segunda-feira, 31 de maio de 2010

A morte nos faz pensar sobre eternidade

O texto de Eclesiastes 7.2 afirma: Melhor é ir à casa onde há luto do que ir a casa onde há banquete; porque naquela se vê o fim de todos os homens e os vivos o aplicam ao seu coração.
 Há um livro extremamente precioso de Henri Nouwen Nossa maior dádiva - Meditação sobre o morrer e o cuidar. Um dos mais inspirados escritores espirituais de nosso tempo, Henri Nouwen lança um olhar emocionado à mortalidade humana. À medida que conta suas próprias experiências com o envelhecimento, a perda, o pesar e o medo e reflete sobre sua fé na vida e ensinamento de Cristo, Nouwen sugere com beleza e suavidade que o viver e o morrer podem se tornar dádivas de cada de um de nós para nosso semelhante. 
Nossos pensamentos e sentimentos, nossas palavras e escritos, nossos sonhos e visões não são exclusivamente nossos. Estes pensamentos e sentimentos pertencem a todos os homens e mulheres que já morreram, mas continuam a viver dentro de nós. 
As vidas e as mortes dessas pessoas ainda estão dando frutos em nossa vida. Sua alegria, esperança, coragem, confiança não morreram com elas, mas, continuam a florescer nos corações daqueles que estão ligados a elas pelo amor. Nessa comunhão de vida que suplanta e dá sentido à morte, veremos que nossas mortes também darão frutos na vida de todos aqueles que viverão depois de nós. Este é um assunto importante para Salomão porque ele entende a morte como um processo que nos ajuda e meditar mais e a valorizar mais a sabedoria divina. Salomão mostra que o dia da morte do cristão é melhor do que o dia do seu nascimento. Contudo, o seu nascimento foi essencial para que o dia da sua morte seja melhor. 
Todos os dias do cristão em Cristo sobre a terra são bons, mas estar com Cristo na glória eterna será melhor. Paulo foi abençoado em Cristo na terra, mas, o ápice da bênção para ele era estar com Cristo na glória. Ele disse: Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne (Filipenses 1.21-24). 
Algo que nos faz refletir sobre o dia do nascimento de alguém é que o nascimento traduz a depravação na raça humana que está neste mundo. Quando olhamos para as palavras de Davi percebemos algo sério: Eis que em iniqüidade fui formado e em pecado me concebeu minha mãe (Salmo 51.5). Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, proferindo mentiras (Salmo 58.3). 
A vida passa sempre pelo processo de depravação. Então temos guerras, tristezas, doenças, violência, poluição, a vida de algumas pessoas que permanecem num ódio cruel. Vemos a natureza gemendo e aguardando a sua redenção exatamente por causa desta depravação, desta situação que a culpa de Adão e Eva causou na criação. Daí a nossa conclusão quando Salomão fala que a morte é melhor do que o dia do nascimento é que a morte remove essa depravação de nós no sentido de não estarmos mais neste corpo de corrupção. Quando analisamos desta maneira entendemos o que Paulo quer dizer quando afirma: Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho. 
Um texto que me chama a atenção é o que Jó disse no capítulo 14.1-2: O homem, nascido da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação. Sai como a flor e se seca; foge também como a sombra e não permanece. A reflexão de Jó neste texto é que nenhum estágio da vida, da infância à sepultura é isento de inquietações. 
A vida humana é lisonjeira em seu princípio, pois, ela vem como uma flor, mas ela é breve vai embora e parte sem retorno. A morte leva o cristão a repensar sobre os aspectos da eternidade. 
Salomão fala que na casa do luto se vê o fim de todos os seres humanos. Na hora da morte pensamos mais sobre a eternidade e sobre o nosso estado espiritual. A realidade da morte nos faz repousar na certeza de que há um descanso eterno para nós como o Livro de Apocalipse afirma no capítulo 14.13: E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito para que descansem dos seus trabalhos e as suas obras os sigam. Neste texto aprendemos que a morte é a entrada para a perfeição ou glória eterna. Aprendemos que na casa do luto somos mais autênticos e entendemos melhor o significado real da morte. No meio da alegria e da festa refletimos menos sobre o verdadeiro significado da vida, que é o encontro com o divino. Isto me faz lembrar de um belo filme que vi há algum tempo Encontro Marcado
Alguns dias antes de completar 65 anos, William Parrish (A. Hopkins) começa a perceber sinais de que sua morte está próxima. Poucos dias depois ele recebe a visita da própria morte que tomou o corpo de um jovem (Pitt) e assumiu a identidade de Joe Black. A morte intrigada com o temor que causa as pessoas faz um acordo com Parrish, vai acompanhá-lo por alguns dias para descobrir a razão desse medo e conhecer mais sobre a vida dos mortais. 
Há uma grande lição no filme, quando Parrish aprende muito mais sobre o significado de si mesmo, através da realidade iminente da morte. Talvez seja por isso que Salomão afirma para nós que o coração dos sábios está na casa do luto. Porque neste local pensamos mais seriamente sobre os valores do Reino de Deus. 
Pensamos sobre a nossa limitação da vida. Pensamos mais sobre a necessidade de buscarmos um relacionamento mais profundo com aquele que é dono da nossa vida e respiração. Pensamos melhor sobre o cuidado com o prazer que passa tão rápido sobre nós. Pensamos que não somos infinitos aqui na terra. 
Um dia a nossa respiração se findará e nos encontraremos de fato com o criador celestial. Você tem pensado sobre a sua vida na presença de Deus? Você tem pensado que hoje pode ser o último dia de respiração? Diante desta realidade você está preparado para se encontrar com o criador? (Alcindo Almeida)

Leituras de maio...


1. MCGRATH, Alister E. Paixão pela verdade - A coerência intelectual do evangelicalismo. São Paulo: Vida Nova, 2007. Décadas atrás, o evangelicalismo era dado como inerte na academia. Nos últimos cinqüenta anos, porém, o intelectualismo evangélico reviveu produtivamente, sobretudo em disciplinas como história e filosofia. Agora, teólogos evangélicos – entre eles, Alister McGrath – estão tentando mostrar que a herança do movimento provê excelentes recursos para engajamento nos debates eruditos de nossa época. Contém 240 páginas.

