quinta-feira, 31 de outubro de 2013

496 Anos da Reforma Protestante


Os movimentos do renascimento e iluminismo influenciaram o protestantismo, de sorte que houve a libertação da ignorância, do medo que havia na época e aconteceu a abertura para a fé racional que foi trabalhada pelo entendimento das Escrituras Sagradas. 
Na Alemanha aparece o grande pensador e estudioso das Escrituras – Martinho Lutero. Ele traz a Bíblia para o povo e com a descoberta da Imprensa por Gutemberg, o povo alemão teve acesso às Escrituras Sagradas. 
Em Genebra aparece o francês João Calvino que traz uma compreensão e interpretação preciosa sobre as Escrituras. Ele escreve o comentário da Bíblia toda com exceção de Apocalipse. Também escreve um Tratado da Religião Cristã, então a espiritualidade no fim da idade Média é racional e envolvida com o conhecimento das Escrituras. 
Neste período a ênfase está Palavra de Deus. Agora tem uma libertação do povo acerca ignorância do ensinamento da Igreja Romana. E com isto, o homem tem acesso às verdades da Palavra de Deus. Assim o grande ensinamento é:

Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja;
A salvação é realizada somente pela obra mediadora do Jesus histórico;
Somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça;
A nossa justificação é somente pela graça por meio da fé;
A salvação é de Deus e realizada por ele e tudo para a glória do próprio Deus. 

Bendito seja o Eterno Deus por ter usado homens para promover esse processo de reforma para que o povo não fosse iludido pela mentira, mas impactado pela verdade das Escrituras Sagradas. (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A vida de contemplação na ação

"A vida de contemplação na ação e na pureza de coração é, portanto, uma vida de grande simplicidade e liberdade interior. Nela, não se busca nada de especial, nem se demanda nenhuma satisfação em particular" (Thomas Merton).

Sofrimentos de cada dia

Hoje conversando com uma amiga lembrei do que Henri Nouwen diz: Cristo convida-nos a permanecer em contato com os muitos sofrimentos de cada dia e a experimentar o começo da esperança e da nova vida, justamente aí onde vivemos, no meio das feridas, dores e da falência humana.

Além de nós mesmos

A fé é a ferramenta que em nós, nos permite ir bem além de nós mesmos. A fé nos permite olhar para a vida como Jesus olhou e disse: A minha paz vou dou. Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Eu sou a videira verdadeira!

Bate-Seba: a mulher que sofreu assédio do homem de Deus

(II Samuel 11.1-27)

Bate-Seba era uma mulher formosa cujo nome significava "sétima filha" ou "filha de um juramento". A sua beleza atraiu os olhos do rei Davi quando este se encontrava no alpendre do palácio e ela se banhava no jardim da sua casa. Interessante avaliarmos a condição de Davi no processo todo. Mas, antes, olhemos para o nosso contexto de vida. Vivemos um tempo de cheio de loucuras, os dias ficaram uma correria sem medida. Há vários acontecimentos na vida. E ficamos pensando: se existisse uma caixa de DVDs documentando cada segun­do de nossa vida, quais DVDs nós queimaríamos?
Há uma época em que cedemos ao desejo, em que alguém bebeu ou fumou! Há épocas em que tivemos de mentir como, por exemplo, na adolescência que é uma fase difícil demais. O rei Davi cedeu ao desejo, matou, enganou e mentiu malignamente. Davi teve uma queda grotesca. E é algo que não conseguimos entender vindo de um homem com tamanha sensibilidade diante de Deus.
Ele seduz e engravida Bate-Seba, assassina seu marido e engana seu general e soldados. Depois ele se casa com ela e ela tem o filho. A verdade parece estar totalmente coberta. O observador descui­dado não detecta nenhuma razão para preocupação. Davi tem uma nova esposa e uma vida feliz. Tudo parece bem no trono. Mas, nem tudo está bem no coração de Davi.
Ele, mais tarde, descreverá esse período de pe­cado encoberto em termos explícitos: Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca (Salmo 32.3-4). A alma de Davi fica estéril, frustrada, envolta em tristeza. A sua harpa está pendurada e sem cordas. Sua esperança hiberna e ele se torna num sujeito que é um desastre ambulante. Ele não con­segue escapar. Por quê? Porque Deus continua a trazê-la à tona[1]. Davi seduz Bate-Seba e se deita com ela e não há menção de Deus. Até aqui ele não aparecia no texto, não havia sido mencionado na história. Davi conspira — não há menção de Deus. Urias enterrado, Bate-Seba casada — não há menção de Deus. Não se fala com Deus e Deus não fala.
A primeira metade do versículo 27 atrai o leitor para um falso final feliz: Bate-Seba "se tornou sua mulher e teve um filho dele". Eles decoram o quarto do bebê e escolhem nomes tirados de uma revista. Nove meses se passam. Um menino nasce. E concluímos: Davi escapa de um tiro. Anjos jogam essa história na pasta etiquetada: "Meninos são assim". Deus faz vista grossa. Contudo, quando pensamos que é assim e Davi espera que seja... Alguém sai de trás da cortina e ocupa o centro do palco e o texto nos diz claramente: O que Davi fez desagradou ao Senhor. O que aprendemos neste texto?
O princípio que aprendemos é:

