terça-feira, 29 de junho de 2010

Deus é a alegria do coração no meio da tristeza

- Texto para reflexão: Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite; pela manhã, porém, vem o cântico de júbilo (Salmo 30.5).

Não conseguimos andar sozinhos, não conseguimos obter vitórias por nossas próprias forças. Não passamos pelos obstáculos porque somos suficientes e capazes sozinhos. É Deus que nos sustenta, que nos fortalece, nos anima e nos ajuda a vencer e passar pelas lutas da vida. Vejam essa experiência do filme Duelo de Titãs, as lutas e dificuldades da vida nos abatem e nos mostram realmente que não conseguimos nada sozinho.
Davi nos convida para cantar louvores ao Senhor e louvarem o seu santo nome. Porque Deus não conserva a sua ira para sempre e porque no seu favor está a vida. Ele diz que o choro pode durar uma noite. Contudo, pela manhã vem o cântico de júbilo e de alegria.
Davi entende que o sofrimento tem no seu fim uma alegria que vem de Deus. Uma alegria que ninguém pode tirar. A luta é grande na noite, mas a alegria vem pela manhã. As crises viram a noite, mas a esperança chega ao raiar do dia.
O texto afirma que Deus não conserva a sua ira, ele é misericordioso e olha para os seus santos. Por isso, o choro pode durar a noite toda, mas na manhã dos outros dias as misericórdias são renovadas na vida. Exatamente por isso Davi tem esperança para a sua vida.
Augusto Cury afirma que "Deus através da cruz ouviu o clamor dos homens pecadores. Ele suportou todo o peso das torturas para nos defender e derramar a sua graça eterna em nosso coração. Em nosso lugar ele foi um príncipe no caos" (CURY, Augusto. O mestre da vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2006, p. 102).
Não precisamos nos desesperar diante das crises a ponto de perder a esperança. Porque na manhã seguinte, as misericórdias são renovadas. Paulo diz em II Coríntios. 4.16-18: Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas.
Davi tem consciência no seu coração de quem Deus é e o que ele faz em favor do seu povo. Ele afirma que o Senhor pelo seu favor o fez permanecer forte. O Senhor teve compaixão dele e foi o seu ajudador. Deus tornou o seu pranto em regozijo.
Davi diz que Deus o tirou do cilício, que era a prática dos homens antigos de tirarem suas vestimentas e se vestirem de saco e se lamentarem diante das suas culpas e se aproximarem do justo juiz celestial implorando com toda a humildade o perdão das faltas (CALVINO, 1999, p. 638).
O texto na parte b do versículo 5 Davi afirma: O choro pode durar a noite inteira, mas de manhã vem a alegria. Alguns perguntam: E se o meu choro durar muitas noites e não haver a alegria no amanhã? Deus não cumpre a promessa dele? Porque todas as manhãs alguns acordam e os seus problemas permanecem estáticos?
A idéia não é de tempo, e sim, da esperança que podemos ter em Deus. A noite inteira é a questão do sofrimento, mas na manhã temos o conforto e sabemos que a ira de Deus não está sobre nós. O que está conosco é a sua misericórdia e sua bondade.
Nas noites da vida acontecem os sofrimentos e tristezas da vida, mas ao amanhecer se ergue na nossa frente um grito de alegria (CHAMPLIN, 1995, p. 2138) e esperança no Deus que fortalece a nossa vida. Como Davi diz no Salmo 39.12: Ó Senhor Deus, ouve a minha oração! Escuta o meu pedido. Não te cales quando choro. Como todos os meus antepassados, sou teu hóspede por pouco tempo.
Como precisamos dessa alegria para viver em meio ao caos da humanidade. Como diz W
illiam Shakespeare: A alegria evita mil males e prolonga a vida. O problema que há em nós um negócio chamado ansiedade. Apesar de viver no presente somos constantemente influenciados pelas sombras do passado e excitados pelas fantasias e preocupações do futuro. Assim nascem as raízes mais profundas da nossa infelicidade: a nossa incapacidade de ser e viver no presente sem precisar recorrer ao passado e ao futuro.
A ansiedade é um dos mais terríveis sentimentos a assolar o coração humano. A ansiedade mata o presente, faz adormecer o hoje, anestesia o agora e em troca, dá vida ao futuro, acorda o amanhã e se centraliza no depois (PEDROSA, Eduardo, texto da PUC Rio de Janeiro).
A ansiedade provoca em nossa vida a necessidade de controlar e por isso, não queremos sofrer e queremos ter alegria constante. Davi passa por uma tribulação forte que o conduz para uma alegria profunda. O conduz para uma compreensão de quem Deus é na usa vida. Ele não se deixa levar pela ansiedade em momento algum. Ele ora e clama ao Senhor.
O texto diz que o choro pode durar uma noite inteira, mas pela manhã irrompe a alegria. Quando li Transforma meu pranto em dança percebi que gostamos de vitórias sem esforços, crescimento sem crise, cura sem dores e ressurreição sem cruz. Não é de admirar que nossas comunidades pareçam organizadas para manter a distância o sofrimento. Tanto a experiência de Davi como a de Jesus nos ensinam esperar pela alegria nos lembrando do choro.
Jesus não enlouquece através de uma busca pelas insistentes vitórias fáceis que seres humanos querem. Jesus é alegre entrando num jumento e como alguém que é sofredor. Jesus nos convida a permanecer em contato com os muitos sofrimentos de cada dia e a experimentar o começo da esperança e da nova vida, justamente aí onde vivemos, no meio das feridas, dores e falência humana. O caminho da paciência que nos conduz vagarosamente para o triunfo é o da cruz de Cristo (NOUWEN, 2002, p. 9).
O sofrimento nos convida a depositar nossas feridas em mãos maiores. Em Cristo vemos Deus sofrendo em nós. Ele nos chama para compartilhar os sofrimentos de amor de Deus por um mundo ferido (NOUWEN, 2002, p. 10). A chave para entender o sofrimento é deixar de nos rebelar contra os inconvenientes e as dores da nossa vida (NOUWEN, 2002, p. 11).
Que Deus nos dê graça para entendermos essas verdades!

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CALVINO, João. Comentário no Livro de Salmos. São Paulo: PARACLETOS, Vol. I,1999.
CHAMPLIN, R. N. Comentário do Livro de Salmos. São Paulo: Hagnos, 2001.
CURY, Augusto. O mestre da vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.
NOUWEN, Henri. Transforma meu Pranto em Dança. São Paulo: Textus, 2002.
KIDNER, Derek. Comentário no Livro de Salmos. São Paulo: VIDA NOVA, Vol. 14a, 1992.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O mundo que não ora - Eugene Peterson.


O mundo que não ora é um mundo que nos pressiona e cobra sem trégua. Vozes interiores e ininterruptas insistem para que olhemos para essa pintura, leiamos aquela manchete, ouçamos esse apelo, sintamos essa culpa, toquemos esse amuleto. É pedir muito que nos mudemos deste mundo agitado e estimulante para o mundo quieto e centrado da oração sem uma transição apropriada.
O mundo que não ora é também um mundo que intimida. A cada dia despertamos para um planeta barulhento, fanfarrão, violentamente armado e arrogantemente materialista. Que utilidade tem a oração num mundo de governantes, exércitos e milionários? Que motivação podemos exibir com respeito à oração, quando todo o poder em evidência já está nas mãos dos chefes de estado e barões da indústria?
Nossa intenção na oração é deixar o mundo de ansiedades para adentrar num mundo de maravilhas. Decidimos sair de um mundo centrado no ego para entrar em outro centrado em Deus. Queremos deixar um mundo de problemas para entrar num mundo de mistérios. Mas isso não é fácil. Estamos acostumados com as ansiedades, o egoísmo e os problemas; mas não estamos acostumados com as maravilhas, Deus e o mistério (PETERSON, Eugene. A oração que Deus ouve. Os Salmos como guia básico de oração. Brasília: Palavra, 2007, pp. 39,40).

sábado, 26 de junho de 2010

A redescoberta da oração nos Salmos


- Texto para reflexão: Dá ouvidos às minhas palavras, ó Senhor; atende aos meus gemidos. Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois é a ti que oro (Salmo 5.1-2).

