“Enquanto nos escapa, o objeto do nosso desejo sempre nos parece preferível a qualquer outra coisa; vindo a desfrutá-lo, um outro desejo nasce em nós, e a nossa sede é sempre a mesma”. (Lucrécio, poeta e filósofo latino que viveu no séc I a.C.)
Muitas vezes nos iludimos que o possuir algo desejado ofereça respostas a nossa demanda existencial. Talvez situações possam nos sugerir que o sucesso será adquirido via riqueza, tratando-se essa de acumulo de bens.
Lembro-me de um artigo publicado numa revista semanal (Você S.A. ago/2000) sob o tema “Não confunda sucesso com riqueza”. O texto buscava uma resposta para: o que vale a pena sacrificar para alcançar o sucesso?
Inspirada no pensamento de Tom Morris, professor de filosofia da Universidade Notre-Dame (Paris) a revista realizou uma pesquisa com mais de 1000 pessoas, onde, entre outras coisas, perguntou-se a empregados dos mais diversos escalões o que preferiam: “ganhar mais R$ 10.000,00 por ano ou 1 hora livre todos os dias?”. Uma parcela significativa (mais da metade) abriu mão do dinheiro para viver melhor.
Perguntou-se ainda a alguns milionários se estavam satisfeitos com a vida plena de dinheiro, poder, fama e status social. “Não” foi a resposta da maioria.
Não se sentem satisfeitos e justificam: “sentem-se vazios e carentes de novas oportunidades que os desafiem a realizar algo diferente, que mexa com suas potencialidades. Tendo tudo, nada mais há para descobrirem. Pequenos prazeres são descartados na busca da meta tão sonhada e, quando a alcançam, as coisas que mais gostavam de fazer, como por exemplo... como... Puxa, o que é mesmo que eles gostavam de fazer? Já nem se lembram mais. As próprias emoções perderam-se em meio às inúmeras tarefas”.
Mas, afinal, o que poderíamos considerar como fator de “satisfação” ante as tão possíveis “insatisfações” da nossa caminhada?

I – CONSIDERAR A SATISFAÇÃO COMO UMA CONQUISTA QUE SE REALIZA NA CAMINHADA.
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”. Cora Coralina (poetisa brasileira)
As mais ricas e intensas conquistas da nossa vida acontecem durante a caminhada, ou em outras palavras, tiramos maior proveito e satisfação na vida não quando alcançamos o sucesso, mas durante a sua busca.
Por isso, celebre e comemore seus resultados. Alegre-se com as pequenas conquistas. Pode ser uma conquista na família, no trabalho, nos relacionamentos. O profeta Jeremias nos ensina “...trazer à memória o que nos pode dar esperança”. (Lm 3:21).
O sucesso e a satisfação farão parte de um processo contínuo. Não deve ser tratado como um acontecimento isolado, mas de uma caminhada, de um processo em andamento.
George Jackson, escreveu: “Felicidade não é uma estação final em que você desembarcou; mas é uma maneira de viajar”.

