terça-feira, 30 de abril de 2019

Leituras em abril de 2019


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1. POPE, Randy. Discipulado na igreja local. Minas Gerais: Ultimato, 2017. Pequenos grupos, células e outros tantos programas têm sido usados pelas igrejas para treinar e ensinar os seus membros a se tornarem seguidores de Jesus. E o que tem acontecido? Mais quantos encontros ou eventos serão necessários? Como gerar cristãos maduros e capacitados? Para Randy Pope, pastor da Igreja Perimeter, em Atlanta, nos Estados Unidos, e um dos mais influentes líderes na área de formação espiritual e discipulado, é preciso trazer o discipulado de volta para a igreja local. Rico em exemplos e ideias práticas, O Discipulado na Igreja Local é um livro essencial para a igreja dos nossos dias. Contém 208 páginas.

2. KOPESKA, Marcos. O pastor na modernidade líquida - Como sobreviver a esta era e ter um ministério duradouro. Curitiba: Editora Schutz, 2018. O livro mostra como evitar que os elementos da sociedade atual acabem com o seu ministério. A obra revela como escapar das sutis tentações da sobrecarga, da automação, do isolamento e da vaidade. O autor, com base em antigos conselhos encontrados na Bíblia, traz orientações de como o ministério pode ser preservado e se tornar leve e frutífero. Há cerca de trinta anos, o pastor exercia seu ministério com a simplicidade e segurança peculiares de um pai espiritual para a comunidade de fé. Em contrapartida, a igreja lhe correspondia, crescendo com a capacitação oferecida, aceitando a disciplina e respondendo ao doutrinamento bíblico. Hoje, na era que Zygmunt Bauman denomina Modernidade Líquida, o pastor é semanalmente cobrado a ser: empreendedor visionário, orador da melhor estirpe, exímio conselheiro, visitador incansável, educador de excelente qualidade, administrador de conflitos, ilibado exemplo de pai e esposo, psicólogo, terapeuta, etc, etc, etc. Como sobreviver a essa avalanche de responsabilidades? Como se prevenir das tentações da Modernidade Líquida e dar segurança e longevidade ao ministério? Como evitar se tornar parte do crescente número de pastores em depressão e doenças da alma? Contém 100 páginas.

3. MCGRATH, Alister. O ajuste fino do Universo. Em busca de Deus na ciência e na teologia. Minas Gerais: Ultimato, 2017. A cada dia fica mais evidente que a ciência levanta questões que transcendem sua capacidade de resposta. Valor, significado e propósito estão fora do seu escopo. Assim, é tempo tanto para as ciências naturais, como para a teologia cristã reconhecerem suas limitações e abrirem caminho para novas possibilidades de cooperação e diálogo. A teologia natural poderia funcionar como uma ponte entre o mundo da ciência e o da religião? Ou como um ponto de encontro para a teologia, a literatura, as artes e, acima de tudo, as ciências naturais? McGrath examina o aparente "ajuste fino" do universo e seu significado para a teologia natural. Explorando fenômenos físicos e biológicos e aproveitando as pesquisas mais recentes em bioquímica e biologia evolutiva, O Ajuste Fino do Universo descreve uma nova compreensão do mundo natural e discute suas implicações para o debate sobre a existência de Deus. Contém 320 páginas.

4. VANHOOZER, Kevin. Encenando o drama da doutrina. Teologia a serviço da igreja. São Paulo: Vida Nova, 2016. Nesta obra, o aclamado estudioso Vanhoozer apresenta um modo de pensar teologia cristã que parte de sua obra desbravadora, O drama da doutrina, e nos conduz ao próximo passo. Vanhoozer defende que a teologia não é um simples conjunto de crenças cognitivas, mas também envolve discurso e ação na mesma medida. O autor usa o teatro como modelo para explicar de que maneiras a doutrina modela a compreensão cristã e gera discípulos. A igreja, propõe Vanhoozer, é o teatro preeminente em que o evangelho é “encenado”, tendo a doutrina a dirigir essa encenação. As doutrinas não são apenas verdades para ser armazenadas, arquivadas e empilhadas, mas indicações e direções a ser seguidas, praticadas e encenadas. Ao “encenar” a doutrina, os cristãos são moldados e transformados desse modo em discípulos ativos de Jesus Cristo. Vanhoozer passa então a examinar o estado da igreja no mundo de hoje e analisa como os discípulos podem fazer ou encenar a doutrina. Contém 352 páginas.