No seu livro A oração que Deus ouve Eugene Peterson diz que “a oração é a linguagem utilizada no relacionamento pessoal com Deus. Ela expressa profundamente o que sentimos, ansiamos ou respondemos diante de Deus. Ele fala conosco e nossas respostas são as nossas orações” (PETERSON, Eugene. A oração que Deus ouve. Os Salmos como guia básico de oração. Brasília: Palavra, 2007, p. 25).
Essas respostas nem sempre são articuladas: silêncio, suspiros e grunhidos também constituem respostas. Elas nem sempre são positivas: ira, ceticismo e blasfêmias também são respostas. Porém, sempre Deus está envolvido, quer na escuridão, quer na luz, em fé ou no desespero (PETERSON, 2007, p. 25). É difícil nos acostumarmos com isso, pois temos o hábito de falar sobre Deus, não com Ele. Amamos discutir sobre Deus, porém os Salmos resistem a esta tendência. Eles não nos foram concedidos para ensinar coisas sobre Deus, mas para nos treinar em responder a Ele.
Algo importante para avaliarmos na nossa vida espiritual é que não aprendemos os Salmos até que os oremos em nós mesmos. No livro de Salmos a poesia e a oração são responsáveis tanto pelo entusiasmo quanto pela dificuldade em lidar com os dilemas da vida.
Interessante vermos que no Salmo 6 Davi não esconde os seus sentimentos e através da oração ele abre o coração expressando o seu momento para Deus: Tem compaixão de mim, Senhor, porque sou fraco; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão perturbados.
Na sua poesia nos Salmos e no abrir o coração nos ensina a lidar com nossa verdadeira humanidade, pois as palavras mergulham abaixo da superfície de prosa e pretensão, indo direto às profundezas.
Quando nós nos abrimos e dizemos a Deus o que somos de fato, nos sentimos mais confortáveis e mais aliviados no coração.
A oração nos Salmos exige que lidemos com o próprio sentimento e com os nossos dilemas da alma. Vejam o que Davi diz no Salmo 6.6 e 7a: Estou cansado do meu gemido; toda noite faço nadar em lágrimas a minha cama, inundo com elas o meu leito. Os meus olhos estão consumidos pela mágoa.
Orando os Salmos nós aprendamos a pensar nas nossas lágrimas como orações líquidas e do lamento como um constante gotejar da impertinente intercessão que certamente mostrará sua reta direção dentro do genuíno coração de misericórdia, a despeito das pedregosas dificuldades que obstruem este nosso caminho.
Orando os Salmos nós aprendamos que Deus está determinado a realizar nada menos que a total renovação da nossa vida. Na oração vemos as emoções voltando ao seu normal, na oração percebemos a voz preciosa do eterno Deus nos trazendo o seu ânimo e vigor divinos para o coração.

Alcindo Almeida

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Esboços bíblicos - De Gênesis a Apocalipse - Volume 1


Quanto mais se lê e estuda Spurgeon, tanto mais se enche de admiração por este “pregador dos tempos”.Spurgeon, talvez o maior pregador do século XIX, mestre da palavra falada e escrita, tinha apenas um propósito na vida: pregar Cristo em toda a sua glória e poder. Seu estilo literário recebeu influência direta de John Bunyan, autor de O Peregrino. Os dois livros trazem aproximadamente 300 esboços de sermões e quase 500 ilustrações selecionadas. Destinam-se a ministros, missionários e professores da Bíblia que precisam de uma centelha, uma vez ou outra, para fazer o fogo arder e brilhar com novo calor e poder.

FICHA TÉCNICA
Título: Esboços bíblicos - De Gênesis a Apocalipse - Volume 1

Editora: Shedd Publicações

Páginas: 352

Enfrentando a procrastinação


-Texto para reflexão: Quem fica esperando que o vento mude e o tempo fique bom nunca plantará, nem colherá nada (Ec 11:4).

Recebi recentemente um precioso texto do brilhante escritor e conferencista, Rick Warren, autor do best-seller “Uma Vida com Propósitos” com mais de 12 milhões de cópias vendidas em diversos idiomas. Nele, o autor aborda uma das atitudes mais danosas ao comportamento do ser humano, no trato consigo mesmo, com os outros e com o meio – a PROCRASTINAÇÃO.
O texto foi elaborado pelo “Maná de Segunda”, que é uma reflexão semanal do CBMC – Conecting Business and Marketplace to Christ, que desde 1930 tem compartilhado valores do Evangelho à comunidade profissional e empresarial.
Diz o texto:
“A maioria de nós já experimentou as oito fases da procrastinação:
Fase 1: “Desta vez, começarei mais cedo.” (Fase esperançosa).
Fase 2: “Eu preciso começar logo.” (Fase de pouca tensão).
Fase 3: “Eu deveria ter começado mais cedo.” (Fase de culpa insidiosa).
Fase 4: “Ainda há tempo para fazer isso.” (Fase de falsa segurança).
Fase 5: “O que há de errado comigo?” (Fase de início do desespero).
Fase 6: “Eu não agüento mais.” (Fase de sofrimento intenso).
Fase 7: “Faça acontecer.” (Fase “livre-se disto”).
Fase 8: “Da próxima vez, começarei mais cedo.” (Fase círculo vicios
A procrastinação pode resultar em danos enormes no trabalho, tanto para nós quanto para outras pessoas. Causa pressões e problemas desnecessários. Desperdiça oportunidades, tempo e dinheiro.
O problema é que procrastinação vicia! Quanto mais sucumbimos a ela, mais difícil é mudar. Deixar as coisas para depois se transforma num modo de vida, acarretando para nós, e com freqüência para outras pessoas, grande sofrimento físico e emocional.
A Bíblia apresenta a seguinte visão sobre a procrastinação: “Se você esperar pelas condições perfeitas, jamais fará nada” (Eclesiastes 11:4 – tradução livre). Qual a solução? Tenho algumas sugestões:
Pare de apresentar desculpas - “Esforços que continuam sendo deixados para amanhã só fazem produzir desculpas inúteis, enquanto esforços exercitados hoje podem trazer preciosos resultados. Não deixe para amanhã o que você pode iniciar ainda hoje”. Carl Marcel
Tome consciência de que o perfeccionismo paralisa a performance. – Muitas vezes o perfeccionismo tem se tornado um obstáculo às suas atitudes e iniciativas.
Tratadas sob o ponto de vista psicológico, as causas da procrastinação variam muito, mas geralmente tendem a fatores como ansiedade, baixa auto-estima e uma mentalidade auto-destrutiva. Pensa-se que procrastinadores têm um nível de consciência abaixo do normal, mais baseado em "sonhos e desejos" de perfeição ou realização, em vez de apreciação realista de suas obrigações e potenciais. Daí, muitas vezes, uma tendência de avaliar negativamente os resultados e a performance de alguém, medo intenso e ansiedade, além de um mau humor recorrente.
Enfrente seus temores – Max Lucado, em seu livro “Derrubando Golias” fala de como esses temores se transformam em gigantes e se estabelecem diante de nós: “Ele disputa a posição ao lado da cama, esperando ser a primeira voz que você ouve. Cobiça seus pensamentos quando você está acordado, aquelas primeiras emoções que nascem no travesseiro. Ele o desperta com palavras de preocupação, incita-o com pensamentos de tensão. Se você tiver medo do dia antes de começar seu dia, tenha certeza: seu gigante ficou ao lado de sua cama”. (pág 151).
Concentre o foco sobre o ganho, e não sobre a dor - “Comece hoje a praticar aquela ação que você está procrastinando, e a energia de que tanto precisa irá surgir. Se você está desmotivado, mesmo assim comece a se movimentar, e em breve você sentirá os reflexos da sua ação”. James Carrigan
Em outras palavras, sempre que tiver algo importante para fazer, não espere: faça-o!
O que você vem adiando, mesmo sabendo que precisa ser feito e não pode mais ser postergado? Algo no trabalho, no lar ou nos seus relacionamentos? Agora é hora de entrar em ação: faça-o já!
Esta oração pode ajudar: “Deus, ajuda-me a fazer o que eu já sei que preciso fazer. Ajuda-me a fazê-lo agora!”
A Bíblia nos oferece duas observações adicionais, úteis quando estamos determinados a vencer o hábito destrutivo da procrastinação: “Não se gabe do dia de amanhã, pois você não sabe o que este ou aquele dia poderá trazer” (Provérbios 27:1). “Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele” (Salmos 118:24).
Este é o único dia que temos, e pode ser que não o tenhamos por inteiro! Portanto, faça já o que deve ser feito.”
“Em uma segunda-feira, dentro de um elevador lotado, o homem começou a cantarolar uma melodia. Um passageiro, irritado com o bom humor do homem, perguntou rispidamente: “Por que você está tão feliz?”. O ascensorista respondeu alegremente: “Bem, senhor, eu nunca vivi este dia antes”. Quando a atitude é correta, não somente o futuro parece promissor, como também o presente é muito agradável.
A pessoa positiva entende que a jornada é tão desfrutável quanto o destino”. John Maxwell em “Segredos da Capacitação”, Ed Mundo Cristão, pág 62.
Pense, reflita: você tem adiado algo importante?
Não procrastine mais. É tempo de agir.
Na tradução livre, o texto bíblico diz: “Se você esperar pelas condições perfeitas, jamais fará nada” (Ec 11:4).
Creia: “Se você tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida”. (Tiago 1:5)
Que Deus o abençoe rica e abundantemente,
Em Cristo,

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Rev. Hilder C Stutz

Leituras de junho de 2010

1. SPURGEON, C. H. Graça, o infinito amor de Deus. Rio de Janeiro: Danprewan, 2010. O livro convida o leitor a um encontro revelador com o Pai, por meio de um caminho que o levará à abertura de sua mente, à percepção de sua fé e de suas atitudes e à benção de Deus. Toda a Sua bondade será revelada e você entenderá como está cheio e envolto da graça do Senhor em todos os momentos de sua vida. Aceite esse convite e vá ao encontro da sua felicidade. Abra o seu coração e deixe a boa palavra penetrar em sua alma, ingressando, assim, em uma nova vida com Cristo. Com este livro você compreenderá de maneira clara por que muitos não conseguem ter uma vida abundante no Senhor. Com exemplos próprios e através de metáforas, o autor nos mostra que todos nós temos o direito de viver plenamente com a alegria e a paz que vem de Jesus. Contém 120 páginas.

