sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Leia estes livros preciosos....

1. LUCADO, Max. Graça para o momento. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. O livro tem vários pensamentos de textos bíblicos que nos convidam a ter uma experiência profunda com Deus e com a sua Palavra. O Livro é muito bom! Contém 400 páginas.
2. LUCADO, Max. Moldado por Deus. São Paulo: Vida Cristã, 2001. Lucado trabalha vários pensamentos sobre o moldar de Deus diário na nossa vida. O livro é bem gostoso de se ler. Contém 192 páginas.
3. HUNTER, James C. O monge e o executivo. Rio de Janeiro: Sextante, 2004. O livro trata sobre a vida de um homem que deixou um status extraordinário como executivo de uma Empresa excelente e foi viver num mosteiro simples. E lá aprendeu lições profundas para a sua vida. Contém 139 páginas.
4. JOYCE, James. Ulisses. O livro é bom e fala de um diálogo que Joyce propõe. Contém 859 páginas.

É bom esperar em Deus

Ler o texto de Lam. 3.25-26.
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Temos passado por lutas profundas na vida cristã. Temos visto pessoas enfermas no seu físico. Pessoas as quais amamos, com debilitações impressionantes e que machucam a nossa alma.
Temos visto pessoas passando por lutas financeiras, alguns que perderam o emprego e estão a mais de um ano sem qualquer perspectiva de sustento para o lar. Temos visto pessoas com problemas relacionais, pessoas que têm dificuldades para amar e perdoar.
Temos visto pessoas com dores que geram depressão, solidão, tristeza na alma. Pessoas que têm perdido queridos da família e estas perdas têm gerado dores em todos os sentidos.
O que podemos dizer e fazer diante de tantas situações e complicações assim na vida?
Creio que o profeta Jeremias pode nos responder o que devemos fazer diante destas crises e problemas diversos da nossa vida.
Ele nos ensina esperar em Deus. Ele nos ensina que devemos derramar a nossa alma perante o Altíssimo. Devemos aguardar a salvação no Senhor Deus em silêncio.
Só com esperança no eterno é que teremos condições de enfrentar as crises e dores da nossa vida. É impossível vermos o sofrimento e esperar a solução nas pessoas, no dinheiro, nas provisões materiais. Não dá, só em Deus é que podemos ter esperança para o amanhã.
No meio das lutas e tempestades da vida só temos condições de derramar a nossa alma diante daquele que nos conhece e sonda o nosso interior. Diante daquele que sabe o que é padecimento, diante daquele que sabe o que é dor, angústia e sofrimento. É na esperança nele que podemos passar pelos problemas e dores da vida desejando em silêncio, a salvação nele.
Neste Natal, lembre-se de que Deus é a nossa esperança, e só diante dele podemos derramar a nossa alma e aguardar a salvação em Jesus, o nosso verdadeiro Senhor e Salvador.
Pr. Alcindo Almeida

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

A vida humana é mais do que a parte física


- Texto para reflexão: Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?(Mt 6.25).

Como foi maravilhoso o tempo no passado. Não tínhamos tanta pressa para fazer as coisas. Chegávamos da escola e depois das tarefas íamos brincar na rua sem medo, sem temor e não precisávamos de celular para avisar aos nossos pais.
Não tínhamos computador e éramos felizes. Não tínhamos GPS e chegávamos aos lugares sempre. Parece que a tecnologia tem nos deixado mais burocráticos e menos simples. Mais líderes e menos servos.
Quem sabe não precisamos rever os conceitos e valorizarmos mais nossas famílias e nossos amigos! Parece-me que a tecnologia ao invés de somar, na verdade tem nos atrapalhado um pouco. Ela tem nos deixado frios ao mover de Deus e mais envolvidos com uma correria que visa mais o físico do que o espiritual. Daí nós dependemos mais dos recursos, do que daquele que proporciona os tais para nossa sobrevivência.
No texto de reflexão Jesus diz que não devemos andar ansiosos pela nossa vida. A idéia é de não se deixar descuidar quanto ao vestir, quanto ao comer e quanto ao beber. Porque Deus sabe que precisamos de todas estas coisas para o suprimento da vida. Mas, quando nós começamos a nos preocupar só com estas coisas, nos tornamos avarentos e nos esquecemos que Deus tem o controle de tudo em suas mãos.
O que devemos fazer é depender daquele que é o dono da vida, daquele que sustenta a nossa vida. Assim, ele suprirá toda e qualquer necessidade. Pois, a Bíblia diz que ele suprirá todas as nossas necessidades em glória por Cristo Jesus.
Nós queremos viver uma vida espiritual tranqüila? Lembremos de que a nossa vida vale muito na presença de Deus Pai. Isto dá segurança para a sobrevivência, pois sabemos que nos dará provisão para a vida.
Há uma relfexão de John Sott quando ele comenta sobre o contexto de Mateus. Ele afirma:


