sábado, 30 de outubro de 2010

Novo livro de Glenio F. Paranguá - Do Tronco ao Trono

Descrição

Uma existência escravizada por ressentimentos é uma biografia em prisão perpétua. Quase nada pode ser mais cruel como as grades invisíveis do ódio consumindo as entranhas da alma, silenciosamente.
Não conheço uma pessoa bem-aventurada alimentando-se de amargura no seu íntimo. Não há alternativa. Ou você perdoa o ofensor que o lanhou, ou você se transformará num ofendido sem esperança, escravo do pior dos senhores, o seu próprio ódio.
O escravo das mágoas vive no Tronco sendo chicoteado pelos verdugos dos seus sentimentos. Mas aquele que perdoa os seus algozes assenta-se no Trono como um príncipe, filho de Aba.
Do Tronco ao Trono é uma obra que revela a grandeza da cruz de Cristo, promovendo a libertação nos corações dos filhos de Deus. Você é convidado a participar desta peregrinação da nobreza celestial a caminho da Nova Jerusalém.

CARACTERÍSTICAS:
Autor: Glenio Fonseca Paranaguá
1ª Edição
Formato: 14 x 21 cm
N° de Páginas: 80

John Wycliffe - A estrela matutina da Reforma

O Livro dos Mártires retrata a história de John Wycliffe. Este célebre reformador, chamado "A Estrela Matutina da Reforma", nasceu por volta do ano 1324, durante o reinado de Eduardo II. De sua família não temos informação certa. Seus pais o designaram para a igreja, e o enviaram ao Queen's College, em Oxford, que tinha sido então fundado por Robert Eaglesfield, confessor da Rainha Felipa. Mas ao no apreciar as vantagens para o estúdio que esperava naquele estabelecimento novo, passou ao Merton College, que era então considerado como uma das instituições mais eruditas da Europa .
Os bispos que apoiavam a autoridade do Papa, insistiam em submeter Wycliffe a juízo, e estava já sofrendo interrogatórios em Lambeth quando, por causa da conduta amotinada do povo lá fora, e atemorizados pela ordem de Sir Lewis Clifford, um cavalheiro da corte, no sentido de que não deviam decidir-se por nenhuma sentença definitiva, terminaram tudo o assunto com uma proibição a Wycliffe de predicar aquelas doutrinas que fossem repulsivas para o Papa; porém, o reformador a ignorou, pois indo descalço de lugar em lugar, e com uma longa túnica de tecido rústico, predicava mais veementemente que nunca.
No ano 1378 surgiu uma contenda entre dois Papa, Urbano VI e Clemente VII, acerca de qual era o Papa legítimo, o verdadeiro vicário de Cristo. Este foi um período favorável para o exercício dos talentos de Wycliffe; pronto produziu um tratado contra o papado, que foi lido de boa vontade por todo tipo de pessoas.
Para o final daquele ano, Wycliffe caiu enfermo de uma forte doença, que se temia pudesse resultar fatal. Os frades mendicantes, acompanhados por quatro dos mais eminentes cidadãos de Oxford, conseguiram serem admitidos em seu dormitório, e lhe rogaram que se desdissesse, por amor de sua alma, das injustiças que tinha falado acerca da ordem deles. Wycliffe, surpreendido ante esta solene mensagem, se recostou em sua cama, e com rosto severo disse: "Não morrerei, senão que viverei para denunciar as maldades dos frades".
Quando Wycliffe se recuperou dedicou-se a uma tarefa sumamente importante: a tradução da Bíblia ao inglês. Antes da aparição desta obra, publicou um tratado, no qual expunha a necessidade da mesma.
O zelo dos bispos por suprimir as Escrituras impulsionou enormemente sua venda, e os que não podiam procurar-se uma cópia se faziam transcrições de Evangelhos ou de Epístolas determinadas. Posterior, quando os lolardos foram aumentando em número, e se acenderam as fogueiras, se fez costume amarrar ao pescoço do herege condenado aqueles fragmentos das Escrituras que se encontraram em sua possessão, e que geralmente seguiam sua sorte.
John Fox relata o fim de Wycliffe assim:

“Após terem levado o Senhor a seu túmulo, acharam que conseguiriam evitar que ressuscitasse. Porém estes e todos os outros deverão saber que assim como não há conselho contra o Senhor, tampouco pode suprimir-se a verdade, antes rebrotará e renascerá do pó e das cinzas, tal como aconteceu em verdade com este homem; porque ainda que exumaram seu corpo, queimaram seus ossos e afogaram suas cinzas, não puderam contudo queimar a palavra de Deus e a verdade de sua doutrina, nem o fruto e triunfo da mesma” .