2. PIPER, John & Justin Taylor. A supremacia de Cristo em um mundo pós-moderno. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. No mundo de hoje, apesar da humanidade estar voltada para a busca de espiritualidade, existe uma grande resistência a fé cristã. Diversas religiões e crenças, novas e antigas, passaram a atacar a pessoa de Jesus quanto a sua deidade. A ciência e a tecnologia avançada exigem o lugar de “verdade absoluta”, questionando e contrariando a autoridade da Palavra de Deus. Nesta obra, temas como: cultura, verdade, alegria, amor, entre outros, são relacionados com a verdade de Cristo a fim de compreendermos que o Senhor Jesus é Supremo em todas as esferas que nos cercam, e a esta supremacia devemos obediência. Contém 160 páginas.

3.
STEVENS, R. Paul. Deus e o mundo dos negócios. Brasília – Viçosa: Palavra e Ultimato, 2008. Como será que Deus encara nossos negócios e nossa vida profissional? Por que tantos se sentem culpados por ganhar dinheiro com o seu trabalho honesto? Paul Stevens nos apresenta um livro não do tipo “como fazer” sobre liderança ou gerenciamento, mas essencialmente sobre “como se tornar”. Lida com propósito e motivação em vez de métodos. Estimula algumas sutis habilidades que irão, a longo prazo, fortalecer a base de sua empresa ou empreendimento. *Contém 256 páginas.

4. PIPER, John e Justin Taylor. Firmes - Um Chamado a Perseverança dos Santos. São Paulo: Fiel, 2010. A resposta moderna – e mundana – para melhorarmos a vida é geralmente “siga em frente”. Se o seu casamento tem conflitos, se a sua igreja se esfacela, se o seu chefe o incomoda e as pessoas se opõem a você, abandone-os. Faça uma mudança. Busque o que é melhor para você. Mas a Palavra de Deus mantém um padrão diferente – um belíssimo valor que, embora difícil, leva à mais profunda satisfação e a grande recompensa: perseverança. Essa perseverança duradoura e firme, que mantém o curso, é especialmente necessária em nossa geração vacilante. Este livro não somente exalta a virtude da perseverança fiel e piedosa, mas também dá testemunho do seu poder diário na vida dos cristãos por meio das experiências de – que provê o contexto e a perspectiva para todo o livro – e de quatro seguidores de Cristo dedicados que representam diferentes tipos de perseverança. Contém 174 páginas.


5.
PIPER, John. A pregação da cruz. Um chamado à pregação expositiva e centrada no evangelho como foco da ministério pastoral. São Paulo: CEP, 2010. Proclamar o evangelho é a tarefa mais importante do ministério pastoral, ainda que, com frequência, outras atividades a obscureçam. De tempos em tempos, todos os pastores precisam recordar a primazia do evangelho. A Pregação da Cruz faz extamente isso. A obra é um chamado à pregação expositiva e centrada no evangelho como foco do ministério pastoral. Esta obra exibe uma combinaçãosem precedentes de pastores representando uma variedade de tradições evangélicas. Embora difiram em pontos menos importantes da prática da igreja, eles celebram com entusiasmo a centralidade da cruz de Cristo - dando importância ao que é de fato importante. Cada leitor deve guardar essa mensagem e adotá-la em seu ministério pastoral. Os autores Mark Dever, J. Ligon Ducan III, r. Albert Mohler Jr. e C. J. Mahaney se uniram aos colegas John MacArthur, John Piper e RC Sproul nesse chamado aos pastores para que desenvolvam ministérios com uma pregação centrada no evangelho. Contém 159 páginas.

6.
LUCADO, Max. Quebrando a rotina. Rio de Janeiro: CPAD , 2005. Você pode não ser o que desejar ser. Mas se quiser, poderá ser tudo o que Deus quer que você seja. Quebrando a Rotina traz princípios práticos para explorar sua personalidade e colocar as suas qualidades em ação. Através de um guia de estudo, Max Lucado mostra o caminho para encontrar e viver plenamente os planos de Deus, a fim de despertar uma força poderosa dentro de você e encontrar uma posição confortável nos planos do Pai. Contém 256 páginas.

sábado, 29 de maio de 2010

Louve Lapa em junho...


Dia 13/06 participará do Louve Lapa a cantora Géssica Gouveia.
Horário: 18:00 hs.
Não perca a oportunidade de convidar seus amigos e familiares não cristãos a conhecerem nossa igreja e ouvirem do amor de Deus de forma cantada.
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IGREJA PRESBITERIANA DA LAPAR.
Roma, 465
Release: Géssica Gouveia, é natural de Recife- PE, neta e filha de pastor presbiteriano.Estudou canto com Enock Pires, Benner Jacks e Beth Alonso. Participou do cd "Único caminho" da Banda kálamo comovocalista e lançou seu primeiro cd solo "Essência" pela gravadora Frutos da Luz. É formada pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida no curso de discipulado Cristão e Treinamento de Líderes intitulado “Projeto Marcos”.
Estuda Arquitetura e Urbanismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie.Participa do Coral Jovem Mackenzie e é vocalista na Banda Vencedores por Cristo.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Consulta do coração

- Texto para reflexão: Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o vosso coração e sossegai (Salmo 4.4).

Morton Kelsey disse:

“O que fazemos com nossa vida exteriormente, o bom cuidado que dispensamos aos outros, é tanto parte da meditação quanto aquilo que fazemos na quietude e volta para o interior”.

