sábado, 30 de maio de 2020

Cristo é o centro da vida

João pregava dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas. O kerygma (pregação) de João Batista passa pela afirmação de que Jesus é maior, é o grande profeta do céu. Ele se considera tão indigno de servir a Cristo que mostra um exemplo profundo sobre a humildade de uma pessoa que reconhece Jesus como Senhor absoluto sobre tudo e todos.
João não se sente mais que os outros, mais que o seu mestre. Ele aplica a humildade no seu coração e diz que há um maior do que ele, alguém que fala com mais autoridade, alguém que batiza com fogo, alguém que fala palavras vivas. João faz Cristo aparecer e ele diminuir. João mostra que Jesus é o maior e ele é apenas um servo menor.
Creio que precisamos imitar a humildade profunda desse homem chamado João Batista. Precisamos reconhecer que somos servos, somos menores. Quem deve aparecer é Cristo, não nós. Cristo é o centro da nossa vida. Cristo é o dono de tudo e de todos. Cristo deve ser exaltado, não o que fazemos.
Humildade é um processo divino em nossa vida, com ela devemos fazer tudo para Cristo, para a glória de Cristo sempre. Como Paulo afirmou para uma igreja: Sofro dores de parto, até que Cristo seja formado em vocês. (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Somos seres livres

Eugene Peterson afirmou: O caráter distintivo da forma "Evangelho" é que ela traz os séculos de histórias hebraicas. É Deus fazendo o seu relato da criação e salvação por intermédio de seu povo, para dentro do relato sobre Jesus, a consumação madura de todas as histórias, de uma forma que é claramente uma revelação, ou seja, o ser divino revelando a si mesmo por amor a pecadores. 
A história da redenção acontece pelo decreto soberano e infalível do Eterno Deus. Temos a participação tão somente por graça, quando a segunda pessoa da Trindade vem aqui nessa terra para nos reaproximar do Criador de todas as coisas.
Quando Jesus se torna humano, ele cumpre uma missão da Trindade em tirar a vergonha dos seres humanos eleitos nele. Sabemos do que somos diante de Deus, temos a vergonha estampada em nosso ser. A vergonha está profundamente enraizada na nossa identidade, ainda que tentemos retocar o nosso ser interno, achando que estava tudo bem antes de termos a graça da manifestação de Cristo, estamos enganados.
Todos os eleitos de Deus necessitam de uma exposição da vergonha dos pecados e das mazelas da alma. Essa exposição foi feita lá na cruz pelo Deus que se revelou de maneira terrena e trouxe o Evangelho para seres que carregavam essa vergonha do ser interno. O Jesus histórico entrou nesse cenário vergonhoso de pecado, onde seres humanos se matam, se destroem, se odeiam, maquinam o mal contra o próximo. Onde as pessoas traem, desonram, mentem e ferem pessoas. Nesse cenário de tamanha vergonha que o Ser divino Jesus Cristo vem morar.
Jesus se humilhou ao entrar no meio de pecadores como nós. Isso é redenção, isso é demonstração do Evangelho cheio de graça, amor e perdão. Por isso, Paulo afirma: Quando estávamos completamente desamparados, Cristo veio na hora certa e morreu por nós, pecadores. É pouco provável que alguém morresse por um justo, embora talvez alguém se dispusesse a morrer por uma pessoa boa. Mas Deus nos prova seu grande amor ao enviar Cristo para morrer por nós quando ainda éramos pecadores. E, uma vez que fomos declarados justos por seu sangue, certamente seremos salvos da ira de Deus por meio dele. Agora, portanto, podemos nos alegrar em Deus, com quem fomos reconciliados por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
Como disse, a vergonha está profundamente enraizada na nossa identidade, mas agora a graça de Cristo cobre essa vergonha e nos torna seres livres para amar, viver sem pesos na alma, perdoar e sermos perdoados. Agora, somos amados pelo amor de Cristo que morreu e ressuscitou por nós! (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Alegria genuína

Henri Nouwen disse certa vez: A alegria é um salto livre em direção do inesperado, uma elevação do que é novo, um estender-se para o céu em esperança, tocar o Reino, caminhar na ponta dos pés cheio de expectativa. A alegria é sempre movente, leve e nova.
O texto sagrado afirma: Alegrai-vos no Senhor, outra vez vos digo: alegrai-vos. 
A alegria na verdade é uma arte para a vida. A alegria de quem tem um relacionamento com Deus é uma pessoa, ela se chama Jesus Cristo de Nazaré. O teólogo Paulo estava consciente de dizer essas palavras, mesmo estando numa situação de prisão e tendo o entendimento que sua prisão resultaria em morte. 
A alegria genuína faz sentido para a vida, para termos um sentido a alegria é algo essencial na vida humana. O que mais buscamos em nossos dias, é a alegria de viver. Na vida cristã, a alegria é fundamental porque sabemos da fonte da alegria que é Jesus. Ele nos mostra o amor de Deus para que a nossa alegria seja completa nele. E a maior alegria consiste em saber que somos amados incondicionalmente por Deus. 
A alegria é uma firme convicção sobre Deus. É uma confiança tranquila em Deus. Uma opção imutável de ser grato ao Deus da nossa vida sempre. A nossa confiança em Deus cresce à medida que cremos que Ele está trabalhando nos bastidores para ajustar todos os detalhes da nossa vida. Isso gera uma alegria incomparável. 
Alegria é um sentido de vida, vida que é vivida na presença do Criador. Então, quando passamos pelo luto, choramos, mas não perdemos essa alegria. Quando passamos pelos problemas mais profundos da vida, não perdemos a alegria, porque ela é parte do ser. Alegria acontece no meio das muitas facetas da vida. Há sempre facetas tristes e alegres na realidade que vivemos. Por isso, temos a possibilidade de viver o momento presente respirando a alegria interna, porque a fonte da nossa alegria se chama Jesus. Como disse Henri Nouwen: Assim como a tristeza origina tristeza, assim a alegria origina alegria. (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 27 de maio de 2020