O coração deste homem permaneceu firme no Senhor Deus. Deus quer que sejamos firmes assim na sua Palavra!

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Alcindo Almeida

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Semana de reciclagem na Lapa

Nos dias 24 a 26 teremos a semana de reciclagem na Lapa todos os dias as 20:00 horas.

Teremos os seguintes preletores:

Dia 24: tema: Trabalho & Relacionamentos - Pr. Danillo Dourado
Dia 25: tema: Trabalho & Lazer - Marcos Larizzati
Dia 26: tema: Trabalho & Stress - Rosângela de Souza Barbosa
Não deixe de participar e trazer um amigo para ouvir as palestras!
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http://www.iplapa.org.br/
E-mail: iplapa@uol.com.br
Rua Roma, 465 - Lapa

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Quase

-Texto para reflexão: Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela (Mt 7.13 e 14).

Uma das realidades mais difíceis de serem encaradas é a decepção do “quase”. Sarah Westphal Batista da Silva, uma pequena poetisa, escreveu certa vez:

“Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez; é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga,  quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou....Gaste mais horas realizando que sonhando, Fazendo que planejando, Vivendo que esperando, Embora quem quase morre esteja vivo, Quem quase vive já morreu”.

A verdade é dura, clara, absoluta, formal, mas é verdade – o quase não resolve.
Quando tudo vai bem; quando tudo está “dando certo”; quando vivemos um momento de colhermos resultados positivos; quando nos sentimos num momento onde nossa capacidade está no seu melhor; quando podemos dizer: “estou pronto para tudo” somos então estimulados a pensar: se ao menos eu pudesse sentir-me sempre assim!
O problema é que não fomos feitos com essa capacidade.
A questão é que a rotina do dia a dia, ou a mesmice de determinada fase de nossas vidas, podem estender-se muitas vezes por mais tempo que imaginávamos, podendo gerar em nós algum desconforto.
Lembro-me de meu querido e saudoso pai que tentando fugir da realidade da rotina de sua vida, sonhava em ganhar um premio da loteria. Eu o ouvi dizer por diversas vezes: “quase ganhei”. E isso não adiantou nada.
Muitas outras situações podem receber essa mesma dura verdade do “quase”.
Um amor que quase aconteceu; um emprego que quase conquistou; uma viagem que quase você fez; um encontro que quase teve; um negócio que quase foi feito; uma escolha que quase fez; uma palavra que quase falou.
Assim sendo, considere duas atitudes como sugestão:

I – CELEBRE SEUS MELHORES MOMENTOS

Nem sempre viveremos ou teremos grandes momentos na vida. Mas, paute sua vida nos seus melhores momentos. Valorize-os quando acontecerem. Lembro-me de um precioso amigo que, deixando uma viagem que muito importante seria para o seu contexto de trabalho, escolheu ficar ao lado de sua esposa e poder participar do momento do nascimento de seu filho.
Esse valorizá-los é tomar atitudes construtivas a partir deles. Não descanse neles como se fossem durar para sempre. Não se acomode como que dizendo: “Que incrível! Que emocionante! Gostaria de estar sempre assim!”
Isso, porque a vida não é assim. Ela não age e reage assim.
Aja imediatamente; responda construtivamente.
“As palavras afetam a atitude, e a atitude afeta o desempenho. Portanto, certifique-se de que suas palavras são positivas, porque o que entra influencia a perspectiva, a perspectiva influencia o que sai e o que sai determina o resultado.” - Zig Ziglar, em “Sucesso”
Se sua experiência, seu momento, suas circunstancias tem sido favoráveis, use-as para estimulá-lo a crescer, estabelecer prioridades, enriquecê-lo como ser humano.
Se o momento for de frustração, decepção, perda, engano, vazio, busque ajude e volte à luta!

II– NÃO DEIXE QUE O “QUASE” O IMPEÇA DE CONHECER A DEUS

Se for preciso, queime as pontes que o fariam retroceder neste propósito.
Não deixe que o “quase” obstrua sua melhor descoberta. Não faça como Pilatos, que esteve tão perto de Jesus e “lavou as suas mãos”. Não faça como Judas, que esteve tão perto de Jesus e perdeu sua melhor e maior oportunidade, cometendo suicídio espiritual.
Por isso, cuidado ao tentar viver sua espiritualidade.
Não pense apenas que apenas algumas ou boas opções morais o farão conhecer a Deus como Ele deseja ser conhecido.

