quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Filhos do ódio


Vimos um filme muito precioso: Filhos do Ódio. Ele trata de uma jornada de luta pelos direitos humanos – em especial, em defesa da população afrodescendente – no sul dos Estados Unidos, no ano de 1961. Porém, se naquela região e época o racismo era prática comum – e aceita pela maioria – e os poucos que ousavam se levantar contra tais violências eram tratados com uma repulsa e agressividade ainda maior, o que Alexander Brown quer mostrar através do seu relato é que não eram apenas esses – os negros, afinal – que sofriam na pele essa discriminação. Isso se dá pois escolhe narrar essa trajetória de discriminações e desrespeitos contra uma raça tendo como protagonista.
Bob Zellner ousou não ser igual aos seus pais e avós – um desses, o paterno, chegava a ser membro da Ku Klux Klan. Como se isso bastasse para ser considerado herói.
Bob Zellner é confrontado no seu ambiente universitário, porque começa a romper com o normal e fala com os negros. Aliás, falar assim é tão esquisito porque na lógica divina não há brancos e negros, há pessoas. Zellner acaba conhecendo uma moça afrodescendente que é bem diferente. Uma moça inteligente e que sabe o que quer na vida. Para a surpresa dele, ela era professora na Universidade. Zellner começa a perceber que essa habilidade não tem a ver com cor, tem a ver com ser humano.
Zellner parte para um jeito bem diferente na relação com os afrodescendentes. Ele choca a sociedade dos brancos da sua cidade ao ficar no lado dos afrodescendentes no restaurante da cidade. E também constrange a todos indo na Igreja Batista e senta junto com alguns amigos e participa do culto. O cruel é que quando saem, a polícia os prende. 
Zellner não desiste dessa tentativa de mudança na sociedade para que todos sejam tratados de igual modo. Ele luta, sofre, fala e tenta de todas as formas tratar os afrodescendentes como seres humanos normais. Eles têm sentimentos, afetos, sonhos, fraquezas e o mesmo modo de vida de qualquer pessoa. 
Nós como cristãos somos chamados para tratar as pessoas com graça e sem preconceito. Precisamos olhar a pessoa acima de qualquer estereótipo. Que Deus nos ajude a fazer isso, olhamos para as pessoas através de Cristo. (Alcindo Almeida)

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