1.            Cuidado com a falta de sensibilidade diante de Deus:

O texto afirma em II Samuel 11.1-5: Tendo decorrido um ano, no tempo em que os reis saem à guerra, Davi enviou Joabe, e com ele os seus servos e todo o Israel; e eles destruíram os amonitas, e sitiaram a Rabá. Porém Davi ficou em Jerusalém.Ora, aconteceu que, numa tarde, Davi se levantou do seu leito e se pôs a passear no terraço da casa real; e do terraço viu uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista.Tendo Davi enviado a indagar a respeito daquela mulher, disseram-lhe: Porventura não é Bate-Seba, filha de Eliã, mulher de Urias, o heteu? Então Davi mandou mensageiros para trazê-la; e ela veio a ele, e ele se deitou com ela (pois já estava purificada da sua imundícia); depois ela voltou para sua casa. A mulher concebeu; e mandou dizer a Davi: Estou grávida.
Vejam que o capítulo 9 apresenta um Davi herói, um Davi cheio de misericórdia da parte de Deus. No capítulo 10 temos um Davi herói e vencedor que tem Deus no centro do coração.
No capítulo 11 temos um Davi desocupado, sem nada a fazer. Estranhamente Davi está no palácio sendo que deveria estar na guerra. Temos neste No capítulo 11 um Davi que perdeu a sensibilidade diante de Deus. Ele se desvia de Deus e anda agora por sua própria cabeça. A sua alma agora fica contaminada no pó por crimes que cometerá de maneira atroz e cruel. Ele perde Deus como foco. Daí está passeando e vê uma bela mulher. Ele a vê e a quer para si. Porque está sem nada para fazer, está fora do seu verdadeiro posto e está com o coração seco, sem sensibilidade espiritual.
Quando ele indaga quem era a mulher, os servos dizem que ela tem um marido chamado Urias. Mesmo assim, ele pede para que eles tragam a moça que não é sua esposa. Percebam que Davi tinha outras mulheres, ele era rei e considerado como um anjo em Israel. Davi era valioso demais para todos em Jerusalém. Seria algo precioso para uma das mulheres estarem com Davi. Ele teria toda atenção do mundo, mas ele sem sensibilidade diante de Deus perde a razão e se deita com a mulher do seu próximo quebrando os 7º e 10º mandamentos. Qual é a dica para nós?

·                    Cuidado com a mente vazia:

Davi não deveria estar ali. Ele deveria estar na batalha com seus homens. Cuidado com a mente vazia. Ela nos leva para pensamentos indevidos. Olhem para Davi. Estava vagando pelo palácio. Estava sem ocupar a sua mente com as estratégias da guerra e das conquistas para o seu reinado. Isto gerou pecado, isto gerou uma ação terrível na vida de Davi. Ocupemos a nossa mente com a Palavra de Deus. Ocupemos a nossa mente com o Reino de Deus e as suas demandas. Não sejamos com Davi que deu brechas na sua mente e acabou sendo seduzido pelo pecado.

·                    Nunca perca a visão da santidade diante de Deus nunca:

Eu li um livro precioso demais O melhor da espiritualidade brasileira. E nele os autores trabalham a necessidade de uma espiritualidade sadia e profunda com Deus. Um deles é Ricardo Barbosa. Ele afirma que chegamos ao fim do século XX com um sentimento de fracasso, vazio, descrença e desilusão. Nossos avanços sistemáticos na Teologia foram grandes e de uma enorme contribuição para a Igreja e a fé cristã. No entanto, falhamos na construção de uma gramática que estabelecesse uma relação real entre o que professamos crer e a vida.
A gramática teológica, para muitos, é diferente da gramática da vida. A crise espiritual é fruto da ausência de gramática. Da mesma forma como precisamos de uma gramática para dar sentido à linguagem, precisamos de uma gramática que dê sentido à fé. Conhecer a Deus implica “amá-lo de todo coração, alma e entendimento”. Isto envolve a totalidade da vida, mente e coração em comunhão pessoal com Deus, e significa que o conhecimento não pode ser divorciado do relacionamento, nem a Teologia pode caminhar sem a oração.
O apóstolo Paulo nos diz que a sã doutrina é importante, não para nos dar títulos ou temas para teses, mas, para nos tornar sábios para a salvação [2]. É preciso que voltemos para o centro de tudo para fugirmos do pecado que nos assedia tão fortemente. É preciso resgatar aquela sensibilidade que Davi tinha antes de cair. Ele pensava em Deus, respirava Deus e não se preocupava com mais nada a não ser Deus. A gramática espiritual de Davi era Deus.
Quando olhamos para os Evangelhos e, particularmente, para os encontros de Jesus, percebemos que o foco dele não estava apenas nas convicções, mas na gramática da vida [3]. É preciso ter cuidado com este aspecto importante na vida cristã a sensibilidade diante de Deus.
A contemplação e a imaginação sempre ocuparam um lugar fundamental na formação espiritual do povo de Deus. Grande parte do ensino de Jesus se deu através de parábolas e histórias que levavam as pessoas a imaginar a riqueza do Reino de Deus e o propósito da redenção. Os lírios do campo, as aves do céu, a casa sobre a rocha, a videira ou a ovelha perdida são imagens que nos convidam à contemplação, e não à formulação matemática da fé.
O apóstolo Paulo, diante das dificuldades, perseguições e tribulações que enfrentou em seu ministério, não se deixou abater pelas lutas reais e visíveis. Pelo contrário, preferiu manter os olhos fixos “naquilo que não se vê, porque aquilo que se vê é temporário, mas o que não se vê é eterno”. Para ele, havia uma realidade não visível, mais verdadeira que as realidades visíveis. Por causa da contemplação, ele não se deixou abater pelas dificuldades visíveis [4]. Porque ele tinha uma sensibilidade profunda diante de Deus. Não percamos isto na vida! Porque se a perdermos seremos iguais a Davi quando se esqueceu de Deus.