Volta ao interior, isto é algo que não estamos acostumados. Temos dificuldades de nos encontrar com o nosso próprio coração nas horas de silêncio para ouvir a voz do eterno Deus nele.
O texto do Salmo mostra que Davi é separado para Deus e a idéia aqui é para honra e dignidade. Ele é escolhido por voto celestial para fazer parte de Deus. Por isso, Davi tem o consolo e conforto de Deus na hora da dor e das perseguições.
Davi tem tanta consciência sobre quem Deus é que dá um conselho para os servos separados por Deus. Ele diz para consultar com o coração no leito e para sossegar. Também aconselha a oferecer sacrifícios de justiça e confiar no Senhor.
O que será que Davi quis dizer com esta afirmação?
A idéia é para conversarmos conosco mesmo, ouvirmos a nós mesmos dentro do ser. No fogo cruzado da vida e das vozes, parece que nos tornamos desconhecidos de nós mesmos. Então Davi que é sensível demais, nos convida a restaurar o relacionamento com o nosso interior. E o convite é para um tempo de silêncio porque através deste momento podemos enxergar Deus dentro de nós.
Interresante que Richard Foster diz que a oração é a avenida central que Deus usa para nos transformar. Então ela é o processo do travesseiro, ela é cultivada neste momento de consulta do nosso coração. Ela é tempo em que começamos a pensar os pensamentos de Deus. É o momento em que desejamos as coisas que ele deseja, amamos as coisas que ele ama. Na consulta do nosso coração aprendemos a ver tudo na perspectiva divina para a vida. Então quando estamos em angústia e carregados de problemas devemos consultar o coração e sossegar diante de Deus. Isto gerará confiança no caráter e cuidado de Deus na vida. Porque Deus é o que levanta sobre nós a luz do seu rosto.
Aprendamos com Davi a consultar o nosso coração no travesseiro espiritual!
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Alcindo Almeida

quarta-feira, 19 de maio de 2010

AMOR QUE CONSTRANGE

- Texto para reflexão: Pois o amor de Cristo nos constrange (II Coríntios 5:14).

Uma das características mais presentes em nossa sociedade tida moderna, principalmente em cidades metropolitanas como a nossa, é a de se manter distante uns dos outros, principalmente se essa proximidade tem algum potencial de gerar qualquer tipo de compromisso ou comprometimento.
Podemos até nos conhecer, mas nada que nos torne próximos.
Podemos até partilhar algumas idéias, mas nada que nos atrele a algo ou alguém.
Podemos até sermos gentis, sorridentes, e até mesmo amáveis no trato, mas nada além de uma solidariedade alijada e distante o suficiente para evitar qualquer tipo de aproximação que comprometa ou incomode.
Por que tentamos negar com atitudes e escolhas a verdade de que necessitamos uns dos outros?
Por que resistir à verdade de que somos seres sociais e, portanto, por mais complexo que esse fato se torne, devemos contribuir para que esse convívio seja o mais saudável possível?
Alguém já disse que “fazemos melhor quando fazemos juntos”.
Salomão nos ensina que “melhor é serem dois do que um” (Ec 4:9).
Na tentativa de negarmos essa necessidade, adotamos e postulamos condutas que refletem superficialidade e tornam os relacionamentos cada vez mais descartáveis, utilitaristas e um bem surreal para muitos.
O homem passa a confundir crescimento com auto-suficiência. Confundir independência com descompromisso.Mas, isso não precisa ser necessariamente assim.
Cremos que podemos fazer escolhas pessoais que nos remontem a construção da nossa própria experiência de vida.
Podemos fazer escolhas sociais que sejam capazes de produzir e exercitar valores que nos remontem a uma vida mais saudável e capaz de edificar-nos mutuamente.
Há cerca de uma semana retornei de uma viagem de trabalho onde participei de uma Conferencia Global sobre projetos de plantação de igrejas em diversos países do mundo, promovida anualmente pela Spanish River Church, Boca Raton, FL, USA.
Em seguida fomos a St Augustine, também na Flórida, visitar uma outra igreja parceira nesses projetos – Good News Church, onde passamos um final de semana incrivelmente intenso.
Menciono isso por um sentimento imenso de gratidão que invadiu o meu coração pela maneira como fomos recebidos, acolhidos e amados por aqueles irmãos, muitos que sequer conhecíamos e que, não obstante, marcaram nossa vida de forma especial.
Ali estavam expostas, entre tantas atitudes positivas, três que gostaria de destacar:
I - GENEROSIDADE
Num mundo marcado por atitudes calcadas em interesses, experimentamos uma generosidade sem limites.
Marcadas por gestos, sorrisos, abraços, desejo de se conhecer e de partilhar sonhos, atitudes espontâneas e cheias de liberalidade.
Gostaria de desafiá-lo a uma atitude de generosidade em seus relacionamentos. Essa atitude vai produzir, com certeza, relacionamentos mais enriquecedores, motivadores e transformadores no outro, bem como em você mesmo.
Sua generosidade deve ser desprovida de qualquer outro interesse senão produzir e gerar bem estar no outro. Isso é revolucionário!
II - HOSPITALIDADE
É acolher o outro de forma tão espontânea e intensa que o faça sentir-se “em casa” e não um incomodo.
Essa atitude é mais que a liberação de um espaço físico dentro da casa. Mas, de um espaço na agenda, na vida, no coração. Um compromisso com o bem estar do seu hóspede; uma satisfação capaz de fazer-lo sentir-se bem naquele ambiente, ao ponto de não se sentir um “estranho naquele ninho”.
III – AMOR CONSTRANGEDOR
David Hubbard em “The Problem With Prayer Is...” escreve: “A mais pura forma de amor é dispensada sem nenhuma expectativa de retorno”(citado por Phillip Yancey em “Oração, ela faz alguma diferença?”).
O verdadeiro amor se manifesta assim.
A verdadeira doação é dar-se por inteiro sem restrições ou condições.
É tão bom e renovador quando você pode sentir-se amado.
E o que fazer diante desse amor?
Mostre gratidão. É o que o meu coração se propôs a fazer em relação a esses amigos e irmãos tão preciosos. Como disse Jean Kerr: “As pessoas podem se esquecer daquilo que você diz, mas elas jamais se esquecem daquilo que você faz”.
Tenho feito da minha oração o mais precioso ato de amor por essas vidas.
Gratidão que tenta aquecer o coração de quem recebe e que reconforta e alimenta de vida quem oferece. Isso mesmo, pois a gratidão é o traço emocional com mais probabilidades de favorecer a saúde física, emocional e relacional entre as pessoas.
Pessoas gratas tendem a ser mais felizes e mais satisfeitas com a vida, e podem de fato ter uma vida mais longa dizem os especialistas. “Um coração agradecido tem a possibilidade de ser um coração saudável”. Robert A. Emmons (Revista Spirituality and Medicine Connection, 2001).
Se você não é capaz de demonstrar amor, você ainda não compreendeu a coisa principal da vida.
E é isso que o Evangelho nos ensina. Nas palavras do apóstolo Pedro “um amor fraternal não fingido” (I Pe 1:22).
Ou, nas palavras do apóstolo Paulo: “Pois o amor de Deus nos constrange”.(II Co 5:14)
Viva isso como um desafio em relação ao seu semelhante, na pessoa daqueles com os quais convive. E, responda ao amor constrangedor de Deus que nos foi e tem sido mostrado em Jesus Cristo. Que Deus o abençoe rica e abundantemente. Em Cristo,

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Pr. Hilder C Stutz

Meu novo livro Alegria verdadeira....


terça-feira, 18 de maio de 2010

Frase de Derek Kidner....