A vida passa rápido

Henri Nouwen afirmou: A vida tem fala suave. Os sons da vida vêm gentilmente e, não raro, parecem fazer parte do silêncio em que são ouvidos. A vida se move moderadamente: não se trata de passos rápidos, bruscos, mas de um crescimento tão imperceptível que jamais a vemos realmente; apenas a reconhecemos. 
A vida é muito vulnerável, ela vista pela primeira vez, precisa de proteção. A vida é muito pequena, frágil, oculta e sensível. A vida tem um toque brando e divino. O texto sagrado afirma que Deus formou o homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida. E assim, o homem passou a ser alma vivente. A vida não é algo simples assim. Ela é um dom divino, Deus nos deu vida, Deus nos fez seres com uma alma. Corre sangue em nossa veia, há um conjunto para que essa vida dentro de nós flua. Tem um cérebro que manda os comandos dos neurônios para que tudo funcione no ser que somos nós. 
O fato é que temos uma vida, temos um ser humano em nós. Por isso, que essa vida implantada por Deus na criação da raça humana, não pode ser vivida de qualquer jeito. Temos um presente divino para nós, a vida. Devemos vive-la com alegria, significado e com cuidado. Apesar da vida ser sensível e vulnerável, é para ser vivida em todo tempo que Deus nos dá.
Percebemos nessa pandemia que o tempo voa, a vida passa rápido. Percebemos que investimos o nosso ser em muita coisa banal, gastamos tempo da vida em processos e buscas superficiais. Aprendemos nesse tempo que a vida realmente é rápida, frágil e vulnerável. Percebemos o quanto precisamos olhar mais para dentro de nós e pedir para Deus aparar as arestas que nos atrapalham de tornar essa vida mais suave e mais leve. 
Aprendemos nesse tempo que a vida realmente é para ser vivida na presença daquele que a deu. Devemos cultivar mais a comunhão com o Senhor. Devemos ter mais tempo de contemplação e oração. Devemos olhar mais para a vida humana que nos cerca, o nosso próximo que respira também e sente os sons da vida. 
Aprendemos nesse tempo que a vida tem um toque divino e que respiramos a graça e bondade de Deus em todos os dias. Parece que antes, estávamos no piloto automático. Indo e voltando do trabalho. Levando e trazendo os filhos da escola. Fazendo todas as tarefas do dia e quando sobrava um tempinho, falávamos com o Senhor da criação. 
Valorizemos essa vida divina, esse sopro de vida que Deus nos deu para vivermos para Ele. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 26 de maio de 2020

Feridas do coração

Henri Nouwen nos lembra de algo interessante demais. Ele disse: Ao longo dos anos, vim a perceber que a maior armadilha na nossa vida não é sucesso, popularidade, ou poder, mas auto-rejeição. Sucesso, popularidade, e poder podem realmente apresentar uma grande tentação, mas a sua qualidade sedutora, muitas vezes, vem da forma como eles são parte de uma tentação muito maior de auto-rejeição. Quando começamos a acreditar nas vozes que nos chamam inúteis e indignos de ser amados, então sucesso, popularidade e poder são facilmente percebidos como soluções atraentes. A verdadeira armadilha, no entanto, é a auto-rejeição.
Eu tive que tratar esse detalhe no meu coração durante algum tempo. O que aconteceu no meu coração é que tive rachaduras lá dentro que afetaram alguns processos em mim. Alguns sonhos se despedaçaram lá dentro. Levou um tempo para ser tratado e reerguido nessa item do coração. 
A grande verdade é que a nossa necessidade de afeição, atenção, influência e poder são ancoradas em feridas muito antigas e algumas delas estão ocultas no nosso ser mais intimo. Essas feridas podem ser um grande reflexo de não nos sentirmos amados pelos pais, pelos irmãos e amigos. Essas feridas podem ser fruto de palavras ditas a nós, como foi o meu caso com o meu pai. 
Vários modos como respondemos às pessoas hoje, podem ser reflexo desse canto do coração onde moram as feridas latentes e que nos machucam quando somos lembrados. O nosso desejo de ser amado tanto hoje pode ser ligado a algumas experiências de rejeição. Claro que esse é um assunto que não gostamos de tratar, por isso, vamos para a terapia ou para o gabinete pastoral. Lá choramos, lamentamos, falamos mais da alma, do ser e desse canto do coração onde residem essas feridas da alma e do ser.
Acredito que necessitamos entender e viver no coração a realidade da cura das feridas pelo Eterno Deus. Somente Ele pode nos curar e restaurar lá dentro. Só Deus pode tratar da nossa alma ferida. Somente Deus conhece todos os pormenores desse canto do coração. Lembro do que Thomas Merton disse: Quer você entenda isso, ou não, Deus o ama, está presente em você, vive em você, habita em você, chama você, salva você e lhe oferece entendimento e compaixão que não se compara a nada que você algum dia tenha encontrado em qualquer lugar.
Deus nos chama a pararmos de nos esconder e, abertamente, nos aproximarmos dele. Deus é o Pai que nos socorre em todos os dilemas do coração, Deus pranteia por nós quando a vergonha e o detestar-se nos imobilizam. Claro que é desconfortável, intolerável quando temos que confrontar nosso eu verdadeiro. Lá estão essas feridas escondidas e que precisam ser expostas. Deus cuida disso e renova a nossa vida. Não é atoa que o salmista diz: Estou aflitíssimo, vivifica-me, Senhor, segundo a tua Palavra. (Salmos 119.107) 
Que essa seja a nossa oração na presença daquele que cura todas as feridas da nossa alma! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Vivemos por fé

