
Quando o cristianismo diz que Deus ama o homem, isso significa que ele o ama realmente; não se trata de um interesse indiferente quase um "desinteresse" em nosso bem-estar, mas que, numa verdade terrível e surpreendentemente, somos os objetos do seu amor.
Você pediu um Deus de amor e já tem.
Como isso pode ser, não sei! Supera o nosso raciocínio explicar como quaisquer criaturas, para não dizer criaturas como nós, tenham um valor tão prodigioso aos olhos de seu criador. Trata-se certamente de um peso de glória não só além de nossos méritos mas também, exceto em raros momentos de graça, além do nosso desejo.
O problema de reconciliar o sofrimento humano com a existência de um Deus que ama só é insolúvel enquanto associarmos um significado trivial à palavra "amor" e consideramos as coisas como se o homem fosse o centro delas. O homem não é o centro. Deus não existe por causa do homem.
Como isso pode ser, não sei! Supera o nosso raciocínio explicar como quaisquer criaturas, para não dizer criaturas como nós, tenham um valor tão prodigioso aos olhos de seu criador. Trata-se certamente de um peso de glória não só além de nossos méritos mas também, exceto em raros momentos de graça, além do nosso desejo.
O problema de reconciliar o sofrimento humano com a existência de um Deus que ama só é insolúvel enquanto associarmos um significado trivial à palavra "amor" e consideramos as coisas como se o homem fosse o centro delas. O homem não é o centro. Deus não existe por causa do homem.
O homem não existe por sua própria causa. "Porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas".
Não fomos em princípio para amarmos a Deus (embora fôssemos também criados para isso), mas para que Deus nos ame, para que nos tomemos objetos em que o amor divino senta "agrado".
Não fomos em princípio para amarmos a Deus (embora fôssemos também criados para isso), mas para que Deus nos ame, para que nos tomemos objetos em que o amor divino senta "agrado".
Pedir que o amor de Deus se satisfaça conosco na condição em que nos encontramos, é pedir que Deus deixe de ser Deus: porque ele é o que é e o seu amor deve, na natureza das coisas, ficar impedido e sentir repulsa por certas nódoas em nosso caráter e porque já nos ama ele precisa esforçar-se para nos tomar dignos de amor.
O que chamaríamos aqui e agora de nossa "felicidade" não é o alvo principal que Deus tem em vista: mas, quando formos aquilo que ele pode amar sem impedimento, seremos de fato felizes.
O que chamaríamos aqui e agora de nossa "felicidade" não é o alvo principal que Deus tem em vista: mas, quando formos aquilo que ele pode amar sem impedimento, seremos de fato felizes.
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