“Quase” crer não é suficiente.
Creia de todo o seu coração, com toda a sua força, e com todo o seu entendimento.
O texto do Evangelho de Mateus fala de uma decisão, de uma escolha, de uma única opção para a vida.
“Deus oferece escolhas eternas e essas escolhas trazem conseqüências eternas”. Max Lucado em “Gente como a Gente”, Ed Thomas Nelson Brasil, pág 135. Viver nesse mundo “fazendo de conta”, de “credulidades momentâneas ou circunstanciais”, de “quase buscas”, de “quase entrega” não trará respostas ao seu vazio e necessidade espirituais. “Quase” crer não será suficiente. Pense nisso!
Que Deus o abençoe rica e abundantemente.
Em Cristo,
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Pr. Hilder C Stutz

Outra Espiritualidade - por Ed René Kivitz

A expressão “outra espiritualidade” sugere a pergunta: “outra em relação a que?”. Isto é, que espiritualidade está sendo abandonada para que em seu lugar apareça “outra”? No meu caso é simples: estou abandonando a espiritualidade do senso comum evangélico, e saindo em busca da espiritualidade do senso comum da tradição cristã.
Apresso-me em explicar. Considero “senso comum” uma forma simples de me referir ao fato de que apesar da enorme diversidade a respeito das características que identificam o ser evangélico, há um núcleo que resume a maneira como este segmento religioso da sociedade articula sua crença e modus vivendi. Ao escolher o senso comum, admito que a “outra espiritualidade” que busco não é uma novidade, mas um resgate dos aspectos essenciais à fé cristã conforme se estabeleceram nestes mais de dois mil anos de história.
Deixando de lado o rigor acadêmico e científico, que não cabe na proposta deste texto, chamo de “senso comum da fé evangélica” os conteúdos articulados na face mais visível desta tradição religiosa, notadamente através das mídias impressa, radiofônica e televisiva.
São os autores e comunicadores de massa que “fazem a cabeça” dos fiéis e aos poucos vão definindo, consciente e inconscientemente, voluntária e involuntariamente, um núcleo de crenças determinantes de uma cosmovisão, e por conseqüência, um jeito de ser no mundo.
A partir de um determinado ponto, passa a existir uma cultura autônoma, independente dos conteúdos mais elaborados dos teóricos. Esta cultura autônoma é apropriada pelo povo e a partir de então é deflagrado um processo de desenvolvimento de crenças e costumes que vai se distanciando cada vez da proposta original.
Não tenho dúvidas quanto ao fato de que este fenômeno aconteceu na chamada igreja evangélica, e que o ser evangélico, conforme compreendido hoje pela sociedade brasileira, e até mesmo por muitos evangélicos, está absolutamente distante dos conteúdos originais da fé cristã. Evidentemente, é pretensioso aquele que afirma conhecer “os conteúdos originais da fé cristã”, pois toda teologia é interpretação, isto é, tudo quanto os cristãos propagam são versões do conteúdo original.
O que se exige é a avaliação mínima dos conteúdos atuais em comparação com aqueles que foram historicamente, desde períodos mais remotos, divulgados como constitutivos da fé cristã. Tenho a firme convicção de que o cristianismo dos evangélicos contemporâneos é absolutamente distinto do cristianismo dos primeiros cristãos e das tradições teológicas mais consistentes da história da igreja.
Aliás, é muito triste o fato de que grande parte dos novos líderes evangélicos e dos novos convertidos à fé evangélica desconheçam a tradição teológica da história da igreja, seus expoentes mais respeitados, suas fundamentações filosóficas, seus embates com os espíritos de suas épocas, suas argumentações apologéticas, e, principalmente seu sangue vertido em defesa da fé.
Os neo-evangélicos estão ocupados demais em construir uma experiência religiosa que lhes satisfaça no imediato, e não se ocupam com as aproximações da verdade, uma vez que vivem o pragmatismo de quem se ocupa antes em fazer deus funcionar do que em ser íntimo dEle.
Fui tomando consciência disso aos poucos, e de certa forma, construindo meu pensamento a respeito de “outro Deus e outra espiritualidade” passo a passo, um insight de cada vez, como o pão, que nos chega à alma toda manhã, caindo do céu a cada dia. Pão que reparto com temor e tremor.
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Extraído do livro, Outra espiritualidade, publicado pela editora Mundo Cristão.