" Somos como o míope, avançando lentamente pelo seu caminho de tapeçaria ou de pintura na tentativa de vê-la. Vemos o suficiente para reconhecer alguma coisa de sua qualidade, mas o grande desgin nos escapa, pois nunca conseguiremos ficar longe o suficiente para ver as coisas como o criador as fez, de um modo real e inteiro, do começo ao fim" (Derek Kidner. A mensagem de Eclesiastes. Sâo Paulo: ABU, 2004).

Leituras no mês de abril de 2010


1.LOPES, Hernandes Dias. Transformando vidas. São Paulo: Socep, 2007. O nosso tempo experimenta mudanças como nunca se viu na história da humanidade. Os avanços tecnológicos e médicos são exemplos de progresso e evolução. O mundo é hoje uma "Aldeia Global". Em contrapartida, os relacionamentos são superficiais, as famílias estão desestruturadas, o ser humano está só. Este é o momento que as pessoas mais precisam de Deus. Transformando Vidas traz reflexões de profundo impacto para cada leitor. O autor compartilha as verdades lindas e extraordinárias da Palavra de Deus. Hernandes utiliza sua capacidade de síntese sem deixar de lado a profundidade teológica. Os assuntos apresentados abordam aspectos da vida pessoal, familiar, social e espiritual. Contém 160 páginas.

2.
BITUN, Ricardo. Henri Nouwen de A a Z. São Paulo: Vida, 2009. Muitas obras trazem comentários e alusões sobre a vida e os escritos de vários teólogos. No entanto, é ainda mais enriquecedor recorrer à própria fonte que tem inspirado esses registros. Esse é o objetivo de Henri Nouwen de A a Z, obra cuidadosamente elaborada, que coleta alguns de seus mais importantes pensamentos, para todos os interessados em conhecer melhor o pensamento desse fantástico autor cristão. A coragem de despir sua alma diante de seus leitores, apresentando o lado mais sombrio e secreto de seus desejos, é que faz de Nouwen um escritor admirado, sincero e agradável de ler. Ao escrever sobre suas áreas de conflito, ele se humaniza, encurtando todo distanciamento que possa vir a existir entre sua vida humana — cheia de falhas e de insucessos — e a vida do leitor, também humana. Contém 479 páginas.

3. MAXWELL, John C.. O poder da liderança. São Paulo: Garimpo, 2009. Ao longo dos séculos, homens e mulheres notáveis procuraram sintetizar em uma ou poucas sentenças, a essência da liderança. Registradas por seus contemporâneos, essas frases resistiram ao tempo por conterem verdades sólidas, servindo de referência para pessoas que se destacam no mundo moderno à frente de organizações, de empresas e dos mais diversos tipos de grupo. Este livro, um dos três que compõe a série "Pensamentos do líder", desvenda os princípios comprovados de uma liderança poderosa, apresentados e comentados por um reconhecido perito no assunto. Em O poder da liderança, John C. Maxwell reúne dezenas citações de importantes personagens de diversos campos do conhecimento e da atividade humana sobre o tema e adiciona reflexões de grande valor que evidenciam a utilidade e a aplicação de cada frase na experiência do líder. Contém 160 páginas.

4.
CHAN Francis. Louco amor. São Paulo: Mundo Cristão: 2010. A intensidade e a vibração dos primeiros momentos aos poucos são tomadas pela rotina e o que antes era uma feliz dependência torna-se um fardo, quando não, a cínica indiferença para com o outro. Infelizmente, o mesmo ocorre em nosso relacionamento com Deus. Acabamos nos acostumando a viver longe dele... só demoramos a nos dar conta disso. Nossa suposta auto-suficiência torna difícil encaixar Deus num mundo cujas principais respostas já foram dadas. Se essa é a conclusão a que chegamos, vale a pena ler e ouvir alguém que não se conforma com desculpas fatalistas. Francis Chan dedica sua vida a ser um tipo diferente de cupido. Tendo experimentado com grande intensidade o amor de Deus, empenha-se em contagiar outras pessoas a (re)viverem a mesma paixão. Segundo Chan, apenas experimentando e nutrindo um honesto relacionamento com Deus podemos dar a necessária chacoalhada em nossa vida e espantar a terrível mornidão que caracteriza nossa atitude diante do Pai. Contém 176 páginas.

5.
MANNING, Brennan. O anseio furioso de Deus. São Paulo: Mundo Cristão, 2010. O anseio de Deus por você é maior e mais forte que qualquer elemento impulsionador da pior catástrofe que você consiga imaginar. Deus não descansa enquanto não o encontra, esteja onde e como estiver, e o traz para ele de volta, para o seu afável cuidado. Você é o que Deus tem de mais precioso. E nada é capaz de separá-lo do amor “furioso” do Criador. Aprender a viver nesse amor e confiar em Deus é o convite que só Brennan Manning, com seu toque peculiar, poderia fazer. O anseio furioso de Deus fala sobre um relacionamento de profundo amor com Deus, o amor com o qual ele ama o homem e que o fez entregar seu único filho para a morte na cruz. Deus nos ama e espera que cultivemos uma relação íntima com ele. É para este anseio divino que Manning nos desperta e leva. Cada capítulo encerra-se com algumas perguntas e reflexões nas quais vale a pena meditar. O objetivo não é que você encontre a resposta “certa”, e sim que essas reflexões o façam parar e meditar sobre o tema tratado naquele capítulo, operando grandes mudanças em suas atitudes para com o Deus que tanto te ama. “Acredito que a expressão anseio furioso é a melhor maneira de descrever o anelo que Deus sente por você e por mim. Se você conseguir levar consigo apenas uma mensagem da leitura deste livro, que seja a aquisição do hábito de orar essa passagem da Escritura (Cantares 7:10)”. Contém 112 páginas.