5. VALADARES, Agnaldo. Roteiro prático para pequenos grupos - Cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPIMW, 2018. O Roteiro Prático para Pequenos Grupo é uma ferramenta preparada especialmente para as reuniões nos lares, que trazem comunhão e edificação para o corpo de Cristo. Contém 132 páginas.

6. KOPESKA, Jasiel Botelho e Marcos. A vida financeira do pastor. Mordomia cristã na prática. Curitiba: Editora Schut, 2018. O livro nos ajuda a refletir sobre a intensa relação entre dinheiro e ministério. Ajuda-nos a ver o dinheiro como instrumento de ministério e não como um mal necessário ou apenas como tentação. Como conciliar a mordomia cristã com a ética? Como lidar com as finanças sem se corromper? Como semear para o futuro sem se tornar ambicioso ou avarento? Como discernir entre fé e prudência? Como manter a vida financeira de forma exemplar? Esse livro ajuda-nos a ver o dinheiro como instrumento de ministério e não como um mal necessário ou apenas como tentação. Contém 128 páginas.

7. BIGARDI, Marcelo. O poder e o impacto de uma visão. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2018. Este livro de liderança, escrito por Marcelo Bigardi, tem a intenção de abordar o desenvolvimento de líderes e tratar desse assunto tão importante de uma forma direta, simples e muito prática. Afinal, se a liderança pode ser desenvolvida, é certo que todos nós ainda podemos crescer muito nessa área. O crescimento individual, no que diz respeito à liderança, deve ser uma escolha diária, pessoal e importantíssima. É preciso um compromisso de manter-se sempre motivado e disposto a aprender e compartilhar de seu aprendizado com sua equipe e liderados. Contém 224 páginas.

8. EMMERICH, Georg O fator mangabeira. Modelo: Uma visão simples e bíblica do discipulado de Cristo. São Paulo: Editora Angular, 2018. No livro, a representação do processo do discipulado por uma árvore tão comum e conhecida, especialmente no nordeste de nosso país, permite a releitura do discipulado de Cristo como a árvore frondosa, que acolhe à sua sombra, que alimenta a vida e só se perpetua na vivência comunitária, na proximidade das pessoas umas com as outras, em que a imitação da vida de Cristo nos faz caminhar na perspectiva de viver e fazer o que ele fez e ensinou a todas as pessoas a quem ele discipulado. Contém 78 páginas.

9. SILVA, José Marcos. Desculpe o transtorno, estamos mudando. Um guia prático para promover mudanças na igreja. Curitiba: Editora Esperança, 2018. Neste livro, a autor propõe um caminho a respeito de como conduzir os processos de mudanças para que os novos paradigmas não fiquem apenas na esfera dos sonhos do líder, mas se transformem em prática e permeiem a vida da igreja/instituição. O autor faz isso, não na condição de um teórico sobre o assunto, pois nesse caso, poderia ter escrito este livro há pelo menos dez anos, mas na qualidade de quem viveu e vive os processos de mudança, tanto na igreja quanto na vida pessoal. Faz isso quase vinte anos depois de ter sonhado com o livro, simplesmente para que acreditemos que somos capazes de liderar processos de mudança e que eles são possíveis. Mudar é uma arte complexa, empolgante, desafiadora, estimulante e possível. Contém 155 páginas.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Uma arte complexa