Fazendo a vontade de Deus

- Texto para Reflexão: Todo aquele, pois que escuta as palavras de Jesus e as pratica (faz) é semelhante ao homem que edifica a sua casa sobre a rocha (Mt. 7.24).
  É bom notar que as palavras são todo o Sermão do Monte ensinado falado pelo Senhor Jesus Cristo. Com isto vemos que a única postura adequada do ser humano perante Deus é a prática de sua vontade.
O Sermão do Monte está aí para ser praticado. É no fazer, no realizar os mandamentos de Deus, apenas, que se consuma a submissão à vontade de Deus.
Somente no cumprimento da vontade de Deus que o homem desiste, abre mão de todo e qualquer direito próprio, de toda a auto-justificação.
Quando cumprimos a vontade de Deus, nós crescemos, amadurecemos na vida cristã e o glorificamos a cada dia através da nossa obediência a ele.
Não há outro cristianismo que fale mais alto do que aquele que está atrelado ao cumprimento da vontade de Deus, aquele que obedece e faz todas as palavras ditas pelo Senhor Jesus Cristo.
É muito pertinente e extraordinário o que D. Bonhoeffer diz sobre a realização da vontade de Deus segundo o Sermão do Monte. Ele diz:

“Uma coisa é necessária, não ouvir ou fazer, mas ambos um só, isto é, estar e permanecer na unidade com Jesus Cristo e orientado para ele, receber dele palavra e ação; não se tornar acusador ou juiz do irmão ou mesmo como Marta - de Jesus Cristo, nem com base no ouvir nem com base no fazer; pelo contrário: tanto no ouvir como no fazer, confiar tudo a Jesus Cristo, viver dele, de sua graça e de seu bondoso juízo, que realizará ao seu tempo” (BONHOEFFER, Dietrich. Ética. São Paulo: Sinodal, 1995, p. 31).

Este é o ensino do Senhor Jesus na sua Palavra quanto ao fazer a sua vontade, resta-nos pedir para que ele derrame a sua graça sobre nós, para que a realizemos para a sua própria glória.
Que ele nos ajude a fazê-la.
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Alcindo Almeida

ProjetoTimoteo - Encontro dos pastores em Uberlândia













sábado, 23 de outubro de 2010

Georg Friedrich Haendel – o homem que trouxe o rei aos seus pés

Ele foi um compositor alemão nascido na cidade de Halle no mesmo ano que Johann Sebastian Bach, Haendel iniciou a sua atividade musical na Ópera de Hamburgo. Aos 21 anos realizou a primeira viagem importante - a Itália - onde teve oportunidade de se familiarizar com a Cantata, a Ópera e a Oratória deste país, assim como de estabelecer contactos com os autores mais famosos da época, e particularmente Corelli e Alessandro Scarlatti.
No entanto, Haendel decidiu fixar residência em Londres, onde trabalhou durante 35 anos, até ao fim dos seus dias, sofrendo os altos e baixos da ópera séria italiana, gradualmente ameaçada pelos êxitos do espetáculo popular, como o célebre The Beggar's Opera de Gay e Pepush. Mas para além deste fato, sobretudo nos anos 30 do século não foram fáceis para o compositor devido à criação em Londres de uma segunda companhia de ópera concorrencial; após 30 anos de êxitos acumulados, as dificuldades crescentes levaram-no a procurar alternativas nos campos da Oratória, Serenata, Concerto, etc.
Em 1740 empreendeu nova viagem à Europa, e no regresso à capital britânica fez duas últimas incursões no domínio da ópera italiana, qualquer delas com resultado pouco menos que desastroso:

Imeneo, escrito entre 1738 e 1740
Deidomia, estreada a 10 de Janeiro de 1741.