George Campbell Morgan foi pastor e doutor. Ele era um evangelista britânico, pregador, um dos principais professores da Bíblia e um autor prolífico. Foi ele que disse algo sério e profundo demais sobre a fé: Ver não é crer, ver é ver. Crer é confiar sem ter visto.
Quando cremos, aceitamos o que não podemos ver, aquilo que é do céu. A fé é uma ação praticada na vida de adoração e oração ao Deus Pai, Deus Filho e o Deus Espírito Santo.
A fé é quando tocamos no inacreditável e quando falamos de Evangelho, falamos de olhos concentrados em Cristo Jesus. Falamos de olhos que veem o invisível, tocam no intocável, veem o inacreditável. Crer em Cristo, apesar de não vê-lo fisicamente, é ver o impossível, é sentir Deus no meio de todos os obstáculos da vida, e crer que há uma luz no fundo do túnel. Porque Cristo está em nós, Ele vive em nós. É nisso que cremos e vivemos. 
O escritor bíblico diz: Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos. (2 Coríntios 5:7) Vivemos impulsionados por essa fé bíblica, essa fé que está lá dentro do nosso ser. Por causa da fé respiramos Cristo em nós, andamos pensando no céu, confiamos na segurança e provisão que vem dele, louvamos, adoramos e buscamos a sua Palavra. Vivemos por fé a cada instante da nossa existência aqui na terra. 
Vivamos pela fé em todos os processos da nossa vida, seja na hora da alegria, ou na hora da dor. Seja na hora da morte ou do nascimento. Seja na hora da necessidade, ou na hora da fartura. O pensamento de Campbell está absolutamente correto: Crer é confiar sem ter visto. Cremos em Cristo ontem, hoje e para todo o sempre. (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Atitude interior

Para termos um tempo com Deus é necessário silêncio. Anselm Grun diz que o silêncio é o meio para a proteção da percepção de estar totalmente envolvido e perpassado pela presença de Deus. Ele diz que devemos fazer silêncio a fim de mantermos a abertura para a presença de Deus. O silêncio é a atitude interior em que nos abrimos para esta realidade do Deus que nos envolve. Portanto, ela é mais do que o não-falar. Os monges se calam porque experimentaram a Deus e não querem, falando, destruir esta experiência. (Livro Poesia e Oração)

terça-feira, 19 de maio de 2020

Seja feita a tua vontade

Temos uma dificuldade enorme em nos submeter. Queremos fazer tudo pela nossa própria vontade, corremos com a agenda da vida. Fazemos isso, aquilo e mais um pouco. Raramente paramos para observar uma parte do Pai nosso: Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
Quando estamos submetidos à vontade do Eterno Deus e não à nossa própria vontade, descobrimos que grande parte do que fazemos não precisa ser feito por nós. É ele fazendo o seu querer em nós do jeito dele, conforme o propósito dele. Não é por acaso que Paulo afirmou em Efésios 3: Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera. A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.
Vejam que a nossa vida sendo vivida conforme à vontade divina gera uma dependência e mais fé, mais convicção do quer Deus é e do que Ele faz em nossa trajetória. O soberano Deus é poderoso sim, Ele faz muito mais do que pensamos ou pedimos e o seu poder atua em nós e isso para a glória dele, não para a nossa glória. A Trindade age e nós reagimos em obediência e fé na vontade e querer dela.
Toda vez que fizermos algo na vida, precisamos dessa tônica: Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Não é o que queremos, não é o que buscamos, não é o que realizamos, mas aquilo que tem a ver com a vontade de Deus na vida. Aquilo que glorifica a Trindade. É fácil viver assim? Não mesmo! Precisamos de renuncia e entrega para entender que tudo é: Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 15 de maio de 2020