Mudar é uma arte complexa, empolgante, desafiadora, estimulante e absolutamente possível. Interessante que poucos gostam de mudanças. Vemos isso na igreja, alguns ficam incomodados com as mudanças na liturgia. Uns gostam de musicas mais atuais e outros só gostam de hinos. Na vida, alguns gostam de passear, outros gostam somente de ficar em casa. 
Mudança de certa forma sempre trará algum tipo de insatisfação. E isso é muito bom porque quando não há mudanças, estagnamos na vida. O garoto cresce, amadurece, fica homem e passa por inúmeras mudanças tanto no corpo como na mente. Não permanecemos os mesmos ao longo dos anos que se passam na nossa vida. 
O ambiente de crise é o passo primordial para o inicio das mudanças. Todos nós precisamos mudar. Não é por acaso que Paulo diz que devemos ser transformados na nossa mente para que experimentemos a boa, perfeita e agradável vontade do Eterno Deus.
Eu me lembro de momentos complicados na minha vida, momentos tão complicados que tive de tomar decisões importantes para mudanças radicais na forma de ser, de falar e de pensar sobre a vida em vários aspectos dela. Algumas vezes, precisamos mudar no casamento, precisamos deixar de falar e agir mais. Precisamos mudar na visão de Reino, ser mais quebrantados e menos arrogantes. Precisamos mudar no relacionamento com as pessoas, ser mais atenciosos e afetivos ao invés de distantes e insensíveis. Mudança de mente, mudança de atitudes é o que precisamos na vida para torna-la mais doce, mais graciosa. 
Somos seres humanos que precisam de mudanças diariamente. Mudanças que nos deixam mais humanos e mais sensíveis para o que Deus está realizando e ainda realizará em nós. Que Deus nos dê a graça de sermos mudados e transformados em nosso ser a cada dia! (Alcindo Almeida)

Somos embaixadores de Cristo


Sabemos bem que o trabalho dos embaixadores é que são figuras de vital importância para a política externa de seus países. A função de um embaixador é: representar o governo e promover os assuntos e interesses oficiais do seu país de origem junto a outros países; informar o governo sobre os acontecimentos no país estrangeiro e promover relações amistosas e desenvolver as relações econômicas, culturais e científicas entre as duas nações.
Paulo disse aos cristãos de Corinto: Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus vos encorajasse por nosso intermédio. Assim, vos suplicamos em nome de Cristo que vos reconcilieis com Deus. Assim como os embaixadores representamos um Reino, o Reino de Cristo onde quer que estivermos. Um embaixador deve ser um exemplo do seu país na embaixada que está. Nós somos os servos de Cristo como embaixadores do seu Reino. As pessoas conhecerão sobre Cristo e sua obra através de nós. Representamos o Reino de Cristo através das palavras, do caráter, da conduta, da santidade de vida e do modo em geral de vivermos. 
Somos os embaixadores de Cristo os quais mostram para as pessoas como Cristo é, o que ele faz e como é a paz que ele nos dá. Imaginemos se o nosso testemunho é falho, as pessoas verão. Imaginemos uma pessoa que tem um vocabulário fora do padrão das Escrituras e ela fala que é embaixadora de Cristo. Uma pessoa que mente descaradamente e diz que é embaixadora de Cristo. 
Percebemos que sermos embaixadores implica em ter a vida de Cristo, o jeito de Cristo, a santidade na vida, no caráter e no procedimento. Através da nossa vida mostramos para os outros a reconciliação que há em Deus. Através da nossa vida mostramos para os outros que Cristo liberta, traz paz, vida e graça para pecadores. Que Deus nos dê a cada dia graça sobre graça para representarmos o seu Reino com verdade, justiça, amor e sabedoria! (Alcindo Almeida)

sábado, 27 de abril de 2019

Espaços do coração

Precisamos de um lugar seguro para admitir e explorar nossos desejos, uma comunidade de companheiros de jornada que acreditem que os nossos desejos não são essencialmente vergonhosos, mas absolutamente humanos e já satisfeitos em Jesus. 
Precisamos de espaços para dizer quem de fato nós somos. Precisamos de amigos com os quais não temos medo de abrir a nossa pagina interna com todos os dilemas e conflitos do coração. Hoje vivemos o dilema do descartável e da pressa para tudo. Não conseguimos parar para ter um tempo só para bater papo, dividir os espaços do coração e contar as histórias da alma. 
Precisamos imitar o nosso mestre Jesus Cristo de Nazaré, ele fazia cada oportunidade da vida, uma tempo de conversa. Ele vai na casa de Zaqueu e toma um café com ele. Ele vai na casa de Maria e Marta e conversa com elas. Ele dialoga com Maria Madalena e com um centurião romano. Ele ama estar com pessoas que ele mesmo criou. As nossas comunidades precisam ser espaços de consertar corações que possuem dilemas, alegrias e histórias das mais diversas formas. 
Eu tive um grande amigo chamado Silas Firmino, eu tinha a privilegio de almoçar com ele toda semana. Aprendi tudo sobre a história da minha amada igreja de Ermelino Matarazzo. Ouvi durante anos as histórias mais lindas da ação e providencia divina na vida daquelas pessoas que viveram ao lado desse amigo. Comecemos a próxima semana e separemos algumas horas para sentar com alguém e com essa pessoa, dividamos os espaços do coração e da alma. (Alcindo Almeida).