As palavras do Messias resultaram de uma compilação feita pelo seu antigo colaborador e amigo Charles Jennens, do qual nos chegou a primeira referência a esta obra, numa carta de 10 de Julho de 1741:" Haendel diz que não vai fazer nada no próximo Inverno, mas espero conseguir convencê-lo a compor outra Antologia das Escrituras que fiz para ele, e apresentá-la em seu benefício na Semana da Paixão. Espero que ele empenhe nela todo o seu engenho e mestria, de forma a que esta composição exceda a qualidade das anteriores, assim como o assunto é superior a qualquer outro. O assunto é o Messias"
A primeira parte do Messias narra as profecias à volta do nascimento de Cristo e do Natal propriamente dito. A segunda trata do sofrimento e humilhações de Cristo na Terra até à Crucificação, Ressurreição e Júbilo pela vitória do Reino de Deus, no célebre coro do "Aleluia".
Finalmente, a terceira parte consiste fundamentalmente em comentários à volta dos temas da Ressurreição e do Julgamento Final. A instrumentação do Messias foi revista várias vezes por Haendel e adaptada também às circunstâncias e aos efetivos existentes em cada ocasião. Na estréia de Dublin a partitura não incluía oboés, mas foram acrescentados para as apresentações feitas nas temporadas londrinas, a par de outras modificações graduais introduzidas até à versão definitiva, que pode datar-se de 1750.
Olhando para a vida deste homem e suas obras, o que chama a nossa atenção é que no dia 23 de março de 1743, O Messias foi apresentado em Londres diante do Rei Jorge II, o qual, emocionado pela beleza do Aleluia, pôs-se em pé em sinal de respeito e reverência diante das palavras: Pois o Senhor Deus onipotente reina. Reis dos reis e Senhor dos senhores.
Nunca ele imaginaria que tanta beleza na sua canção faria um rei se prostrar diante do criador!
Que história linda de um homem que com 74 anos já no tempo da sua morte e cego marcou tanto sua geração sendo um instrumento de Deus na música.
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Alcindo Almeida

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Lançamento na Igreja Presbiteriana de Alphaville

Data: 31.10.10
Horário: 10:30
Largo da Igreja, 01 Santana de Parnaíba - SP, 06541-025.
ipalpha@ipalpha.com.br
(011) 4153-1514
Data: 31.10.10

INFORMAÇÕES DO LIVRO
Título: Simplicidade, fé e oração. Série Intimidade com a Palavra - Livro de Tiago.
Autor: Alcindo Almeida
Páginas: 88
Este livro é um convite para mergulharmos nos ensinamentos práticos que Tiago apresenta na sua Epístola. E o Alcindo, com sua característica peculiar, apresenta uma abordagem pastoral que atende às necessidades dos líderes e membros das igrejas que amam a Palavra de Deus. Simplicidade, fé e oração sintetizam muito bem o que você verá nas próximas páginas. Pois, as reflexões que Deus colocou no coração do autor procuram mostrar a relevância desta Epístola. Este livro tem com o objetivo de encontrar os tesouros escondidos na Epístola de Tiago. E quando encontrá-los, peça auxílio a Deus para colocá-los em prática na sua vida, família e no meio do povo de Deus. Tenha uma ótima e proveitosa leitura!

Fanfarra para o homem comum

"A celebridade é doença terminal porque extrai do sujeito a sua coisa mais essencial, a sua humanidade. Transformar homens em ídolos é despojá-los de sua humanidade, e portanto de sua relevância. É ajoelhar-se diante do acessório recusando-se a abraçar o essencial. É espetáculo de antropofagia, consumo público de seres humanos. E, depois de conviver por tempo suficiente com a adoração, a vítima da celebridade enfrentará um dia a tentação de ajoelhar-se diante de si mesmo – tentação que é possível resistir por algum tempo, mas não indefinidamente ou o tempo todo. E quando o ídolo finalmente resvalar e cair, cairá publicamente, e seu público estará pronto para contorcer-se em horror e prazer diante da sua capitulação – num êxtase fora do corpo que terá precisamente a mesma natureza e intensidade daquele em que o aplaudiram na primeira vez" (BRABO, Paulo. A bacia das almas. São Paulo: Mundo Cristão, 2010, p.295).

