Leituras em junho de 2024

1. BARTOS, Thiago. Você tem uma palavra. Itajaí - Santa Catarina: Editora Vélos, 2024. Nesta obra, Thiago Bartos nos presenteia com a sinceridade de suas palavras, um relato comovente que reflete a graça e o amor incondicional de Deus Pai em meio às mais desafiadoras circunstâncias. Já nos primeiros capítulos, somos mergulhados em uma infância marcada por problemas de saúde que abalaram a estrutura familiar, mas também somos apresentados à força inabalável de um pai amoroso que se dedicou incansavelmente ao cuidado de seu filho. A resiliência de Thiago em enfrentar os desafios da vida nos inspira a jamais desistir diante de nossos próprios obstáculos. Contém 160 páginas.

 

2. ROGGENSINGER, Beat. Há esperança para o sertão. Curitiba PR: Esperança, 2023. O Sertão Nordestino, principalmente sua zona rural, é a região do Brasil que mais sofre com as mudanças da modernidade e suas consequências. Isso abre novas oportunidades, mas também traz muitos desafios e problemas. Nas últimas décadas há um crescimento considerável dos evangélicos no Nordeste, que se concentra nas grandes cidades do litoral. Enquanto isso, o desafio da evangelização do sertão profundo ainda permanece. Duas perguntas cruciais: Nós conseguimos enxergar a urgência desse desafio? Entendemos nossa responsabilidade e dever missionário quanto a isso? Este livro reúne textos de especialistas, líderes e missionários brasileiros e estrangeiros que estão vivendo essa realidade. Mergulhe nesta fascinante leitura de estudos e histórias reais impactantes e descubra que há esperança para o Sertão! Contém 312 páginas.

 

3. KELLER, Timothy. Como reconquistar o ocidente para Cristo. São Paulo: Editora Heziom, 2023. O cristianismo está em declínio no mundo ocidental. Nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália e na Europa, igrejas fecham as portas a uma velocidade galopante. Mesmo no Brasil, novos contornos sociais e políticos ameaçam a presença e a ação da igreja. Como a igreja responderá? Neste manifesto breve, mas contundente, Timothy Keller, pastor e autor best-seller do New York Times, defende que esse declínio deve nos impulsionar a repensar a evangelização desde suas bases. Usando a igreja primitiva como guia, as igrejas coletivamente e os cristãos individualmente devem examinar a si próprios, fazendo uma exegese das Escrituras e da cultura, para assim promover uma nova ação missional que restabeleça o contato da igreja com a cultura ocidental e seja capaz de tornar o evangelho atraente e com credibilidade para uma nova geração. Contém 80 páginas.

 

4. RAQUEL, Helena. Libertando a alma. A jornada do perdão. São Paulo: Editora Vida, 2023. Tendo vivido sua própria experiência com a ofensa, o ressentimento e o perdão, a autora já ministrou sobre o tema a uma multidão em conferências e simpósios pelo Brasil. Agora, ela se propõe a caminhar ao seu lado, não apenas contando a impactante história de um homem que sucumbiu ao ressentimento, mas segurando em suas mãos para trilharem juntos a Jornada do Perdão, em que o objetivo maior é a libertação da alma dos ressentimentos e ofensas. Este é um livro para os que precisam perdoar e para os que se propõem a ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo. Prepare-se para viver essa jornada e experimentar a bênção da liberdade. Contém 144 páginas.