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Uma proposta divina

A ansiedade é uma emoção caracterizada por um estado desagradável de agitação interior, muitas vezes acompanhada de comportamento nervoso, como o de se embalar de trás para a frente. É o sentimento desagradável de terror por eventos antecipados, tal como a sensação de morte iminente. 
Dizem que a ansiedade é "o mal do século". Temos percebido e visto que as vendas de calmantes e antidepressivos são cada vez maiores. Quantas vezes nos pegamos envolvidos pela ansiedade. É a ansiedade para ver o filho tendo a experiência de ir para a Faculdade. É a ansiedade para ver o resultado dos exames por causa de uma suspeita de tumor. É a ansiedade para uma nova oportunidade de emprego. É a ansiedade por causa da mudança de cidade e de emprego. Enfim, temos inúmeros processos da vida que nos deixam ansiosos e completamente fora de nós mesmos. 
Claro que por causa dos efeitos do pecado em nosso ser, temos ansiedade de alguma forma, mas o grande problema é quando nos tornamos prisioneiros dela em todos os momentos da vida. Há pessoas que nem dormem por causa da ansiedade. Elas se tornam escravas e completamente dependentes dela. 
Jesus disse aos seus discípulos: Não andem ansiosos por coisa alguma. Jesus trabalha a necessidade de olharmos para a vida sem surpresas e sem desconfiança. Ele nos ensina a viver cada dia na presença dele, sabendo que providenciará todos os recursos para nossa providência aqui nessa terra. A fala de Jesus com os seus discípulos é para buscarem o Reino e a justiça. O restante para a vida, ele suprirá. Sei muito bem que é mais fácil falar do que viver, mas essa proposta divina precisa encher nosso coração. 
Vençamos a ansiedade com dependência do caráter de Jesus. Ele disse para não andarmos ansiosos na vida, porque ele tem cuidado de nós. Ele disse que sua presença estaria conosco e ponto final. Dependamos daquele que nos sustenta e nos ajuda sempre: Jesus Cristo de Nazaré! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Espiritualidade com sentido

O livro Modernidade Líquida é uma das principais obras do polonês Zygmunt Bauman, professor emérito das universidades de Leeds (Inglaterra) e Varsóvia (Polônia) e um dos mais importantes sociólogos da atualidade. Bauman diz que alguns acontecimentos da segunda metade do século XX, como a instabilidade econômica mundial, o surgimento de novas tecnologias e a globalização, contribuíram para a perda da ideia de controle sobre os processos do mundo, trazendo incertezas quanto a nossa capacidade de nos adequar aos novos padrões sociais, que se liquefazem e mudam constantemente. 
Nessa passagem do mundo sólido ao líquido, ele chama atenção para a liquefação das formas sociais: o trabalho, a família, o engajamento político, o amor, a amizade e, por fim, a própria identidade. Essa situação produz angústia, ansiedade constante e o medo líquido: temor do desemprego, da violência, do terrorismo, de ficar para trás, de não se encaixar nesse novo mundo, que muda num ritmo muito veloz. 
Que coisa não? Uma pessoa secular fazendo a leitura correta do que realmente tem acontecido no meio da nossa sociedade. Vivemos uma época de muito stress que geralmente tem tornado as pessoas muito secas, violentas e amargas. Vivemos um tempo de muita ansiedade e um tempo de muita depressão no coração das pessoas. 
Jesus nos ensina a viver de maneira sadia, dinâmica e com uma espiritualidade com sentido. Ele diz que devemos lançar sobre ele toda nossa ansiedade. Ele nos ensina a colocar sobre ele todos os fardos da alma. Ele nos ensina a descansar nele em todos os sentidos da nossa existência. Isso nos torna leves, sadios, equilibrados e pessoas que têm paz na alma. Jesus disse: Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo. Deixem que eu lhes ensine, pois sou manso e humilde de coração, e encontrarão descanso para a alma. Meu jugo é fácil de carregar, e o fardo que lhes dou é leve. Descansemos no nosso mestre Jesus Cristo de Nazaré! (Alcindo Almeida) 