Morre designer agredido....em livraria de São Paulo

O designer Henrique de Carvalho Pereira, 22 anos, agredido com um taco de beisebol dentro da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, Zona Sul de São Paulo, em dezembro do ano passado, morreu na madrugada desta sexta-feira no HC (Hospital das Clínicas) de São Paulo.
Segundo a família de Pereira, o estado de saúde do jovem havia piorado nos últimos dias. Ele estava internado há dez meses no HC, onde foi socorrido após receber diversos golpes na cabeça com um taco de beisebol do personal trainer Alessandre Fernando Aleixo, 38 anos.
O agressor foi preso e autuado em flagrante por tentativa de homicídio. Em agosto, a Justiça determinou que ele fosse internado em um manicômio. O enterro será realizado no Cemitério do Cristo Redentor, em Santo André.
Fiquei pensando sobre isso hoje e no depoimento da sua tia Claudia: Depois de dez meses na UTI tinhamos esperança de vê-lo bem de novo.
O que será que se passa no coração e na mente destes familiares que perderam um menino tão novo e com tantos projetos na vida?
Acredito que precisamos pedir a Deus que nos dê graça e tenha misericórdia de nós para vivermos na terra. Porque estamos no meio da loucura humana, da violência urbana, dos caras que se drogam, das pessoas que estão cada vez mais brutais e insensíveis.
A nossa oração é a mesma do cego de Jericó: Filho de Davi, tem misericórdia de nós!

Alcindo Almeida

Persevere na oração

Esta passagem nos dá cinco diretrizes para a oração, as quais precisamos ouvir.

Primeira: “Perseverai na oração”.
Existe muito poder a ser desfrutado em perseverarmos na oração. Não esqueçam o amigo inoportuno de Lucas 11.8: “Digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade”; e não esqueçam a parábola que Jesus contou “sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer”.
A perseverança é o grande teste de genuinidade da vida cristã. Louvo a Deus pelos crentes que têm perseverado em oração durante sessenta, setenta ou oitenta anos! Oh! que sejamos um povo de oração e que este ano — e todos os nossos anos — seja saturado com orações ao Senhor de todo o poder e de todo o bem. Será bom dizermos no final da vida: “Completei a carreira, guardei a fé”, por meio da oração.

Segunda: “Vigiai na oração”.
Isto significa: “Esteja alerta!” Esteja mentalmente desperto. Talvez o apóstolo Paulo tenha aprendido isto do que aconteceu no Getsêmani. Jesus pediu aos discípulos que orassem, mas os encontrou dormindo. Ele disse a Pedro: “Não pudeste vigiar nem uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mc 14.37,38).
Precisamos estar em vigilância enquanto oramos — em vigilância contra as vagueações de nossa mente, contra as vãs repetições, contra expressões vulgares e sem sentido, contra desejos restritos e egoístas.
Também devemos vigiar por aquilo que é bom. Devemos estar especialmente alerta quanto à orientação de Deus, nas Escrituras, para as nossas súplicas. É Deus quem opera em nós a vontade de orar, mas sempre experimentamos esta capacitação divina como nossa própria atitude e resolução.

Terceira: Seja agradecido em todas as orações.
São admiráveis os relatos do que Deus tem feito na vida de muitos crentes, por meio da oração. Tais relatos me têm estimulado a persistir em oração com ações de graças. Compartilhe com os outros estas boas coisas.

Quarta: Peça que se abra uma porta à pregação da Palavra, na sua vida.
Em dois sentidos:
1. Que, semana após semana, haja corações abertos e receptivos em sua igreja;
2. Que seus vizinhos se mostrem receptivos ao evangelho, enquanto você o anuncia. “Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia” (At 16.14). Isto é o que desejamos aconteça nos domingos e durante a semana.

Quinta: Ore pelos pregadores de nossa pátria, para que eles apresentem com clareza o mistério de Cristo.
“Grande é o mistério da piedade” (1 Tm 3.16). Oh! que chamada para o proclamarmos! Eu amo o ministério de pregador! Embora, não esteja a altura dele. Eu e todos os pregadores, pastores, necessitamos de oração — para que entendamos o mistério de Cristo, escolhamos os textos necessários, preguemos no poder do Espírito Santo, falemos a verdade em amor. Sem Cristo, nada podemos fazer.

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Extraído do livro: Penetrado pela Palavra de John Piper.