6. KEMPIS, Tomás de. A imitação de Cristo. São Paulo: Shedd, 2005. Este livro é um dos mais lidos nos últimos 500 anos. É um manual de espiritualidade para aqueles que estão dispostos a crescer no discipulado radical. Pode inclusive, ser usado, seguindo as divisões de capítulos, como leitura diária devocional. Contém 216 páginas.

Números.....

100.000
feiticeiros oferecem consultas por tempo integral em várias regiões da Itália, número maior do que a soma de todos os sacerdotes católicos e pastores protestantes do país.


443
crianças morreram por terem sido deixadas pelos pais dentro de automóveis fechados entre 1968 e 2009 (quase uma por mês).


117
pessoas no Reino Unido respondem a processos por terem ajudado alguém a morrer, ainda que pela vontade da pessoa (a pena prevista é de 14 anos de prisão).


1.360
suicídios assistidos foram realizados na Suíça em 2008, ato permitido também na Bélgica, na Holanda e em Luxemburgo.500.000dos mais ricos do planeta são responsáveis por metade do dióxido de carbono no mundo, segundo o diretor do Instituto Ambiental da Universidade de Princeton.


250.000.000
de nascimentos foram evitados entre 1979 e 2000 na China, desde a estratégia do governo para controlar o crescimento da população, estipulando que casais só poderiam ter um filho.


45
pós-graduados com doutorado inscreveram-se num concurso público para a seleção de garis na cidade do Rio de Janeiro em outubro de 2009. Entre outros pretendentes, havia 22 com mestrado e 1.026 com nível superior completo.

Mais forte que a morte

O século 21 tem sido marcado por grandes tragédias. Algumas naturais, outras não. Tivemos os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, que causaram a morte de quase 3 mil pessoas, com desdobramentos que seguem semeando ódio e morte.
No dia 26 de dezembro de 2004, um grande maremoto devastou a costa de vários países no Oceano Pacífico, causando a morte de quase 300 mil pessoas, deixando milhões desabrigadas. No dia 29 de agosto de 2005, o furacão Katrina atingiu três estados do sul dos Estados Unidos, no que foi considerada a maior tragédia natural da história do país, levando a vida de mais de mil pessoas e deixando milhares sem abrigo.
Aqui no Brasil temos assistido à tragédia de milhares de famílias que perderam parentes e casas nas enchentes de 2009 e deste ano. No início deste ano, o Haiti, pais já devastado pela miséria, viveu sua maior tragédia quando um terremoto destruiu grande parte da nação, matando cerca de 200 mil pessoas e deixando milhões de desabrigados, num cenário com desdobramentos imprevisíveis.
A cada catástrofe a humanidade se volta às mesmas perguntas e discussões para as quais não existem respostas -- pelo menos racionais. Uns apelam para a justiça divina como forma de castigar a humanidade pecadora. Outros buscam excluir Deus, fazendo dele um Criador sem criação. Existem ainda aqueles que responsabilizam a humanidade pelo descuido do meio ambiente e pela ambição irracional pelo poder, que agora colhe os resultados de sua insanidade. São tentativas frágeis, por vezes desumanas, que não respondem às grandes perguntas, nem expressam a graça de Deus.
Como olhar para tudo isto e permanecer crendo num Deus que ama? Como continuar crendo num Deus cheio de compaixão e misericórdia diante das catástrofes que roubam a vida de crianças, deixam outras órfãs, em que famílias inteiras perdem tudo o que construíram (parentes e bens) em sua já miserável passagem pela vida? No entanto, o problema continua, com seu terrível peso de morte, destruição e desolação, sem as respostas que todos buscam.
É preciso reverência e temor em nosso olhar para a dor e o sofrimento. Não podemos excluir Deus deles, porque onde há sofrimento Deus está presente, mesmo que silenciosamente. O mesmo mistério divino que nos dá vida, perdoa e salva, que sustenta com beleza e harmonia o universo por ele criado, é também o mistério presente na tragédia e na dor humana. Qualquer esforço para entender será sempre limitado. A resposta de Deus ao sofrimento humano não foi tentar explicá-lo, mas enviar seu Filho eterno, que se fez homem entre nós, mergulhou nos abismos da dor e do sofrimento, para nos mostrar, por meio da cruz e da ressurreição, o caminho da vida e da esperança eterna.
No meio dessas tragédias reconhecemos que não possuímos nada. Não temos controle sobre nada. O futuro não nos pertence. Tudo pode acabar num instante. Somente em Cristo podemos nos alimentar de uma esperança real e eterna. Nele, e somente nele, temos segurança real. Diante do sofrimento devemos nos calar e nos abrir para a solidariedade. Nossa mente finita e limitada não consegue compreender os mistérios do propósito divino; portanto, resta-nos chorar, lamentar e consolar os que sofrem.
Nas tragédias o ser humano tende a manifestar o que há de melhor ou de pior no coração. Manifesta solidariedade ou indiferença. Esperança e fé ou ceticismo e desesperança. Bondade e generosidade ou egoísmo e ambição. Temor e reverência a Deus e aos seus propósitos eternos ou revolta e incredulidade. Minha oração é que, em meio a tantas tragédias, nosso coração continue crente.
Que nossa fé seja fortalecida na esperança do Deus que reina. Que nossa resposta seja solidária, compassiva e generosa. Que nossas orações sejam um clamor para que a humanidade se volte para Cristo, em quem a vida, mesmo em meio às piores tragédias, encontra sentido. Porque nele, por meio dele e para ele é que todas as coisas existem. “Ele faz a ferida e ele cura.”
Ao Senhor seja toda glória.
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• Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Amizade e convivência na vida

- Texto para reflexão: A palavra de Cristo permaneça entre vós em toda a sua riqueza, de sorte que com toda a sabedoria vos possais instruir e exortar mutuamente. Sob a inspiração da graça cantai a Deus de todo o coração salmos, hinos e cânticos espirituais. Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai (Colossenses 3.16-17).