A espiritualidade cristã

Lendo o livro de Eugene Peterson: A Espiritualidade subversiva, ele mostra que falar de espiritualidade neste mundo do século XXI é falar de um tema cuja relevância salta aos olhos. Diante de uma sociedade faminta por significado existencial, sedenta pelas coisas da alma humana e cada vez mais curiosa sobre Deus, é fundamental que a Igreja de Cristo não se furte a ensinar e pregar as Sagradas Escrituras. Na verdade, isso sempre foi necessário desde a proclamação do célebre ide. Mas há hoje, no meio de toda a tecnologia, vemos a sociedade ignorando a pessoa de Jesus, e ela se desenvolve a partir das muitas e variadas experiências de cada um.
O fato é que para cultivarmos uma espiritualidade verdadeira, necessitamos da Bíblia Sagrada, porque ele fornece ao ser humano, o mapa da verdadeira espiritualidade. Como Eugene afirma: As histórias bíblicas nos convidam ao mundo da criação, da salvação e da bênção de Deus.
As histórias narradas nas Escrituras aguçam a nossa espiritualidade. Como Eugene afirma: A espiritualidade é a atenção que damos à alma, ao mundo interior invisível de nossa vida, um mundo que é a essência de nossa identidade, esta alma à imagem de Deus que engloba toda nossa individualidade e glória.
A espiritualidade cristã não começa com o relato da nossa experiência, ela começa com o ato de escutar Deus nos chamar, nos curar e nos perdoar. Ela começa quando Deus toca em nós para que vejamos a sua graça e sejamos envolvidos por ela. 
A espiritualidade cristã começa quando aprendemos a ler os Evangelhos que contam quem é Cristo e o que ele fez por nós numa cruz. Exatamente por isso, que Paulo pode dizer que ninguém poderia inquieta-lo, porque ele trazia no seu corpo as marcas de Cristo. Ele experimentou o toque divino para viver, respirar e sentir uma espiritualidade viva, sincera e profunda.
A espiritualidade cristã tem a ver com a vida que é registrada no livro sagrado, a vida que nasce em Deus, não em nós mesmos. A vida que nasce através de uma redenção aplicada pelo Espirito Santo em nosso ser. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Imaginação no coração

Eugene Peterson afirmou no livro Trovão Inverso: “A imaginação é nosso caminho para penetrar na imaginação divina e nos permite enxergar inteiramente – com integridade e santidade – o que antes víamos como disperso; com ordem, o que considerávamos aleatório. Uma parte considerável das escrituras é composta de textos poéticos, e muitos conceitos são apresentados na forma de metáforas. Além da tarefa de compreendê-los em seu contexto histórico, geográfico, cultural e literário, eles são um convite ao exercício da imaginação, que é fundamental para a compreensão dos mistérios divinos.”
Ainda no livro Espiritualidade subversiva, ele diz: “A imaginação é a capacidade de estabelecer conexões entre o visível e o invisível, entre o céu e a terra, entre o presente e o passado.” Que elemento maravilhoso para nos deliciar no Evangelho, usando a nossa imaginação. Porque é através dela que conseguimos, por meio da fé, ver as realidades do Reino de Deus por inteiro, mesmo sem compreender algumas delas.
Se a nossa imaginação estiver tolhida ou for inativa, somente veremos aquilo que podemos utilizar ou apenas aquilo que está no nosso caminho. Temos esse processo maravilhoso em nosso coração e mente para vermos o belo da criação divina. Usamos a imaginação para pensar no céu que Deus preparou para nós na segunda vinda de Cristo.
No meio do caos e dos problemas, vem a imaginação no coração do que Deus é e do que ele tem para nós, não contemplamos apenas o visível, mas o invisível e o imperceptível. Quando adoramos não vemos, mas através da imaginação podemos louvar e adorar aquele que está dentro de nós. Não vemos Deus externamente, mas o vemos internamente, lá dentro, no coração.
Os Evangelhos escritos, com todos os fatos vividos pelos escritores aguçam a nossa imaginação. Enxergamos os toques de Jesus nas pessoas através da nossa imaginação. Enxergamos os milagres de Jesus através da imaginação. Lemos o sermão do Monte e usamos a imaginação vendo Jesus falando cada palavra.
Não somos os tapados da fé, não somos os loucos que adoram o que não veem. Não, não! Somos o povo da imaginação verdadeira. Imaginamos e pensamos naquele que é real dentro de nós, Jesus Cristo de Nazaré! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Lembrança de quem Deus é

Pensando no texto de 2 Crônicas 30:15 percebemos algumas ideias marcantes. O texto afirma: Então, imolaram o cordeiro da Páscoa no décimo quarto dia do segundo mês; os sacerdotes e os levitas se envergonharam, e se santificaram, e trouxeram holocaustos à Casa do Senhor. 
Quando Israel tem uma nova consciência sobre quem Deus é, ele resgata algumas marcas da caminhada com Deus. O povo realiza o ritual que o lembra da libertação feita por Deus no Egito, acontece o arrependimento no meio dos líderes de Israel e isso influencia o povo em geral. O povo volta a buscar a santidade na presença do Senhor e oferece a vida diante dele. 
Deus quer que nós façamos o mesmo na presença dele. No meio dessa pandemia, somos convidados para um tempo de consciência sobre quem Deus é na nossa vida, o grande Senhor da história, o dono absoluto da nossa vida. 
Quando olhamos para o nosso momento, pensamos mais em colocar a nossa vida espiritual na presença do Eterno e pedir perdão diante dos erros e pecados que cometemos. E é um tempo para praticarmos a santidade na vida. Santidade que quebra o nosso coração, amolece o nosso coração. 
Pensemos sobre essas ações em nosso coração: 

