
QUANDO OUVIRAM pela primeira vez a palavra da Lei nos Dez Mandamentos, conta a velha história rabínica, os israelitas desfaleceram. Suas almas os deixaram. A palavra então retornou a Deus e bradou:
– Ah, Soberano do Universo, tu vives eternamente e tua Lei vive eternamente. Mas enviaste-me a mortos. Estão todos mortos!
Por essa razão Deus teve misercórdia e tornou sua palavra mais palatável. Essa história traz duas lições. Primeiro que a palavra de Deus é poderosa. É sua própria identidade, e “quem pode resistir à sua presença?” Em segundo lugar, para tornar sua palavra-presença mais palatável, Deus encontrou uma solução: recontou-a sob a forma de histórias.
Por quê? Haverá nas histórias algo que por sua própria natureza expressa os caminhos e a mente de Deus mais do que qualquer outra expressão? Será porque a narrativa é uma incontrolável “energia de conhecimento” que liga uma pessoa a outra, uma geração a outra e em última instância todos a Deus? Será na verdade a história – falada, escrita, encenada, pintada, esculpida, desenhada, cantada – um eco da nossa origem, um elo-tradição que nos liga a nossos começos, uma ressonância de alguma realidade ancestral?
– Ah, Soberano do Universo, tu vives eternamente e tua Lei vive eternamente. Mas enviaste-me a mortos. Estão todos mortos!
Por essa razão Deus teve misercórdia e tornou sua palavra mais palatável. Essa história traz duas lições. Primeiro que a palavra de Deus é poderosa. É sua própria identidade, e “quem pode resistir à sua presença?” Em segundo lugar, para tornar sua palavra-presença mais palatável, Deus encontrou uma solução: recontou-a sob a forma de histórias.
Por quê? Haverá nas histórias algo que por sua própria natureza expressa os caminhos e a mente de Deus mais do que qualquer outra expressão? Será porque a narrativa é uma incontrolável “energia de conhecimento” que liga uma pessoa a outra, uma geração a outra e em última instância todos a Deus? Será na verdade a história – falada, escrita, encenada, pintada, esculpida, desenhada, cantada – um eco da nossa origem, um elo-tradição que nos liga a nossos começos, uma ressonância de alguma realidade ancestral?
William J. Bausch, Storytelling: Imagination and Faith
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