terça-feira, 13 de outubro de 2020

Descanso divino


Henri Nouwen no seu livro Curador ferido diz que “quando olhamos ao redor vemos humanos paralisados pelo deslocamento e a fragmentação, capturados na prisão da nossa própria mortalidade. Vemos estimulantes experimentos de vida pelos quais as pessoas tentam se libertar das cadeias da nossa difícil situação, transcender nossa condição mortal, ir além de nós mesmos e experimentar a fonte de uma nova criatividade.” 
Realmente vivemos um tempo de muita fragmentação e prisão quanto ao futuro da nossa existência. Essa pandemia trouxe não uma libertação das cadeias do medo, da angustia da possibilidade da morte, mas tomou conta de muita gente um profundo medo, uma profunda ansiedade sobre o amanhã. As pessoas entraram em colapso no universo interior, começaram a viver em função de remédios e muitos nem dormem mais por causa da ansiedade, medo e angustia sobre o que poderá acontecer.
Acredito que a proposta de Jesus para esse tempo de insegurança, ansiedade e medo é descansar nele em todos os momentos. Jesus diz em Mateus 11:28-30: Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
Na presença de Cristo, todos os dilemas são controlados. Na presença de Cristo temos o alívio de todas as crises da alma e do ser. Na presença de Cristo temos o descanso diante das perdas, tristezas e dores da alma. Na presença de Cristo temos a graça de respirar com tranquilidade. A fala dele é profunda demais para o nosso coração: Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 
Nas crises e dificuldades precisamos aprender dele, porque sua humildade em nos amar e nos acolher é algo sem medida. Realmente achamos descanso para a nossa alma em Cristo. Quando temos Cristo, não precisamos nos desesperar na vida. Porque lançamos sobre ele o nosso jugo, porque é suave e o seu fardo é leve. 
Vivamos nesse descanso divino, nesse descanso na presença daquele que é o nosso Senhor e Salvador. (Alcindo Almeida)

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