2.
LEWIS, C. S. Milagres. São Paulo: Vida, 2006. "O principal milagre professado pelos cristãos é a Encarnação. Os milagres não se relacionam com uma série de incursões independentes na Natureza, mas com as várias fases de uma invasão estrategicamente coerente uma invasão que busca uma conquista completa, a ocupação de todos os espaços. A adequação e, portanto, a credibilidade de milagres específicos dependem de sua relação com o Grande Milagre." Conforme declaração do escritor irlandês, o propósito deste livro é servir de introdução à pesquisa histórica, e não examinar as evidências históricas dos milagres cristãos. Seu objetivo é "levar os leitores a fazer isso". Nesta obra comovente e inspirada, C. S. Lewis destaca-se por seu estilo entusiástico, lúcido e inteligente, que lhe é característico, e pela capacidade argumentativa com que leva o leitor crédulo ou cético a refletir a respeito do sobrenatural. Contém 275 páginas.

3.
KUYKENDALL, David. A vida da nova criação. Londrina: Ide, 2008. A antiga criação foi contaminada pela iniqüidade do primeiro homem e a destruição tomou conta da natureza. A existência humana encontra-se prisioneira na rebelião do pecado e cheira a cadáver. Somos uma raça sentenciada pela morte, sem qualquer solução pessoal. Deus sendo rico em misericórdia nos fez parceiros com Cristo, o último Adão na cruz e o segundo homem na ressurreição, a fim de nos libertar das algemas do pecado e da morte. O sacrifício de Cristo solidário com o pecador desconstrói a velha criação e edifica uma nova. A Vida da Nova Criação é um livro especial no esclarecimento desta obra maravilhosa de Deus que nos converte do império das trevas para o reino do amor e da vida que nasce da morte. Poucos são os projetos que conseguem explicar tão bem este assunto, como este trabalho de David Kuykendall. Quando vivemos pela graça, recebemos a Deus como nossa completa fonte de vida. Contém 144 páginas.

4.
ALMEIDA, Alcindo. Alegria verdadeira - Série Intimidade com a Palavra - Livro de Filipenses. São Paulo: Fôlego 2010. Alcindo foi muito feliz quando abordou as marcas da verdadeira alegria na elaboração desta obra. Não podia ser o contrário. Primeiro, porque ele foi beber na cacimba da alegria. Esta carta delicia qualquer peregrino exausto. Quando eu ando meio jururu, então está na hora de saborear água fresca neste manadeiro da excelência gozosa. Assim, freqüentemente, eu preciso retornar à meditação desta Epístola recheada de regozijo para me restaurar. Segundo, Alcindo é um discípulo desta escola jubilosa, evidenciando no seu estilo os traços de uma pessoa bem-aventurada (Glenio Fonseca Paranaguá Mendigo-padrão da Casa da Aba). Contém 132 páginas.

5. SWINDOLL, Charles R. Davi - Heróis da fé. Um homem segundo o coração de Deus. São Paulo: Mundo Cristão, 2009. Vulnerável, mas um homem de Deus. Muitos são os exemplos de grandes homens de Deus na Bíblia, mas apenas um foi considerado um homem segundo o coração de Deus. As verdades não mudaram, mas é preciso que a poeira seja removida delas, para que possam ser vistas à luz de onde vivemos hoje. Davi foi em muitos aspectos um homem extraordinário. Mas isso não quer dizer que nunca tenha desagradado a Deus ou não tenha sido injusto em algum momento de sua vida. Ocorreu com ele tudo o que geralmente acontece na vida das pessoas comuns. Ele foi arrastado por paixões destrutivas, abalado por problemas familiares e pela tragédia pessoal, e motivado por conveniências políticas. Como, então, um indivíduo tão humano poderia ser descrito como um homem segundo o coração de Deus? O segredo de Davi está na maneira como ele consagrou sua vida totalmente ao Senhor e em sua capacidade de descer ao pó do arrependimento e da humilhação, e pedir perdão a Deus. Dedicação não significa perfeição: apesar de todas as dificuldades e erros cometidos, Davi viveu uma vida extraordinária de fé, contada em detalhes nesta obra. Contém 368 páginas.

6. CRABB, L
arry. O lugar mais seguro da terra. São Paulo: Mundo Cristão, 2000. São muitos os caminhos da vida, mas só um nos leva para onde as pessoas se conectam e se transformam para sempre. A jornada rumo ao maior descobrimento. Como passar para um nível mais profundo de intimidade com Deus e com as demais pessoas? Como ser amado incondicionalmente, podendo partilhar o verdadeiro "eu" sem máscaras nem fingimentos? Como satisfazer o desejo de integrar uma comunidade de cristãos, que se eleve gradualmente à semelhança de Cristo? Tal comunidade de fato existe? O autor do já consagrado Conexão, Larry Crabb, não só responde a essas questões, mas afirma que essa comunidade existe. Ele a denomina o lugar mais seguro da Terra. Mas como chegar lá? Essa é exatamente a proposta deste livro. O desafio é empreender uma jornada rumo ao maior de todos os descobrimentos! Quando Deus trabalha em você e por meio de você, nos outros e por meio dos outros, algo glorioso acontece o bálsamo celeste age em nós. Quem dera todo cristão lesse e vivesse esta mensagem. A Igreja jamais seria a mesma. Contém 280 páginas.

7.
CARSON, D. A. Igreja emergente. O movimento e suas implicações. São Paulo: Vida Nova, 2010. O que é a “igreja emergente”? Uma nova proposta para a igreja ou apenas mais uma moda passageira? Quem são os líderes desse movimento? Quais são as suas principais ideias? Além de ser uma obra escrita por D. A. Carson, um dos eruditos evangélicos mais respeitados de nossos dias, é uma das avaliações mais cuidadosas e bem informadas do movimento emergente. E Carson não a escreveu apenas para os acadêmicos que estão por dentro do assunto, mas também para quem não está familiarizado com essas novas práticas e ideias. Numa linguagem clara, direta e precisa, faz uma introdução ao movimento da igreja emergente a partir dos pontos de vista crítico e teológico, expondo seus descaminhos e fragilidades e, ao mesmo tempo, reconhecendo o que tem de importante a dizer para todo cristão que deseja proclamar de forma relevante o evangelho de Cristo Jesus nos dias de hoje. Esta obra chegou numa boa hora, justamente num momento em que se apresentam à realidade brasileira igrejas abraçando tanto a pragmática quanto a teologia vivenciada pelo movimento “igreja emergente”. Contém 288 páginas.

8.
FOXE, John. O livro dos mártires. São Paulo: Mundo Cristão, 2000. O livro dos mártires é um clássico da literatura mundial, ignorado até há pouco tempo pelos cristãos do Brasil. O livro reconta as vidas, os sofrimentos e as mortes triunfantes dos mártires cristãos da História. Iniciando-se com a história do primeiro mártir - o próprio Jesus Cristo - este relato histórico excepcional traça as raízes da perseguição religiosa. Expõe os casos de mártires famosos como John Wycliffe, John Huss, William Tyndale, Martinho Lutero, Thomas Cranmer e muitos outros. Por que ler esta obra em pleno século 21? Infelizmente o tema do martírio religioso recusa-se a ser relegado aos arquivos da História. É assunto tão contemporâneo quanto as manchetes de hoje. Cristãos em diversos países hoje vivem e defendem a sua fé sob a ameaça de morte. Muitos acabam pagando o preço máximo. E cada uma dessas mortes suscita uma interrogação na consciência de todo cristão: o que eu faria no seu lugar? A reflexão inspirada pela morte dos mártires pode nos levar ao cerne da nossa fé. Contém 360 páginas.

9. GONÇALVES, Josué. Quando a família precisa de cura. São Paulo: Arte Editorial, 2010. O autor trabalha a realidade crise na família por causa do afastamento, das perdas, da vingança, da falta de perdão e da ausência da figura do pai na casa. Contém 60 páginas.