Meditação sobre a sede na manhã de segunda-feira

Ao me ajoelhar naquela manhã de segunda-feira, durante meu devocional, disse: "Ó Senhor, tem misericórdia de mim, pecador! Ajuda-me. Por favor, vem e restaura a minha alma". Em seguida, perguntei calmamente: "Senhor Jesus, o que querias dizer quando falaste: ‘Aquele... que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede’?
Estou com sede nesta manhã. Ouvi meu colega David Livingston dizendo, ontem à noite, que ele tem sede. Quase todo crente que vem ao meu escritório tem sede. Qual era a tua intenção ao dizer que aqueles que bebessem da tua água não teriam mais sede? Não temos bebido? Esta promessa é vã?"
O Senhor respondeu. Ele me mostrou o resto do versículo, e derramou sobre ele uma luz que nunca vira antes. João 4.14 começa assim: "Aquele... que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede". Isso foi o que me levou a clamar: "O que pretendias dizer? Estou tão sedento! Minha igreja está sedenta! Os pastores com quem eu oro estão com sede! Ó Jesus, o que querias dizer?"
Jesus respondeu da única maneira pela qual sei que Ele responde. Abriu-me os olhos para ver o significado do que disse na Bíblia. Eu já havia memorizado esse versículo na manhã do domingo, para a minha própria alma e para um possível uso na oração pastoral. Assim, enquanto eu orava, os elementos da comunicação divina estavam no seu devido lugar. (Oh! que percepção perdemos quando não memorizamos mais das Escrituras!)
Enquanto eu suplicava, a segunda parte do versículo falou por si mesma. Jesus disse: "Pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna". Com estas palavras, veio a resposta. Não era uma voz audível, e sim, a voz de Jesus, na Palavra iluminada e aplicada pelo Espírito Santo.
A resposta era assim: quando bebem da minha água, a sede de vocês não é aniquilada para sempre. Se isso acontecesse, vocês sentiriam, posteriormente, qualquer necessidade de minha água? Esse não é meu objetivo. Não quero santos auto-suficientes. Quando bebem da minha água, ela se torna uma fonte em vocês. Uma fonte satisfaz a sede, não por remover a necessidade por água, e sim por estar lá, para lhes dar água sempre que têm sede. Vez após vez! Como nesta manhã. Portanto, beba, John. Beba.
Agora, enquanto escrevo, vejo esta verdade preciosa no Salmo 23: "O Senhor é o meu pastor; nada me faltará". Apesar disso, clamamos: "Ó Senhor, hoje eu tenho necessidades! Conheço centenas de pessoas que têm necessidades e confiam em Ti como o pastor delas. Qual a tua intenção ao dizer que nada nos faltará?"
Agora, aprendemos uma lição. Primeiramente, clamamos. Depois, lemos: "Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma". Refrigera-me. Isso significa que as necessidades surgem em minha alma, e, então, o Senhor Jesus as satisfaz. Elas surgem novamente; Ele as satisfaz. A vida é um ritmo de necessidade e suprimento — e, às vezes, um ritmo de perigo e livramento. "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte...". O vale se tornará (novamente) em verdes pastos, e as águas tranqüilas fluirão (novamente!). Até agora, a fonte está jorrando do interior e o fará para sempre. Por que a fonte, em nosso íntimo, não é nós mesmos; é Deus. "Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem" (Jo 7.38-39).
A sede é satisfeita pelo Espírito de Cristo revelando-nos a Si mesmo e as suas promessas, para a satisfação de nossa alma. Mas a sede não é obstruída, para que não percamos o impulso de vir a Ele vez após vez, em busca de tudo o que Deus prometeu ser para nós em Jesus.
Aquele que tem sede venha e continue vindo, até que nossa comunhão seja tão íntima, que não haja qualquer distância entre nós e o Senhor.

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Extraído do livro: Uma vida voltada para Deus.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Há excelências que não bastam na vida

- Texto para Reflexão: Procura apresentar-te a Deus aprovado, como o obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade (II Tm. 2.15).
 
Há pessoas nas igrejas que são virtuosas, há pessoas que são determinadas e prestativas como o rei Saul, porém, elas são fracas espiritualmente como ele o foi. Há pessoas que são zelosas como o sacerdote Eli, às vezes, o zelo delas é algo impressionante, mas da mesma forma que Eli foi desaprovado por Deus, por ser um mau pai, muitos da mesma forma o são hoje também, mesmo sendo extremamente zelosos.
Infelizmente o zelo é uma das virtudes que não pode andar só. Saulo por exemplo, fora zeloso, mas em perseguir a igreja. Não basta ter a valentia, como a de Gideão, se não for acompanhada de perseverança.
Hoje como cristãos, tendemos a subestimar a necessidade das virtudes andarem acompanhadas de outras questões importantes na vida. Às vezes, em nome da sinceridade, algumas pessoas absorvem disparidades bíblicas.
É muito bem possível estar sinceramente errado. Notem que a sinceridade é uma virtude excelente, mas usada sem sabedoria, sem discernimento, pode provocar um grande erro, e assim, anulá-la como virtude. A fé que é uma virtude do cristianismo necessita ser acompanhada de perseverança e também de bom senso. Porque se não, a fé como virtude é anulada também.
Para termos virtudes no crescimento espiritual e cultural, não basta ter a virtude da sabedoria, também é preciso ter a virtude da coragem, coragem esta para ler e muito a Palavra e outros livros. Lembro- me de uma afirmação de Ricardo Gondim em seu Livro Os santos em guerra:
 