“É uma pena que, nas igrejas, esta passagem seja freqüentemente lida isoladamente, fora do seu contexto. E, assim, o significado do Por isso vos digo introdutório se perde completamente. Portanto, devemos começar relacionando este "por isso", com o ensinamento que levou Jesus a esta conclusão. Antes de nos convocar a agir, ele nos convoca a pensar. Convida-nos a exa­minar clara e friamente as alternativas que foram expostas, pesando-as cuidadosamente. Queremos acumular tesouros? Então qual das duas possibilidades é mais durável? Queremos ser livres e objetivos em nossas atividades? Queremos servir ao melhor dos senhores? Então devemos considerar qual é o mais digno da nossa devoção. Apenas depois que tivermos assimilado em nossas mentes a durabilidade comparativa dos dois tesouros (o corruptível e o incorruptível) e o valor comparativo dos dois senhores (Deus e Mamom), estaremos prontos a fazer a escolha” (STOTT, 1981, p. 75).

Que a escolha pela graça de Deus seja pelo incorruptível que nos faz investir não aqui, mas na eternidade. E quando investimos no eterno, pensamos mais em Deus e nas pessoas do que em coisas!

Pr. Alcindo Almeida



STOTT, John. Contracultura cristã. A mensagem do Sermão do Monte. São Paulo: ABU Editora, 1981.

Quando você estiver diante de Deus estabeleça a prioridade da reverência e da adoração


- Texto para reflexão: “Guarda o pé, quando entrares na Casa de Deus” (Eclesiastes 5.1).

Guardar o pé no contexto era um costume oriental que denotava respeito e reverência - referência física à retirada das sandálias, como sinal de respeito ao local que está sendo pisado. Nas Escrituras vemos essa realidade no incidente de Moisés perante a Sarça Ardente (Ex. 3.5) e quando Josué encontra o Anjo, no cerco de Jericó (Js 5.15). É verdade que Deus é onipresente. O mundo pertence a Deus. Nesse sentido, todo lugar é sagrado, mas Deus nos ensina, em sua palavra, que alguns lugares são mais simbólicos de sua presença - daí a necessidade de reverência em sua casa, na igreja. Não pelo prédio em si, mas pelo o que ele representa. Salomão como o grande construtor da casa de Deus (Templo em Jerusalém) entende que devemos nos aproximar de Deus com santidade, com pureza e reverência na vida. Quando estamos diante de Deus não podemos tratar a sua casa de maneira superficial. Cuidado com a sua dedicação a ele. Não ofereça qualquer coisa, não venha adorar de qualquer jeito. Salomão nos adverte para termos a reverência quando vimos à casa de Deus. Moisés e Josué tiveram posturas de verdadeiros adoradores diante do soberano criador. Como você quer se comportar em 2007 no sentido de reverência diante de Deus? Como nos comportaremos na adoração diante do eterno?Lembrem-se de que a verdadeira liturgia de adoração de uma comunidade é quando ela está sendo formada pela Escritura em cada item dela. E a tarefa de uma liturgia bíblica é seguir os textos das Sagradas Escrituras (PETERSON, p. 88). A verdadeira liturgia de adoração de uma comunidade é quando ela respeita e preserva a apresentação das Sagradas Escrituras no contexto da adoração e da obediência que está no centro de tudo o que Deus já fez, está fazendo e ainda fará (PETERSON, p. 89).Salomão afirma de maneira profunda para nós: Guarda o pé, quando entrares na Casa de Deus.