5. PETERSON, Eugene. Devocional Solo. Entre você e Deus. São Paulo: O Verso da Vida, 2022. O livro que você tem em mãos é único. Ele não foi elaborado para ensinar você a estudar a Bíblia, mas sim para proporcionar uma conversa entre você e Deus. Os devocionais deste livro estão baseados no clássico método da lectio divina: ler, meditar, orar e viver a Palavra de Deus com a intenção de convidar um Deus onisciente e infinito a fazer parte de sua vida - e isso sem brilho artificial nem floreio. Lectio divina é mais do que estudar a Bíblia: é deliciar-se com ela. Isso porque esse método ensina a absorver a Escritura e meditar nela, a conversar abertamente com Deus e a viver aquilo que se tornou parte de você: a mensagem da Palavra de Deus. O mundo de hoje vive em torno do agora - vivemos um estilo de vida que tem nos sobrecarregado de atividades. Mas esse ritmo mudou a forma como estudamos a Bíblia? Nosso relacionamento com Deus é uma jornada, uma caminhada na qual nos aproximamos Dele a cada dia. Portanto, ler e entender as escrituras é necessário ser uma experiência contínua. Este devocional inovará a forma como você interage com a Palavra de Deus. Solo entre você e Deus, gira em torno da lectio divina, ou "leitura divina", uma abordagem eficaz para explorar as escrituras atualizadas para os nossos dias. Cada devocional oferece um estudo contemplativo único que irá encorajá-lo a:

LER: Descubra a sabedoria bíblica e as revelações conforme você aprende a ler sem as limitações típicas que muitas vezes atrapalham a leitura da Bíblia;

PENSAR: Mergulhe nas passagens conforme você se posiciona na história ou medita nas palavras.

ORAR: Conecte-se com Deus através da oração e do louvor à medida que você encontra novas maneiras de se comunicar com Deus.

VIVER: Descanse, reflita e aja enquanto descobre como levar a Palavra com você ao longo do dia. Contém 653 páginas.

A arte de esperar

Esperar não é uma atitude muito popular. Esperar não é algo pelo qual as pessoas têm muita simpatia. Muitos acham que esperar é uma perda de tempo. Isso por causa da visão da nossa cultura que quer que tudo aconteça ontem. Tudo deve ser muito rápido e instantâneo!  A arte de esperar é um deserto árido que ninguém gosta de estar. 

A geração moderna sofre com esse processo de ter que esperar. A geração de hoje não sabe fazer isso, porque ela tem medo, medo do que pode acontecer, medo do amanhã, medo de mudanças e transformações. As pessoas têm um medo enorme do futuro. 

Os controles da TV nos mostram que não sabemos esperar. A troca de canais é absurda e muito rápida. Ver um filme de 3 horas para uma geração apressada é algo horrível. Vemos os conteúdos que chamam a atenção nas mídias sociais, eles têm no máximo um minuto e meio. 

Não conseguimos sentar para ouvir as pessoas por mais de uma hora. Porque a pressa toma conta da nossa mente de maneira avassaladora. 

O salmista afirma: Ó minha alma, espera somente em Deus, porque dele vem a minha esperança. Davi nos ensina a trabalha esse processo de esperar em Deus. Porque isso traz alívio, traz segurança e esperança para a alma. Viver sufocado pela falta de espera nos faz ficar desesperados e sem esperança. Davi sabe que aprender a esperar em Deus o livra da ansiedade, da desconfiança e da ansiedade.

Esperar em Deus nos ajuda a descansar na graça, no cuidado e na direção do Senhor. Percebemos que Davi conversa com sua alma, para ela esperar em Deus, porque é dele que vem esperança e segurança para ele. Para que nos desesperar com o futuro? Para que viver ansiosos quanto aos processos da nossa vida? Aprendamos a esperar sempre em Deus, porque é dele que vem a nossa esperança para tudo na nossa vida. (Alcindo Almeida)

Sejamos sinceros

Não tenhamos medo de ser quem somos em qualquer momento. Sejamos nós mesmos nas palavras, não enganemos a ninguém sobre como vemos a vida e enxergamos as realidades dela. Sejamos sinceros porque Deus vê tudo, Ele sabe de tudo.

Essa forma de agir nos ajudará a ser cada vez mais transparentes, mais claros, mais objetivos, mais humanos e mais íntegros na vida.

Um dos maiores problemas para todos nós é quando não somos autênticos e verdadeiros, o sono não é justo, a vida fica pesada e não conseguimos exprimir quem de fato somos!

A Bíblia diz em Filipenses 4:8: Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.