Lembrança de quem Deus é na nossa vida.
Confissão de pecados.
Prática da santidade na vida. (Alcindo Almeida)

Vinte anos de casamento na presença do Eterno Deus

Hoje eu e a minha amada esposa Erika completamos 20 anos de casamento na presença do Eterno Deus. São 20 anos de alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, conquistas e perdas juntos. Tivemos 20 anos de algumas marcas na nossa vida, uma delas foi a tentativa de sermos pais. Dos 20 anos, lutamos quase 8 anos para sermos pais. Esse tempo foi de muito choro, muita dor e angústia no coração, principalmente da Erika. Só quem passa por isso é que pode expressar os sentimentos no coração. 
Nós dois sofremos juntos na saída das igrejas que amamos trabalhar, a que Erika sofreu mais foi a de Pirituba. Chorou, chorou e chorou muito. Sofremos com a morte do meu pai. Tivemos a alegria de ver a Isabella nascendo, que dia! Tivemos a alegria de ver os sobrinhos nascendo e tivemos a alegria de vê-los crescendo bem de perto. Tivemos a alegria de entrar na nossa casa própria depois de muitos anos na espera e no desejo de ter o nosso cantinho. Quantos momentos de vida conjugal. Tivemos a alegria de ver os livros nascendo, foram 2, 5, 10, 20 e agora 27 livros.
Tem gente que pensa que por ser pastor, sou perfeito no tratamento com a Erika, não, não, mil vezes não! Algumas vezes, briguei com ela e ela comigo. Mas, nos dias da vida, aprendemos a nos perdoar mutuamente. Bem, penso que a Erika é heroína, porque aguentar um cara metódico, cheio de padrões e extremamente organizado, isso é uma verdadeira loucura. Eu tive que me adaptar no relacionamento a dois, tive também que abrir mão do meu ego em prol do nosso cônjuge.
O fato é que me tornei um ser humano melhor no casamento, isso pela graça de Deus. Louvamos ao Eterno Deus pelos 20 anos de aprendizado ao lado da pessoa que chamo sempre de “meu bem.” Parabéns pelo nosso dia meu bem! Amo você e a nossa pequena Isabella.

segunda-feira, 11 de maio de 2020

O medo é algo sufocante

A palavra medo significa uma espécie de perturbação diante da ideia de que se está exposto a algum tipo de perigo, que pode ser real ou não. Pode-se entender ainda o medo enquanto um estado de apreensão, de atenção, esperando que algo ruim aconteça.
Todos nós sabemos que o medo é algo sufocante e nos atemoriza em vários processos da nossa vida. Temos visto essa realidade presente nesses dias. Vivemos um tempo bem difícil! O medo tem tirado o sono de pessoas, as levado a ter angústia no coração e sabemos que muitos ficarão com mais medo depois que voltarmos ao normal, após o problema do vírus Covid19. Teremos que lidar com o medo, com a ansiedade e com a depressão! 
Veremos muitas pessoas procurando terapeutas, médicos e conselheiros cristãos para as ajudarem no momento delicado. Tudo isso porque temos percebido o tamanho da nossa fragilidade humana. Não somos suficientes para resolvermos os problemas da alma e do coração. Precisamos de algo mais profundo, mais perto de nós!
Qual o remédio para isso tudo? 

1. Confiança no caráter e vontade do Eterno Deus para a vida: Temos que aprender que a nossa suficiência está em Deus. Dele que vem a solução para as demandas do nosso coração. Precisamos aprender a entender a vontade e desejo de Deus para nós. Com uma perspectiva de quem Deus é, sofremos menos, e lidamos melhor com o medo. Porque saberemos que a confiança nele, nos fortalecerá. Como diz o salmista: Em me vindo o temor, hei de confiar em ti.

2. Sensibilidade na espiritualidade bíblica: Precisamos ter ouvidos para a voz de Deus no nosso coração. Essa voz acalma o nosso ser e nos faz ter paz. Os problemas são reais, mas Deus está conosco sempre. Ele acalma o nosso coração em todo o tempo.

3. Descanso no nosso pastor do nosso coração, Jesus Cristo de Nazaré: Descansar o coração nos ajuda a lidar com o medo, com a ansiedade  e com a depressão! Sabemos que temos alguém conosco que sabe o que é padecer. Jesus esteve aqui e viveu todos os conflitos da vida humana. Ele conhece a nossa estrutura e sabe do que necessitamos. Ele nos ajuda no meio dos medos e aflições da vida. (Alcindo Almeida)

QUEM, DE FATO, SOMOS POR DENTRO?

sábado, 9 de maio de 2020

Mudanças profundas

A santidade da nossa vida não tem a ver com estereótipos em usar roupa tal, cabelo tal ou palavras tais. Santidade é a experiência mais intensa que podemos ter na vida. Santidade tem a ver com uma vida autêntica, viva, sincera e honesta diante de Deus. É uma vida desfrutada na presença do Eterno Deus.