Pr. Alcindo Almeida

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Não nos apeguemos ao terreno que é transitório



Salomão afirma em Eclesiastes 1.1-10:
Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém. Vaidade de vaidades, diz o pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade. Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol? 4 Uma geração vai-se, e outra geração vem, mas a terra permanece para sempre. O sol nasce, e o sol se põe, e corre de volta ao seu lugar donde nasce. O vento vai para o sul, e faz o seu giro vai para o norte; volve-se e revolve-se na sua carreira, e retoma os seus circuitos. Todos os ribeiros vão para o mar, e, contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios correm, para ali continuam a correr. Todas as coisas estão cheias de cansaço; ninguém o pode exprimir: os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir. O que tem sido, isso é o que há de ser; e o que se tem feito, isso se tornará a fazer; nada há que seja novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Você, isto é novo? Ela já existiu nos séculos que foram antes de nós.

Vejam o que Salomão afirma: Vaidade de vaidades, diz o pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade. Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?
O que significa vaidade?
Significa a palavra sopro, um bafo de vento, nada. O bafo de um vento vai e vem. Assim é aq vida humana na perspectiva do sábio homem de Deus. A vida é vã e inútil no sentido de duração. E tudo que a vida humana conquista de material, na hora da morte nada se leva e nada se aproveita.
Vejam as palavras de Salomão como fazem sn etido para nossa reflexão. Ele diz que uma geração se vai e outra geração vem, mas a terra permanece para sempre. O homem passa, mas a terra permanece. Ele diz que o sol nasce e o sol se põe, e corre de volta ao seu lugar donde nasce. Ele diz que o vento vai para o sul e faz o seu giro vai para o norte; volve-se e revolve-se na sua carreira, e retoma os seus circuitos. Ele diz que todos os ribeiros vão para o mar e, contudo, o mar não se enche; ao lugar para onde os rios correm, para ali continuam a correr.
Ele afirma que todas as coisas estão cheias de cansaço; ninguém o pode exprimir: os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
Já parou para pensar neste discurso? Uma geração vai-se e outra geração vem. Todos nós passaremos nesta vida. Não tem jeito a dar. Um dia a morte nos pegará em algum momento da vida. Então pensemos nas buscas e correrias que temos na vida?
Trabalhamos 10 horas, 15 horas, corremos para ganhar dinheiro e mais dinheiro. E o que vale tudo isto?
Nada, nada, nada porque uma geração vem e vai.
Na primeira metade de Mateus 6.1-18 Jesus descreve a vida particular do cristão "no lugar secreto" (dando, orando, jejuando); na segunda parte- nos versículos 19 a 34 ele trata dos nossos negó­cios públicos no mundo (questões de dinheiro, de propriedades, de alimento, de bebida, de roupa e de ambição). Os mesmos contrastes poderiam ser expressos em termos de nossas respon­sabilidades "religiosas" e "seculares".
Esta diferença é enganosa porque não podemos separar estes dois aspectos em compartimentos herméticos. Se somos cristãos, tudo o que fazemos, por mais "secular" que pareça (como fazer compras, cozinhar, fazer cálculos no escritório, etc), é "religioso", no sentido de que é feito na pre­sença de Deus e de acordo com a sua vontade.
Uma ênfase de Jesus neste capítulo é exatamente sobre este ponto, que Deus está igualmente preocupado com as duas áreas da nossa vida: a particular e a pública; a religiosa e a secular. Pois, de um lado, "teu Pai celeste vê em secreto" (versículos 4, 6, 18) e, de outro, "vosso Pai celestial sabe que necessitais de alimento, bebida e roupa" (versículo 32).
Na verdade, Jesus mostra alternativas diante de nós em cada estágio. Há dois tesouros (na terra e no céu, vs. 19-21), duas condições físicas (luz e trevas, vs. 22, 23), dois senhores (Deus e as riquezas, versículo 24) e duas preocupações (nosso corpo e o reino de Deus, versículos 25-34). E não podemos pôr os pés em duas canoas!
Como lidar com a realidade material e espiritual?
Qual a nossa verdadeira vocação na vida? Onde podemos achar tranqüilidade de mente para poder escutar a voz de Deus que chama? Quem pode guiar-nos através do labirinto interior dos nossos pensamentos, emoções, e sentimentos? Estas e muitas outras indagações semelhantes expressam um profundo desejo de viver uma vida espiritual, mas ao mesmo tempo uma grande obscuridade sobre seu significado e prática (NOUWEN, 1984, p. 3).
Diante desta realidade encontramos um texto no Sermão da Montanha que pode fazer novas todas as coisas com relação ao futuro, com relação à nossa existência, com relação à nossa sobrevivência. Um texto que nos ajuda a entender que a nossa meta não está nas coisas daqui, não está neste mundo passageiro, e sim na perspectiva do eterno. Está na perspectiva do Reino de nosso Pai. Está em depender tão somente da ação dele, da vontade dele, do bom prazer dele. Um texto que nos ajuda a não nos envolver com a questão valor material que tanto tem levado os crentes de hoje a dar muito valor para a estética, para os valores externos mais do que os interiores. Um texto que nos ajuda a perceber que temos nos distanciado das coisas de Deus. Pois, a busca por coisas da terra, faz com que invistamos menos tempo na causa do nosso Deus.
NOUWEN, Henri. Cartas a Marc sobre Jesus. São Paulo: Loyola, 1999.
Alcindo Almeida