“A leitura interdisciplinar adiciona contribuição de diversas áreas do amadurecimento humano. A leitura gera uma análise mais crítica daquilo que se aprende. Isso promove o bom senso. Ler produz a capacidade de pensar corretamente, atributo necessário à leitura da Palavra” (RODRIGUES, Ricardo Gondim. Os santos em guerra. São Paulo: ABBA, 1994, p. 154).

Se observarmos estes detalhes acerca das virtudes serem acompanhadas por outras qualidades importantes para que haja uma soma na vida, com certeza, melhoraremos em nossos relacionamentos com as esposas, com os esposos, com os filhos. E teremos uma vida mais sadia e mais comprometida com a Palavra do Senhor em todos os sentidos dela.
Que o Senhor nos dê graça para isso!
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Alcindo Almeida

Café do Timóteo em Itaim - 2010











As Misericórdias de Hoje para os Problemas de Hoje

Uma parte da fé salvadora é a segurança de que amanhã teremos fé. Confiar em Cristo hoje inclui o crer que Ele lhe dará a confiança de amanhã, quando o amanhã chegar. Com freqüência, sentimos que nossa reserva de forças não será suficiente para mais um dia. E, de fato, não será. Os recursos de hoje são para hoje; e uma parte desses recursos é a confiança de que novos recursos nos serão dados amanhã.
O alicerce desta segurança é o maravilhoso ensino bíblico de que Deus determina para cada dia apenas a quantidade de problemas que este dia é capaz de suportar. Em nenhum dia, Deus permitirá que seus filhos sejam provados além do que a sua misericórdia para aquele dia suportará.
Isso foi o que Paulo quis dizer em 1 Coríntios 10.13: “Nenhuma prova lhes tem sobrevindo, que não seja comum ao homem. Deus é fiel, e não permitirá que sejam provados além do que são capazes de agüentar, mas, com a prova, Ele também dará o meio de escape, para que possam suportá-la” (tradução do autor).
O antigo hino sueco “Dia a Dia” é baseado em Deuteronômio 33.25: “A tua força será como os teus dias” (ARC). O hino nos dá a mesma segurança:
Dia a dia e a cada momento que passa,
Acho forças para enfrentar minha provação;
Confiando na sábia outorga de meu Pai,
Não tenho motivo para temor ou inquietação.
A “sábia outorga de meu Pai” é equivalente à quantidade de problemas que podemos suportar a cada dia — e nenhum problema a mais:
Ele, cujo coração é imensuravelmente bom,
Com amor, dá a sua parte de prazer e dor,
E, a cada dia, o que julga o melhor dom
Mesclando com paz e descanso o intenso labor
Juntamente com a medida de dor para cada dia, Ele nos dá novas misericórdias. Este é o argumento de Lamentações 3.22-23: As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
As misericórdias de Deus são novas cada manhã, porque existem misericórdias suficientes para cada dia. É por isso que tendemos a entrar em desespero, quando pensamos que talvez possamos ou tenhamos de levar os fardos de amanhã com os recursos de hoje. Deus deseja que estejamos cientes de que não podemos. As misericórdias de hoje são para os problemas de hoje; as de amanhã, para os problemas de amanhã.
Às vezes, nos perguntamos se teremos misericórdia para permanecermos firmes em provas terríveis. Sim, teremos. Pedro disse: “Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1 Pe 4.14). Quando a injúria nos sobrevém, o Espírito da glória se manifesta. Aconteceu com Estêvão, quando ele estava sendo apedrejado (At 7.55-60). Acontecerá com você. Quando o Espírito e a glória são necessários, eles surgem.
O maná no deserto foi dado uma vez por dia. Não havia armazenagem de maná. Essa é a maneira como temos de depender da misericórdia de Deus. Você não recebe hoje a força para levar os fardos de amanhã. Recebe misericórdias hoje para os problemas de hoje. Amanhã, as misericórdias serão renovadas. “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Co 1.9). “Fiel é o que vos chama, e Ele também agirá!” (1 Ts 5.24 — tradução do autor.)
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Extraído do livro:  Uma vida voltada para Deus.