quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Remédio para a ansiedade

A grande verdade é que nós passamos uma boa parte de nosso tempo lutando contra a ansiedade, esse item que está impregnado em nosso coração. Vários dias acordamos pensando no que acontecerá e nem falamos com Deus sobre as necessidades da alma, uma delas, depender da graça como Paulo aprendeu a fazer. Assim, ele dizia: posso todas as coisas naquele que me fortalece. 
A ansiedade nos tira o chão e nos faz viver dependentes do agora, das soluções imediatas da vida. Ansiedade é a preocupação demasiada com as necessidades primárias e as secundárias, as necessidades básicas e as supérfluas, as necessidades reais e as imaginárias. A ansiedade é tão complicada na nossa vida que ela pode nos levar a uma úlcera, colite, asma, doenças do coração e outros distúrbios orgânicos. Resumindo, ansiedade surge em nosso ser para tirar a paz do nosso coração. 
Acredito que o belo e santo remédio para nossa ansiedade é a oração. Karl Barth disse certa vez que “entrelaçar as mãos em oração é o começo de uma revolução contra a desordem do mundo”. Eugene Peterson disse: “Uma vida de oração nos obriga a lidar com a realidade do mundo e da nossa própria vida a uma profundidade e a um nível de honestidade raramente experimentados pelos que não oram.” 
O mestre Jesus disse: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? 
Não andar ansioso é colocar os desejos e ansiedades diante do Eterno Deus que nos conhece, é abrir, rasgar a alma perante o dono da nossa vida e dizer tudo o que se passa lá dentro. Precisamos abrir as janelas da nossa alma diante daquele que nos sonda e sabe do que precisamos. Queremos tratamento divino para a ansiedade? Entremos no quarto e abramos o coração perante o médico da alma para qualquer crise que vivamos! (Alcindo Almeida) 



terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

A melancolia

A doença chamada melancolia se encontra formalmente no estado de espírito, cuja indisposição nos tira a capacidade de trabalho, de lazer e de produção em todas as áreas da vida. Ela influencia a imaginação, o entendimento, a memória, o coração e todas as afeições que temos. 
Os sintomas da chamada melancolia, tão apreciada pelo romantismo, pode ser na verdade um grave problema de saúde, um tipo de depressão que, boa parte das vezes leva à perda da capacidade de sentir prazer na vida, com grande sofrimento.
O psiquiatra Teng Chei Tung diz que em transtornos do humor, é preciso distinguir a tristeza, uma emoção universal, do sofrimento representado pela depressão melancólica, que tem características incapacitantes e não pode ser controlada pelo paciente sozinho, necessitando de tratamento clínico. O especialista enumera cinco tipos principais de depressão: a melancólica, a atípica, a psicótica, a sazonal e a ansiosa. Destas, uma das menos conhecidas e debatidas entre a população é a depressão melancólica.
Quantas vezes, diante de situações diversas, nos encontramos com esse processo. Sofremos e ficamos melancólicos e perdemos o prazer naquilo que fazemos. O grande rei de Judá, um dia ficou assim. Davi se encontrou num estado de melancolia. Ele chegou numa encruzilhada da vida e disse que era melhor que Saul o encontrasse e ele morresse. A sua melancolia era tão grande que desejou a morte. Mas, ainda no meio desse caos do coração, ele correu para Deus e disse: Dá ouvidos, Senhor, à minha oração e atende à voz das minhas súplicas. No dia da minha angústia, clamarei a ti, porquanto me respondes. (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Um negócio chamado solidão