10. GUYON, Madame Jeanne. Experimentando Deus através da oração. Rio de Janeiro: Danprewan, 2000. A oração é uma prática comum entre os cristãos de todos os tempos. Raros, porém, são os que meditam na Palavra de Deus em oração. Madame Guyon descobriu a diferença entre orar a Deus e experimentar Deus através da oração. Neste livro, a autora ensina métodos simples e fáceis para que o leitor aprenda a orar do seu coração e não da sua mente. Desfrutar a presença de Deus, crescer no conhecimento da Palavra e adquirir sabedoria para entender a si mesmo são os princípios básicos para renovar sua vida de oração e seguir no caminho da vida cristã. É preciso renunciar a si mesmo, com confiança em Deus, para aprender os segredos de Seu poder sustentador e preservador. Contém 104 páginas.

Tempos marcantes na vida das pessoas


Há alguns dias o filme - Estão todos bem - mexeu com a minha esposa e comigo. Enquanto assistíamos, nos emocionávamos olhando para a nossa filha Isabella e uma amiga nossa fazia o mesmo.
Discutir solidão de idosos não é nenhuma novidade para muitos. O recém-viúvo Frank Goode vivido por Robert De Niro decide cruzar parte da América com o intuito de rever cada um de seus quatro filhos, e assim tentar estreitar os laços afetivos perdidos ao longo dos anos. Porém, durante sua jornada, o aposentado pouco a pouco vai descobrindo as tristes realidades das vidas de suas “crianças”.
A família de Frank é formada por Amy (Kate Beckinsale), uma empresária bem sucedida do ramo da comunicação; o percursionista Robert (Sam Rockwell); a dançarina Rosie (Drew Barrymore) e o pintor David (Austin Lysy).
Ele pertencia a uma classe operária e teve de trabalhar duro ao longo dos anos numa fábrica de fios de telefone, tendo a educação de seus filhos como principal fonte motivadora. O fato é que ele tentava projetar suas frustrações profissionais em seus descendentes. Só que Frank não contava que tanta dedicação ao trabalho, além de sérios problemas de saúde, com toda certeza desembocaria no distanciamento de seus filhos.
A trama traz algumas boas surpresas narrativas, como a apresentação dos personagens feitas por meio de fotos e ligações telefônicas, remetendo a um tipo de solidão peculiar à vida moderna, no qual relações interpessoais são feitas a distância, por meio de aparelhos de comunicação como internet, telefone e celular. Esta discussão é retomada por diversas vezes ao longo da história. Prova disso são as várias cenas de intercalação de quadro de dois personagens conversando ao telefone, que foram substituídas por belas imagens de linhas de transmissão, tendo o amanhecer (ou entardecer) ao fundo.
Estão todos bem deixa a impressão na vida da gente que falta algo a mais para darmos de tempo aos nossos filhos.
Frank perdeu em não conhecer os segredos dos seus filhos. Ele perdeu em não dar mais chance diante das falhas deles. Tanto que eles têm medo de falar dos seus dilemas e fracassos e acabam todos mentindo para os pais. Embora, ela perceba as mentiras. Agora depois da perda da sua esposa, ele percebe o quanto perdeu de tempo sem dar tempo para os filhos.
Fiquei muito pensativo e logo peguei a Isabella no meu colo e a abracei junto com a Erika. E pensei comigo e orei: Deus dá-me a graça de viver os melhores momentos da vida da nossa pequena. Deus nos ajuda a sermos pais presentes e marcantes na vida da nossa pequena Isabella.
Quem sabe você perceberá o mesmo ao assistir este filme e refletir sobre seus relacionamentos e amizades.

Alcindo Almeida - membro da equipe pastoral da Lapa.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Um coração verdadeiramente arrependido


- Texto para reflexão: Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Tem compaixão de mim, Senhor, porque sou fraco; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão perturbados. Também a minha alma está muito perturbada; mas tu, Senhor, até quando? Volta-te, Senhor, livra a minha alma; me salva por tua misericórdia. Pois na morte não há lembrança de ti; no Seol quem te louvará? (Salmo 6.1-5).

Muitas vezes ficamos decepcionados por entristecer ao Senhor nas quedas e erros que cometemos diante de sua santidade. Quando Adão e Eva foram expulsos do paraíso, Deus preparou o mundo para se certificar de que nunca teríamos uma base razoável para nos esta­belecermos nas alegrias que a vida neste planeta confere.
O mato cresce em todo jardim. Toda vez que tentamos removê-lo, um espi­nho pica nosso dedo. Os relacionamentos nunca alcançam a plena alegria da completa intimidade. A competição egocêntrica barra o caminho.
Todo nosso esforço para a harmonia é prejudicado pela nossa atitude: Estou magoado, você falhou. E nosso foco está volta­do para o que o outro pode fazer para satisfazer nossos desejos.
Não conseguimos agir como devemos. Não conseguimos ter uma vida funcional; isso nunca acontecerá até o céu. Todavia, como ca­vadores de poços, passando por um poço já cavado e forçando nos­sas pás na terra seca, tentamos descobrir o que podemos fazer para encontrar a água desejada. A maioria de nossas orações consiste de um pedido para que Deus guie nossas pás para onde as fontes se escondem por baixo da terra endurecida (CRABB, Larry. Chega de regras. São Paulo: Mundo Cristão, 2003, p. 34).
Davi está num momento na vida em que reconhece que provocou a ira divina com seus pecados (CALVINO, João. Comentário no Livro de Salmos. São Paulo: Paracletos, 1999, Vol. 1, p. 122). Ele tem consciência dos seus pecados diante de Deus. Ele tem convicção no coração acerca da sua maldade, ele sabe que a sua recompensa pelo pecado é a sua punição diante de Deus.
Ele sabe que a sua vida deveria ser tratada com uma ira profunda de Deus porque ele entristeceu ao Senhor com pecados profundos. Porém, Davi entende que Deus é muito amoroso e bondoso na vida dele. Então ele diz: Não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Tem compaixão de mim, Senhor, porque sou fraco; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão perturbados.
Davi sabe muito bem da sua estrutura humana pecaminosa e diz que a sua alma está muito perturbada. Assim ele pede para o Senhor se voltar para ela. Ele pede para o Senhor livrar a minha alma e salvá-lo por sua misericórdia. Por quê?
Porque na morte não há lembrança de do Senhor, no Seol não tem como louvar ao Senhor. Davi sabe quem Deus é por isso, ele pede a sua cura, ele reconhece que de Deus emana a fonte preciosa de graça para ser libertado da calamidade e dos castigos diante de Deus. Ele sabe que Deus usa de misericórdia em seu favor. Percebam que Davi tem alguns itens importantes neste processo de pedir graça e perdão para o eterno Deus:

· Humildade em reconhecer o seu estado: Ele sabe que é pecador mesmo. E reconhece seu estado diante de Deus. E os pedidos são para Deus ter compaixão, para Deus se voltar para ele e livrá-lo.

· Quebrantamento e contrição: Ele ora pedindo para que Deus não o repreenda na ira. Porque ele sabe que Deus é fogo consumidor. Ele tem uma atitude de reconhecimento do poder de Deus e por isso, se quebranta diante deste Deus glorioso. Ele se quebranta e tem atos de contrição quando pede para Deus sará-lo. Ele tem uma perturbação e se rende aquele que pode curá-lo na alma e no corpo. Disse Jeremias:
Corrige-me, ó Senhor, mas com medida justa, não na tua ira, para que não me reduzas a nada.
Precisamos entender esta misericórdia de Deus na nossa vida. Ele derrama graça sobre nós, ele se volta para nós e nos socorre mesmo quando pecamos e entristecemos o seu coração.

sábado, 19 de junho de 2010

Meus livros já editados

ALMEIDA, Alcindo. Alegria verdadeira - Série Intimidade com a Palavra - Livro de Filipenses. São Paulo: Fôlego 2010. Alcindo foi muito feliz quando abordou as marcas da verdadeira alegria na elaboração desta obra. Não podia ser o contrário. Primeiro, porque ele foi beber na cacimba da alegria. Esta carta delicia qualquer peregrino exausto. Quando eu ando meio jururu, então está na hora de saborear água fresca neste manadeiro da excelência gozosa. Assim, freqüentemente, eu preciso retornar à meditação desta Epístola recheada de regozijo para me restaurar. Segundo, Alcindo é um discípulo desta escola jubilosa, evidenciando no seu estilo os traços de uma pessoa bem-aventurada (Glenio Fonseca Paranaguá Mendigo-padrão da Casa da Aba).

