sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Necessitamos de mentores


Como necessitamos de mentores nesta jornada cristã, de amigos espirituais que nos ajudem a perceber os nossos vícios compulsivos, amigos que percebem a nossa fraqueza não para nos condenar, mas para nos ajudar a voltar para o foco do Reino de Deus e para a dependência total do Senhor. Amigos que nos ajudam a crescer na fé e na dedicação do Reino de Deus. (Livro Amizade da alma)
Amigos verdadeiros e sinceros que nos ajudem a carregar os fardos. Temos alguns itens importantes nesse processo: confiança, transparência e vulnerabilidade. Esses são os itens com os quais as verdadeiras amizades são construídas. 
Há muita gente sofrendo e andando sozinha nessa vida e que precisam de referências na amizade. Mentores são instrumentos preciosos na jornada da vida. Ouvir o que eles têm a dizer enriquece o nosso crescimento no cristianismo. É sempre bom parar um pouco e tomar um café com aqueles que são referenciais para o nosso coração. 
O grande escritor Charles Swindoll no seu livro: Vivendo sem Máscaras, disse: Relacionar significa aproximar-se das pessoas, sentir os sofrimentos delas, e ser um veículo de estímulo e restauração para elas. As barreiras tem que ser derrubadas. As máscaras tem que ser removidas. Temos que colocar a porta de nossa “casa” placas de boas-vindas. Temos que fazer cópias das chaves da nossa vida e distribuí-las entre as pessoas. Temos que baixar as pontes de nossos castelos e permitir que as pessoas atravessem o fosso, e assim partilhem de nossas alegrias e tristezas.
Aprendamos a dividir o coração com as pessoas que confiamos e amamos! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

A finalidade da oração


A finalidade da oração é nos tornar livres de todas as paixões da terra. Porque quando falamos com o Eterno descansamos nele, aprendemos dele, dependemos tão somente dele e de mais nada. A oração nos ajuda a viver pela fé, fé centrada em Deus não em nós, ou nas circunstâncias da vida. 
A oração nos põe de joelhos para expressar a nossa rendição diante do dono absoluto da nossa existência. Um marido vendo o seu casamento ruir de maneira desastrosa pela dureza de coração, perguntou para mim: o que faremos pastor? Eu respondi: não há nada mais a fazer a não ser orar, orar e orar! 
A finalidade da oração é depender completamente daquele que nos sustenta, nos guarda, nos ama e cuida do nosso coração sempre! A oração é algo tão especial que o salmista afirma: De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando. Davi sabe como a oração é importante para o seu coração. Logo cedo, ele apresenta sua oração diante de Deus e espera pela resposta do céu, não dele, não do que o cerca, mas de Deus. Aprendamos a trabalhar a oração  na nossa agenda espiritual. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Escuridão profunda da alma


No meio da escuridão profunda da alma choramos, sentimos dor, angustiamos demais lá dentro. No meio da escuridão profunda da alma lamentamos demais, experimentamos o sofrimento mais doloroso. Seja na partida de um familiar, de um amigo. Seja numa descoberta de um problema grave de saúde. Seja em qual for o momento de dor, sofremos.
No meio da escuridão profunda da alma, não podemos ver nada, mas pela graça podemos ouvir e ouvir a voz do Pai Eterno dizendo para nós: Não temam quando passarem pelos abismos da vida porque eu estou com vocês, protejo o coração de vocês e ando ao lado de vocês. Saibamos que há consolo para o nosso coração na presença do Eterno Deus. Ele transforma o pranto do nosso ser em dança. Como diz o salmista: Transformaste o meu pranto em dança; tiraste minhas roupas de luto e me vestiste de alegria, para que eu cante louvores a ti e não me cale. Senhor, meu Deus, te darei graças para sempre! Ele não desiste de nós jamais! Ele sabe o que é padecer, sofrer e sabe o que é dor. Por isso, nos ampara e nos acolhe na sua doce e santa presença! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Somos justificados em Cristo Jesus


João Calvino, no seu livro As Institutas da Religião Cristã, refere-se à justificação como “eixo principal ou ponto principal sobre o qual a religião se sustém.” Ele diz que, “salvo se antes de tudo apreendas em que posição estejas diante de Deus e de que natureza seu juízo é em relação a ti, não tens fundamento sobre o qual erigis a piedade para com Deus.” Realmente esse é o alicerce de toda a nossa teologia reformada. Somos justificados pela graça salvadora de Cristo Jesus. E o instrumento usado para que tenhamos a compreensão da redenção em Cristo é a fé. 
Bernardo de Claraval diz que “o fato de Jesus Cristo ter assumido a natureza humana é para a maior manifestação de amor que Deus poderia demonstrar para com os eleitos. A natureza adâmica estava totalmente corrompida e necessitava de um processo de restauração. A encarnação do Filho de Deus é o ato amoroso que partiu do próprio Deus para o bem da raça humana, pois se ele não tivesse amado pecadores com sua ternura, não os teria buscado na sua majestade e nem olhado para nós em nosso cárcere de pecado.” 
Justificação é o fato de Deus, o Pai mandar o seu próprio Filho à cruz para satisfazer a sua justiça em punir o pecado do seu povo. Ou seja, na cruz do Calvário, Jesus é punido em nosso lugar. Na cruz, o justo é punido em lugar do injusto. Paulo mostra claramente essa realidade no texto de II Cor. 5.14-21: Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: se um morreu por todos, logo todos morreram; e ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. Por isso daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; e, ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos desse modo. Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação; pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.
Somos justificados pela fé por meio do Filho que se entregou em nosso lugar. Agora vivemos pela fé nele e a nossa vida é de santidade e amor. Como Sinclair Ferguson afirma: “Quando contemplamos a glória de Cristo no Evangelho, acontece um reordenar dos afetos de nosso coração, de modo que passamos a nos agradar dele profundamente, e as outras coisas que dominavam nossa vida perdem o poder de nos escravizar. Essa é a santificação que acontece quando mergulhamos profundamente no Evangelho.” 
 Que valorizemos essa doutrina em nossa vida diária, que agradeçamos a Deus pela maravilhosa justificação em Cristo Jesus! (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Nossa esperança