·                    Cuidado com o pecado porque ele é traiçoeiro e destrói a vida da gente:

Se tentarmos recuperar o conhecimento do pecado nos dias de hoje teremos grandes barreiras. Sem nenhum exagero, a consciência moderna não encoraja a antiga reprovação moral. Alguns pregadores falam pouco sobre o pecado. Já houve uma época em que os professores de curso colegial nas escolas públicas tentavam mostrar aos alunos algo do grande drama moral do universo.
Esses professores desejavam que os alunos conhecessem o bem e o mal, descrevessem as guerras entre os dois, e julgassem o resultado dessas guerras. A ideia era refinar o caráter e aguçar o julgamento dos alunos, fazer deles pessoas mais profundas e melhores cidadãos. Hoje, boa parte da educação pública é treinamento de emprego, e a guerra entre o bem e o mal, com demasiada frequência, tem ficado reduzida a guerrilhas fronteiriças entre os politicamente corretos e os politicamente desafiados.
O pecado é tão normal na sociedade hoje que os funcionários públicos raramente confessam o que fizeram de errado. Após terem sido acusados de algum tipo de mau comportamento, eles raramente dizem: Eu fiz isso. Estou profundamente envergonhado de mim mesmo. Traí vocês e desonrei meu alto cargo, por isso venho pedir minha demissão. Cuidado com o pecado! Ele nos destrói por completo, ele nos leva para os abismos da vida. Samuel Johnson tinha razão: Precisamos com muito mais frequência ser relembrados do que instruídos. O pecado não é exceção. Na verdade, para a maioria de nós um lembrete salutar de nosso pecado e culpa seria adequadamente esclarecedor, e até mesmo tranquilizador. O motivo é que, ao contrário de algumas outras identificações de problemas humanos, um diagnóstico de pecado permite esperança. Algo pode ser feito por esse problema. Algo já foi feito por ele” [5]. Pecado é traduzido ("hamartia") por "errar o alvo" ou "perder a marca". 
Vejam o que o pecado, erro do alvo fez a Davi. Destruiu sua reputação, destruiu a sua moral, destruiu sua paz por algum tempo. Gerou mortes inocentes como de Urias e do menino que nasceu e reservou experiências terríveis para ele e para a sua família. Cuidado! O pecado desnuda outros problemas humanos pervertendo o nosso coração e nos faz perder a nossa humanidade. Ele nos faz perder a sensibilidade diante de Deus. O pecado é uma raiz terrível que gera solidão, inquietação, separação da comunhão com Deus e vergonha profunda em nosso interior. Pecado é a cegueira e a surdez diante de Deus. Então, tomemos cuidado, porque ele nos faz ficar cegos em relação ao coração de Deus. O pecado é a culpa pela quebra do Shalom [6].
Quando rompemos com o Shalom de Deus ofendemos a sua santidade e rompemos com a aliança feita por ele em Jesus Cristo, o nosso Senhor. Quando perdemos a sensibilidade diante de Deus, damos vazão ao pecado e consequentemente quebramos o Shalom de Deus em nosso coração. Perdemos aquilo que é parte do Shalom a piedade.
Que Deus nos dê graça para que tomemos muito cuidado com as ciladas do pecado em nossa vida!

Pr. Alcindo Almeida: membro da equipe pastoral da IP Alphaville



[1] LUCADO, Max. Derrubando Golias Descubra como superar os maiores obstáculos de sua vida. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2007, p. 111.
[2] BOMILCAR, Nelson. O melhor da espiritualidade brasileira. São Paulo: Mundo Cristão, 2005, p. 18.
[3] BOMILCAR, 2005, p. 21.
[4] BOMILCAR, 2005, p. 23.
[5] PLANTINGA, Cornelius. Loucuras da moda: pecado e caráter. Palestra de janeiro, Calvin College, 15/1/93.
[6] PLANTINGA, Cornelius. Não era para ser assim. Um resumo da dinâmica e natureza do pecado. São Paulo: Cep, 19981998, p. 17.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Constrangido pelo amor

"Ser um cristão não significa apenas crer, de coração, que Cristo morreu por nós. Significa ser constrangido pelo amor demonstrado nesse ato. A verdade nos pressiona. Ela força e se apropria; impele e controla. A verdade nos cerca, não nos deixando fugir. Ser um cristão é ser constrangido pelo amor de Cristo" (Livro Uma vida voltada para Deus de John Piper).