ALMEIDA, Alcindo. Os encontros de Jesus - Pessoas que foram transformadas por ele. São Paulo: Fôlego2009. Alguém escreveu que “a vida é a arte dos encontros”. E penso que eles nos fazem ser mais ou menos efetivos na vida dos outros e na nossa própria vida. Isso porque há vários tipos de encontros na vida. Há aqueles que são inevitáveis. Há encontros em que você se sente bem em ter encontrado. Há os encontros que ocorrem quando não se espera mais nada. Há encontros em que as pessoas trocam idéias compartilham sonhos e fortalecem a vida. Há também encontros em que as pessoas só falam obviedades que nada acrescentam e você fica com a sensação de que está perdendo o seu tempo. Há encontros em que a pessoa só fofoca, denigre e tem inveja. Estes realmente nos matam. Há encontros em que o silêncio é mais proveitoso que as palavras. Há outros em que o olhar o toque o carinho dispensam as palavras. Há encontros em que a palavra deve ser bem pensada sentida, vivida e há encontros em que a vida pára para que as pessoas vivam. São muitos e diferentes encontros. As reflexões brilhantes do querido amigo e irmão Alcindo em “Os Encontros de Jesus” nos dão a dimensão clara do significado que esse acontecimento teve na vida daqueles que tiveram um encontro com Jesus de Nazaré. Todos os que se encontraram com ele tiveram a vida marcada e transformada. Ninguém deixou um encontro com ele sem ser tocado quer por suas palavras suas atitudes ou por seu maravilhoso olhar. Encontrá-lo é ver a Palavra nos penetrando e fazendo-se desejável, manifestando-se como meio da graça fazendo-nos adoradores e conscientizando-nos da necessidade do arrependimento e da salvação. Encontrá-lo é encontrar consolo e conforto para nossas dores é encontrar o próprio sentido da vida é vê-lo transformando nossa história de vida em “antes e depois” desse encontro. Minha oração é que Deus use este livro para levá-lo a um encontro com o Senhor Jesus que mude também sua vida.
ALMEIDA, Alcindo. Dores, lágrimas e alegrias nos Salmos - Série Intimidade com a Palavra -Livro de Salmos - Volume I (Salmos 1-50). São Paulo, Fôlego, 2008. Neste livro vemos Alcindo nos dando uma saída consistente e uma ótima oportunidade para descobrirmos um mundo repleto de esperança e cheio de expectativas, de que, no Senhor e no seu Ungido (Cristo), o Deus-Homem, e somente nele, há mudanças reais. Somos advertidos a nos preocupar com a nossa vida devocional, a despertar nosso coração para esse ponto tão crucial que tem sido muito negligenciado em nossos dias. Nós vemos isso claramente no Salmo 5, portanto, a coerência se fecha em vários pontos, mostrando lições definidas e claras que nos ajudam na maturidade e no crescimento cristão. Contém 146 páginas.
ALMEIDA, Alcindo. Dores, lágrimas e alegrias nos Salmos - Série Intimidade com a Palavra -Livro de Salmos - Volume II (Salmos 51-100). São Paulo: Fôlego, 2008. Os Salmos nos ajudam a equalizar o que cremos sobre a vida (nossa confissão de fé) com o que de fato encontramos na vida (o dia-a-dia). É um mosaico que registra diários pessoais e comunitários de pessoas que tentaram construir uma caminhada de fé íntegra. Nas janelas desse mosaico encontramos um contraste de alegria e tristeza, convicção e dúvida, esperança e crise, dor e conforto, decepção e realização, amizade e traição, acolhimento e indiferença. Podemos notar que talvez a razão pela qual os Salmos encantem o nosso coração é que essas orações expressam o que muitas vezes sentimos, sem dizermos uma única palavra. Ao lermos os Salmos construímos uma gramática para a vida. Em meio aos caminhos e percalços da vida, o salmista identifica rotas, sinais, valores e referenciais. A constatação é que a vida só faz sentido se ela é construída a partir de Deus. Soren Kierkegaard disse que “a maior felicidade de um ser humano é a de ser ajudado por Deus”. Nos Salmos fica claro que Deus nos ouve e deseja ser ouvido por nós. Geralmente oração é definida como falar com Deus. Os Salmos mostram uma realidade diferente; oração é um ato interativo: “falar converge com ouvir”.Acredito que esse é o convite que Alcindo faz a mim e a vocês. O seu coração pastoral escreveu devoções para que ouçamos a voz de Deus através dos seus escritos. Contém 146 páginas.

ALMEIDA, Alcindo. Dores, lágrimas e alegrias nos Salmos - Série Intimidade com a Palavra -Livro de Salmos - Volume III (Salmos 101-150). São Paulo: Fôlego, 2008. Neste livro de reflexões nos Salmos do Antigo Testamento, Alcindo nos convida a mergulhar numa vida de adoração, tendo como base, a certeza que os Salmos nos dão de que Deus está sempre ao nosso lado, independente das circunstâncias. Através destas reflexões nos deparamos com um Deus que entende a nossa dor, se compadece de nossas lágrimas e é capaz de colocar um novo cântico em nossos lábios. Um cântico de alegria e louvor. Além das aplicações práticas e do conforto para a vida diária, em várias reflexões desta coleção encontramos informações sobre o contexto histórico dos autores e do povo de Deus. Isso nos aproxima mais dos Salmos e nos ajuda a perceber que tanto os autores como os personagens foram pessoas como semelhantes a nós. Contém 160 páginas.
ALMEIDA, Alcindo. Dicas para uma vida sábia - Série Intimidade com a Palavra - Livro de Eclesiastes. São Paulo: Fôlego, 2008. Numa época em que somos desafiados pelo “Senhor Mercado” a levarmos uma vida ‘fast”, vazia de significados e sem tempo para reflexões mais profundas, eis que aparece um pastor, comprometido com Deus, como o seu Reino e a sua justiça, disposto a desafiar uma nação inteira a parar, pensar e ter, sim, uma vida mais sábia. Alcindo Almeida é meu amigo de longa data. Já choramos, sorrimos, brigamos, brincamos e, sobretudo, servimos juntos ao Senhor dos senhores. Fiquei extremamente feliz pelo fato de ele ter coragem para abordar o livro mais instigante da Bíblia Sagrada, o livro de Eclesiastes, que foi escrito pelo sábio rei Salomão. O livro de Eclesiastes, por si só, trata-se de um grande desafio, pois, apesar de ter sido escrito há muito tempo atrás, é absolutamente atual nas suas considerações e conclusões. Salomão trata das questões simples da vida cotidiana até questões mais inexoráveis como a morte. Ele não se intimida e nos coloca contra a parede para que busquemos uma vida com sabedoria e entendamos melhor o sentido dela própria. Contém 232 páginas.
ALMEIDA, Alcindo. Uma fonte para a espiritualidade. São Paulo: Abba Press, 2007. Quantas vezes você já procurou uma palavra de conforto ou esperança para você ou para ajudar um amigo, ou mesmo para pregar na igreja e não encontrou? Nesse mundo estressante em que vivemos é muito comum passarmos por uma situação dessas. Parece que estamos vazios; nossa alma bloqueada e a mente exausta. É nessa hora que esse livro do Pr. Alcindo Almeida faz grande diferença em nossa vida. “Uma fonte para a Espiritualidade” é um verdadeiro guia devocional, com centenas de idéias inspiradas em 84 reflexões bíblicas fáceis de ler e entender mas, profundas em seus significados e na edificação que produzem.
ALMEIDA, Alcindo. Silenciando o coração diante do Pai. São Paulo: Fôlego, 2007. Silenciando o coração diante do pai. Este é o título do novo livro do pastor Alcindo Almeida. Nele, o autor discorre sobre dois grandes princípios de Deus: como Ele gerencia a nossa vida através de seus propósitos e como nos responsabilizamos como eleitos, em cumprir sua vontade. Para saber mais sobre o livro. “Sinceramente, duvido que alguém leia este livro e não pare para refletir a respeito de como anda, com o que sonha e quais são as motivações e projetos que deveriam comandar e dar razão à sua alma e coração. Isto pelo fato desta obrar tratar exatamente sobre assuntos que têm a ver com a nossa vida prática, com a nossa devoção, com os nossos valores, com a nossa ética e com a nossa santidade.Coisas que devem ser governadas em nossa vida pelo profundo senso de reverência e dependência de Deus que precisamos ter, resgatar e até mesmo desenvolver em nossa caminha cristã” ( Pr. Nélson Gonçalves Abreu Junior).
ALMEIDA, Alcindo. Salmo 23: descanso no pastor da nossa alma. São Paulo: Arte Editorial, 2007. Esta é uma das obras literárias de Alcindo Almeida, autor incansável, cuja produção literária vem crescendo a cada dia. Neste volume, ele apresenta aos seus leitores reflexões sobre um dos salmos mais expressivos e conhecidos das Escrituras Sagradas, o Salmo 23 ou o Salmo do Pastor. A sua abordagem deve ser levada a sério, pois o autor traça paralelos com os sentimentos do autor, o rei Davi, que o escreveu a cerca de três mil anos, e suas implicações e aplicações para o homem moderno. O Pr. Alcindo estudou a fundo a matéria deste livro e assim pode apresentar argumentos sólidos e uma farta bibliografia. Além disso, um guia de estudos no final de cada capítulo poderá se desdobrar em diversas aplicações em classes ou em grupos de estudos, ou mesmo para revisão pessoal. Certamente a leitura de Salmo 23, descanso no pastor da nossa alma acrescenta um renovado interesse à leitura e a reflexão sobre o Salmo 23.

