O salmista Davi diz no Salmo 103.14 a 19: Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó. Quanto ao homem, os seus dias são como a erva; como a flor do campo, assim ele floresce. Pois, passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não a conhece mais. Mas é de eternidade a eternidade a benignidade do Senhor sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos, sobre aqueles que guardam o seu pacto, e sobre os que se lembram dos seus preceitos para os cumprirem! Nos céus estabeleceu o Senhor o seu trono, e o seu Reino domina sobre tudo.
Davi lembra-nos sobre a verdadeira posição de um homem. Ele mostra qual é a nossa posição e a de Deus. O texto usa a palavra pó. Deus nos conhece como o Salmo 139 declara, ele sabe que não passamos de pó. Ele conhece a nossa estrutura frágil e totalmente dependente. Sem Deus não podemos absolutamente nada. Ele é o nosso criador, ele é o nosso sustentador. Ele controla toda a nossa existência e tem todos os nossos dias em suas mãos. É bom refletirmos na idéia da poeira. Ela vem e vai. Assim somos nós na presença de Deus, pó. A nossa estrutura é totalmente humana e a nossa origem é do pó da terra como o Livro de Gênesis nos mostra. (Gn. 2.7)
Salomão refletindo sobre a estrutura humana afirma que todos os homens vão para o mesmo lugar, todos procedem do pó e ao pó tornarão. (Eclesiastes 3.20) Não podemos nos esquecer dessa realidade: a criatura está entre o pó e é pó.
Davi continua avaliando a estrutura humana e diz que quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo, assim ele floresce. Ele afirma que quando passa por ela o vento, logo se vai e o seu lugar não conhece mais. Essa metáfora é usada justamente para ilustrar a fragilidade humana e a sua temporalidade na terra. A flor do campo floresce por breve tempo, mas em pouco tempo se resseca e morre. A relva é queimada e a flor que adorna o campo se perde com o tempo. Assim é a estrutura humana, vivemos, mas com certeza um dia partiremos daqui.
Davi mostra a realidade da vida humana e lembra-nos que não temos domínio sobre a vida, temos sim, limites. Somos pó e a nossa estrutura é extremamente frágil. Mas, graças ao Eterno Deus porque a sua benignidade é de eternidade a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos, sobre aqueles que guardam o seu pacto, e sobre os que se lembram dos seus preceitos para os cumprirem. O nosso papel diante de Deus é andar na presença dele com fidelidade e temor reconhecendo sempre que somos pó e que necessitamos da graça dele todos os dias para vivermos.
Devemos depender de Deus que estabeleceu o trono nos céus e que no seu Reino domina sobre tudo. E assim declararemos sempre com todo nosso coração: Bendizei ao Senhor, vós todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio! Bendizei, ó minha alma ao Senhor. (Livro Poesia e Oração - Série Intimidade com a Palavra - Livro de Salmos - Volume 4)
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