quinta-feira, 29 de março de 2018

Amor constrangedor!

A canção Quanto Amor tem uma parte preciosa: Quanto amor, quanto amor, Ele tem por mim. Quanta dor, quanta dor, sofreu por mim por amor. A razão de tão grande amor, foi mostrar que a minha vida tem valor. Penso nas palavras do profeta Isaías: Mas ele foi ferido por causa da nossa transgressão, e moído por causa da nossa iniquidade; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. O mestre padeceu, sofreu angústias profundas para trazer redenção para o nosso coração. Ele foi humilhado, como diz o profeta, ele foi ferido por causa da nossa transgressão, e moído por causa da nossa iniquidade. 
Que dores terríveis que o mestre passou. O texto de Marcos 15:17-20 diz que o vestiram de púrpura, e tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça. E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos Judeus! E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele e, postos de joelhos, o adoraram. E, havendo-o escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram com as suas próprias vestes; e o levaram para fora a fim de o crucificarem. Ele sofreu tudo isso por amor mesmo. Porque somente por amor e graça o mestre passaria por tamanha vergonha e escárnio. O restante da letra diz: Oh Deus te louvo pelo Teu amor, tu mudaste meu interior e agora eu quero viver para transmitir este amor, que vem de Ti. 
Só podemos nos render diante de tamanho amor e entrega. Um Deus que se entregou por nós, sofrendo, padecendo e sendo humilhado. Que amor profundo do Senhor Jesus por pecadores como nós. Engrandecido seja o nome do Cordeiro Divino para todo sempre! (Alcindo Almeida).







quarta-feira, 28 de março de 2018

A paixão de Cristo

Nessa semana pensamos, refletimos e ponderamos sobre a paixão de Jesus Cristo de Nazaré. Pensamos no seu sofrimento e entrega profunda por nós. O texto afirma: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (Lucas 23.46). A paixão de Cristo é o acontecimento mais dramático e misterioso da história. Nela adquirem uma relevância impressionante a dor humana no seu mais alto grau; o pecado na sua mais trágica repercussão; o amor na sua expressão mais generosa. A morte na sua mais cruel vitória e na elevada dor. 
Toda vez que lemos esse texto nos chocamos demais porque não conseguimos expressar com os sentimentos, essa entrega do mestre em favor de pecadores como nós. Ele veio aqui e obedeceu ativamente os preceitos da Lei, porque Adão não o fez. Ele também obedeceu passivamente sofrendo no corpo toda a dor da nossa pena. Meu Deus! Fico a pensar e entro em pane na alma, porque não consigo entender porque esse Deus tão santo, amoroso e poderoso se submeteu a tamanho sofrimento e entrega! 
A paixão, morte e ressurreição de Cristo continuam a suscitar a perplexidade na minha alma. Porque o Deus Trino resolveu amar a gente desse jeito porque tinha que ter um preço a ser pago. Esse mistério do cristianismo teve muita coisa acontecendo: traição, abandono, condenação, zombaria, flagelação, injustiça, crucificação, ódio e rancor. Jesus Cristo de Nazaré sofreu como nunca para trazer perdão, amor, redenção e vida eterna para pecadores. Somos gratos, somos pessoas felizes e abençoadas por termos o toque divino em nós, através dessa entrega divina do Cordeiro de Deus na Cruz do Calvário! Louvado seja o nosso Redentor Jesus de Nazaré! (Alcindo Almeida).

terça-feira, 27 de março de 2018

Somos amados pelo Eterno Deus

O texto sagrado afirma em Daniel 9:23: No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para te declarar, porque és mui amado; considera, pois, a palavra, e entende a visão.
Gosto demais desse texto porque o profeta Daniel começa falando do seu estado de pecado. Ele diz: E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza. E orei ao Senhor meu Deus, e confessei, e disse: Ah! Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos. Pecamos, e cometemos iniquidades, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos. 
A palavra de Daniel é de alguém que se sente pequeno, pecador e carente da graça divina. Ele é sincero e diz quem é, um pecador miserável. Em seguida, depois dessa confissão, o anjo Gabriel vem e diz que Daniel é mui amado. Que palavra encorajadora, que palavra preciosa e edificante para o coração desse homem de Deus que reconhece seu estado de pecado na presença de Deus. 
Acredito que no meio dessa cultura tão individualista, tão distante dos relacionamentos mais próximos, essa palavra é consoladora e confortadora para alma. Alguém chega para Daniel e diz que ele é amado. Assim mesmo que Deus faz com a gente, no meio da nossa miséria, no meio dos erros que cometemos diante da face do Eterno, mesmo assim, Ele vem e diz que somos amados dEle, somos agraciados por Ele. 
Que Deus maravilhoso! Ele nos ama, Ele quer bem a nós mesmo sendo pecadores. Esse Deus é apaixonante porque olha para maltrapilhos e mendigos como nós e nos ama, nos abraça e nos acolhe eternamente. Que amor bendito do céu para pecadores como nós! (Alcindo Almeida).