II – CONSIDERAR A SATISFAÇÃO COMO UMA REALIZAÇÃO QUE NOS FAÇA MANTER O FOCO.
Se alguma “insatisfação” existir em você, seja a insatisfação por aspirar algo. Isso é saudável e não tem contra-indicações.
Quem já está satisfeito com a inteligência que alcançou? Com a cultura que adquiriu? Com as descobertas espirituais que experimentou?
Quando perguntado sobre como conseguiu fazer tanto sucesso com suas invenções, Thomas Edison afirmou: “Eu começo onde todas as outras pessoas costumam desistir”.
Lute; suporte a pressão e permaneça firme em seu compromisso e propósito.
O apóstolo Paulo escrevendo aos moradores de Corinto, disse-lhes: “Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale” (I Co 15:58).
Quando Winston Churchill (Primeiro ministro britânico, de 1940 a 1945 e de 1951 a 1955, que dirigiu a Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial) voltou à universidade em que estudara para fazer um discurso, a platéia aguardava um grande discurso do então primeiro-ministro. Ele se pôs de pé diante daquele público e disse apenas cinco palavras: “nunca, nunca, nunca, nunca desista”.
Concluindo,
Minha sugestão para você diante das buscas inerentes à nossa existência, é que você viva a vida intensamente. Construa seus sonhos, encha-se de esperança, busque satisfação naquilo que faz e faça-o com satisfação.
O mesmo Thomas Edison disse: “Nunca trabalhei um dia sequem em minha vida. Tudo sempre foi muito divertido”. Ou, conforme alguém aconselhou: “Descubra alguma coisa da qual goste tanto que seja capaz de fazer de graça; em seguida, aprenda a fazer aquilo tão bem que as pessoas fiquem felizes em remunerar você”.
Não dá para viver na base do “tenho que fazer”. É preciso ter paixão, pois sem ela a vida pode ser muito monótona.
“Pode parecer estranho dizer que a satisfação é o resultado das nossas escolhas... temos uma hipótese de escolha, não tanto em relação às circunstâncias de nossa vida, quanto em relação à maneira como reagimos a essas circunstancias”. “Algumas pessoas tornam-se ásperas à medida que envelhecem, outras envelhecem alegremente. Isso não significa que a vida daqueles que se tornam ásperos tenha sido mais dura do que a daqueles que se tornam alegres. Significa que foram feitas diferentes escolhas, escolhas interiores, escolhas do coração”. Henry Nouwen em “Mosaicos do Presente”.
Seja essa a satisfação presente em seu coração: “...porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.” (Paulo, Carta aos Filipenses 4:11)
Que Deus o abençoe rica e abundantemente.
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Pr. Hilder C Stutz

CRUZ E RESSURREIÇÃO




Texto para meditação: Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo e sentir em mim o poder da Sua ressurreição (Paulo, Carta aos Filipenses 3:10).