Santidade tem a ver com a ação de Deus no nosso coração provocando mudanças profundas no nosso caráter a tal ponto de vivermos em função da direção das Escrituras e não do jeito que queremos. Santidade é uma consciência de quem Deus é e de quem somos. Quando Moises viu a sarça ardente ele teve uma experiência profunda no sentido de compreender o significado da santidade diante do Senhor. O texto diz em Êxodo 3: Vendo o Senhor que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui! Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa. Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus.
Moisés contempla um espaço da santidade de Deus ao ver aquela sarça. E a palavra para ele foi: tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa. Moisés percebe que a santidade na presença do Deus santo é um processo de divino realizado nele, para ele seja um instrumento nas mãos do Senhor. Moisés recebe uma missão aprendendo que o relacionamento com Deus é algo sério, profundo e radical. Então, onde quer que estejamos, o que fizermos sempre tem que refletir o caráter de Cristo em nós. Todas as palavras, todas as atitudes, o nosso estilo de viver e a nossa conduta em geral, precisa refletir uma vida de santidade e sinceridade. 
Eugene Peterson afirmou no seu livro Espiritualidade subversiva: A santidade é uma fornalha que transforma homens e mulheres que se aproximam muito. Santo, santo, santo não é tapeçaria cristã, é a bandeira de uma revolução espiritual. Essa revolução é o nosso jeito santo de viver com as atitudes, palavras e estilo.
Não é uma dinâmica fácil porque lutamos contra nós mesmos, porque somos pecadores e a nossa inclinação é para o pecado. Mas, pela graça e amor do Eterno Deus, temos o privilégio de andar em santidade e sinceridade. Que Deus nos dê essa graça sempre! (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Um empecilho enorme

O narcisismo é a tentativa de se retirar da estaca zero e assumir uma soberania do eu. Ele nos leva a cultiva o maravilhoso eu. Então tudo gira em torno do mundo eu, tudo é o eu que passa a ser visado. O eu é um empecilho enorme para enxergarmos o que está ao nosso lado, pessoas sofrendo, pessoas necessitadas de afeto, atenção e amor.
O narcisismo é a tentativa de viver para si mesmo e de praticar um louvor ao eu total. Mas, quando nos deparamos com a visão espiritual, encontramos o Deus da graça que se esvazia e vem aqui nessa terra, se humilhando para resgatar gente para ele. Jesus Cristo vem nessa terra e se esvazia de si mesmo para amar pecadores como nós. Ele assume uma natureza humana desfigurada pelo pecado, mas em pureza passa por essa humilhação terrível e nos deixa o ensino profundo para voltar para dentro de nós mesmos, e ver que não somos nada sozinhos.
Jesus vem para nos ensinar que o maior não é o que aparece, mas o que serve e se doa pelo outro. Por isso, o texto sagrado de Filipenses diz que devemos considerar os outros superiores a nós mesmos. Devemos servir e não agradar a nós mesmos. O narcisista se atrapalha todo quando é confrontado por essa verdade. Ele é convidado e sair do trono do eu, do ego e ir para o projeto de renúncia de si mesmo.
Precisamos de um retorno para Cristo, precisamos da graça de Cristo no peito para vencer o ego e a tentativa de querermos ser para nós mesmos. O Evangelho é o fim do eu para o nós. O Evangelho nos resgata do nosso próprio egoísmo e nos coloca num novo centro, Jesus Cristo de Nazaré. Não somos mais nós, mas é Ele e ponto final.
Quando somos tocados por Cristo, recebemos a humildade como empréstimo divino e passamos a ser nós mesmos com o caráter de Cristo. Temos os pés no chão e passamos a lutar contra a nossa própria natureza para que Cristo apareça e nós diminuamos, como João nos ensina. Quando somos tocados por Cristo, percebemos que somos húmus, pó, cinza, matéria orgânica, percebemos que somos formados do barro. Somos totalmente frágeis e necessitamos de Cristo no centro da nossa vida sempre. (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 4 de maio de 2020

O Evangelho é Cristo

O Evangelho é a Rocha. As religiões são tijolos queimados. O Evangelho é a obra exclusiva de Deus para salvar os Seus. As religiões são esforços humanos, a fim de que estes se tornem dignos diante de seus deuses. O Evangelho é Cristo. As religiões são as obras humanas. O Evangelho é descanso. As religiões - peso, fadiga e cansaço. (PARANAGUÁ, Glenio. O Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo. Panará: Editora Ide)

O Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo

O Evangelho é a vida de Cristo fluindo nos filhos de Deus. Não se trata de um implante de membros, mas de um transplante de vida. Não é um mero enxerto dum galho bom numa cepa ruim. É a imputação da Justiça de Deus, após, amputação da arrogância do homem. A morte do ego na cruz antecede a doação da vida ressurrecta de Cristo (PARANAGUÁ, Glenio. O Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo. Panará: Editora Ide)