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Pensamento de Henri Nouwen

Henri Nouwen disse: “Estou profundamente convencido de que o líder cristão do futuro é chamado para ser completamente irrelevante e estar neste mundo sem nada a oferecer a não ser a sua própria pessoa vulnerável” (O perfil do líder cristão no século XXI). 

Uma fala do General Colin Powell

No Summit 2013 ouvimos o Gen. Colin Powell e ele fez uma afirmação que chamou muito a atenção: Há líderes no mundo que se acham os donos das cortinas que abrem o sol pela manhã todos os dias. Quem faz isso é o criador dele e ponto final

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Movimentando as pessoas

"Deus não fez de você um líder para simplesmente presidir alguma coisa ou para exibir as pessoas abaixo de você, o quanto você é inteligente. Deus faz de você um líder para movimentar as pessoas de uma realidade inaceitável até um futuro preferível" (Bill Hybels).

Líderes comprometidos

“Só é possível exercer a missão dada por Deus dentro de uma organização cristã que tenha líderes comprometidos e capacitados, façam eles parte de um núcleo formal ou informal, funcionários ou voluntários, pastores e leigos” (Bill Hybels).

Uma vida voltada para Deus

A gratidão olha para trás, contempla a graça recebida e sente-se grata. A fé olha adiante, vê a graça prometida para o futuro e sente esperança (John Piper).

Por que devemos participar do Summit?


 Alguns depoimentos de líderes ao redor do Brasil.

sábado, 19 de outubro de 2013

Transpondo muralhas

As histórias de sobrevivência e permanência são as que determinam a natureza e o significado do que é ser humano. E nessas histórias, se prestarmos atenção, descobriremos pactos e alianças de amizade que levam a ligar os começos e os finais previstos para eles pelos propósitos de Deus.

A arte de se comunicar

A eficácia da comunicação é preciosa para o relacionamento a dois. A arte de se comunicar faz a diferença na vida do homem e da mulher. O ponto em comum na comunicação é o equilíbrio dos dois lados, precisamos dar importância para a comunicação em casa e isso logo cedo no casamento (Livro Relacionamentos a dois).

Esse vídeo é muito joia


http://www.youtube.com/watch?v=6CiWvGVfnCA

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O santuário do coração

(Texto: I Samuel 22.14)
Eugene Peterson diz que o santuário como o nome indica, é um lugar santo. Na época de Davi, o sacerdote Aimeleque, tinha por dever mantê-lo assim. Santo é uma palavra que usamos para designar a grandeza, pureza e beleza do nosso Deus. Deus é santo. Não podemos compreender Deus a partir da nossa experiência humana, magnificando e projetando o que há de melhor em nós ou o que imaginemos e então chamá-lo de Deus.
Sabemos que nessa altura, Saul procura negar e destruir tudo aquilo que faz de Davi quem ele é, tudo o que constituía sua própria humanidade, tudo aquilo que, em retrospectiva, chamaríamos de cristão. Ele quer matar Davi e quando se encontra com o sacerdote Aimeleque, espera que ele denuncie Davi. Só que não é o que acontece. A fala dele é: Aimeleque respondeu ao rei: Quem dentre todos os teus oficiais é tão leal quanto Davi, o genro do rei, capitão de sua guarda pessoal e altamente respeitado em sua casa?
Doegue, oportunista político até a alma, viu aí a sua chance de obter os favores do rei e não a desperdiçou: contou logo o que havia visto em Nobe, a busca de Davi por ajuda e a forma como Aimeleque o ajudara. Saul entrou em ação: mandou chamar Aimeleque e todos os seus sacerdotes auxiliares em Nobe - cerca de 85 - e os acusou de conspirarem contra ele com Davi. Eles protestaram, alegando inocência, o que era verdade. Mas, Saul ignorou sua defesa e ordenou que os executassem. Ninguém dos soldados de Saul quis cumprir a ordem de matar os sacerdotes. Eram bastante leais ao seu rei para, nesse caso, desobedecê-lo. Sabiam que uma ordem humana, mesmo dada por seu rei ungido, não poderia de modo algum usurpar o mandamento de Deus.
Olhando para os dois personagens Aimeleque e Doegue vemos a percepção de cada um sobre o santuário. Para Doegue que era esse oportunista político. Ele é o homem que mata os sacerdotes de Deus. O santuário para ele é uma oportunidade de crescimento humano, nada de Deus, nada de respeito ou interesse pela espiritualidade. Enquanto, Aimeleque é sacerdote que tem o santuário como algo para abençoar a vida, para olhar Deus, ver sua graça e bondade. Mesmo correndo risco de morte, ela olha para Davi como homem de Deus e não como inimigo de Saul. Ele salva a vida de Davi porque tem graça no santuário.
Acredito que Deus quer que toda vez que entramos no santuário nos tornemos conscientes da presença de um Deus santo e saiamos de lá melhores. Saiamos mais graciosos e humanos. Saiamos pensando no Reino, na graça na vida e na bondade divina.