ALMEIDA, Alcindo. Senhor, cura a minha alma!. São Paulo: Abba Press, 2005. Em seu livro "Senhor, Cura a Minha Alma!", Alcindo oferece ao leitor o acolhimento e a esperança que vem do Senhor. Todos nós - em nossa história de vida - passamos por momentos de aflição, mágos, desapontamento, dores e amarguras. Alguns de nós passam ainda por sofrimentos indescritíveis e incompreensíveis. Mas, de uma maneira sobrenatural e amorosa, Deus os acompanha na travessia do sofrimento - mesmo que nem sempre se veja dessa maneira - e os coloca a salvo em lugar seguro.


ALMEIDA, Alcindo. Vivendo na presença do Pai. São Paulo: Fôlego, 2009. Vivendo é um livro que nos faz refletir e exercitar a nossa intimidade com Deus. Quando temos consciência de que precisamos viver na presença de Deus, sentimos de maneira impressionante o seu toque no nosso coração. E este toque é precioso demais porque é íntimo e tão pessoal que revoluciona a nossa maneira de amá-lo e servi-lo. Quando andamos na presença de Deus somos tocados nos mais profundo do nosso coração e somente Deus é capaz de chegar lá e discernir todas as nossas emoções. Na presença de Deus somos conhecidos por ele em todas as facetas do nosso coração. E neste processo acontece uma conexão tão verdadeira que a cada detalhe da vida percebemos e sentimos a presença de Deus em nós. Somos também influenciados por um toque divino que vivemos com a realidade e sentido da santidade dentro de nós. Daí a mentira não é a nossa prática de vida. Quando andamos na presença de Deus somos encharcados com a graça de Cristo e passamos a refletir minimamente o caráter e a vida de Jesus. Assim, as pessoas olharão para nós e perceberão algo diferente porque a nossa atitude é a de Jesus, o nosso amor é o de Jesus, a nossa palavra é a de Jesus e a nossa postura é a de Jesus.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Descansemos na bondosa mão do Pai

-Texto para reflexão: Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia-a-dia formadas, quando nem ainda uma delas havia. E quão preciosos são para mim, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles! Se os contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo, ainda estou contigo (Salmo 139.13-18).

Sabedoria divina é entender que podemos discernir alguns movimentos da vida com o auxílio da graça de Deus. Salomão afirma em Eclesiastes que não sabemos o que acontecerá conosco (8.7-8). O futuro não pertence a nós. Ele é prerrogativa do dono da nossa existência.
Neste Salmo Davi começa a relatar a grandeza e o poder de Deus na criação. Ele poderia muito bem fazer uma apologia da criação e das obras do Senhor na natureza, no céu, no mar e nas estrelas. Mas, ele retrata a grandeza e o poder de Deus naquilo que é mais sublime, mais extraordinário, o ser humano.
Davi diz que Deus o formou, o criou e o produziu. Diz que Deus o teceu, ou seja, o conheceu, o sondou no ventre da sua mãe. Deus com cuidado observou cada detalhe da formação de Davi no ventre de sua mãe. Ele diz no versículo 14 que louvará ao Senhor porque de um modo terrível e assombroso ele fora formado. Davi diz que as obras de Deus são maravilhosíssimas e a alma dele o sabe muito bem.
No versículo 15 ele diz que os seus ossos não foram encobertos quando no mais profundo do ventre de sua mãe ele foi formado. No versículo 16 ele diz que os olhos de Deus viram à formação inicial do corpo de Davi; diz que no livro de Deus todas estas coisas foram escritas.
No versículo 17, Davi enaltece novamente a grandeza de Deus dizendo que os pensamentos de Deus são preciosos e grandes são as somas deles. Qual a idéia inserida nisto? É que Deus tem tudo em suas mãos porque ele nos criou. Ele sabe o que acontecerá conosco. A nossa vida e todo o nosso tempo estão diante dele.
Como afirma Max Lucado no seu livro a Grande casa de Deus:

“Aceite o conselho de Paulo e "ore sem cessar". Nunca perca de vista a casa de Deus. Quando estiver preocupado com as suas contas, vá até a cozinha de Deus. Quando estiver se sentindo mal por causa de um erro, levante os olhos ao telhado. Quando visitar um novo cliente, sussurre uma oração ao entrar no escritório: "Venha o teu reino para este lugar". Quando achar-se numa reunião tensa, mentalmente, caminhe até a fornalha e ore: "Deixe a paz do céu ser sentida na terra" (LUCADO, Max. A grande casa de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 121).

Que Deus tenha compaixão de nós e nos dê esta sabedoria de nunca perder de vista a casa de Deus!
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Alcindo Almeida

terça-feira, 15 de junho de 2010

Encontro da vida na IP Lapa em junho.....


Data: 18 de junho
Horário: 20:30
Preletor: Pr. Ariovaldo Ramos.
Tema: O perdão que sustenta o universo
Louvor: Michel e Marcela Garcia
Vc é nosso convidado!!!
No final do encontro teremos um delicioso café!!!

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IGREJA PRESBITERIANA DA LAPA
R. Roma, 465.

O perdão que sustenta o mundo


- Texto para reflexão: Perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem (Luc. 23.34).

Ariovaldo Ramos contou uma história no encontro da Sepal que mexeu com todos que lá estavam. A história de um judeu que indagou o seu movimento. Ele precisava de perdão e procurava nos seus lideres um meio para isto. E um deles disse: Então você tem que procurar um cristão porque nós só falamos de punição.
Quem fala de perdão são os cristãos. Os únicos que falam de perdão são os que seguem a Cristo. A presença da maldade é um fato entre nós. O pensador Chester diz que o pecado é a única questão que não precisa de discussão teológica porque basta abrir e jornal e ver o mal de forma natural.
Tudo está marcado pelo nosso pecado. O pecado é uma rebelião contra o criador e toda rebelião contra ele é punida com a aniquilação. Ou pelo menos deveria ser assim. Mas, por graça profunda Deus não quis fazer isto com os pecadores caídos.
Romper com Deus é não existir. Cada vez que um ser humano pecado, ele é denso para que Deus tivesse motivo para destruir a criação toda. Todo pecado é uma ruptura com Deus. Cada movimento do ser é o da humanidade.
Então a grande questão é: o que segura o Universo?
O perdão de Deus.
A primeira coisa que aconteceu no Universo foi o perdão de Deus. O pedido de Jesus: Perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem (Luc. 23.34). É uma declaração de que Deus poupa a criação, porque do contrário, ele a destrói por completo.
O Diabo investiu tudo para derrubar o casal do Éden. Ele tinha na mente que toda razão de Deus seria destruída se aquele casal caísse no pecado. O Diabo só não sabia que Deus já tinha cumprido o custo da justiça antes da fundação do mundo.
O propósito do Diabo é sempre causar um suicídio da raça humana. Este é o projeto da maldade, sempre desconstruir. O sonho da maldade é o fim do tempo. O projeto dela é derrubar o homem como criação do Deus eterno.
O primeiro ato que Deus fez se chama perdão. Deus decidiu nos perdoar em Cristo – II Cor. 5.19. Quando Paulo trata sobre perdão ele usa a palavra reconciliação – esta é uma palavra chave.
Na cabeça de um cristão não pode passar a impossibilidade de perdoar. Se não perdoarmos não temos parte com o criador. A fé cristã não é fé que fala de perdão, ela se sustenta no perdão. A fé não só se sustenta no perdão, ela declara que toda a criação está sustentada pelo perdão divino. Cada vez que pecamos, recebemos este perdão que nos sustenta.
A questão do perdão é tão profunda que Cristo subiu a cruz para resolver a questão da separação entre nós e Deus.
O que fizemos para o próprio Deus subir na cruz? Nós pecamos e feio e por isso, o nosso mestre foi a cruz para trazer a reconciliação. Daí surge uma pergunta séria demais para nós: Como podemos não perdoar? Porque nós fomos perdoamos por ele, e como ele nos deu essa graça devemos fazer o mesmo com o nosso próximo.
Que Deus nos dê a graça de perdoar sempre como ele nos perdoa na vida porque a oração do Pai nosso mostra isso:
Perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores!

Alcindo Almeida

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A sabedoria dá vida para o coração


- Texto para a reflexão: Melhor é o ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato. Pois, qual o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela, tal é a risada do insensato; também isto é vaidade. Verdadeiramente, a opressão faz endoidecer até o sábio, e o suborno corrompe o coração. Melhor é o fim das coisas do que o seu principio; melhor é o paciente do que o arrogante. Não te apresses em irar-te porque a ira se abriga no íntimo dos insensatos. Jamais digas: por que foram os dias passados melhores do que estes? Pois não é sábio perguntar assim. Boa é a sabedoria havendo herança e de proveito para os que vêem o sol. A sabedoria protege como protege o dinheiro, mas o proveito da sabedoria é que ela dá vida ao seu possuidor (Eclesiastes 7.5-10).