segunda-feira, 26 de março de 2018

Um olhar diferente



O texto sagrado de 1 Samuel 16:7 afirma: Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.
Olhando para essa experiência de Davi pensamos o quão marcante e quão diferente é o olhar divino em relação ao nosso. Quando Samuel foi para a casa de Jessé, ele recebeu um toque de Deus para não olhar paras as aparências. Era para o profeta ir e ungir o novo sucessor do rei Saul sem olhar para a visão humana. E não é que Samuel olhou como as pessoas olham? O texto afirma: Então chamou Jessé a Abinadabe, e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a este tem escolhido o Senhor. Então Jessé fez passar a Sama; porém disse: Tampouco a este tem escolhido o Senhor. Assim fez passar Jessé a seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O Senhor não tem escolhido a estes. 
Se não fosse a dica divina, Samuel teria ido embora. De repente, chega o ultimo filho. O menos solicitado, o menos visado. Quando Davi entrou naquele lugar disse o Senhor a Samuel: Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo. Que momento épico na vida de Jessé, Samuel e o novo rei de Israel. Deus não olha com olhamos. Deus olha lá dentro de nós. Jessé como pai achou que o pastor de ovelhas não era capaz para ser rei, ele era pastor de ovelhas e não herói de guerra. Samuel deve ter visto Davi e pensado: não deve ser esse! Mas, a dica estava lá! O Senhor olha para o coração.
Deus vê no intimo, Deus vê o coração da gente. Olhamos para as pessoas e tiramos as conclusões, mas não sabemos o que vai lá na alma, no coração e nos sentimentos. A medida é ver como Deus vê. Sentir como Deus, e prestar a atenção como Deus presta.
A dica é extremamente preciosa para nós hoje. Olhemos mais para a alma das pessoas e não para o exterior delas. Aprendamos a enxergar como Deus, nesse olhar tem graça, amor e compaixão! (Alcindo Almeida).











sábado, 24 de março de 2018

Aperfeiçoados em amor


João diz que o amor do Pai está aperfeiçoado na vida daquele que guarda a Palavra e nisto se conhece que é da verdade. Os que guardam os mandamentos de Deus são aperfeiçoados em amor por ele mesmo. Ou seja, os tais são trabalhados pelo Senhor para que o sirvam com integridade e fidelidade, com um coração sincero e puro. E a cada dia percebem que, de fato, são conhecedores de Deus e conhecidos por ele. Estes obedecem ao Senhor. 
Os eleitos de Deus precisam, diariamente, imitar o caráter e a vida do Senhor Jesus. Nunca obedeceremos à Palavra do Senhor, se ele não vier ao nosso encontro e nos ajudar a fazer isso. Nossa natureza está sempre inclinada para o mal. Por isso, temos o Espírito Santo, dádiva de Deus, habitando no nosso coração e é ele que nos guia à verdade, que é o Senhor Jesus.
Ele age em nosso coração para que guardemos a Palavra. Como diz Salomão: Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor: a tudo quanto quer o inclina (Pv. 21.1). Portanto, se Deus não colocar em nosso coração o desejo de andarmos em seus caminhos, de andarmos como Jesus andou, de realizarmos a sua vontade, nunca faremos tais coisas. Lembremos sempre que o pecado está na essência da natureza humana caída, por isso, devemos fugir dele. Se pecarmos, temos um advogado diante do Pai, que é o Senhor Jesus Cristo, o Justo. Ele é nossa propiciação e nos tornou favoráveis diante do Pai. Agora que temos nova vida, devemos guardar os mandamentos do Senhor. Quem os guarda é aperfeiçoado no amor de Deus e o próprio Deus age para que tal pessoa tenha o caráter de Jesus (Livro - A vida de Deus em nós).

sexta-feira, 23 de março de 2018

Cuidado com a ganância

O texto sagrado afirma em  Hebreus13:5: Seja a vossa vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei. 
A ganância é um sentimento humano que se caracteriza pela vontade de possuir tudo que se admira para si próprio. É a vontade exagerada de possuir qualquer coisa. É um desejo excessivo de ter o que o outro tem! Ganância é uma desgraça que tira o sono das pessoas por não terem mais do que os outros! 
O texto fala da advertência contra a ganância e nos desafia a  nós contentar com o que recebemos do Eterno! Ou seja, podemos viver contentes com o que somos e com aquilo que Deus reservou para nós! E se crescermos na caminhada, se galgarmos espaços na vida não é para deixarmos a ganância invadir o nosso coração tirando a alegria de depender de Deus!
Tem um monte de gente que acorda pensando em ter o que é do outro! Não! Mil vezes nao! Devemos nos alegrar com as bênçãos e vitórias dos semelhantes e louvar ao Eterno pelo que Ele tem nos dado!
Cuidado com a ganância no coração, ela nos rouba a paz e a confiança no cuidado divino! 
Quem não se guarda dessa desgraça chamada ganância viverá em sofrimento constante com o sucesso do outro! Somos amados e cuidados pelo Eterno, isso nos basta e nos deixa felizes demais! Se o nosso próximo ganhou espaços preciosos na vida, agradeçamos à fonte de todas as bênçãos e não achemos que deveria ser para nós, isso é ganância e afeta o coração! Então, pela graça divina, sejamos isentos de ganância, nos contentando com o que temos na presença do Eterno Deus (Alcindo Almeida).

terça-feira, 20 de março de 2018

Lealdade na vida

Uma das falhas que tem marcado muita gente, é a falta de lealdade nos relacionamentos. Há um vácuo enorme hoje no quesito ser verdadeiro e leal em todas as relações. Interessante que nesses 21 anos de pastorado, já sofri vários momentos de tristeza, mas nunca foram maiores do que sofrer com alguém que não é leal na caminhada, alguém que não é leal comigo e nem transparente.
Um amigo pastor que prezo demais, disse certa vez para mim: Se eu precisar sair da minha cidade para defende-lo em algo, eu sairei. Porque com amigo de verdade, a gente é leal até a morte. Ele disse mais: Meus amigos leais literalmente morreram por mim. E algo que prezo demais nessa vida é a lealdade. 
Penso sempre na lealdade da amizade entre Davi e Jônatas. O texto sagrado afirma que eles fizeram uma aliança que marcou profundamente a vida de ambos. E tiveram como marca a lealdade. Davi ficou sabendo através de Ziba que Jonatas tinha um filho vivo. Quando Davi chamou Mefibosete a sua presença, ele veio temendo e tremendo, pensando que o rei o executaria, pois era o único da descendência de Saul (2 Samuel 9.6). Davi apenas disse: Não temas, porque decerto usarei contigo de benevolência por amor de Jônatas, teu pai. O rei Davi prestando honra e lealdade ao seu amigo Jonatas, concedeu a Mefibosete: um servo para ajudá-lo (2 Sm 9.9,10); restituiu as terras de seu avô e seu pai (2 Sm 9.7-a); e lhe concedeu um lugar a mesa, como um dos filhos do rei (2 Sm 9.11).
Meu Deus! Isso sim é agir com lealdade nos relacionamentos! Davi foi muito leal mesmo seu amigo estando morto. Não esperemos lealdade das pessoas, comecemos isso antes de qualquer coisa. Comecemos a praticar lealdade para aqueles que estão próximos de nós. Precisamos doar o nosso coração para as pessoas ao nosso redor! Imitemos esses homens de Deus na prática da lealdade! (Alcindo Almeida).