sábado, 2 de maio de 2020

A graça amorosa do Pai

No maravilhoso livro: A volta do filho pródigo, Henri Nouwen fala sobre a figura profunda do pai que trata os dois filhos, o mais novo e o mais velho. Ambos precisam do toque e da manifestação da graça amorosa do pai. Ambos estão perdidos, um fora e um dentro de casa.
Henri Nouwen diz que a alegria pela volta dramática do filho mais jovem de maneira alguma quer dizer que o mais velho é menos amado, menos considerado, menos favorecido. O pai não compara os dois filhos. Henri Nouwen diz que o pai ama-os com amor total e expressa esse amor de acordo com os percursos de cada um. Conhece-os intimamente porque ele é onisciente. Compreende suas qualidades ímpares e suas imperfeições. Ele vê com amor a paixão do seu filho mais jovem, mesmo que lhe falte a vitalidade da paixão. Para o filho mais jovem não há pensamentos de melhor ou pior, mais ou menos, da mesma maneira que não há termos de comparação para o filho mais velho. O pai responde a ambos de acordo com as suas peculiaridades por causa da sua eterna graça. 
Henri Nouwen diz que a volta do filho mais jovem o faz convocar para uma comemoração cheia de alegria. A volta do filho mais velho, o faz estender um convite para total participação nessa alegria.
Vejam o que Deus faz conosco, nos ama incondicionalmente, apesar das falhas e do jeito volúvel de vivermos. Ele trabalha em todo tipo de gente por graça profunda! Ele trabalha nos esbanjadores, nos legalistas, nos mais fechados e nos mais abertos. Ele trabalha nos corações que deseja e não depende de ninguém. Ele atua em quem ele quer e ama quem ele decide amar.
Graças ao bom Deus que resolveu no amar por causa da sua graça e misericórdia! (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 1 de maio de 2020

LIQUIDEZ, TUDO SE DESFEZ?

Fim das possibilidades humanas

Vivemos dias de muita tensão, ansiedade marcante e pânico no coração das pessoas. Agora é um tempo de percebermos claramente que, o fim das possibilidades humanas, pressupõe absolutamente as possibilidades do Eterno Deus. 
Quando não temos soluções, então entra de maneira suave, brilhante e milagrosa a ação do Deus, o qual dirige e controla todos os passos da sua criação. Como protestantes, pregamos que na hora da dor, do sofrimento e do aumento da ansiedade, Deus continua reinando, Ele é soberano e guia todos os acontecimentos desta vida. E que nós como os seus servos, apenas descansamos na graça e suficiência dele! 
E no meio de todo o sofrimento nos lembramos de maneira especial das palavras de Paulo em Romanos 8:28: E sabemos que Deus faz todas as coisas cooperarem para o bem daqueles que o amam e que são chamados de acordo com seu propósito.
O Eterno Deus faz com tudo o que acontece conosco, seja para o nosso bem, seja para que o seu nome seja exaltado e glorificado. Ele continua atuando em nós e por nós. Deus está olhando para cada detalhe que tem acontecido na nossa vida. Nada escapa do controle absoluto desse Deus maravilhoso. Repito: o fim das possibilidades humanas, pressupõe absolutamente as possibilidades do Eterno Deus. 
Respiremos essa verdade em nosso coração hoje e sempre! (Alcindo Almeida)

Leituras em abril de 2020



1.             PETERSON, Eugene. O pastor contemplativo: descobrindo o significado em meio ao ativismo. São Paulo: Mundo Cristão, 2008. Ociosidade, subversão e apocalipse são contrapontos ao ativismo desenfreado, à rendição aos valores não-cristãos e à ausência da mensagem redentora do Reino. Hábitos que impregnam o pastorado, à medida que se resigna em agir como peças de uma engrenagem em moto-contínuo, cujos excessos de atividades, pressões e responsabilidades sugam o sentido original do ingresso no ministério pastoral. O pastor contemplativo é um alerta para a urgência na redefinição de novos rumos na caminhada ministerial, começando por uma revolução interior que apascente o coração, ofereça novos estímulos e faça valer a pena viver o chamado para o pastorado. Contém 190 páginas.

2.             PETERSON, Eugene. O pastor que Deus usa: cinco pilares da prática pastoral. São Paulo: Mundo Cristão, 2008. No intuito de poder corresponder às demandas do ministério, pastores são intimados a conhecer a sociologia, a história, a psicologia para melhor fundamentar sua prática. Apesar da inegável validade de uma formação multidisciplinar, Eugene Peterson, considerado por muitos o “pastor dos pastores”, chama à atenção para o outro lado dessa moeda: o conhecimento bíblico na prática pastoral está perdendo espaço para outras fontes de conhecimento. Longe de possuir uma mensagem saudosista e retrógrada, O pastor que Deus usa é o esforço para permanecer em contato com a vitalidade do bom trabalho pastoral tão evidente no material bíblico, para depois colocá-la em uso no presente. Peterson resgata a sabedoria contida em cinco livros do antigo testamento (Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes e Ester) para apresentar cinco pilares essenciais ao bom exercício do pastorado. Não se trata, portanto, de tentar encaixar a vida pastoral moderna em um molde antigo a fim de dar-lhe um formato bíblico. Ao contrário, como singular biblista que é, Peterson se vale das Escrituras da mesma forma que Israel o fez vezes sem conta, meditando no seu significado e aplicando suas lições à realidade atual. Contém 285 páginas.