Estamos vivendo em nosso calendário a “Semana Santa” assim chamada, mesmo por aqueles que nem sequer sabem o seu significado. Outros são capazes de referir-se a esses dias como os da “Páscoa”.
E num momento assim, capaz de remeter-nos a alguns dias de feriado prolongado, a encontros de família, a passeios relaxantes, a ovos de chocolate (irresistíveis é verdade), não encontramos espaço para falar de eventos da história, a um “drama da paixão”, ou assuntos assim da “religião”.
Poderia me eximir de falar sobre esse momento, escolher um outro tema para nosso tempo tão rico e precioso dessa manhã, mas, minhas convicções de vida e fé não me permitem.
Isso porque não estou falando de um evento qualquer, mas do evento mais portentoso e estupendo que o mundo já conheceu: A Cruz e a Ressurreição de Jesus Cristo.
Alguns meses atrás, conversando com um homem muçulmano a respeito de Jesus e o que Ele significaria para ele, o mesmo assim se expressou: “um profeta; o único que ressuscitou”.
Mas, você pode me perguntar: o que isso tem a ver com minha vida hoje?
O hiato entre a sexta-feira e o domingo da ressurreição (ou domingo de Páscoa), diz respeito às nossas vidas e suas possibilidades.
Ele expõe a realidade que é permanente diante de nossos olhos. Entre a morte e a vida; a perda e o achado; o choro e o riso; a desesperança e a esperança; o vazio e o encher-se de Deus.
Por isso, nesse momento, toda a manifestação do amor de Deus e a obra da salvação em Cristo ganha sentido.
Assim como Paulo (Carta aos Colossenses 2:2) nós queremos dizer que temos trabalhado para que o coração de vocês seja cheio dessa coragem de crer.
Isso tem sido uma verdade tão marcante em nós que tenho em meu coração a mesma convicção de fé de um irmão que no momento de sua morte testemunhou: “Mesmo que eu quisesse eu não podia; mesmo que eu pudesse eu não queria”. Em outras palavras: “Mesmo que eu quisesse viver sem Jesus eu não podia; mesmo que eu pudesse viver sem Jesus, eu não queria”.
Embora a Cruz e a Ressurreição sejam assuntos que causem pouco ou nenhum interesse em nossos dias atuais, gostaria de convidá-lo a refletir sobre esse evento, pois ele tem implicações eternas sobre nossas vidas.
A Cruz não foi um acidente na vida de Jesus, e não é um simples incidente teórico ou religioso na experiência de um cristão.
Ela é uma realidade interior na vida do cristão, onde esse compreende, percebe, e sente o grande amor de Deus, expresso em sua mais intensa manifestação. A cruz é uma eterna decisão de Deus para mostrar o Seu amor por cada um de nós.
Muito se explora a dramatização da Paixão de Cristo, ou a crueldade da crucificação. Mas, vale lembrar que a crucificação é apenas um cenário exterior, que revela a maldade humana.
A Cruz, por sua vez, deve ser uma realidade interior. Ela é a resposta da salvação de Deus para nossas vidas. É a oferta de um amor perdoador que transforma e dá sentido às nossas vidas, e faz da fé uma experiência de vida, e vida em abundancia.
E a Cruz não é o fim da história. Jesus não permaneceu na Cruz. Ele Ressuscitou!
A Ressurreição vem-nos fazer lembrar, que nas realidades da nossa existência, independentemente de quão difíceis possam ser em suas situações ou circunstâncias, há esperança da vida acontecer, de haver transformação, mudança, cura, restauração, provisão, socorro e salvação.
Talvez você esteja vivendo um momento como a sexta-feira.
Mas esse tempo nos faz lembrar, que a manhã do primeiro dia de um novo tempo vai chegar. Que a vida triunfou sobre a morte. Que a luz resplandeceu sobre as trevas. O pecado foi lavado pelo perdão do Sangue do Cordeiro.
O poeta cantou: “Porque Ele vive, posso crer no amanhã!”.
Cristo ressuscitou! Ressuscitou, assevera-nos a Palavra de Deus; ressuscitou, confirmam-no centenas de testemunhas de tão maravilhoso evento; ressuscitou afirmam-no as vidas de centenas de mártires que selaram a fé com o seu sangue; ressuscitou, anunciam milhões e milhões de vidas libertas do pecado, as quais, pela eficácia do Evangelho, tornaram-se novas criaturas.
Crer na ressurreição quer dizer transpor, desde já, pela esperança, que antecipa o futuro, os limites que foram transpostos ou rompidos pela ressurreição de Jesus crucificado. Nenhum limite, nenhuma barreira, nenhuma dificuldade, nada neste mundo, será capaz de matar a vida e a esperança, que assim nasceram no coração do que crê em Jesus Cristo.
É curioso pensar que muitos livros e relatos biográficos de personagens da nossa história, quer tenham vínculos religiosos ou não, terminam com a morte e o sepultamento desses personagens.
A História que celebramos fala de alguém que ressuscitou! Cristo vive!
O Apóstolo Paulo diz em sua carta aos Filipenses: “Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo e sentir em mim o poder da Sua ressurreição” (Fl 3:10).
Concluindo,
Não dá para ficar indiferente à revelação do amor de Deus em Cristo, morrendo por nós e ressuscitando para que por Ele tenhamos vida, e vida em abundância.
Assim, é necessário mudar referenciais, conceitos, valores, convicções e posturas. É necessário romper com o que é menor, mesquinho, fútil, muitas vezes leviano ou irresponsável, e crer naquele que pode fazer diferença, porque Ele nos vê em nossa unicidade: “Cada um de nós”. Eu posso sentí-Lo, andar com Ele, viver sabendo que Ele estará comigo todos os dias, mesmo quando “no vale da sombra e da morte”.
Muitos sentem dificuldades em crer na ressurreição. Poderíamos enumerar muitas evidências sobre ela. Mas, por mais eficazes que sejam as evidências para convencer a mente, não são suficientes para transformar a vida.
Uma coisa é ouvir a mensagem, outra bem diferente é ter um encontro pessoal com o Senhor ressurreto. O nosso desejo é que todos aqui tenham essa experiência.
Uma Feliz Páscoa com o Senhor Jesus!
Que Deus o abençoe rica e abundantemente.
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Pr. Hilder C Stutz.

Encontro da vida IP Lapa


No sábado - dia 25.04 - teremos uma celebração dos jovens e adolescentes.

Será as 19:30 horas aqui na IP Lapa.

Receberemos o irmão e psicólogo Sérgio Moreira. Membro da Comunidade Presbiteriana da Vila Olímpia.

Ele falará sobre o tema: Como lidar com as crises emocionais na juventude?

Teremos o Louvor com o grupo Candeia da Igreja Presbiteriana de Pirituba.

Todos estão convidados para este tempo de adoração e reflexão bíblica na presença do Pai!

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IGREJA PRESBITERIANA DA LAPA

R. Roma, 465