segunda-feira, 19 de março de 2018

Livramento do Eterno

O texto sagrado afirma no Salmo 50:15: E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.
Nesses dias, estive com uma pessoa que passa por uma luta enorme na vida. E quando passamos por problemas complicados, perdemos o chão, ficamos sensíveis e ficamos meio confusos nos sentimentos. Asafe está num desses momentos e tem no coração um desejo de oferecer sacrifícios de louvor ao Senhor, porque ele sabe no seu interior que quando invocamos ao Senhor para sermos ajudados, Deus está pronto para nos ajudar. Quando Deus vem em socorro daquele que clama e o salva, o servo dEle, responde com louvor diante da maravilhosa graça.
O convite que Asafe nos faz é que na hora da dor, na hora da tribulação, na hora das lágrimas diversas, invoquemos o nome do Senhor. Porque o único que pode nos livrar e nos ajudar diante das crises é Ele. O único que pode nos ajudar a louvá-lo em meio a dor é Ele e mais ninguém. Percebam que método divino precioso para o coração: invocar no dia da angústia, livramento do Eterno e louvor no meio de tudo isso! (Alcindo Almeida).




sábado, 17 de março de 2018

Amor divino por pecadores

O texto sagrado de João 1.14 afirma: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. Quando a Palavra se tornou carne, Deus falou, Deus mostrou a graça da presença da Trindade entre nós, através do verbo encarnado. Ele falou sua Palavra em carne e o Cristo encarnado é essa Palavra divina entre nós. 
Que ação profunda e extraordinária da Trindade, ela manda a segunda pessoa, Jesus Cristo para viver entre pecadores. Jesus vem aqui sem mancha, sem pecado e sem contaminação alguma do pecado humano. Ele vem aqui cheio de graça e de verdade para habitar no nosso meio, a fim de trazer perdão, graça, reconciliação e redenção para nós. 
Quando pensamos na lógica humana sobre isso, entramos em pane total, porque não tem como a mente humana compreender o tamanho desse amor divino por pecadores, a ponto de a Trindade enviar uma parte para viver aqui e trazer redenção para os filhos de Adão. 
Louvado seja a Trindade que nos amou e enviou a Palavra para nos resgatar, para viver entre nós cheio de graça e verdade e trazer a reconciliação entre nós e Ele. Somos reconstruídos no relacionamento com a Trindade por causa dessa ação divina! Nós nos rendemos em gratidão eterna por esse presente do Pai, do Filho e do Espírito Santo! (Alcindo Almeida).

O sentido de ser e existir!

O grande pensador Soren Kierkegaard em O Desespero Humano define três dimensões do eu. O eu, diz ele, é: (a) uma síntese de opostos polares – de infinito e de finito, de temporal e de eterno, de liberdade e de necessidade; (b) auto-relacionável – uma relação que se orienta sobre si própria; e (c) em última instância dependente de Deus – uma relação desse modo derivada ou estabelecida, é uma relação que não é apenas consigo própria, mas com outrem. Quero falar desse eu dependente de Deus. 
A Bíblia afirma que não podemos dar um passo sem a permissão divina. Ela diz que somos pó e cinza. Ou seja, não conseguimos andar sozinhos no meio do nosso eu existencial. Precisamos do Criador nos dirigindo e apontando o caminho. E se quisermos de fato, ter um sentido, um significado nessa vida, busquemos em Deus. Ele é o grande Deus que nos dá sentido, nos dá significado nessa vida. Nele realmente temos a identidade como seres humanos criados com a Imago Dei. 
Tem gente que busca o significado nas drogas, no sexo, no trabalho, na bebida, nas aventuras radicais. Mas, nosso verdadeiro sentido só pode ser encontrado em Deus. O livro Identidade Perdida tem uma profunda capacidade de confrontar o homem, suas mazelas e sua competente capacidade de se distanciar de Deus. 
Ricardo Barbosa no seu livro Identidade perdida afirma: O chamado para ser discípulo de Cristo – usando uma afirmação insistente do Dr. Houston – é um chamado para sermos transformados de indivíduos para pessoas em Cristo. O indivíduo é o ser fechado em si mesmo, inseguro, que insiste em fabricar sua própria realidade”. Então, o único jeito correto do eu se realizar como ser criado é na identidade divina. Somos pessoas com sentido quando ele está em Deus. Deus que nos criou e dele somos. E a nossa forma de ser completos passa pela identidade divina. 
Somos criação divina, o “eu” tem sua forma de compreensão tão somente no Criador. Percebemos que todas as buscas humanas, têm limites, porque elas não nos completam. A única fonte que realizada profundamente o ser humano é o Criador dele. Dessa forma entendemos porque Paulo dizia tantas vezes que Cristo era sua primazia e que tudo estava em Cristo. Porque ele sabia que sua identidade de ser era estar em Cristo e viver por Cristo. A sua satisfação tinha um sentido profundo: Cristo. 
Onde está centrado o seu "eu"? Em você mesmo? Naquilo que faz? No que acha que você é humanamente falando? O nosso “eu” precisa estar centrado em Deus, no significado nele, na dependência total dele. Porque assim, teremos o verdadeiro sentido de ser e existir! (Alcindo Almeida).