Há uma letra profunda de uma canção do Grupo Logos – Marcas:

"Causa surpresa para muitos hoje em dia. Rever histórias que o tempo não levou.Como os discípulos deixaram suas redes, o seu pão, a sua Vida e seguiram a Jesus. E muitos deles, certamente a maioria. Não tiveram vida boa, mas trocaram por melhor: Andaram perto do Senhor. Viram milagres de amor, deixaram marcas...Iguais a eles são bem poucos hoje em dia. Que andam realmente perto do Senhor. Que, já libertos de seus vícios e pecados, vivem como perdoados propagando a salvação. São tais pessoas que são fortes, sendo fracas. E, por isso, deixam marcas para outros como eu... Andarem perto do Senhor, verem milagres de amor. Pisar em marcas...Quero pisar sobre estas marcas de valor. Pagar o preço de alguém que se dispôs também. A atender a mesma voz que hoje chama e diz: "Segue-me!" E não importa o que eu tenha que deixar. Quero levar comigo minha tão pequena fé. Pra repartir por onde Deus me permitir andar...Seu amor...Iguais a eles são bem poucos hoje em dia. Que andam realmente perto do Senhor. Que, já libertos de seus vícios e pecados, vivem como perdoados propagando a salvação. São tais pessoas que são fortes, sendo fracas. E, por isso, deixam marcas para outros como eu...Andarem perto do Senhor, verem milagres de amor. Pisar em marcas...Quero pisar sobre estas marcas de valor, pagar o preço de alguém que se dispôs também. A atender a mesma voz que hoje chama e diz: "Segue-me!" E não importa o que eu tenha que deixar. Quero levar comigo minha tão pequena fé. Prá repartir por onde Deus me permitir andar seu amor...

A frase que me chama muito a atenção é: Quero pisar sobre estas marcas de valor. Como o Evangelho deixa marcas. E uma das marcas mais profundas é a amizade no meio daqueles que se chamam povo de Deus.
Neste texto notamos que Deus deseja que a sua própria Palavra seja constante entre nós com toda a sua riqueza. E este envolvimento com a Palavra resultará na exortação mútua com toda a sabedoria. E o convite de Paulo para nós é que na inspiração da graça cantemos a Deus de todo o coração salmos, hinos e cânticos espirituais. E tudo quanto fizermos, por palavra ou por obra, deve ser em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.
Como se dá essa prática numa comunidade para viver tanto tempo unida?
Através da amizade e convivência diária. Esta palavra foi usada por Jesus na sua última e longa conversa com seus discípulos quando disse que não os chamava de servos, mas de amigos porque o que tinha recebido do Pai dava a eles a graça de conhecer.
Amizade está relacionada com o fato de viermos uma realidade que nos é comum. Essa amizade se expande pela troca de idéias, troca de histórias de vida e coração.
Vivemos num tempo que a palavra amizade tem sido desconstruída por palavras impessoais que começam a dominar a vida. A desconstrução passa pelas palavras: consumo, cliente, marketing, carros, viagens, lazer, ego, individualismo, computador e etc.
Na igreja, a amizade tem que ser resgatada dia-a-dia. Não podemos oferecer o Evangelho através da amizade como um produto que satisfaz nossa necessidade ou que nos tira da vida cheia de tédio. Temos que oferecer o Evangelho com uma amizade gerada por renúncias, por histórias contadas e compartilhadas. Vidas unidas no propósito de anunciar através da comunhão o Reino de Deus, que nos transforma e nos une cada vez mais na cruz de Jesus de Nazaré.
Amizade é algo singular mesmo na vida. Ela nos convida a trocar uma briga por um bom beijo. Ela nos convida a trocar a indiferença por um pouco de atenção! Ela nos convida a abrir mão de interesses em favor das necessidades do próximo.
Que o eterno Deus nos ajude a viver com Salmos, hinos e cânticos espirituais por meio de amizade e da convivência mútua!

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Alcindo Almeida

Ouça esta canção do Logos

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O que é humildade?

Em 1908, o escritor inglês G. K. Chesterton descreveu o embrião da cultura que hoje chamamos de pós-modernismo. Este já é um termo desgastado. Algum dia, os leitores o pesquisarão em um livro de História. Uma das características de seu “relativismo vulgar” (conforme o chama Michael Novak) é o erro grave de tomar a palavra arrogância para referir-se à convicção e humildade para referir-se à dúvida. Chesterton viu a chegada do pós-modernismo:
O que sofremos hoje é de humildade no lugar errado. A modéstia se afastou do setor da ambição e se estabeleceu na área das convicções, o que nunca deveria ter acontecido. Um homem devia mostrar-se duvidoso a respeito de si mesmo, mas não a respeito da verdade; isto foi invertido completamente. Hoje, aquilo no qual o homem confia é exatamente aquilo em que ele não deveria confiar — nele mesmo.
Aquilo que ele duvida é exatamente o que ele não deveria duvidar — a razão divina... O cético moderno propõe ser tão humilde que duvida se pode aprender... Existe uma humildade característica de nossa época; acontece, porém, que ela é uma humildade mais venenosa do que as mais severas prostrações dos ascéticos... A velha humildade fazia que o homem duvidasse de seus esforços, e isto, por sua vez, o levaria a trabalhar com mais empenho. Mas a nova humildade torna o homem duvidoso a respeito de seus alvos; e isto o faz parar de trabalhar completamente... Estamos a caminho de produzir uma raça de homens tão mentalmente modestos que serão incapazes de acreditar na tabuada de multiplicação.
Vemos isso, por exemplo, no ressentimento para com os crentes que expressam a convicção de que os judeus (como as outras pessoas) precisam crer em Jesus, para serem salvos. A reação mais comum a esta convicção é que os crentes são arrogantes.
A humildade contemporânea está firmemente arraigada no relativismo que evita conhecer a verdade e especificar o erro. Mas isto não é o que a humildade costumava significar.Se a humildade não é aquiescência às exigências populares do relativismo, então, o que é humildade? Isto é importante, pois a Bíblia diz: “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pe 5.5); e: “Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado” (Lc 14.11). A humildade, portanto, é sobremodo importante. Deus nos diz pelo menos cinco coisas a respeito da humildade:
1. A humildade começa com um senso de submissão a Deus, em Cristo. “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor” (Mt 10.24). “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus” (1 Pe 5.6).
2. A humildade não sente que tem o direito de receber melhor tratamento do que o tratamento dado a Jesus. “Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?” (Mt 10.25.) Por conseguinte, a humildade não paga o mal com o mal. Não é uma vida baseada nos direitos percebidos. “Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos... quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente” (1 Pe 2.21-23).
3. A humildade afirma a verdade não para apoiar o “eu” com o domínio e triunfos dos debates, mas como um serviço prestado a Cristo e expressão de amor para com o adversário. O amor “regozija-se com a verdade” (1 Co 13.6). “O que vos digo às escuras... Não temais” (Mt 10.27,28). “Não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus” (2 Co 4.5).
4. A humildade sabe que depende da graça de Deus para conhecer e crer. “Que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?” (1 Co 4.7.) “Acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma” (Tg 1.21).
5. A humildade sabe que é falível; por isso, reflete sobre o criticismo e aprende dele. Mas também sabe que Deus fez provisão para a convicção humana e nos convoca a persuadir os outros. Agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido (1 Co 13.12).O sábio dá ouvidos aos conselhos (Pv 12.15).
Conhecendo o temor do Senhor, persuadimos os homens (2 Co 5.11).