Pr. Alcindo Almeida

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Um engajamento mais profundo


“Em nossa sociedade voltada para a solução, é mais importante do que nunca compreender que querer aliviar a dor sem compartilhá-la é como querer salvar uma criança de uma casa em chamas sem o risco de se ferir. O envolvimento com os outros é o engajamento mais profundo nas questões cruciais de nosso semelhante” (Henri Nouwen. Crescer: os três movimentos da vida espiritual. São Paulo: Paulinas, 2000, p. 59). 

Estudo 18

A mulher de Endor: uma postura insensata
(Samuel 28.3.25)

ü  Avaliando o texto
     
Os espíritas apelam para o trecho de I Samuel 28 para dar apoio às suas convicções de que é possível consultar os mortos. E sendo parte de um trecho da Bíblia tal prática seria obviamente apoiada por Deus. Muitos cristãos fundamentalistas defendem que realmente foi o profeta Samuel que apareceu à feiticeira argumentando que as Escrituras se referem por cinco vezes a Samuel, que aquilo que foi predito pela feiticeira se cumpriu e que a médium ficou aterrorizada, significando que Deus, de forma sobrenatural, interviu na sessão fazendo uma concessão para que o profeta Samuel realmente aparecesse à feiticeira.
O trecho referido mais fortemente enfatizado é: Samuel disse a Saul isso - no versículo 15. Esta ênfase é dada por aqueles que dizem que, se não fosse realmente Samuel aquele espírito que apareceu à feiticeira, a Bíblia teria mentido e ficaria assim comprovado que as Sagradas Escrituras não são de fato a Palavra de Deus. Seria tudo isso realmente possível?

ü    O apelo de Saul na ocasião:
      
Recordemos a história. O velho profeta Samuel morrera, Saul, o rei de Israel, ia de mal a pior, abandonado por Deus. Os filisteus estavam a concentrar contra ele os seus exércitos. As formas normais de revelação divina estavam-lhe fechadas, por causa da sua deliberada desobediência. Quando lemos em 1 Samuel 28.6: Porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. A iminência da batalha com os filisteus enchia-o de terror e não sabia para onde se virar. Saul pensou em Samuel e desejou ardentemente uma palavra dele, como dantes. Ele sabia que os que tinham relações com os espíritos familiares possuíam a fama de serem capazes de invocar os mortos. Embora Saul, no início do seu reinado, tivesse suprimido, sob pena de morte, todos os médiuns, feiticeiros e seguidores de magia negra. Agora no seu desespero e na sua superstição, procura uma mulher que praticava ilegalmente a feitiçaria na cidade de Endor.
Saul disfarçou-se e foi ter com a mulher. Ela lembrou-lhe que Saul proibira semelhantes práticas, sob a pena de morte. Porém, depois de receber uma promessa solene que não receberia nenhum castigo, perguntou: A quem te farei subir? E disse ele: Faze-me subir a Samuel. Saul pediu que fizesse subir a Samuel. E a história prossegue como já sabemos.
Não era para menos a atitude de Saul. Ele se tornou um apóstata, decadente, degenerado, desastrosamente obstinado, praticante de feitiçaria e, por fim, suicida. Sua vida em crescente declínio nos mostra que Saul entregara-se à sua vil natureza humana. Mesmo diante de todos os conselhos de Deus, jamais teve sua natureza transformada. Saul jamais foi verdadeiramente arrependido de seus erros, nem obediente e sempre foi orgulhoso e irreverente (I Samuel 13). E no final de tudo o texto diz em I Samuel 15.26 que Saul foi rejeitado por Deus. É nessa ocasião que Saul consulta a feiticeira.

ü    Uma sessão diabólica:
     
A primeira pergunta que poderíamos fazer é: Porque Deus deixaria registrado nas páginas das Sagradas Escrituras algo que não nos trouxesse uma preciosa lição?
Porque num texto como esse Deus nos mostra claramente como Satanás pode forjar uma aparição enganosa, transfigurando-se e até mesmo dando poder aos falsos apóstolos (II Coríntios 11.13-16; I Timóteo 4.1; Apoc. 16.14; II Tess. 2.9). Os cristãos não podem deixar se levar pelos enganos de Satanás, nem mesmo se maravilhar ou espantar com estes, mas perseverar na verdade da Palavra, naquilo que está escrito no texto sagrado, não aquilo que homens e profetas dizem. A Bíblia nos mostra que a sessão de Endor foi uma ação forjada por Satanás. Vejam os motivos:      

ü  Deus jamais agiria em contrário a si mesmo e à sua Palavra:

