sexta-feira, 30 de junho de 2023

Seres tecnológicos


Estamos criando instituições cristãs absolutamente tecnológicas. Daí a grande necessidade de voltar para a nossa humanidade e ver que corre sangue em nossa veia. De que temos uma história de narrativa. 
Temos a necessidade de dividir a nossa história com outras pessoas. Devemos perceber que quanto mais institucionais, mais nos isolaremos das pessoas. 
Quanto mais tecnológicos menos humanos seremos. Precisamos urgentemente parar de olhar um pouco para as atividades da nossa comunidade e olhar para as pessoas, para as suas lutas, para as dores delas e sentarmos para ouvi-las.
Um texto bíblico que nos ajuda a entender a necessidade de mentoria espiritual é o de Tiago 1.12-15. Tiago diz que a tentação nasce da nossa própria cobiça, que é gerada no coração. Então abrir o coração para alguém é permitir que esses pensamentos se tornem conhecidos, de preferência, muito antes de se tornarem em cobiça. 
O pai espiritual (mentor) é esse amigo que nos ajuda a discernir e conhecer esses movimentos do coração. Ele nos ajuda a buscar em Deus o socorro, a paz, o perdão e a transformação.
Trata-se de um relacionamento humano e espiritual mais profundo e íntimo, que penetra o coração e os sentimentos mais secretos dele. É como Anselm Grün sugere na prática dos monges que se dispõem para serem lideres e mentores dos outros.
O mentor deve ser um celeiro com experiência no coração para exercer a função de pai para a comunidade a quem ele serve. Celeiro então é esse pai que cuida e ouve as dores dos outros. Ele tem de ser humilde para ouvir os outros com amor. (Livro A amizade da alma: Fidelidade na mentoria da vida)

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