quinta-feira, 15 de março de 2018

A experiência da alegria

James Houston tem um livro bem legal chamado: Meu legado espiritual: Uma jornada de fé na pós-modernidade. Ele diz que a solidão é o produto inevitável de nossa singularidade, mas ela abre espaço para a presença de Deus em nossa vida. O cristão tem uma experiência singular de alegria, pois, como nos lembra o salmista, na tua presença há plenitude de alegria. (Salmos 16:11)
Esse é um benefício que a multidão nunca poderá nos oferecer, a dádiva da alegria pela salvação pessoal. Às vezes, será uma alegria que nos alcança através do sofrimento. Mas, não se trata de mera resignação diante da aflição, e sim de sublimar e expandir a alma profundamente arraigada no amor de Deus, que vai além do alcance do sofrimento. Ela surge à medida que nossa participação nos sofrimentos de Cristo torna-se um modo de vida.
A verdadeira alegria nunca é egoísta, pois é uma realidade social que se compartilha. É como diz Jesus nas parábolas da moeda perdida, da ovelha perdida e do filho pródigo: quando se encontra o que estava perdido, há grande alegria. O estado de alegria exala uma fragrância que transmite saúde e vida aos outros. 
A diferença entre alegria e felicidade é que a alegria é uma transcendência do espírito na experiência do amor de Deus, ao passo que a felicidade é uma resposta mais imanente a um ambiente de estímulo. 
Houston diz que a alegria é a experiência de voltar para casa, a exemplo do filho pródigo, de cumprir o propósito de nossa criação e nova geração para a glória de Deus. Ser alegre, então, é a expressão da nossa vida realizada segundo Deus determina, vida que, em várias etapas de nossa jornada, deixamos de fruir e de ser renovados por ela. A experiência da alegria é o teste que diz se estamos caminhando na direção correta do nosso destino final. A alegria vive a expectativa do amor de Deus. (James Houston)

quarta-feira, 14 de março de 2018

Morte constante

A. W. Tozer afirmou: “A vida crucificada é uma vida absolutamente dedicada a seguir Cristo Jesus. A ser mais parecido com ele. A pensar como ele, a agir como Ele. A amar como Ele. Toda essência da perfeição espiritual está inteiramente relacionada a Jesus Cristo. Não a regras e regulamentos, não ao que vestimos ou ao que fazemos ou deixamos de fazer. Não devemos parecer iguais uns aos outros; devemos parecer com Cristo”. 
Paulo diz algo muito precioso para nós: E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com suas paixões e concupiscências. Alguns acham que seguir a Cristo é algo fácil na vida. Não é! Mil vezes não! A vida de discípulo de Cristo é algo duro, profundo, radical porque temos que abrir mão de nós mesmos. Temos que fazer morrer a nossa natureza pecaminosa, temos que dizer não todo dia para o nosso ego. Precisamos viver para que Cristo apareça em todos os atos e palavras. 
A vida crucificada tem a ver com a morte constante do nosso eu. Cristo que aparece, Cristo é o centro de tudo! Por isso, Paulo trabalha a ideia de crucificar a nossa carne. Isso não é fácil, é luta profunda. E somente pela graça divina, podemos fazer isso! Como diz Glenio Paranaguá: Tendo o nosso velho homem crucificado, podemos fazer morrer a nossa natureza terrena, levando sempre o morrer de Jesus em nossos corpos mortais, para que a vida de Jesus se manifeste em nosso modo de viver diário. 
Que o Senhor Jesus Cristo de Nazaré nos ajude a viver uma vida crucificada! (Alcindo Almeida). 

terça-feira, 13 de março de 2018

Memória viva

O texto sagrado em Lamentações de Jeremias 3:21 afirma: Quero trazer à memória aquilo que me pode dar esperança. O profeta Jeremias, em suas lamentações, fala dos pecados e desolações que atingiram o povo de Israel. Ele chega a chorar de maneira profunda os problemas e desolações que Jerusalém passou. A fala dele foi: Eu vi a aflição pela vara do furor de Deus. Jeremias diz que viu dias de trevas e não de luz. Ele está tão angustiado no meio da dor que ele pede para o Senhor se lembrar da sua aflição e do pranto. 
Quantas vezes nos sentimos assim também, ficamos totalmente desesperados, angustiados e aflitos no meio das crises. A situação de luta na vida nos tira o chão e ficamos perdidos e sem direção. Jeremias não esconde a realidade crucial que ele vive com seu povo no cativeiro babilônico. Mas, no meio de toda essa dureza, ele afirma: Quero trazer à memória aquilo que me pode dar esperança. Jeremias percebe no meio de tudo isso que ainda há esperança para o coração. Deus ainda está assentado no seu trono e reina. Ele prometeu que Jerusalém seria restaurada. Ele quer trazer à memória o que mexe com a vida, com a esperança. Vem ao coração de Jeremias, as misericórdias, a fidelidade e a bondade do Eterno. 
Que loucura! Jeremias está no meio do caos e o que vem ao seu coração são as credenciais divinas para ele continuar crendo. A sua memória é exercitada e ele contempla na alma: misericórdia, fidelidade e bondade divinas. Isso que nos sustenta na jornada. Essas misericórdias se renovam em nossa vida a cada manhã, a fidelidade do Eterno nos sustenta, ele cumpre a sua Palavra. E a bondade nos ajuda a viver sempre! 
Assim como Jeremias, precisamos trazer à memória aquilo que pode nos dar esperança. Confiemos no caráter do Eterno Deus. Ele está cuidando de tudo, Ele está no seu trono e continua reinando a cada momento da nossa vida! (Alcindo Almeida)