O texto sagrado afirma em Jeremias 31.17: Há esperança para você no futuro. Sou eu, o Senhor, quem te diz isso. Olhando para aquilo que Deus já fez na história podemos dizer que os sonhos resistem ao caos da vida. Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser participante da história de maneira redentora. Os sonhos renovam as forças do ansioso, animam os deprimidos, transformam os inseguros em seres humanos com tranquilidade. 
 Deus não desiste de nós em nenhum momento, por isso, nele há esperança para nós em todo tempo! Através da nossa dor vemos os projetos divinos acontecendo de maneira extraordinária. No meio das dores somos mais sensíveis para o mover divino. No meio da dor percebemos que há esperança para nós, há graça para a nossa vida. Há a promessa do Deus que renova as forças do nosso ser, do Deus que anda ao nosso lado. 
Esperança não é a última que morre, porque a nossa esperança tem um nome: Jesus Cristo de Nazaré. Ele é a esperança dos inseguros, dos ansiosos, dos deprimidos, dos angustiados e desanimados. Ele quem disse que nele teríamos paz, nele teríamos graça para sobreviver em meio aos obstáculos da vida. Ele quem disse que seria a nossa alegria eterna. Ele quem disse que seria a água da fonte da vida. Ele quem disse que seria a nossa rocha e salvação. 
Renovemos a nossa esperança naquele que tem o controle de tudo e nos ama eternamente!(Alcindo Almeida)

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Não desprezemos o próximo


Pensemos que uma calúnia, uma fofoca, um desaforo, um desrespeito, um gesto de desprezo, um olhar cheio de ira, uma expressão cínica, um fingir que não viu. A realidade é que cada processo desse, é um mal terrível que cometemos em relação as pessoas que nos cercam. Quando fazemos isso, damos vazão para o mal e não para o amor sincero.
Pensemos quantas vezes temos cometido faltas desse tipo. Porque quando fazemos isso com a criação, ofendemos o Criador dela. Cada falta, cada vez que desprezamos o nosso próximo ficamos em débito no amor para com ele.
Jesus nos convida a tratar as pessoas com graça e amor, trata-las como gostaríamos de ser tratados. Uma vez, uma moça numa das comunidades que fui pastor, fez um desaforo violento em relação a minha pessoa. Fiquei triste, irado, irritado e absolutamente agitado. Tudo o que ela disse era sem sentido e totalmente injusto. Eu fui na casa dela para uma conversa com ela e contei a história do dono de uma pomba. Ele quis ver como ela ficava no frio, arrancou todas as penas e ela começou a sentir frio, tremia e sofria muito. Ele tentando reparar o erro, correu para buscar as penas e colou algumas. As outras, ele tinha jogado na água da praia, já era tarde, a pomba não aguentou e morreu. Eu disse a ela, essa história é mais ou menos o que você fez comigo. Porque ela tinha passado a visão sobre mim para outras pessoas. E tinha dito algo sobre mim que era um grande equivoco. As penas já tinham sido jogadas! 
Precisamos tomar muito cuidado para não caluniar, desprezar e não tratar ninguém com desrespeito. Isso é ruim demais, porque machuca, ofende, destrói o coração das pessoas. Lembremos das palavras de Salomão: O que despreza o próximo é falto de senso, mas o homem prudente, este se cala. (Provérbios 11:12)
Pessoas têm coração e sentimentos, o desprezo é algo terrível e amargo para o coração de uma pessoa. Que Deus nos dê graça para sermos cuidadosos nesse detalhe da nossa vida. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Compaixão e julgamento


Henri Nouwen disse as seguintes palavras: “Para servir aos outros, nós temos que morrer para eles, ou seja, temos que desistir de medir nosso propósito e valor segundo medida dos outros. Morrer para o próximo significa parar de julgá-lo e avaliá-lo. Desta forma, ficamos livres para mostrar a compaixão. Compaixão e julgamento não coexistem, porque o julgamento cria uma distância, uma distinção, que nos impede de estar verdadeiramente com o próximo.”
Algo muito fácil que temos no nosso jeito de ser, e no jeito de avaliar os erros dos outros. Temos facilidade de falar das debilidades dos outros e das atitudes erradas dos outros. Mas, quando somos advertidos quanto ao nosso erro, ficamos irritados e muitas vezes, nos revoltamos com quem faz isso.
Jesus disse no Evangelho de Mateus: Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
A exortação de Jesus é para que não julguemos os outros, porque quando fazemos isso, teremos um peso sobre nós também. Antes de olharmos para os defeitos dos outros, devemos olhar para o nosso.
Devemos corrigir as mazelas antes de falar e julgar o nosso próximo. Por isso, a compaixão é um item essencial na relação humana. Temos que olhar para o próximo nos colocando no lugar dele. 
Quando não julgamos o nosso próximo desistimos de ter o trabalho de ficar apontando para os erros e complicações dele. Nós nos lembramos imediatamente que somos tão pecadores quanto ele. Lembramos que o único que pode julgar é o Senhor. A dica é seria demais: Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Que Deus nos ajude a ser mais compassivos com o nosso próximo! que Deus nos ajude a olhar para nós mesmos antes de questionar qualquer erro ou dificuldade do nosso próximo! (Alcindo Almeida)