A psicóloga Lia Clerot disse: A solidão é um estado em que a pessoa não se sente parte de um todo. Solidão é um negócio esquisito, algo que tira o nosso chão. A solidão faz o mundo parar em torno de nós. Ela tira o desejo de agir, de sonhar e de correr atrás da vida. 
Imagino que Davi deve ter se sentido assim. Aqueles momentos de fuga no deserto geraram solidão e tristeza na alma. Sendo perseguido todos os dias por Saul e seu exército. Davi deve ter chorado, lamentado e sofrido esse processo de solidão. 
Mas, no meio de tudo isso, ele pode ver Deus. E quando viu Deus renovou sua esperança e teve novamente alento para sua alma. No meio da sua solidão, Deus enviou 400 homens que tinham problemas sim, mas que foram alento e serviram de encorajamento para a vida de Davi. Ele buscou a graça de Deus no meio da solidão orando e colocando suas dores da alma na presença de Deus. 
Na hora que vier sobre você esse negócio que faz a gente perder o equilíbrio como ser humano, vá para Deus. Busque a graça dele como Davi fez. E por isso, ele disse: Ó Deus, não te alongues de mim; meu Deus, apressa-te em ajudar-me. (Alcindo Almeida) 



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Moldagem divina

Eugene Peterson diz que “O Salmo 131 é um salmo de manutenção. Funciona para a pessoa de fé como a poda funciona para o jardineiro: tira aquilo que parece bom para quem não entende do ramo, e reduz a distância entre nossos corações e as raízes que estão em Deus." 
O Salmo 131 nos mostra claramente que precisamos de poda. Precisamos ser trabalhados no nosso orgulho angustiante. Ele nos leva para um terreno destrutivo da espiritualidade sadia e profunda. Esse jeito nosso de independência de Deus é horrível. Quando batemos no peito e dizemos que podemos tudo, declaramos que somos escravos do orgulho e da soberba que foram começadas lá no jardim do Éden. O Salmo 131 nos ensina que essa poda serve para aprendemos a viver com dependência divina, da mesma forma que uma criança no colo de sua mãe. 
Deus tem trabalhado em mim, esse miserável pecador, que algumas vezes quer viver como adulto suficiente. Ele vem no seu jeito santo e divino e diz: Alcindo, para de querer andar por você mesmo! Quem cuida, prepara, resolve, cria espaços e oportunidades para sua sobrevivência, sou eu o dono do seu coração e não você! 
Essa poda divina em nós é absolutamente radical. Como precisamos dessa poda e moldagem divina todos os dias, para vivermos em função de Deus, jamais de nós mesmos! (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Decepção!

Às vezes, a decepção vem para frustrar desejos que temos nessa vida, ela também atinge nossa esperança em algo que tínhamos a certeza de que aconteceria em nossos processos da vida. Isso acontece no casamento, nos estudos, no namoro, na família, na política, na igreja, no condomínio onde moramos, nos círculos de amigos e no trabalho.
O teólogo Dietrich Bonhoeffer escreveu que ninguém é digno de confiança para uma comunidade se primeiro não tiver sido desiludido, se não tiver matado as próprias ilusões acerca de uma comunidade de pessoas perfeitas e se não tiver sido despertado pela desilusão para seu chamado a amar as pessoas reais que Deus põe ao seu redor. 
Acredito que todos nós já tivemos algum tipo de decepção. Seja na família, na igreja ou em algum relacionamento. A decepção sempre vem diante de alguma expectativa que criamos e nos frustramos com a ausência da realidade dela.
Tenho uma noticia ruim para nós, vivendo aqui nessa terra, teremos decepções constantes. Teremos frustração nos relacionamentos porque lidamos com seres humanos pecadores e falhos. Mas, no meio das decepções, saibamos que podemos recomeçar e colocar a vida diante de Deus, que nos entende nas fragilidades humanas. Deus sabe dos limites que temos. Entreguemos essa demanda nas mãos dEle e peçamos forças para lidar com essa possibilidade chamada: decepção! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Não nos desesperemos