Deus sempre condenou feiticeiros e necromantes e nunca poderia fazer concessões de suas verdades reveladas, pois isso, seria contrário a sua Natureza e Deus não seria Deus. (Êxodo 22.18; Deut. 18.9-14; Malaquias 3.6; Hebreus 13.8 e 9). Se isto tivesse ocorrido então haveria espaços para os atuais novos apóstolos e etc. Vejam alguns detalhes:
ü  Deus em sua soberania se recusou a responder a Saul enquanto Samuel vivia:
No texto de I Samuel 15.35 e 16.14 mostra que o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profeta.
ü  A Bíblia afirma claramente que a feiticeira viu “deuses” subindo da terra (I Samuel 28.13).
A palavra hebraica aqui usada é elohim (no plural) e indica que a mulher viu anjos com aspectos divinos. Saul disse a mulher quem ela deveria chamar (I Samuel 28.11). Se tivesse algum poder já saberia de imediato a quem Saul queria invocar. Os demônios mostraram a mulher quem era o homem que estava com ela (I Samuel 28.12). O texto é muito sério e importante para mostrar que Samuel jamais mentiria. O espírito que a mulher viu, mentiu duas vezes. 

1º É afirmando que Saul o teria perturbado em seu descanso. Se Deus tivesse feito Samuel aparecer, isso não seria jamais atribuído a Saul ou à feiticeira. Deus era o único que poderia ter ordenado tal coisa (I Samuel 28.15). 
2º É afirmando que Saul estaria com ele. Se fosse realmente Samuel que estivesse presente não poderia afirmar que Saul iria para o mesmo lugar que o profeta (Lucas 16.26).
3º O verdadeiro Samuel jamais teria aceitado a adoração de Saul, quando ele se prostrou com o rosto em terra (I Samuel 28.14b). Os verdadeiros enviados de Deus nunca aceitariam tal honra que somente pode ser dirigida a Deus (Atos 10.25 e 26).

Olhando para tudo o que aconteceu com Saul tendo essa mulher envolvida aprendemos algumas lições:

ü    Deus nos alerta como seus servos que os demônios enganam com artimanhas:

Vejam que a feiticeira de Endor não tem parte com Deus, há mentiras, há enganos dos demônios e ela foi usada por Satanás para ludibriar a Saul que não teve a percepção divina na sua vida e caminhada. Embora a mulher de Endor tenha até dado alimento para Saul, uma ação até humana, ela foi instrumento do mal para iludir o rei Saul que estava completamente cego espiritualmente falando.

ü    Devemos discernir espiritualmente o que é voz de Deus e do mal:

A Bíblia diz que em I Coríntios 2.14-16: Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente. Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? Nós, porém, temos a mente de Cristo.
Precisamos discernir aquilo que edifica e o que não edifica e as Sagradas Escrituras são nosso ponto de apoio para usar da sabedoria divina. Saul não teve percepção das Sagradas Escrituras no seu coração e por isso, procurou uma feiticeira para resolver os conflitos da vida.
É preciso tomar cuidado com aquilo que não é de Deus. Precisamos ter olhos espirituais para discernir as setas inflamadas do maligno. Saul só consultou a mulher porque ele perdeu de vista o temor a Deus, perdeu a noção do sagrado, perdeu a capacidade de discernimento espiritual.
É preciso muito cuidado com essa questão na vida. Tem gente que busca soluções para vida nos horóscopos da vida, no positivismo, nos jogos da vida e nas coisas mais fáceis. O movimento para o coração está nas Escrituras, elas nos mostram o que devemos fazer e como pensar.
Não tenhamos medo e, sim, confiança quanto ao nosso futuro no que diz respeito a todos os fatos da nossa vida. Como dizem as autoras do livro Elas: O antídoto para o medo é sempre a confiança. E a fé pode curar os nossos piores pesadelos, ela é alimentada pela obediência a Deus. Que a graça do Eterno seja sobre nós!



Pr. Alcindo Almeida

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Andy Stanley será um dos preletores do Summit


 

Fundador e pastor sênior, North Point Ministries

Um dos mais influentes pastores americanos que sempre oferece insights diferenciados sobre a interação entre fé e liderança. Recebendo cada vez mais convites para levar esse conhecimento a outros países, é também um autor best-seller e recentemente lançou o livro Deep & Wide: Creating Churches that Unchurched People Love to Attend (Fundo & largo: criando igrejas que pessoas não religiosas amam frequentar), ainda sem tradução para o português. O mais novo livro de Andy Stanley, Deep & Wide, destaca lições de liderança aprendidas na igreja de NorthPoint – uma das maiores e mais bem lideradas igrejas dos EUA.
 

General Colin Powel será um dos preletores do Summit


 
Ex-secretário de Estado dos EUA - Powell serviu no exército Americano durante 35 anos, chegando à patente de general, sendo condecorado com quatro estrelas. Já foi conselheiro sênior de quatro presidentes americanos e convocado a ser o 65o Secretário de Estado dos EUA, recebendo votação unânime do senado Americano. Um dos líderes mais admirados no mundo, Powell revelará os princípios de liderança que moldaram sua incrível vida e trajetória.