O significado da vida em Deus | Conexão com Deus, Pr. Alcindo Almeida

segunda-feira, 12 de março de 2018

A prática do silêncio

Um dos principais problemas na sociedade é que todo mundo corre demais e no meio dela perdemos a noção do silêncio. Ele se tornou algo bastante temeroso. Henri Nouwen diz que para a maioria das pessoas, o silêncio cria irritação e nervosismo. Muitos o experimentam não como algo pleno e rico, mas vazio e sem valor. Para eles, o silêncio é como um abismo escancarado que pode engoli-los.
A Bíblia nos convida a silenciar o coração para cultivar a presença de Deus em nós. O texto sagrado diz: Guarda silêncio e ouve. Como precisamos de silêncio da alma para cultivar a preciosa comunhão com o nosso Deus. Como precisamos do silêncio para ouvirmos a voz do Eterno e recebermos discernimento para a vida. Como precisamos do silêncio para buscarmos a vontade e querer divinos. 
Temos muita agitação nessa vida. Temos o que fazer em muita medida, mas não podemos deixar de silenciar o coração para ouvir a voz profunda de Deus e saber o que Ele quer fazer em nós.
Gosto sempre de começar todas as manhãs na igreja com a devoção no coração. Gosto de sentar e silenciar o coração para ouvir Deus dentro de mim. Como necessito desse tempo a sós para enfrentar todas as demandas da vida.
Henri Nouwen diz que "o coração de Deus é o lugar onde encontramos nosso verdadeiro eu". Quando oramos em silêncio no coração, nos encontramos também com a graça e amor do Eterno Deus e ali desfrutamos de uma comunhão profunda e verdadeira! (Alcindo Almeida).

sábado, 10 de março de 2018

Somos feitos para Deus


Fomos criados a fim de nos relacionar com Deus. Agostinho expressou essa ideia numa famosa oração para Deus, a qual foi usada em um sem-número de liturgias: Fizeste-nos para ti, e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em ti. Alister Mcgrath diz: O profundo senso humano de anseio, para esses escritores, tem suas origens em Deus e só pode encontrar seu preenchimento no Eterno Deus.
Davi tinha essa percepção no coração, tanto que não dava um passo sequer, sem ter Deus no centro de tudo para sua vida. Ele disse: Não retires de mim o teu Espírito. Na hora da pisada de bola, Davi percebeu que ofendeu a santidade divina e pensou que poderia perder esse relacionamento de intimidade com Deus. Então ele pede de maneira profunda e sincera para que Deus retirasse dele essa comunhão e presença do Espírito.
Somos feitos para Deus, não conseguimos dar um passo sem a graça e cuidado dele. Não conseguimos seguir na vida sem a presença e cuidado do Eterno Deus. Somos feitos para o relacionamento com a Trindade, nele somos edificados, alimentados e protegidos. Bendito seja a Trindade que nos dá a graça de sermos feitos para um relacionamento de amizade e comunhão! (Alcindo Almeida).


sexta-feira, 9 de março de 2018

Minuto de graça #39 - O exercício da mentoria

Andando com Deus

O texto de Gênesis 5.24 afirma: E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou.
Olhemos para a vida e percebamos claramente que o fato de saber sobre Deus não é a mesma coisa do que andar com Ele. A melhor prova da existência de Deus é a comunhão pessoal com o próprio Deus. Quando olhamos para a vida de Enoque, percebemos que esse rapaz viveu sempre em comunhão com Deus e um dia desapareceu. 
O texto diz que Deus o tomou para si. Andar com Deus é ter a percepção profunda dele dentro de nós, é senti-lo em nossa existência, é respirar a graça dEle em todo tempo. Andar com Deus tem a ver com o coração estar ligado nEle, tem a ver com uma comunhão inigualável, porque passamos a desfrutar de um tempo com Deus que marca o coração, um tempo que gera mudanças na vida. 
Andar com Deus faz a diferença em tudo que fazemos e pensamos. Porque passamos a viver mais de perto a vida de Deus dentro de nós mesmos. Imagino a profunda experiência de intimidade que Enoque teve com Deus. De alguma forma, Enoque sentiu mais perto as batidas do coração do Senhor. Foi tão marcante que Deus resolveu leva-lo logo para a eternidade! 
Aprendamos a cada dia a andar em intimidade com Deus! (Alcindo Almeida).

quinta-feira, 8 de março de 2018

A disciplina da oração

Henri Nouwen trabalha as disciplinas do coração na contemplação. Ele diz que a primeira e a mais importante prática espiritual que um mentor espiritual deve pedir que a pessoa siga é a disciplina do coração. A introspeção e a oração contemplativa constituem a antiga disciplina pela qual começamos a ver Deus no nosso coração. A oração interior consiste em estarmos cuidadosamente atentos Àquele que habita o centro do nosso ser. 
Nouwen diz que através da oração, despertamos para a consciência de Deus dentro de nós. Com a prática, sentimos Deus no pulsar do nosso coração e na nossa respiração, nos nossos pensamentos e emoções, na nossa visão, audição, toque e sabor, e em cada membrana do nosso corpo. Ao estarmos despertos para a presença de Deus em nós, podemos começar, realmente, a ver Deus no mundo à nossa volta. A disciplina do coração nos torna conscientes de que orar não é apenas ouvir o coração, mas, essencialmente, ouvir com o coração.
A oração é algo tão precioso e relevante, que o nosso Senhor Jesus tinha essa disciplina do coração. O texto de Marcos 1.35 afirma: De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando.
John Charles Ryle diz que um mestre tão comprometido com a oração não pode ter servos descomprometidos com ela. Um servo sem oração é um servo sem Cristo, inútil, na estrada da destruição. Quando há pouca oração, a graça, a força, a paz e a esperança são escassas.
Como necessitamos dessa disciplina da oração no coração, precisamos imitar o nosso Senhor, que orava e buscava a vontade do Pai para tudo. Que tinha a agenda divina da oração no seu coração. Precisamos desse alimento diário para nossa contemplação no coração. Oração é vida, oração é comunhão com a Trindade. Oração nos aproxima da graça e transforma cada vez mais o nosso coração na presença do Eterno Deus (Alcindo Almeida).
 