A prática da sabedoria para nós cristãos é uma tarefa espiritual. O verdadeiro cristão antes de tudo precisa se conhecer, agir com espírito e ter os olhos voltados para a valorização de uma comportamento sábio diante das pessoas.
Um grande problema para exercitar a sabedoria é a arrogância que temos em nós mesmos. Onde há a arrogância, há também um ego que quer ser sempre o primeiro violino da orquestra e não teme nenhuma disputa de poder por coisas secundárias como regras sociais.O que a arrogância faz conosco?
•Ela nos faz parar de aprender;
•Ela faz o ego se inflamar cada vez mais;
•Ela nos faz pensar que faremos o que quisermos;
• Ela reprime qualquer toque de humildade.
Ela provoca um elemento chamado em latim de tardus. Esta palavra significa hesitante, vagaroso, desanimando, apático e tolo. Quando damos vazão a arrogância, nos tornamos “tardus” para com a sabedoria. Por isso, vejamos o que a sabedoria provoca em nosso coração.O que a arrogância faz conosco?
O único remédio para nos livrar dela é a busca pela sabedoria divina. E o grande Salomão nos chama a atenção para a repreensão do sábio do que ouvir canção do insensato que geralmente bebia nas festas. Já que é um contexto em que ele fala muito sobre a festa. A escola da sabedoria é melhor do que o procedimento dos insensatos.
Vejam que Salomão fala dos espinhos e a figura da panela. O crepitar (borbulhar) dos espinhos debaixo de uma panela é o resultado da falta de sabedoria do insensato. O insensato é como o espinho que machuca o nosso corpo. Quando um espinho era queimado numa panela para ser usado não tinha muita eficácia. A comparação é para mostrar que o riso dos insensatos é ruidoso e transitório. Salomão afirma que melhor é o fim das coisas do que o seu principio. O que há de sábio nisto?
Os grandes projetos que começamos nos fazem perder forças, eles geram ansiedade e muito esmero. Salomão mostra que o fim das coisas é o processo que nos faz refletir melhor sobre a caminhada com Deus. O fim de algo traz alívio e nos faz relaxar. Aqui está a sabedoria da vida. O fim das coisas, nos deixa mais aliviados e pensativos sobre o Reino de Deus.
O começo das coisas nos faz perder energia, tempo e menos reflexão sobre o verdadeiro significado da vida. Salomão diz que melhor é o paciente do que o arrogante. Ele mostra que há edificação no processo de humildade. Porque só o humilde tem paciência para lidar com as questões da vida.
O arrogante tem um espírito impaciente e orgulhoso. Ele tem olhar altivo.Vejam que os pacientes são preciosos para uma comunidade. Eles têm domínio e controle gerados pela sabedoria divina. Os insensatos são uma dificuldade para qualquer grupo. Porque trabalham com a altivez e com a prepotência.
Deus nos convida para sermos pessoas cuja paciência é uma arte da sabedoria. A sabedoria gera paciência e nos ajuda a não dar vazão para a insensatez. Salomão diz que não devemos nos apressar em nos irar porque a ira se abriga no íntimo dos insensatos. O homem que perde o controle mostra uma atitude própria de um insensato na vida. Quem anda com a sabedoria tem o domínio na questão da ira. Ele não é dominado pela pressa quanto aos ânimos. Ele é sensato e prudente na hora que é testado na vida.
Salomão diz que jamais devemos dizer que os dias passados foram melhores do que estes. Pois não é sábio perguntar assim. O que ele quer dizer com isto?
A pessoa que despreza o presente é desprovida de sabedoria. Para o judeu desprezar o presente achando que o passado foi melhor é uma calunia diante da providencia de Deus na história (CHAMPLIN, p. 2722). Seja lá como foi o nosso passado não podemos nos esquecer que é sábio nos lembrar do mover de Deus na nossa vida sempre.
Salomão diz que boa é a sabedoria havendo herança e de proveito para os que vêem o sol. Ele afirma que a sabedoria protege como protege o dinheiro, mas o proveito da sabedoria é que ela dá vida ao seu possuidor.
Ele fala da questão da prosperidade na vida como algo bom, mas a ênfase dele é que a sabedoria é imprescindível para o coração. Mesmo porque ele diz em Provérbios que o princípio da sabedoria é o temor a Deus. Ele diz que a riqueza maior na vida de uma pessoa é a sabedoria divina.Ele trabalha a idéia que a sabedoria protege como protege o dinheiro. Ou seja, o dinheiro pode resolver certos problemas que causam perturbações em nós, mas a sabedoria serve de sinônimo de conhecimento e é um elemento espiritual que confere vida a nós. Por isso, ele afirma em Pv. 4.13: Retém a instrução e não a largues; guarda-a porque ela é a tua vida. Salomão diz no capítulo 7.19: A sabedoria fortalece ao sábio, mais do que dez poderosos que haja na cidade. Ele ainda diz neste capítulo 7.25: Apliquei-me a conhecer e a investigar e a buscar a sabedoria e meu juízo de tudo e a conhecer que a perversidade é insensatez e a insensatez loucura.
Interessante que no original hebraico a palavra proteção tem a idéia de sombra. O homem era protegido do sol quente e dos processos difíceis da vida. Salomão usa esta mesma idéia em relação à sabedoria. Ela nos protege e nos guarda sempre.
A sabedoria nos faz viver com graça na presença do criador. Ela não nos permite ser insensatos e imprudentes na vida. Ela é a proteção de uma vida sem temor e reverência diante do nosso Senhor.

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Alcindo Almeida

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Nouwen, Henri. O Perfil do Líder Cristão no Século XXI

Henri J. M. Nouwen foi professor nas maiores universidades do mundo (Notre Dame, Yale, Harvard) para tornar-se sacerdote em uma comunidade de deficientes mentais. Ele explica a outros ministros que a essência da “liderança” cristã pode ser aprendida da leitura de Mateus 4.1-11 e João 21.15-19, ou seja, de uma leitura das três tentações de Cristo e do segundo chamado de Pedro, conforme o evangelho de João.
Destes textos, Nouwem ensina que a primeira grande tentação dos obreiros é, como a primeira tentação do Mestre, o “desejo de causar impacto” – transformar pedras em pães! Por outro lado, “o líder cristão do futuro é chamado para ser completamente irrelevante e estar neste mundo sem nada a oferecer a não ser a sua própria pessoa vulnerável.” O aparente sucesso da competência é maquiagem para a angústia do mundo moderno.
O obreiro cristão será aquele que não é iludido com o “paradigma do homem competente”, mas sim, busca, pela solidariedade e pela palavra, apresentar a si mesmo como alguém que entende o sofrimento do homem e confia em Deus para asolução dele. A pergunta fundamental não é sobre competência ou habilidade, mas “Você me ama?”- a pergunta de Jesus para o Pedro, depois da pescaria. Amor a Jesus é a razão do ministério e não competência ou capacidade – menos ainda o sucesso!
Oração mística e disciplina de oração serão a chave para deixar um ministério de questões polêmicas e morais para ir ao centro da questão – relacionamento e amor a Deus e Jesus. A segunda tentação do obreiro é “ser espetacular”, ou seja, atirar-se do pináculo do templo e mostrar a todos sua capacidade e poder fora do comum. Ser o grande homem, ser independente e bastante em si mesmo – esta é a tentação. Jesus, contudo, disse a Pedro para “apascenta minhas ovelhas”.
O convite de Jesus não é para um individualismo, mas para a coletividade – dois ou três, reunidos em meu nome! “A medicina, a psiquiatria e o serviço social, todos nos oferecem modelos em que o “ministério” ocorre apenas em um sentido. Alguém serve e alguém é servido...” Contudo, isto é inadequado, pois “o verdadeiro ministério deve ser mútuo”. “O mundo em que vivemos, um mundo de eficiência e controle, não tem modelos para oferecer àqueles que serem ser pastores semelhantes a Jesus”.
Estas profissões de assistência entendem o envolvimento e a mutualidade como fraqueza. Jesus é diferente – não aparece, misturas e entre o povo. Confissão e perdão mútuo é o meio de sempre entrar e relacionar-se em uma comunidade. Aqueles que tentam ficar “por cima” da comunidade não serão ministros e nem ministrados.
A tentação de “ser poderoso” é a terceira tentação do discípulo. “Uma das grandes ironias da história do cristianismo é que seuslíderes constantemente caíram ante a tentação do poder”. O resultado foram: Cruzadas, Inquisições, índios escravizados, palácios, seminários e muita manipulação. O resultado foi o Grande Cisma, a Reforma a secularização e a perda do poder de Cristo por causa do poder humano. O poder é tentação pois alguém pode pensar que ele substitui a necessidade de amar. É mais fácil mandar do que amar.
Jesus diz a Pedro: “Outro te conduzirá!” Ou seja, liderança não é domínio e poder, mas fraqueza e humildade – é ser conduzido por outro. Uma igreja pobre e um obreiro pobre são o futuro da igreja.
As reflexões de Nouwen são extremamente oportunas e válidas para os cristãos que pretendem seguir o ministério que é pregar, amar e servir. Não é a construção de uma carreira individual, mas a inserção em uma comunidade – uma encarnação.
Não é eficiência, mas ter coragem de ser irrelevante para afirmar a palavra graciosa e bondosa de Deus que não mede as pessoas, mas simplesmente as aceita. Não se trata de força e nem de violência, mas do poder do Espírito.