Você pode fazer sua inscrição diretamente na Igreja Presbiteriana em Alphaville ou pelo e-mail secretaria@ipalpha.com.br
Para mais informações e inscrições online acesse o site
www.summitbrasil.org
Http://ipalpha.com.Br/summit-2013/pagina-estatica/summit-2013

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Experiência humana

A amizade é um dos aspectos mais subestimados da espiritualidade. E, no entanto, é tão importante quanto orar e jejuar. Assim como o uso sacramental da água, do pão e do vinho, a amizade transforma as coisas comuns em experiência humana e torna a experiência humana em algo santo (Eugene Peterson, Transpondo muralhas). 

De acordo com nossas orações

A forma como realizamos nosso trabalho é tão importante quanto o trabalho que fazemos. As formas precisam ser autênticas, verdadeiras, de acordo com nossas orações e proclamações (Eugene Peterson, Transpondo muralhas).

O verdadeiro e belo

Quando permitimos que o mal controle a nossa mente, ditando o que devemos pensar e produzindo nossas reações, nesse exato momento nos tornamos incapazes de perceber o que há de bom, verdadeiro e belo (Eugene Peterson, Transpondo muralhas).

Tua graça me basta - Rachel Novaes e Paulo César Baruk


Nas noites mais sombrias
Na escuridão da alma
Tua graça me basta

Nas madrugadas frias
Na solidão da estrada
Tua graça me basta

No vento incessante
Toda hora e a cada instante
Tua graça me basta

Na imensidão do mundo
No abismo mais profundo
Tua graça me basta

Aperfeiçoa-me
Molda meu coração
Ouça o som que flui
Da minha adoração

Suba perante Ti
Este sincero amor
Seja a expressão
De todo o meu louvor

Edificando sua casa

A necessidade de amor e de respeito no relacionamento conjugal tem tudo a ver com o tipo de casamento que temos. Numa família quando não há respeito vemos a brecha para o desequilíbrio e imaturidade. Salomão afirma em Provérbios 24.3: Com a sabedoria se edifica a casa, e com a inteligência ela se firma. A inteligência é quando o marido sabe edificar sua casa através do respeito que dá a sua esposa e a sua esposa retribui a ele (Livro Relacionamentos a dois).

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Mical: uma mulher sem muitas certezas na vida

(I Samuel 19.11-17) 
O nome da filha do rei Saul significa quem é como Deus? era Mical. Ela foi a primeira esposa de Davi. Não podemos dizer que ela foi a esposa ideal, a esposa que estava no centro da vontade de Deus. Mas, mesmo assim, ela fez parte do plano do Senhor para a vida de Davi.
Ao lermos I Samuel 19 vemos que o rei Saul planejava matar Davi. Ele começou a perceber que o Senhor estava com Davi e que sua filha, Mical, amava o marido. O ciúme começou a tomar conta da sua vida. Em I Samuel 19.11 diz: Porém, Saul mandou mensageiros à casa de Davi, que o guardassem, e o matassem pela manhã. Mical soube do plano de seu pai e, como uma esposa que, depois do Senhor, colocava seu marido em primeiro lugar em sua vida, avisou a Davi e o ajudou num plano de fuga eficaz. O texto diz que Mical desceu a Davi por uma janela e ele se foi, e fugiu, e escapou (I Samuel 19.12).

1. Honremos o nosso cônjuge em tudo:

Ela ficou debruçada na janela a observar aquele homem, que ela tanto amava, fugir para que a sua vida fosse salva. Ela sabia que seu pai jamais o pegaria, pois, ela havia se casado com o homem:

1- Que matara o gigante Golias;
2- Que foi posto à prova a fim de poder casar com ela, tendo que matar 100 filisteus, mas matou 200.

Davi era um homem segundo o coração de Deus. O Senhor estava com ele em todos os momentos de sua vida. Mical havia se casado com um homem íntegro que respeitava e amava o seu pai, o rei Saul. O rei queria matá-lo, era seu inimigo, mas ele, Davi, numa certa ocasião, podendo matá-lo disse: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor, estendendo eu a minha mão contra ele; pois é o ungido do Senhor (I Sam. 24.6).

* Davi era um homem que respeitava aquele que o Senhor colocou acima dele (o rei Saul).
* Ele era um homem que amava o Senhor.
* Ele era um homem segundo o coração de Deus.
* Ele não temia o inimigo, pois confiava no Deus verdadeiro que estava com ele.

Este era o marido de Mical, homem forte, valente e com um coração cheio de fidelidade, amor e respeito para com aquele que Deus escolhera para ser o seu rei, mas que o odiava, perseguia e queria matá-lo - o rei Saul. Mical, apesar de não ter sido a esposa ideal para Davi, colocou-o em primeiro lugar na sua vida mesmo tendo que ficar contra a vontade de seu pai. Apesar de percebermos no desenrolar da história que Mical foi uma mulher sem muito equilíbrio, e apesar de ter mentido (o que não anula sua falha). Ela teve como prioridade certa na vida o seu marido. Ele reconheceu que Davi era homem de Deus e protegeu-o de seu próprio pai correndo riscos.
O que aprendemos para a vida de um casal?