quarta-feira, 7 de março de 2018

O examinador divino

O texto de Jeremias 17.10, o profeta afirma: Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos, e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações! 
Vivemos dias de muitas crises na alma e crises de depressão. Quanta gente tomando medicação para combater a ansiedade e a depressão! Quanta gente sem dormir com medo do que a vida tem para amanhã! Gente com doenças da alma. Gente com medo de morrer por não saber o que acontecerá depois!
Bom, o texto mexe profundamente com a gente, porque temos o examinador de coração da maneira mais minuciosa e detalhada. Ele analisa detalhadamente cada setor da alma. Absolutamente ninguém consegue esquadrinhar o coração e o nosso pensamento. Mas, o Eterno Deus sim, Ele sabe o que se passa lá. Ele sabe da nossa dor, ele sabe dos anseios e dramas lá dentro! Ele esquadrinha e examina tudo o que se passa dentro de nós! Por isso, não precisamos temer a nada, não precisamos ficar com o coração ansioso, podemos lançar tudo diante dEle porque sonda e conhece tudo o que se passa lá. Então descansemos diante do examinador divino do coração! (Alcindo Almeida).

terça-feira, 6 de março de 2018

Ser cristão de verdade

O texto de João 15.10 afirma: Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.
Sabemos que servir a si mesmo só traz uma felicidade superficial, temporária, mas saber que fazemos a vontade do Pai celestial traz verdadeira alegria e significado na vida. Percebam que Jesus pega pesado no capítulo 15 de João. Ele diz que é a videira verdadeira, e seu Pai é o lavrador. Ele pega duro dizendo que toda a vara nEle, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Ele diz que os seus eleitos já estão limpos, pela palavra que Ele tem falado. Ele diz que se não estivermos nEle não podemos dar fruto. E pega mais forte ainda quando diz: Porque sem mim nada podeis fazer.
Há uma condição para andar com Jesus, há um jeito de realmente ser discípulo de Cristo: se guardarmos os seus mandamentos. Quando guardamos os seus mandamentos permanecemos nEle e no seu amor. Tem gente que acha que ser cristão é somente ir numa igreja, cantar e ouvir uma mensagem e está tudo bem! Não, mil vezes não! Ser cristão é algo absolutamente profundo! O primeiro passo para nos tornarmos seguidores de Jesus Cristo é a admissão humilde de que necessitamos dele. Nada nos distancia mais do Reino de Deus do que o nosso orgulho e a nossa autossuficiência. Ser cristão é se render diante da Cruz de Cristo. Como diz John Stott no livro Como ser cristão: Quando Jesus é verdadeiramente nosso Senhor, ele dirige a nossa vida e nós obedecemos com toda alegria. Conhecer a Deus em Jesus Cristo – a essência do que é ser cristão – implica um relacionamento vivo e pessoal com ele. 
Ser cristão implica em viver o Evangelho em todos os processos da vida. Quem mentia, agora não mente mais. Quem adulterava traindo a esposa com aventuras na vida, não faz isso mais. Quem roubava nos impostos, burlando a Receita, não faz isso mais. Quem odiava o seu próximo, agora não faz mais isso, porque foi tocado pela graça do Evangelho de Cristo e permanece nEle. Jesus disse: Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor. Não temos opção no Evangelho, ou obedecemos a verdade dele, ou não passamos de cristãos no nome sem sermos cristãos na alma e no coração! (Alcindo Almeida).

segunda-feira, 5 de março de 2018

Uma fé centrada em Jesus

O texto de Mateus 8 diz nos versículos 10 a 13: Ao ouvir isso, Jesus admirou-se e disse aos que o seguiam: Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé. Eu lhes digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos céus. Mas os súditos do Reino serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes. Então Jesus disse ao centurião: Vá! Como você creu, assim lhe acontecerá! Na mesma hora o seu servo foi curado.
Temos no texto um centurião romano que teve uma fé sincera, ele reconheceu a autoridade de Jesus. Ele entendeu a soberania de Jesus. Ele creu no Senhor Jesus de maneira profunda e assim o seu criado foi curado. Esta fé constrangeu todos ao ponto de Jesus afirmar que nem no meio dos judeus ele viu tamanha fé centrada no Deus todo Poderoso. E no versículo 13 há a confirmação da ação de Deus na vida deste centurião em ver o seu servo curado pelo Senhor Jesus Cristo. O texto diz: Na mesma hora o seu servo foi curado. Esta fé causou uma grande admiração no Senhor Jesus. 
Eu pergunto: Como está a nossa fé diante do nosso Pai? Será que ela é assim como a deste homem. Que creu profundamente no Senhor Jesus? Temos buscado crescer na fé meditando na Palavra? (Romanos 8.17). 
Quero citar uma frase de John Stott no seu Livro Crer é também pensar. Ele diz: É precisamente o nosso conhecimento da natureza de Deus e do seu caráter que a nossa fé suscita. E quanto mais nós o amamos aumentamos a nossa fé nele. Mas se é que não podemos crer sem conhecimento, também não devemos  conhecer sem crer. Isto é: nossa fé tem de se apoderar de toda a verdade que  nos seja revelada por Deus. 
Que digamos como o pai daquele jovem lunático quando o Senhor Jesus disse a ele que tudo era possível ao cresse. Então ele respondeu dizendo: Senhor ajuda-me na minha incredulidade. Que o Senhor nos ajude a ter fé centrada nEle para que estas qualidades sejam presentes e marcantes em nossa vida diária! (Livro: O Jesus da proximidade).