terça-feira, 23 de abril de 2019

Sem machucados na alma


A realidade é que o ato de perdoar é de alta complexidade, de muita dificuldade para nós filhos de Adão. O ato de perdoar envolve um longo processo de releitura do passado, usando as lentes divinas do amor, da compreensão e da tolerância. O ato de relevar a ofensa tem a ver com uma atitude de arquivar sem débito algum o fato vivido com o outro. 
Exemplifico, um vizinho que era uma pessoa odiosa e me incluiu na lista dele de ódio, mentiu para o meu pai dizendo que eu bati na minha vizinha. Eu não tinha feito isso, eu a empurrei e ela caiu no chão. Éramos crianças e estávamos brincando. Aquele sujeito mau, cheio de ódio e rancor no coração, disse que eu fiz algo errado. Meu pai creditou no sujeito e levei uma surra que me deixou sangrando e com vários ferimentos no corpo. Passei a ter raiva misturada com ódio daquele vizinho. Levou muito tempo para perdoa-lo porque tinha a cena reeditada, trabalhada e cada momento do sufoco, que passei nas mãos do meu pai, tudo por causa dele. 
Perdão é quando a pessoa não fere mais a gente. Perdão é quando a ofensa não nos machuca mais a alma e o coração. A pessoa não está mais marcada pelo nosso ódio e desprezo. É o que Deus faz conosco todos os dias. Ele nos perdoa por graça, amor e misericórdia. Sei que não é algo fácil perdoar quem nos rebaixou, nos humilhou e nos ofendeu profundamente. Mas, temos o modelo divino, Cristo, que foi ofendido por nós e nos perdoou e nos levou de novo ao acesso à Trindade. Perdoe, perdoe e perdoe como você é perdoado a cada dia! (Alcindo Almeida)



segunda-feira, 22 de abril de 2019

A Boa Nova

A Reforma Protestante começou no dia em que Martinho Lutero orou sobre o significado das palavras de Paulo em Romanos 1:17: Visto que a justiça de Deus se revela no Evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé. Como muitos cristãos dos nossos dias, Lutero se debatia noite adentro com a questão fundamental: de que forma o Evangelho de Cristo pode ser chamado de Boa Nova? 
Sem querer ser muito pretensioso, respondo que pode ser chamado de Boa Nova através do testemunho de gente que anuncia essa boa nova através de gesto simples, como crer em Cristo nos mínimos detalhes da vida. Como acordar e dizer: Obrigado Deus pela vida, saúde e ar que respiramos.
O Evangelho de Cristo pode ser chamado de Boa Nova através da nossa vida quando perdoamos aqueles que nos feriram e não viramos o rosto para eles. Porque tem gente que é ferida e deleta o próximo da sua vida. O Evangelho de Cristo pode ser chamado de Boa Nova através da nossa vida quando somos santos na vida, quando obedecemos aos preceitos de santidade na vida moral, social e espiritual. Quando nossa palavra é recheada de sinceridade, honestidade e verdade. 
O Evangelho de Cristo pode ser chamado de Boa Nova através da nossa vida quando abraçamos uma pessoa necessitada e a acolhemos em nosso coração. O Evangelho de Cristo pode ser chamado de Boa Nova através da nossa vida quando oramos pelas pessoas e damos a atenção que Jesus daria. 
O Evangelho de Cristo pode ser chamado de Boa Nova através da nossa vida quando respiramos a Cruz de Cristo em todo tempo da nossa vida! Vivamos pela fé com esse Evangelho maravilhoso de Jesus Cristo de Nazaré! (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Restauração do ser humano

Tim Keller afirmou no seu livro A cruz do Rei: Na cruz, Jesus recebeu o que merecíamos a fim de que pudéssemos receber o que ele merece. Quando percebemos que toda essa imensa inversão de coisas foi por nós, quando notamos que ele abriu mão de toda a riqueza cósmica e se inseriu em meio à pobreza deste mundo, a fim de que pudéssemos ser espiritualmente ricos, isso nos mudará. 