3.             SCHAEFFER, Francis A. Morte na cidade. São Paulo: Cultura Cristã, 2018. Esse livro foi o terceiro a ser escrito por Schaeffer e é essencial para o entendimento de seu pensamento. Escrito no contexto da contracultura dos anos 60, seu toque é profético e sensível a este começo de milênio, na medida em que aborda as mesmas preocupações pessoais, morais, espirituais e intelectuais de nossos dias, e na medida em que os efeitos prenunciados pelo autor para o pensamento e o estilo de vida da sua época são fartamente comprovados hoje. A morte moral e espiritual sufoca a verdade, o significado e a beleza da cidade e da cultura em geral. Contém 96 páginas.

4.             João Calvino - Série clássicos da reforma. Uma coletânea de escritos. São Paulo: Vida Nova, 2017. Nos quinhentos anos da Reforma protestante, Vida Nova tem a satisfação de presentear seu público com a série Clássicos da Reforma, que reúne em cada volume escritos significativos de cada um dos principais reformadores. Cada volume traz uma introdução escrita por um professor brasileiro. A série vem disponibilizar aos interessados na teologia protestante uma seleção representativa de textos dos principais expoentes da Reforma do século 16. Lutero, Melâncton, Calvino e Zuínglio são apenas alguns dos pensadores cujos escritos, na maioria inéditos em português, serão contemplados. Neste volume, traduzimos diretamente dos originais franceses, seis obras importantíssimas não apenas na Reforma protestante do século 16, mas na história do pensamento cristão. Contém 320 páginas.

5.             NOUWEN, Henri. Corações ardentes: Uma reflexão sobre a vida eucarística. São Paulo: Loyola, 2001. Nesse livro, Nouwen fala consigo e com seus amigos sobre a Eucaristia, tecendo uma rede de conexões entre a celebração da Eucaristia e a experiência humana cotidiana. O evento eucarístico revela as experiências humanas mais profundas, as de tristeza, atenção, convite, intimidade e engajamento, o que resume a vida que somos chamados a viver em nome de Deus. Como base em suas reflexões sobre a Eucaristia e a vida eucarística, o autor usa a passagem bíblica dos discípulos que caminharam para Emaús e de volta para Jerusalém. Contém 80 páginas.

6.             GRUN, Anselm. A arte de ser mestre de si mesmo para ser líder de pessoas. Rio de Janeiro: Vozes Nobilis, 2014. Muitas áreas do conhecimento têm servido de inspiração para a liderança e a organização das empresas. A relativamente nova ciência das leis e dinâmicas dos sistemas mais uma vez irá modificar o procedimento da liderança. Quem constantemente busca desenvolver-se terá sempre que ver o todo em suas interações. Esta é, substancialmente, uma abordagem espiritual, pois considera uma boa liderança aquela que engrandece todas as pessoas envolvidas. Estudos empíricos sempre de novo comprovam que o olhar para o todo é o que produz os melhores frutos. Contém 176 páginas.

7.             BAVINCK, Herman. Teologia Sistemática. São Paulo: Editora Socep, 2001. Alguns têm dito que Bavinck foi mais um filósofo do que um teólogo. É verdade que sua filosofia exibe a disciplina do treinamento e da informação de um filósofo, mas o que ele queria ser antes de tudo era um teólogo Escriturístico. É como Landehr disse: Assim como Calvino extraiu seus pensamentos da escritura, Bavinck também sempre se inclinou sobre a Escritura para extrair dela as suas ideias, e sempre foi guiado pela Escritura em sua sistematização de seus ensinos. Além disso, em seu exercício teológico ele não era o espectador imparcial que observava descomprometidamente a realidade da religião. Em sua aula inaugural em Amsterdã, Religião e Teologia, ele disse: "Religião, o temor de Deus, deve ser o elemento que inspira e anima a investigação teológica. Isso deve marcar a cadência da ciência. O teólogo e uma pessoa que se esforça para falar sobre Deus. Contém 624 páginas.

8.             PIPER, John. Pensar, amar, fazer. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2013. Aqui está um desafio para a reflexão e sério envolvimento com um profundo conhecimento de Deus. Também um desafio para a pulsante paixão por Jesus Cristo e por seu evangelho, bem como para uma vida de coerente prática de atos de amor em beneficio dos outros.  O nosso Salvador nos mostra que um cristianismo integral envolve mente, coração e mãos. Ele nos mostra também que a vida cristã é multidimensional, incluindo de modo inseparável pensar, amar e fazer. Com excelentes colaborações de Francis Chan, Rick Warren, Alert Mohler, Rc Sproul e Thabiti Anyabwile – além dos textos de Piper e Mathis – Pensar. Amar. Fazer faz um irrecusável convite para a experiência de uma vida crista plena. Contém 144 páginas.

9.             NOUWEN, Henri. A volta do filho pródigo. São Paulo: Paulinas, 1999. O livro é uma busca por respostas, num mergulho pela alma do autor, utilizando de uma profunda análise da pintura de mesmo nome, do grande artista Rembrant van Rijin (1606-1669), traçando um paralelo entre a pintura e a parábola narrada por Jesus. Antes de mais nada, é importante explicar que apesar do livro ter uma temática religiosa, ele vai muito além disso. Mais do que um simples livro religioso, é um livro humano, que nos mostra o quanto somos frágeis e imaturos diante da vida. O quanto agimos com impulsividade e com impaciência. O autor conversa conosco como se fosse alguém íntimo, revelando seus pensamentos mais profundos, seus medos e angústias. Contém 164 páginas.