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Extraído do livro: Penetrado pela Palavra - John Piper

A humildade e fraqueza de Davi como servo de Deus


- Textos da reflexão: E quanto a mim, hoje estou fraco, embora ungido rei; estes homens, filhos de Zeruia, são duros demais para mim. Retribua o Senhor ao malfeitor conforme a sua maldade (II Samuel 3.39).

Na semana passada ouvi uma reflexão pelo Pr. Ariovaldo Ramos no encontro da Sepal. Ele falou sobre o perdão que sustenta o mundo. E uma frase que me marcou demais foi: Somos a obra de Deus e deveríamos andar com uma placa: Estou em obras, desculpe o transtorno.
Quando leio o texto de II Samuel 3, que retrata a história de Davi e Abner quando se encontraram para fazerem aliança de paz, eu percebo claramente um homem em construção na presença do eterno Deus.
O texto mostra que esta ação deixou o seu comandante Joabe irado e ele questionou a atitude do rei, deixando Abner ir embora livremente. Joabe não se conformava e se retirando de Davi, envia os mensageiros atrás de Abner, que o fizeram voltar do poço de Sira, sem que Davi o soubesse.
E o texto diz que quando Abner voltou a Hebrom Joabe o tomou à parte, à entrada da porta para lhe falar em segredo e ali, por causa do sangue de Asael, seu irmão, o feriu no ventre, de modo que ele morreu.
Davi quando o soube este caso rasgou as vestes, cingiu-se de sacos e pranteou diante de Abner. Davi chorou junto da sepultura de Abner. Davi fala do príncipe que caiu e demonstra a sua humildade e simplicidade como rei de Israel. Ele demonstra a sua fraqueza como homem mesmo sendo o mais poderoso da nação de Israel.
Davi não é soberbo, ele não é orgulhoso como rei, ele se humilha, ele reconhece que se Deus não o dirigir na vida, ele cometerá loucuras como esta feita por Joabe.
Davi diz que é fraco mesmo sendo o grande guerreiro de Israel. Mesmo sendo o grande vitorioso ele reconhece que sua sabedoria, sua preparação como guerreiro de Deus não são suficientes para lidar com a fragilidade humana.
Ele entende que o homem comete deslizes terríveis e demonstra assim, a sua fraqueza, a sua limitação. Ele percebe que foi traição o que Joabe fez. Matou alguém por vingança. Joabe encheu o coração de ódio e se vingou com as próprias mãos. Nisto Davi vê a fragilidade humana e se comporta com humildade diante de Deus e de todos os homens dizendo: hoje estou fraco, embora ungido rei.
Davi é rei da nação, mas se considera fraco por causa da compreensão da natureza humana corrompida. Ele sabe do que o homem é capaz de fazer. Por isso, ele entrega a causa para Deus, ele entrega esta questão terrível para o seu Senhor.
Como precisamos compreender a nossa fragilidade humana, o quanto somos vulneráveis, o quanto falhamos diante de Deus. Mesmo que tenhamos força humana, sabedoria humana e todos os recursos que podemos ver na terra, somos fracos e limitados. Somos inclinados a fazer coisas que entristecem ao nosso Deus.
Davi tem consciência disto e demonstra a sua humildade diante de Deus quando afirma que é fraco, frágil e limitado.
Deus exalta os que se colocam nesta posição de fraqueza, mas a Bíblia diz que ele humilha os que não são humildes.
Cuidado com a nossa vida, não achemos que somos fortes e independentes de Deus. Sem Deus agindo na nossa vida, somos os mais vulneráveis e os mais limitados nesta vida.
Só com a ação de Deus é que nossa humildade vem e reconhecemos que somos fracos e dependentes dele para tudo. Reconhecemos que somos uma obra em construção para que sejamos humildes e sensíveis diante do eterno Deus! (
Alcindo Almeida)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Será no sábado: Lançamento do meu novo livro no Encontro UMP SP

______________________________________________________ ALMEIDA, Alcindo. Alegria verdadeira - Livro de Filipenses. Série Intimidade com a Palavra. São Paulo: Fôlego, 2010.

Alcindo foi muito feliz quando abordou as marcas da verdadeira alegria na elaboração desta obra. Não podia ser o contrário. Primeiro, porque ele foi beber na cacimba da alegria. Esta carta delicia qualquer peregrino exausto. Quando eu ando meio jururu, então está na hora de saborear água fresca neste manadeiro da excelência gozosa. Assim, freqüentemente, eu preciso retornar à meditação desta Epístola recheada de regozijo para me restaurar. Segundo, Alcindo é um discípulo desta escola jubilosa, evidenciando no seu estilo os traços de uma pessoa bem-aventurada (Glenio Fonseca Paranaguá Mendigo-padrão da Casa da Aba).