domingo, 4 de março de 2018

Jesus se importa com gente

Talvez perguntemos na vida se Deus se importa com os pequenos problemas da nossa vida. A verdade é que Jesus se importou com uma festa de casamento o suficiente para providenciar vinho. Ele se importou o suficiente com a mulher perto do poço para responder às perguntas e indagações da alma dela. Na verdade, Jesus se importa com gente, mais do que religião, mais do que costumes ou qualquer outra coisa. Ele anda e observa gente. Ele vem aqui na terra para padecer, morrer e ressuscitar por gente pecadora como nós. Qualquer preocupação que não visa gente no Evangelho, se torna algo sem sentido. 
D. Martyn Lloyd-Jones argumenta que, assim como claramente perdemos o Evangelho sempre que caímos na heterodoxia, da mesma forma também deixamos, na prática, de pregar e aplicar o Evangelho à nossa própria vida em razão de uma ortodoxia morta ou de ênfases doutrinárias desequilibradas. 
Nada e nem uma teologia por mais que seja eficaz nos conceitos, é mais importante do que imitar o mestre Jesus em cuidar de gente e amar pecadores. É impressionante como Jesus não estava preocupado com as tradições do sábado que foram impostas pelos fariseus da época. Ele deliberadamente as violou em várias ocasiões. Ele ensinou o povo, que a lei exterior por ela mesma, jamais poderia salvar ou até mesmo purificar alguém, porque na visão de Jesus, a verdadeira justiça, tem que surgir do coração e da alma, não dos esteriótipos. 
O Evangelho de Cristo não tem a ver com regras estabelecidas por religiosos legalistas, os que querem formatar um Jesus fechado na religião. Não, mil vezes não! O Evangelho de Cristo tem a ver com um amor gracioso para com gente miserável, gente que precisa de perdão e redenção vindos dEle (Alcindo Almeida).

sábado, 3 de março de 2018

A minha palavra

O texto de Jeremias 1.12: E disse-me o Senhor: Viste bem; porque velo sobre a minha palavra para a cumprir. Às vezes, vemos pessoas dizendo que Deus é fiel a nós e que Ele tem que dar o que pedimos sempre! Tem pessoas que exigem as bênçãos divinas e afirmam que Deus é obrigado a dá-las para a vida! 
Afirmo sem qualquer medo que essas ideias são verdadeiras falácias! Essas ideias são paupérrimas e denotam uma falta de compreensão sobre quem Deus é. Notem que Jeremias dá uma noção clara e profunda sobre quem Deus é. A ideia de Jeremias é que Deus é fiel a si mesmo! Deus é fiel às suas palavras. 
Deus não depende da nossa palavra para cumprir as suas promessas! Acredito ser equivocado demais dizer que Deus é fiel a nós! Se fosse assim, Deus estaria perdido! Jeremias mostra que Deus tem a fidelidade como parte da sua essência! Ele diz que nos ama e pronto! Porque Ele não volta atrás nas suas palavras! Deus não é como nós que dizemos algo hoje e amanhã negamos! Deus não pode negar-se a si mesmo! Porque Ele é imutável em ser ser sempre.
O que isso implica para nossa vida? Deus cumprirá tudo o que diz respeito à nossa história. Todos os dias da nossa vida estão nas suas mãos. Isso dá descanso e tranquilidade em cada passo da vida.
Jeremias se achava uma criança que não sabia falar, ele se achava fraco e vem essa palavra para o sei coração: Eu velo sobre a minha palavra para a cumprir. Deus cumpre todas as promessas na nossa vida por amor do seu próprio nome! Descansemos nessa fidelidade divina sempre! (Alcindo Almeida).

sexta-feira, 2 de março de 2018

Crescendo um pouco mais

Henri Nouwen disse certa vez: Sempre que houver perdas, haverá opções. Você pode escolher viver suas perdas com raiva, culpa, ódio, depressão e ressentimento, ou pode optar por usá-las para crescer um pouco mais.
Penso em minhas perdas e vejo o quanto elas me fizeram crescer e depender mais do Eterno no coração. Já tive perdas profundas, amigos que foram para a eternidade e que me feriu demais vê-los indo embora! Perdas de amizades que eram especiais, mas devido às circunstancias, houve a perda! Já perdi oportunidades, algumas me feriram, outras nem sei tanto. Bom, temos perdas nessa vida e de alguma maneira elas nos marcam! O único problema é quando essas perdas tiram nossa motivação diante de Deus e a vontade de seguir em frente! 
Paulo nos dá a dica para não deixarmos que as perdas nos travem ou tirem a graça de vivermos centrados em Deus! Ele diz em Filipenses 4:11-13: Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.
No meio das perdas saibamos que aprendemos a viver a dinâmica da graça divina! Não nos desesperemos questionando Deus e as pessoas! Vejamos a direção dEle sempre! Essa fórmula santa, divina e graciosa de paulo é extraordinária para o coração: Podemos todas as coisas em Cristo que nos fortalece. Penso que isso tem a ver com segurança no caráter da Trindade, esperança em meio às perdas e lutas da vida. Fé que Deus estará conosco nos momentos bons e ruins da vida!
Não praguejemos na hora das perdas, falemos como Paulo: Podemos todas as coisas em Cristo que nos fortalece (Alcindo Almeida).

quinta-feira, 1 de março de 2018

Leituras em fevereiro 2018


1.MCCALL, Larry. Andando nos passos de Jesus. São Paulo: Fiel, 2009. De acordo com a Bíblia, você pode reconhecer um seguidor de Jesus Cristo por meio de dois fatores: a pessoa obedece às palavras de Jesus e segue os passos dEle? A pessoa anda como ele andou? (1 João 2.5-6). O autor focaliza de modo simples e brilhante os traços característicos que Jesus demonstrou quando esteve neste mundo. McCall afirma: Refletir o caráter de Jesus deveria ser o padrão de vida normal de todo cristão. Este livro é uma ajuda e esperança para aqueles que clamam: Senhor, muda-me! Torna-me cada vez mais semelhante a Jesus. Contém 172 páginas.