Como podemos pensar sobre essa entrega do Senhor Jesus? O nosso verdadeiro tesouro, o nosso Salvador enfrentou o que jamais poderíamos enfrentar. Nós é que deveríamos estar lá na Cruz para morrer e sermos condenados pelo que fizemos. Ele não, ele não merecia passar pelo que passou em nosso lugar. 
Jesus se esvaziou como Paulo diz em Filipenses. Ele se humilhou, ele se transformou em homem para que a nossa verdadeira identidade fosse resgatada. Ele foi obediente até a morte de Cruz, para que tivéssemos a nossa comunhão restaurada com a Trindade. Sentamos na mesa da Santa Ceia e celebramos o pão e o vinho por causa dessa entrega profunda de Jesus. 
Há uma inversão profunda no palco divino. O Pai, o Filho e o Espirito Santo resolvem amar gente que se rebelou. E esse amor passa pela morte de um pedaço divino. Jesus vem e se esvazia completamente assumindo essa natureza humana caída. Que negócio terrível! 
Jesus deixa a sua glória eterna e vem para morar entre pecadores, porém, sem nenhum pecado. Mas, ele vem! Ele vem e aqui padece, sofre, é humilhado por esses pecadores. Colocam sobre o Rei dos reis uma coroa de espinhos, o penduram numa cruz e ali ele morre. Mas, ao terceiro dia, ele rompe com essa morte e restaura o nosso ser! Ele traz a ordem para o caos estabelecido na queda. Ele traz a restauração do ser humano com essa entrega divina. 
Louvado seja o Cordeiro de Deus! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Ele foi ferido por mim!

O texto sagrado do profeta Isaias 53: 5-6 afirma: Mas ele foi ferido por causa de nossa rebeldia e esmagado por causa de nossos pecados. Sofreu o castigo para que fôssemos restaurados e recebeu açoites para que fôssemos curados. Todos nós nos desviamos como ovelhas; deixamos os caminhos de Deus para seguir os nossos caminhos. E, no entanto, o Senhor fez cair sobre ele os pecados de todos nós. 
Hoje acordei pensando o quanto Deus é bom em minha vida. Ele mandou seu próprio Filho para morrer e ressuscitar em meu lugar. Isaías mostra o quanto foi doloroso para Jesus passar por tudo isso. Ele foi ferido por causa da minha rebeldia e esmagado por causa dos meus pecados. 
Minhas taras, mentiras, orgulho, soberba, ódio, rancor, falsidade, arrogância e prepotência estavam sobre o Senhor Jesus Cristo. 
Jesus sofreu por causa de mim, ele padeceu profundamente sendo humilhado, abandonado e vituperado. Meu Deus! Meu Deus! 
Que amor é esse por mim? Não mereço tão grande amor demonstrado desse jeito. Eu estava longe de Cristo e na cruz, ele me aproximou dele. Eu estava perdido e ele me achou! Eu estava cego e ele me fez ver. 
Bendito seja o Senhor Jesus Cristo de Nazaré que se entregou por mim na Cruz do Calvário, ressuscitou e me aceitou no Reino do seu amor para sempre. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 16 de abril de 2019

O Evangelho não é conselho

Tim Keller diz que “o Evangelho não é conselho: é a boa-nova de que não precisamos conquistar acesso a Deus, pois Jesus já fez isso por nós. E é um dom que recebemos por pura graça — por meio do favor de Deus, totalmente imerecido. Se tomamos posse desse dom e continuamos a mantê-lo por graça, então o chamado de Jesus não nos arrastará para o fanatismo ou para a moderação. Seremos para sempre apaixonados por fazer de Jesus o nosso objetivo e a prioridade absoluta.” 
Verdade mesmo, o Evangelho nada tem a ver com seguir conselhos, mas sim a graça de seguirmos a Jesus. Seguimos aquele que se entregou sua vida por nós. Seguimos aquele que nos amou integralmente até a morte e morte de Cruz. Seguimos o mestre Jesus que deu total significado para o nosso ser. O Evangelho não é conselho, ele é vida, vida de Cristo que derramou seu sangue precioso para nos resgatar das trevas e nos lavar de toda transgressão. O pão da vida veio e se fez carne para nos amar e nos redimir.
O Evangelho não é conselho, ele é a boa nova de salvação através do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo de Nazaré. Nos rendemos diante dele e o amamos eternamente! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Estamos nele para sempre