Preletor: Rev. Danillo Dourado - Pastor da igreja Presbiteriana Hebrom de São Paulo.
Louvor: Ministério Tempo para Tudo e Grupo Nikadiskim.
Local: Auditório Rui Barbosa – Campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Data: 22.05.2010
Horário: 15:00 horas
End: Rua Itambé, 135 – Higienópolis – São Paulo/SP.
Conto com a sua presença lá!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Começando a jornada certa


- Texto para reflexão: Davi ia-se engrandecendo cada vez mais, porque o Senhor Deus dos exércitos era com ele (II Samuel 5.10).
Interessante que o homem do Século XXI é extremamente soberbo. Ele herdou a ideia do humanismo mesmo. Ele se acha o centro de tudo, ele se acha totalmente capaz e se basta.
O homem acha que com dinheiro pode tudo e conquista tudo. O homem deste século pensa que está aqui para consumir e aproveitar a vida do jeito que bem entender. A tônica é consiga tudo o que puder. Quando perguntaram para o famoso humanista, John D. Rockefeller: Quanto dinheiro é suficiente? Ele foi mais honesto do que qualquer homem jamais havia sido e respondeu: Somente um pouquinho mais.Quando lemos a história deste jovem rei de Judá, percebemos uma tônica diferente. Ele tem um processo marcante na sua vida. Ele começa a sua jornada da vida de maneira absolutamente profunda. Ele é guiado pelo Senhor, o Deus eterno é com a sua vida. Ele não é dirigido pelo humanismo que anula a soberania de Deus.
O texto mostra que Davi se torna grande, se torna alguém que marca a sua geração não porque seja bom e tudo mais. Não! Ele recebe a bondade e cuidado de Deus emprestados na sua vida para ele ter grandeza no seu reinado.
Deus é com este moço para fazer a sua obra. E ele compreende por graça o propósito de Deus na sua vida. Davi entende que o Senhor o confirmara rei sobre Israel e que exaltara e reino dele por amar do seu povo Israel. Davi consultou ao Senhor sobre a subida contra os filisteus. E o texto diz que Senhor lhe respondeu. Ele reconhece que Senhor rompeu os seus inimigos diante dele como as águas rompem barreiras. Neste capítulo diz que Davi fez tudo como o Senhor lhe havia ordenado. Por quê?
Porque Deus era com ele na sua jornada, Deus dirigia a vida deste moço. Deus fez este jovem prosperar espiritualmente, emocionalmente e na vida material. Deus era o centro do coração de Davi. E ele reconheceu isto, por isso consultava o Senhor em todos os momentos. Ia para uma guerra consultava ao Senhor. Ele queria seguir adiante na vida, pedia a direção do eterno e soberano Deus. Não é por acaso que Davi é tido como um homem segundo o coração de Deus. Porque ele tinha uma direção para vida: Deus.
Deus quer que tenhamos esta jornada certa na vida: Deus no centro do nosso coração. Deus controlando todos os passos da nossa vida. Fico maravilhado com as palavras do texto de Atos 13.36 referindo-se a Davi: Porque Davi, na verdade, havendo servido a sua própria geração pela vontade de Deus, dormiu e foi depositado junto a seus pais e experimentou corrupção.Davi serviu a sua própria geração segundo a vontade de Deus. E ele quer que sigamos a nossa jornada nesta perspectiva divina. Deus nos chama para uma jornada segundo a vontade dele e pronto.
Que ele nos dê graça na jornada cristã!

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Alcindo Almeida

terça-feira, 4 de maio de 2010

Trazendo cativo o pensamento à obediência de Cristo


- Texto para reflexão: E levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo; e estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência (II Cor. 10.5 e 6).

Há uma preparação da vida cristã que necessitamos ter. E na verdade, isto não é algo muito fácil porque temos de nos desprender das amarras mundanas que atrapalham a nossa comunhão com a Trindade.
Para se desprender das amarras mundanas é necessário entregar todo o nosso entendimento para Cristo e renunciar todas as artimanhas, todos os desejos pecaminosos nossos.
Precisamos de uma disciplina que é habitar na presença daquele que sempre nos pergunta em relação ao Seu Evangelho: vocês me amam? Precisamos renunciar a sabedoria humana pela graça de Deus e oferecemos nossa mente totalmente limpa para ser cheia do conhecimento de Cristo. Assim seremos exercitados para a obediência aos ensinamentos de Cristo.
A idéia da palavra - cativo - é a de ser preso. Paulo se sentia preso a Cristo e esta era a única forma de escapar das paixões humanas e suas propostas carnais. Como podemos trazer o pensamento cativo à obediência de Cristo?
Orando e lendo as Escrituras. Com a Palavra de Deus no coração temos forças pela graça para sermos prisioneiros de Cristo, servos de Cristo, obedientes a Cristo. Com a prática da oração dependemos mais de Cristo, nos refugiamos nele e confiamos mais na sua providência em nossa caminhada.
A urgência de sermos obedientes a Cristo é grande demais. Porque vivemos num mundo onde as pessoas querem andar por elas mesmas em função da sua própria mente e não pela vontade e querer de Deus.
Quando olhamos para os pais do deserto vemos homens que lutavam para levar Cristo a sério. Lutavam para ter uma vida verdadeira e que refletisse o caráter e a vida de Cristo. Eles voltavam o coração para a vida simples imitando a simplicidade de Jesus, eles buscavam diariamente um estado de transformação profunda. Eles buscavam uma vida de esvaziamento de si mesmos para servir a Cristo.
Penso que levar o nosso pensamento cativo é viver a importância da encarnação do Evangelho todo dia. É viver a presença do Espírito Santo em nosso coração todo tempo. Levar o nosso pensamento cativo é viver perdoando não somente sete vezes, mas setenta vezes sete.
Penso que levar o nosso pensamento cativo é viver a importância do caráter que reflete minimamente a pessoa de Jesus Cristo. Levar o nosso pensamento cativo é viver a importância da vida descendente que termina na cruz (NOUWEN, Henri. O perfil do líder no Século XXI. Editora Atos, 1993, p. 66).
Penso que levar o nosso pensamento cativo é viver a importância da renúncia diária do nosso ego, da nossa soberba. Tomando a nossa cruz todo dia, dizendo não para o pecado e sim para a pureza e retidão em Jesus de Nazaré.
Que o Senhor nos ajude a ter posturas como estas que nos levam a ter o pensamento cativo à obediência de Cristo sempre.

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Alcindo Almeida é um dos pastores da Igreja Presbiteriana da Lapa em São Paulo. Casado com Erika de Araújo Taibo Almeida e pai da pequena Isabella. É autor de várias obras literárias. Além disso, é diretor e membro fundador do grupo de apoio pastoral "Projeto Timóteo".