Saindo da hostilidade para a hospitalidade


- Texto para reflexão: Acudi aos santos nas suas necessidades, exercei a hospitalidade (Rom. 12.13).

Um pensamento muito sério invade as mentes das pessoas que não entendem a vida espiritual, a hostilidade. Então a vida espiritual na verdade nos faz sair da hostilidade para um caminho divino da hospitalidade.
Lendo um dos livros de Henri Nouwen percebo que ele foi muito feliz ao apresentar três movimentos da vida espiritual, e ele separa de forma sistemática e franca realidades da vida religiosa e social.
Ele trabalha os três movimentos da seguinte maneira:
O primeiro fala da procura por nosso eu interior;
O segundo fala da procura pelo próximo;
O terceiro fala da procura por Deus.
Nouwen trabalha a questão da vida corriqueira cotidiana, com seus males da desconfiança e separação pelo medo da violência, medo de ser enganado, medo de tudo, a nossa insegurança com relação ao futuro. Aquele medo que todos nós temos de perder o emprego. Tudo isto de alguma maneira afeta a nossa maneira de comportar-se com as pessoas (NOUWEN, Henri J.M. Crescer, os três movimentos da vida espiritual. São Paulo: Paulinas, 2000, p. 47).
Hoje as pessoas não se sentirem a vontade umas com as outras e, por isso, elas precisam que se crie um espaço. E uma palavra que tem feito parte das relações é esta hostilidade.
Paulo trata rapidamente sobre uma questão que deve fazer parte da vida cristã dos membros do corpo de Cristo que é o cuidado, o zelo para com os santos nas suas carências. Ele entende que o coração que se torna receptivo às necessidades de seus irmãos na fé será precioso. Os que andam com Deus e possuem uma espiritualidade sadia devem exercer a hospitalidade.
Paulo ensina o caminho da hospitalidade no Senhor Jesus. Seguir a hospitalidade é na verdade uma marca constantemente de um ser espiritual. Por isso, o que chamamos de comunidade é preciso ter como cartão postal a palavra hospitalidade.
A hospitalidade nos faz ser cheios de afeição para com todos em geral. Aqui estão incluídos os estranhos também. Na época de Paulo essa atitude seria uma demonstração de amor, quando os cristãos fossem hospitaleiros para com os de fora, para com os estrangeiros também. Já que isso não era uma prática na cultura romana.
A Bíblia nos ensina com a idéia de hospitalidade o viver juntos, o sentir a mesma coisa juntos. Seja na alegria, seja na tristeza, estamos sempre juntos como membros do corpo de Cristo. Somos pessoas diferentes, mas, temos a mesma unidade no Senhor Jesus. Portanto, peçamos para que o Senhor nos dê graça para que preservemos a unidade do Espírito tendo um mesmo sentimento entre nós de: hospitalidade.
Termino citando mais uma vez uma parte do livro de Henri Nouwen:

“Hospitalidade não é mudar as pessoas, mas oferecer-lhes um espaço onde mudanças podem acontecer. Boas vindas e hospitalidade são necessidades básicas na relação com pessoas. Hospitalidade é o espaço onde estranhos podem descobrir a si mesmos e penetrar na percepção de que eles são seres criados pelo eterno Deus que os faz cantar e seguirem a vocação da vida” (NOUWEN, 2000, p. 69).

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Alcindo Almeida

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Deus ouve a nossa oração


- Texto para reflexão: Dá ouvidos às minhas palavras, ó Senhor; atende aos meus gemidos. Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois é a ti que oro. Pela manhã ouves a minha voz, ó Senhor; pela manhã te apresento a minha oração, e vigio. Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal. Os arrogantes não subsistirão diante dos teus olhos; detestas a todos os que praticam a maldade. Destróis aqueles que proferem a mentira; ao sanguinário e ao fraudulento o Senhor abomina. Mas eu, pela grandeza da tua benignidade, entrarei em tua casa; e em teu temor me inclinarei para o teu santo templo (Salmo 5.1-7)

Há um livro de Thomas Merton chamado Novas sementes da contemplação. Nele Merton nos chama a atenção para o fato que temos de ser salvos da imersão num mar de mentira e de paixões denominado: o mundo. E temos, sobretudo, de ser salvos do abismo de confusão e de absurdo que é o nosso próprio ser mundano.
Merton diz que a pessoa tem de ser salva do indivíduo. O ser único tem de ser libertado do ego esbanjador, hedonista e destruidor, que procura apenas se cobrir com disfarces (MERTON, Thomas. Novas sementes da contemplação. Rio de Janeiro: Editora Fissus, p. 82).
Neste Salmo através da vida de Davi encontramos a direção certa para nos livrar do mundo e das suas tentativas de nos afastar da comunhão com o eterno.
Davi é inteligente diante de Deus e apresenta a sua oração esperando que o Senhor o ouça em sua tribulação e angústia. Ele se apresenta logo cedo diante do seu criador, como buscamos logo o alimento para o fortalecimento do nosso corpo. Davi logo cedo procura o seu Deus e espera nele. Ele procura aquele que é santo, aquele que não tem prazer na iniqüidade, nem com ele habita o mal.
Davi está ainda no momento de tribulação por causa da perseguição dos seus inimigos e a sua oração é o pedido de socorro pelo seu Deus. Ele lamenta as crises que sofreu diante dos inimigos e pede para que o Senhor atenda aos seus gemidos. Ele abre a sua alma perante Deus e pede para que ouça suas palavras.
Muito provavelmente Davi ficou um longo tempo abrindo a sua alma diante de Deus. Isto demonstra o quanto Davi amava a Deus e confiava inteiramente na solução divina diante dos seus gemidos. E nestes gemidos ele expressa o mais profundo sentimento diante daquele que ele o tem como referencial e guia na vida.
Então ele começa a sussurrar por causa da sua tamanha dor. Ele derrama a sua alma com dores e angústias profundas. Tanto que no versículo 2 ele pede para Deus atender o seu clamor, pois, a ele que este servo orava.
Davi tem na oração o seu remédio para cura. A oração é uma fonte de vigor no coração de Davi. Ele diz no versículo 3: Pela manhã ouves a minha voz, ó Senhor; pela manhã te apresento a minha oração e vigio. Na calamidade Davi ora a Deus, logo pela manhã ele quer falar com Deus na sua devoção com a certeza de que Deus o ouvirá.
A oração matutina nos prepara para a ação, ela nos prepara para esperarmos a resposta da parte de Deus. Pela manhã podemos buscar a face de Deus para entendermos a sua vontade para nós.
Este é um item que devemos dar mais importância na vida espiritual. Como diz Richard J. Foster no seu livro Celebração da Disciplina - O Caminho do Crescimento Espiritual:

“A oração arremessa-nos à fronteira da vida espiritual. É pesquisa original em território inexplorado. A meditação nos introduz na vida interior; o jejum é um recurso concomitante, mas a disciplina da oração é o que nos leva à obra mais profunda e mais elevada do espírito humano. A oração verdadeira cria e transforma a vida” (FOSTER, Richard J. Celebração da Disciplina - O Caminho do Crescimento Espiritual. São Paulo: Editora Vida, 2007, p. 67).

Orar é mudar. A oração é a avenida central que Deus usa para nos transformar. Davi sabe disto e, por isso, ele diz que pela manhã Deus ouve a sua voz. E diz também que pela manhã ele apresenta a sua oração e vigia.
Vejam que Davi não vê a oração como mais um item na sua agenda espiritual. Para Davi, a oração é uma característica essencial da sua vida. Ele sabe que quanto mais se aproximar do pulsar do coração de Deus, mais ele verá a necessidade de amar ao Eterno da sua vida.
As palavras de Marcos falando sobre o nosso mestre nos chamam a atenção para o tempo de oração. Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto, e ali orava (Marcos 1.35). O estilo de vida de Jesus era o da oração, e olhem que é o próprio Deus Filho que nos motiva e nos direciona para a oração.
Neste Salmo depois de ter um tempo sério de oração. Depois de fazer da sua agenda espiritual um tempo de convívio com Deus, Davi então clama pelo amparo de Deus na vida.
Davi pede para Deus atender à voz do seu clamor. Ele reconhece neste tempo de oração que Deus não tem prazer na iniqüidade e que nele nunca habitará o mal. Ele reconhece que os arrogantes não subsistirão diante dos olhos do Altíssimo. Ele reconhece que Deus detesta a todos os que praticam a maldade.
No final das suas conclusões sobre a oração ele afirma: Mas eu, pela riqueza da tua misericórdia, entrarei em tua casa; e me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor.

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Alcindo Almeida