Estar em Cristo é ser restaurado do modo que fomos criados para ser. Fomos criados para refletir ativamente a imagem de Deus aqui na terra com o empréstimo divino de alguns atributos. 
Jesus Cristo vem aqui nessa terra e cumpre todos os preceitos da Lei ativamente e passivamente através da sua morte na Cruz. Estar em Cristo é ter a restauração da nossa imagem que foi desfigurada na queda. Em Cristo recuperamos a verdadeira humanidade e identidade. Somos convidados novamente para o jardim divino e lá podemos celebrar com o Criador novamente.
Essa semana da páscoa é muito valiosa, profunda e extremamente significativa para nós, pois nela, nos lembramos da entrega da segunda pessoa da Trindade, na cruz do Calvário. Lá Cristo nos fez estar nele, lá ele nos restaurou no ser. Não somos mais escravos das trevas, não iremos mais para o Inferno. Não teremos mais ausência de comunhão com a Trindade. Teremos o privilégio eterno de estar ligados em Cristo. Para sempre estamos unidos nele, arraigados e fortalecidos nele. Mesmo com a natureza pecaminosa, temos a honra de permanecer em Cristo. Graças e mais graças ao nosso Bom Redentor que nos amou, morreu e ressuscitou por nós. Agora estamos nele para sempre! (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Firmes na fé


Hoje vivemos numa cultura dominantemente visual. Jacques Ellul já fala que se uma imagem vale mil palavras, imagens em movimento – especialmente aquelas que são digitalmente melhoradas – valem ainda mais. Ou não? 
Ellul teme que as imagens suportem o peso de glória: na melhor das hipóteses, elas representam apenas o mundo material. Mesmo as imagens geradas por mídias normalmente não vão além da superfície das coisas. Uma cultura visual, Ellul lamenta, nos sentencia à superficialidade. 
Bom, não há problemas em trabalhar o visual na vida, pois ele fala muito, mas precisamos enxergar o invisível na vida de espiritualidade. O texto de Hebreus 11.1 afirma: A fé é a prova das coisas que não se veem. Kevin Vanhoozer diz que dar sentido a uma metáfora ou acompanhar uma história significa fazer conexões entre as coisas e, no fim, construir um mundo. A imaginação é algo mais do que a capacidade de reproduzir aquilo que não existe; ela é a capacidade de criar ou descobrir padrões significativos. 
Precisamos enxergar algo maior através da fé. Precisamos de metáfora divina que nos faz ver o invisível, nos faz acreditar que Deus olha para esse mundo caído e ainda realiza redenção nele. Tem jeito para a nossa nação. Tem esperança mesmo no meio da sociedade caído e sem fé. 
Deus continua no seu trono e continua intervindo na história com redenção. Cremos nisso pela fé, fé viva e fé bíblica! Fé que vê o invisível, vê a Cruz de Cristo no centro da história. 
Tem jeito para nós, tem jeito para nossa nação. O jeito divino é Jesus Cristo de Nazaré. Então nos levantemos para trabalhar, saíamos para celebrar a vida de Deus, crendo, confiando e respirando a graça amorosa do céu. 
Creiamos em Deus e na sua ação em favor de pecadores como nós! Essa metáfora da fé invisível é real e dá sentido para vivermos firmes no meio do caos! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 10 de abril de 2019