Há vários momentos na nossa vida em que pensamos que não vale mais a pena viver ou caminhar. Passamos por lutas, tribulações, angústias, tristezas e grandes pesares. Algumas vezes, achamos até que Deus se esqueceu de nós. Porque a luta é tão grande que parece estarmos sozinhos.
Hoje pela manhã li um texto bem precioso no livro de Lamentações de Jeremias: Quero trazer à memória aquilo que pode me dar esperança. 
Jeremias vive um momento extremamente caótico, difícil e muito triste. Ele vê a ruína em Israel por causa do cativeiro babilônico. A desolação é terrível, só poderia haver tristeza e um desânimo enorme no coração de todos. Só que Jeremias olha pra toda situação e tem esperança dentro dele e quer recordar o que Deus é para ele. Ele diz: As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca.
Não nos desesperemos, Deus nos assiste, Ele olha para nós porque a sua misericórdia e sua bondade são marcas profundas na nossa alma. Não somos consumidos mesmo sendo pecadores, porque Ele nos aceita por meio de Jesus Cristo. A sua fidelidade é demonstrada na nossa vida. Não desistamos! Deus está ao nosso lado sempre! (Alcindo Almeida)

A importância da oração diante das demandas da vida - (Salmo 131.1-3)


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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

A vida vale menos

Dizem que o problema está em Brasília. Não está. Temos os Lulas, Michels, Paloccis, Gilmares, Renans, Collors e Dilmas, porque eles começam nos bastidores, nas vantagens, nas coisas fáceis, nos acertos e malandragens que acontecem no meio do povo. Por que colocar os meninos num fundo de quintal se eram gente como os profissionais? 
Como construir uma barragem com riscos de morte para uma população? Como construir uma boate e colocar gente acima do número sem uma segurança adequada? Como podemos levar vantagem para o próprio benefício, enquanto outros sofrem por causa disso? Por que tanta lei de Gerson no nosso país? Qual o resultado dessa inversão de valores? 
A vida vale menos do que as coisas. As coisas, as posses, os interesses são maiores do que o ser humano. Essa é uma triste realidade que vivemos em nossa nação. Que Deus tenha compaixão de nós para que vivamos o mínimo do Evangelho que é amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos! (Alcindo Almeida)

Minuto de Graça #147 Plenamente satisfeitos

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Desejos internos

Como nosso coração é orientado sobretudo pelo desejo, pelo que amamos, e como os desejos são formados e modelados pelas práticas formadoras de hábitos, das quais participamos, são os movimentos do coração que modelam a nossa imaginação e o modo de vivemos nesse mundo.
Jesus diz no texto de Mateus que onde estiver o nosso tesouro, aí estará o nosso coração. Se damos prioridade no coração para os desejos humanos, logo o nosso tesouro estará lá. Por isso, precisamos rever as prioridades, precisamos olhar para dentro e verificar o que o coração mais deseja. Se o nosso coração deseja o Reino, nos envolveremos com tudo aquilo que tem a ver com o Reino. Respiraremos mais Cristo e sua Palavra! Pensaremos mais na eternidade e buscaremos muito menos as coisas da terra.
Interessante que falamos muito mais sobre possuir, comprar, crescer na vida financeira e galgar espaços nessa vida. Conquistar coisas e buscar um lugar melhor. Mas, quando o desejo do coração é o Reino, pensamos mais na eternidade, na Cruz e respiramos mais os valores divinos! Não quero ser piegas, mas é legal olhar para o que mais desejamos nessa vida: o Reino de Deus ou as coisas da terra! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Pacto da criação