2.GRÜN, Anselm. Steindl-rast,David / A. Hediger,Markus. O depósito da nossa fé espiritualidade para o nosso tempo. Rio de Janeiro: Vozes, 2017. Nestas páginas são discutidas abertamente e com simplicidade as questões centrais da fé! Com grande sabedoria e com rico tesouro de suas experiências, Anselm Grün e David Steindl-Rast falam sobre questões-chaves da vida e da fé, com as quais todo homem e toda mulher se confrontam durante sua vida: De onde vim e para onde eu vou? O que acontece depois da morte? Quem é Deus? Por que está acontecendo todo esse sofrimento em nosso planeta? De onde vem o mal? Como vou ser feliz? Contém 208 páginas. 

3. GRÜN, Anselm. Palavras que nos sustentam. A sabedoria do credo. Rio de Janeiro: Vozes, 2017. Algumas pessoas, quando cantam ou recitam o Credo, sentem-se como que obrigadas a amarrar-se nessas palavras, abrindo mão da própria razão para acreditar nelas. Outras se questionam se é mesmo necessário expressar sua fé com essas frases. Pois, não basta crer no amor de Deus? Qual a razão dessas palavras e frases complicadas, que parecem provir de uma época muito diferente da nossa? A fé não é algo puramente pessoal? Faz sentido expressar-me usando palavras tão antigas? Nesta obra, Anselm Grün reflete o Credo levando a sério os questionamentos que as pessoas levantam sobre essa declaração de fé. O objetivo é apresentar o mundo das imagens do Credo às pessoas que buscam e querem crer, a fim de que possam ganhar uma visão totalmente nova de sua própria vida. Contém 136 páginas.

4. GRÜN, Anselm. Falar e silenciar. Por uma nova cultura do diálogo atencioso. Rio de Janeiro: Vozes, 2017. Este livro não oferecerá regras a serem seguidas quando falamos. E tampouco se trata de uma análise linguística, mas de uma proposta de percepção dos efeitos que nossa língua exerce sobre nossa vida e nossas interações. Desse modo, a partir de um contexto inicial sobre a língua e suas características, o autor propõe uma reflexão sobre aquilo que caracteriza um diálogo profundo e verdadeiro, e sobre a fala atenciosa utilizada como fonte de encontro com o outro e de entendimento de seu coração. Contém 160 páginas.

5. BAVINCK, Herman. Dogmática Reformada – Prolegômena. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2012. Dogmática Reformada foi o manancial da teologia Reformada nos últimos cem anos. É de longe a mais profunda e abrangente teologia sistemática Reformada do século 20. O leitor ficará maravilhado com a erudição de Bavinck, sua criatividade e equilíbrio. Bavinck é confessionalmente ortodoxo, mas reconhece a necessidade de colocar as tradicionais formulações das Escrituras no contexto das discussões contemporâneas. Contém 660 páginas. 

6. CAMPOS, Heber Carlos. Eu Sou - Volume 1Doutrina da Revelação Verbal. São Paulo: Editora Fiel, 2017. O professor Dr. Heber Carlos de Campos é um reconhecido teólogo sistemático e ministro presbiteriano que alia a erudição acadêmica, a ortodoxia bíblica e o coração pastoral e traz para si a monumental responsabilidade de produzir uma dogmática num tema de importância vital para a teologia e a igreja cristãs. Este primeiro volume foi divido em sete partes, que tratam dos seguintes temas: A revelação verbal e as outras partes dos prolegômenos. A revelação verbal como verdade de Deus. A doutrina da revelação verbal. A doutrina da inspiração verbalA doutrina da inerrância das Escrituras. A doutrina do cânon das Escrituras. A doutrina do testemunho interno do Espírito Santo. Esta é uma obra de referência que poderá ser usada por professores e alunos de teologia e por ministros e pastores interessados em aprofundar seu conhecimento bíblico-teológico acerca da doutrina da revelação verbal. Contém 432 páginas.

Lapidação divina

O texto de Romanos 8:28 afirma: E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 
Não nos resta dúvidas que o envolvimento de Deus na nossa vida é proposital. Quando Paulo afirma que sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, temos a compreensão que são tanto as dolorosas quanto as experiências alegres da vida. Tanto as boas como as facetas complicadas da nossa vida cooperam para o nosso bem. 
Vivemos dias da pregação falsa, pobre e ilusória tentando esconder a dor, as crises e sofrimentos da vida humana. O pregador midiático afirma que quando Deus entra na vida, acaba o problema, acaba a dor, acaba a pobreza, acaba a solidão e a pessoa passa a ser próspera em todos os processos da vida. Exclui "o todas as coisas" e coloca-se uma coisa: a pessoa será absolutamente feliz. Não quero afirmar que no encontramos felicidade em Deus, claro que sim! Encontramos todo sentido da existência em Deus, mas não tenho autorização para dizer jamais que não teremos lutas, crises e sofrimentos na vida. 
Andar com Cristo não nos exime da dor, embora tenhamos a alegria perene sempre dentro de nós. Mas, temos que ser sinceros ao dizer que todas as coisas incluem dor, alegria, derrotas, satisfação, felicidade, morte, vida, doença e saúde. Porque vivemos nessa terra com os efeitos da queda de Adão e Eva. Quando Paulo afirma isso, ele sabe que tem um propósito singular na existência, que é ser como Cristo — refletir seu caráter — andar nos seus passos. O nosso alvo da maturidade cristã é nos tornar semelhantes a Cristo. 
Dentro dos propósitos eternos fomos criados para refletir a glória de Deus em tudo que fazemos e vivemos. Em todas as coisas que nos acontecem, glorificamos Deus. Sejam elas boas ou ruins. Vivemos na dinâmica da fé, cremos sempre que todas as coisas cooperam para o nosso bem, porque estamos em processo de lapidação pelo arquiteto divino, ele está trabalhando em nossa vida no meio da dor e da alegria. Como diz Henri Nouwen: A alegria é a experiência de saber que somos amados incondicionalmente e que nada – doenças ou mesmo a morte – pode nos privar do amor divino. É frequente descobrirmos a alegria no meio da tristeza. 
Saibamos mesmo que tudo, absolutamente tudo, coopera para o nosso bem como filhos amados de Aba! (Alcindo Almeida).