A disciplina da oração


A oração tem sido, ao longo da história, um dos pontos vulneráveis na vida dos cristãos. A disciplina da oração tem escapado da vida diária do povo que se chama cristão. Aprecio demais as ponderações e análises sobre a dinâmica da oração, feitas pelo amigo e professor James Houston. Ele afirma: A oração é um meio de nos manter em constante comunhão com Deus Pai e Deus Filho, por intermédio do Espírito Santo. No sentido bíblico é um encontro pessoal e íntimo com Deus. Nesse encontro, na medida em que ele se intensifica, experimentamos uma ação, sobrenaturalmente, transformadora. É precisamente isso que acontece numa amizade, onde o relacionamento não é apenas utilitário e nem funcional, mas pessoal e íntimo.
A oração é tão especial e tão relevante que o Evangelho de Marcos tratando sobre o próprio Senhor Jesus, afirma: De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando. (Marcos 1:35) 
A oração é tão importante para o nosso mestre, que ele separa um tempo para estar a sós com o Pai. Ele não perde a oportunidade de falar com o seu Pai, mesmo sendo Deus. Como diz James Houston: Uma vida de oração é a simples celebração da presença de Deus. Nós nem precisamos falar. 
A grande verdade é que somos criados à imagem e semelhança de Deus e isso nos capacita a ouvir sua voz e podemos falar com o Deus da criação no meio do seu teatro divino. Podemos contempla-lo e manter comunhão através desse elemento chamado oração. (Alcindo Almeida) 




terça-feira, 9 de abril de 2019

O drama divino da redenção

Tem gente que diz que nós cristãos somos tapados, antiquados e ultrapassados no tempo. Dizem que somos ilusórios pregando uma verdade que nem vemos. Afirmo que não somos isso, somos exatamente o contrário, e sem nenhuma soberba. 
Nós cultivamos o drama da doutrina do cristianismo, que prega o Cristo encarnado, morto e ressuscitado ao terceiro dia. Temos um credo que professamos a nossa fé, não apenas para entender e pronunciar, mas para nos levar a participar da realidade viva, que é Jesus Cristo de Nazaré. Verdade que não a vemos com os olhos físicos, mas a vemos com os olhos espirituais. 
Participamos do drama divino da redenção que foi, não apenas contada pelos discípulos de Cristo, mas acima de tudo vivida. A doutrina que pregamos tem a ver com Cristo aqui nessa terra, amando, servindo, sofrendo, morrendo e ressuscitando para trazer significado para o nosso ser. 
Esse é o drama divino que contamos e vivemos todos os dias da nossa vida. Na nossa veia corre o sangue dele. Respiramos Jesus nas palavras, na vida e no coração. O drama é concebido, nascido, sofrido, crucificado, morto, ressuscitado e um Ele dia voltará para nós. Esse drama divino da redenção reúne sempre alguns bilhões de seguidores do Cristo vivo. E diante dele, adoramos, celebramos e expressamos esse drama divino. 
Estou desde os meus 4 anos de idade celebrando ao Cristo do meu ser, aquele que me amou, padeceu, sofreu, morreu e ressuscitou por mim. Que caminhada linda com Ele. Ele veio até o meu peito, quebrou o coração de pedra e o transformou num coração de carne. Hoje sou totalmente dele! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Óculos da fé


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O reformador genebrino Joao Calvino disse que a criação divina é o teatro da gloria de Deus. Como criaturas no mundo de Deus, os seres humanos são espectadores das obras de Deus. Participamos na primeira fila diante desse magnifico teatro do céu e da terra. Calvino diz que para vermos o espetáculo das obras de Deus na criação precisamos das Escrituras Sagradas, elas dão foco aos óculos da fé. 
Eu gosto demais dessa metáfora dos óculos. Porque tão somente com o auxilio das Escrituras dentro de nós, é que podemos ler da maneira mais limpa e possível, sobre quem Deus é e o que Ele faz nessa criação profunda. 
Com os óculos da fé vemos o belo da encenação divina na criação, passeamos nas obras redentoras do divino Criador. Com os óculos da fé vemos Deus nas Escrituras, compreendemos o tetro divino da glória de Deus. Com os óculos da fé vemos quem somos, seres miseráveis que precisam de graça divina para vermos Deus. Com os óculos da fé vemos quem Deus é: majestoso, glorioso, santo, poderoso, soberano, tremendo e amoroso. 
Com os óculos da fé vemos o belo do que Deus faz na história da redenção. Louvado seja o Deus Eterno que nos deu a graça de recebermos os óculos da fé para vermos e contemplarmos o teatro da sua glória! (Alcindo Almeida)