segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Não sabemos perdoar direito


Ontem vimos um filme simplesmente espetacular e muito marcante: Imperdoável. Ruth Slater  cumpriu toda a sua pena por um crime violento. No entanto, ao ganhar a liberdade e reingressar na sociedade, ela encontrou grandes dificuldades e olhares desconfiados porque foi acusada de matar um xerife na sua cidade. Ela estava morando numa casa com a sua irmã caçula e deveria ser despejada da casa. 
Depois de 20 anos presa, Ruth Slater sai da cadeia e tem que recomeçar tudo de novo. E ainda tentar de alguma maneira, rever sua querida irmã. Ela percorre o seu caminho de redenção, começa a trabalhar numa peixaria e também de marceneira num local. Logo percebe que a rejeição e o preconceito são enormes e ela tem que lutar para ser aceita numa sociedade que a rejeita completamente. O problema sério é ser acusada de matar um policial.
Muitos momentos acontecem no filme e nos surpreendemos com a coragem e fibra dessa moça. Ela tenta superar tudo por amor a sua irmã. Fico pensando na realidade do cristianismo, diante dos que caem na vida. A retomada da caminhada, a volta para uma comunidade. Como fazer? As pessoas aceitam mesmo? Perdoam mesmo? 
A Bíblia diz na oração do Pai Nosso: E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. A pergunta é: será que perdoamos mesmo? Será que acolhemos mesmo? Porque muitas vezes medimos as pessoas e as colocamos de escanteio depois das suas falhas. A grande verdade é que não sabemos perdoar direito. Não sabemos acolher direito. Temos medo e receio em aceitar os caídos. Temos medo que nos ofendam de novo, nos traiam de novo, nos maltratem de novo. 
Eu levei anos e anos para perdoar o que meu pai fez comigo. Confesso que tive uma dificuldade enorme no peito. Foi duro passar pelo que passei. Quando meu pai foi convertido por Cristo, fiquei com medo de ser mentira. Levou um tempo para o meu coração! Tive que aprender a perdoar de verdade mesmo. E só vi que perdoei quando o que ele fez não me feria mais.
Ruth Slater é um belo modelo para nós, mesmo porque ela sofre os danos na pele e quando vemos o filme, entendemos a razão dela sofrer tanto. Que Deus nos ajude a perdoar mesmo e acolher aqueles que erraram e os que nos feriram na vida! Da mesma forma que em Cristo Jesus, Ele nos perdoou e nos amou! (Alcindo Almeida)

2 comentários:

  1. Realmente, nós, cristãos, ainda temos muita dificuldade em perdoar. Precisamos tomar consciência da Oração do Pai Nosso todos os dias. Boa Palavra, Rev. Alcindo.

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