1.            Sejamos protetores dos nossos cônjuges com sinceridade e dedicação;
2.            Depois de Deus a família é a questão mais importante da vida;
3.            Falemos bem dos nossos cônjuges e dos nossos filhos;
4.            Procurem o bem do esposo não se esquecendo de elogiá-lo naquilo que é importante para o coração dele;
5.            Oremos pela nossa casa em todos os sentidos.

Percebemos que Mical tinha Davi como a pessoa mais importante de sua vida, pois ela o admirava e o amava. Ela o salvou da morte, porém, quando Davi já era rei, aconteceu algo que mudou o cenário da sua vida.

2. Cuidado com a inveja no próprio cônjuge:

O texto de II Samuel 6.16 diz algo importante e que nos chama demais a atenção: Mical, a filha de Saul, estava olhando pela janela; e, vendo ao rei Davi, que ia bailando e saltando diante do Senhor, o desprezou no coração.
Os personagens eram os mesmos (Mical e Davi), a cena era a mesma (Mical junto à janela), contudo, agora, o coração dela já não era o mesmo. Antes, ela tinha um coração cheio de amor e respeito pelo marido. Agora, seu coração o desprezava. Ela se encontrava junto à janela e observava Davi que entrava em Jerusalém com a arca da aliança, pulando e dançando. Ela não gostou do que estava vendo. Ela o achou ridículo e o desprezou.
Aquele mesmo coração que, junto à janela, o amou e o salvou da morte, agora, junto à mesma janela o desprezava. Provavelmente, Mical esperava que seu casamento fosse o mais feliz e o mais seguro. Será que ela esperava que Davi viesse salvá-la das mãos de um pai irado e vingativo? Será que a amargura tomou conta do seu coração ao ver que nada do que ela havia sonhado aconteceu?
Sabemos que o rei Saul vingou-se dela e de Davi, dando-a em casamento a outro homem. Vemos nessa ação de Mical que ela escolheu a falta de sensibilidade diante de Deus quando passava por momentos de dor. Ela não procurou se firmar na graça e confiança no caráter de Deus.
Ela se tornou amarga e teve simplesmente inveja do seu próprio esposo. Que desgraça é esta palavra chamada inveja. Ela faz uma pessoa tirar os pés do chão e se esquecer da soberania de Deus Pai. Mical por causa da inveja teve essa atitude de desprezo diante de um ato nobre de Davi.
A inveja invadiu o coração dela e ela se torna desrespeitosa para com Davi. Era só ela ver a mão de Deus no processo e perceber que o cântico e a dança de Davi eram atos dedicados a Deus e não a homens. Havia um motivo nobre para Davi dançar na presença de Deus. Era uma vitória do soberano Deus através de Davi. Mas, a inveja azedou o coração de Mical, ela provocou trincas de tal maneira que ela foi completamente infeliz nas suas palavras. Qual é o remédio para essa crise de medo causado pela inveja?

Não espere a mesma vida de sucesso que o outro tem; viva a sua com gratidão.
- Não deixe a inveja tomar conta do coração e gerar medo, mas conserve o temor do Senhor todo dia. (Prov. 23.17)

Interessante que Mical era rainha, mas seu coração não estava correto diante de Deus. Tanto que ela deixou a inveja e a insensibilidade tomarem conta da sua alma. Mical não estava em comunhão com o Senhor. Ela deixou que as tribulações de sua vida fossem transformadas na amargura que já fazia morada em seu coração. Mical se transformou numa mulher com a alma amargurada e que desprezou a verdadeira adoração ao Senhor.
Davi, o homem segundo o coração de Deus deu pulos de alegria, fez uma verdadeira adoração ao Senhor. Enquanto Mical o desprezou no coração e ainda o exrota diante da situação. Deixo algumas dicas para o nosso coração:

ü    Não se torne a mãe do seu marido;
ü    Não seja uma mulher crítica, pessimista, preocupada apenas com o que outros falarão;
ü    Não seja religiosa. Talvez Mical, por ser filha de Saul, conhecia muito bem os protocolos reais e aprendeu desde cedo como o rei e a rainha deveriam agir diante de uma multidão – e bem por isso, não gostou do que Davi fez ao dançar no meio do povo. Mas não se limite aos protocolos.
ü    Quebre paradigmas, pré-conceitos, esteja pronta ao novo de Deus! E mais: se você é daquelas que se incomoda com a alegria das pessoas, sinto em dizer, mas você é uma mulher egoísta e invejosa – e precisa se arrepender disso.
ü    Não fique listando aquilo que falta em sua vida, faça uma lista daquilo que você já tem!
ü    Aproveite os presentes que Deus no dia a dia. Experimente não se prender aos detalhes e apenas sorria! (Alcindo Almeida- Livro Elas - Mundo Cristão)