Vivemos um tempo de liturgia de consumo na realidade eclesiástica. Vivemos um estilo de vida que destrói a criação. Não valorizamos o cuidado da natureza por causa do consumo para ter e ter cada vez mais.
Exploramos a criação para satisfazer os desejos e vontades do nosso coração! Nesse processo todo praticamos a injustiça e exercitamos o próprio ego. Nem perguntamos se o que fazemos ofende o próximo ou a criação de Deus. Simplesmente nos entregamos à liturgia de consumo e vivemos.
Quando olhamos para a realidade do pacto da criação. Enxergamos algo mais profundo e que diz respeito a abrir mão do ego para preservar a criação divina. Olhamos para a criação e não para o nosso consumo, mas para glorificar Deus e quando glorificamos Deus, cuidamos da criação e do ser humano. 
Não vivemos para o consumo, mas vivemos para cuidar da criação exaltando sempre a Trindade. Sei que isso mexe lá dentro, porque fomos criados com a ideia de crescer e somar para nós mesmos. No Reino, crescemos somando para os outros, servindo aos outros e amando a criação divina! (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Ele nos aponta para Cristo

Lendo o livro de John John MacArthur, Fogo estranho, percebo que ele faz uma apologia sobre a importância e obra do Espírito. Ele diz que os carismáticos querem colocar os holofotes no Espírito Santo ou pelo menos em sua imitação. Mas, o Espírito Santo sempre tem o propósito de colocar os holofotes sobre a verdadeira pessoa e obra de Jesus Cristo.
O Espírito não fala de si mesmo, Ele glorifica o Senhor Jesus sempre. Como disse Mathew Henry: O Espírito Santo não veio para erguer um novo reino, mas para glorificar Cristo.
Vejam que precioso para o nosso coração, o Espírito Santo nos dirige, nos consola e nos aponta para Cristo. O Espírito Santo é uma pessoa que falamos e pedimos para nos ajudar a caminhar olhando para Cristo. O Espírito Santo nos traduz diante do Pai e do Filho. Grato ao Senhor, a terceira pessoa da Trindade que nos aponta para Cristo! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

A única voz para ouvir

Uma fala bem comum e marcante no meio carismático é: O Espírito Santo me revelou essa palavra. Ou algum bispo, apóstolo ou profeta diz: Deus me falou. Isso se tornou o clichê favorito desse movimento impulsionado pela experiência. Alguém chega para a comunidade e afirma essa palavra e ela acha que Deus falou mesmo.
Acredito que seja complicado demais para trabalhar isso, porque esse assunto e prática vêm se desenrolando há décadas. Precisamos tomar muito cuidado com essas falas de que Deus disse. Porque cremos plenamente na suficiência absoluta das Escrituras como nos diz a Confissão de Fé de Westminster:
Todo o conselho de Deus concernente à todas as coisas necessárias para a sua glória e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado nas Escrituras ou pode ser lógica e claramente delas deduzido. Às Escrituras nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições dos homens.
Cremos no cânon fechado e nenhuma revelação nova é necessária porque as Escrituras são completas é inquestionavelmente suficientes.
Se tem uma voz que devemos ouvir do Espírito é a que temos nas Escrituras Sagradas. Elas são a única voz de Deus para o nosso coração! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

A graça sustenta



A graça de Deus recolhe todos os cacos da nossa vida. Deus os ajunta de modo que nos pareçamos mais com Jesus. Sofremos na vida, choramos, perdemos e temos inúmeras lutas na vida, mas no meio de tudo isso, vemos a graça que nos sustenta. 
Paulo diz que a graça de Deus nos sustenta. Ela nos dá confiança. A graça de Deus na hora da dor dará luz em algo bom e precioso para o nosso crescimento espiritual. A graça divina ajudou Paulo a celebrar Deus no meio da fraqueza. Essa atitude de Paulo fez com que as comportas da graça fossem ainda mais derramadas na sua vida. Aquele espinho tão difícil na vida dele o ajudou a ver mais da graça e cuidado divino na sua jornada terrena. 
Nessa história da graça divina vemos o poder de Deus atraído pela fraqueza. A graça divina sempre olha para os necessitados e fracos. A graça sustenta, alimenta e fortalece os fracos na vida. Não é por acaso que o texto afirma: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
Não nos esqueçamos, a graça de Deus nos sustenta em todos os momentos da nossa vida! Ela nos ajuda a prosseguir em lutas e necessidades. (Alcindo Almeida)