O que ocupa o nosso pensamento sempre tem a ver com a justiça, verdade e a honestidade. Então, sejamos sempre transparentes, verdadeiros, autênticos e sinceros na vida diante de Deus! (Alcindo Almeida)

Por que somos contra o aborto como cristãos?

Respondo essa pergunta citando o texto de Salmos 139:13-16: Ah, sim! Tu me moldaste por dentro e por fora. Tu me formaste no útero da minha mãe. Obrigado, grande Deus — é de ficar sem fôlego! Corpo e alma, sou maravilhosamente formado! Eu te louvo e te adoro — que criação! Tu me conheces por dentro e por fora, conheces cada osso do meu corpo. Sabes exatamente como fui feito: aos poucos; como fui esculpido: do nada até ser alguma coisa. Como um livro aberto, tu me viste crescer desde a concepção até o nascimento; todos os estágios da minha vida foram exibidos diante de ti. Os dias da minha vida, todos preparados antes mesmo de eu ter vivido o primeiro deles.

Nós defendemos a vida humana e o valor de cada ser desde a concepção porque o ser humano não é uma máquina, ele é arte da criação do Eterno Deus.

Um bebê gerado no ventre é uma vida, é um ser. Não temos o direito de matar uma vida! A Palavra de Deus nos ensina que devemos respeito pela criação dele. Sabemos que qualquer interrupção da gravidez é uma agressão para a saúde física, mental e emocional da mulher.

Qualquer mulher que aborta voluntariamente, mesmo nas melhores condições de assistência médica, tem um risco acrescido de lesões do aparelho genital, infertilidade, abortamentos espontâneos posteriores, prematuridade em gravidezes ulteriores, entre outros.

Respeitamos a mulher em todos os momentos. A mulher é a coroa da criação. Ela não pode sofrer uma marca tão profunda! Sabemos que o aborto é um crime e ele provoca a desvalorização da vida humana. Sabemos que também que o aborto é aborto induzido, ele contra a ética, pois colide com o princípio fundamental da inviolabilidade da vida humana.

Podemos lançar vários argumentos sérios sobre a nossa postura contra o aborto, mas o principal é que somos criação do Eterno Deus.

Fomos tecidos e formados por Ele no ventre da nossa mãe. Estamos vivos, respiramos, somos pessoas. Isso já é o bastante para nos levantar contra qualquer violação de um bebê, uma criança gerada no ventre de uma mulher. (Alcindo Almeida)

As feridas emocionais

Creio que nada retire tanta capacidade como as feridas emocionais que temos em nós mesmos. Podemos considerar feridas emocionais, todas as memórias que disparam os acontecimentos negativos.

A verdade é que a página interna aciona um gatilho do passado e traz lembranças duras para a mente. As feridas emocionais têm a ver com frustrações, expectativas, mágoas, rancores, ciúmes, medos, situações, cenários, acontecimentos como estupros, abusos, violência doméstica, abortos, pessoas, conversas duras que mexeram conosco e que nos alteraram o nosso humor. Enfim, as feridas emocionais de certa forma nos deixam desestruturados.

O fato é que todos nós temos feridas e no meio delas, podemos viver como vítimas, culpando a Deus ou alguém mais por causa da nossa ferida. Mas, as feridas podem nos fazer depender mais de Deus. Somos transformados no meio das feridas que tivemos na alma. 

No seu livro Estrada para a paz, Henri Nouwen diz que orava, mesmo sem saber como orar. Descansava, mesmo quando se sentia impaciente. Ele tinha paz quando estava sendo tentado; sentia-se seguro em meio à ansiedade. Ele era cercado de uma nuvem de luz, mesmo quando estava no meio das lutas; em amor, enquanto ainda tinha dúvidas. Acredito que esse é o segredo para não deixarmos que as feridas da alma, as emocionais nos atrapalhem de seguirmos em frente na vida. 

Deus nos traz descanso no meio de todas feridas emocionais. Como disse o profeta Jeremias: Sara-me, Senhor, e sararei; salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor. (Alcindo Almeida)