Cumpirmentos pelos dez anos de ministério pastoral

ALCINDO, PARABÉNS PELOS DEZ ANOS DE MINISTÉRIO. VOCÊ É UMA BÊNÇÃO! QUE O SENHOR DA SEARA LHE MANTENHA FIEL E ABENÇOADO!

DEUS SEJA LOUVADO PELA SUA VIDA!
UM ABRAÇO DO SEU MANO
GIBA

Prezado Pr. Alcindo!
Parabéns por esta vitória!
Ontem comemoramos 42 anos de existência da Igreja Presbiteriana de Viçosa, com um almoço muito gostoso.
Que Deus continue nos abençoando,
Daniela - Revista Ultimato

Que o Senhor, nosso Deus, te dê 10, e mais 10, e mais 10 anos nesta tua jornada pastoral.

Um ab.
Edmilson.

Boa tarde, Pr. Alcindo,
Parabéns pelo aniversário de ministério. Desejo e oro que Deus o abençoe ricamente e lhe dê vida longa e abençoada no ministério (ou até quando Jesus voltar), para honra e glória do nosso Deus. E, que sua esposa possa acompanhá-lo, em alegria e apoio, durante a caminhada!
Fraternalmente em Cristo,
Marilene - Editora Fiel




Parabéns! Fico feliz por sua conquista.
Não estarei em SP mas desejo que a celebração seja repleta de boas lembranças e da presença do Senhor!
Magno Paganelli


Meu querido irmão, que Deus continue abençoando seu ministério, sua vida e sua família. Continue vivendo na dependência do Pai, pois Ele irá te usar ainda mais.
Medite no Salmo 90:17
Parabéns pelos 10 anos de ministério!!!
De seu "mano" e amigo,
Gilberto Barbosa - IP Brasilândia.


Que na presença de Deus todas as dificuldades e alegrias se repitam, para que na medida em que vc vivenciar dificuldades aprenda cada vez mais depender do Senhor e nos momentos das alegrias, que vc aprenda a louvar ao Senhor, e que outros dez venham e aconteçam na absoluta certeza de que se Deus é por nós, quem será contra nós?
Um bj no coração seu amigo e irmão
Nersão - IP Cuiabá.

Querido irmão,
Parabéns por sua década ministerial.
Queira Deus possa existir outros pastores e colegas comovocê, servindo de inspiração constante para todos nós.
Que o Senhor continue te abençoando grandemente.
Abraços,
Elizier - Aldeia da Serra.

Parabéns, Pastor Alcindo!!!
10 anos é um bom tempo!!
Que Deus continue abençoando e te dê sustento para no mínimo mais 10 anos!
Abraços!
Jacqueline Nogueira
secretaria@chacaraprimavera.org.br

Pastor Alcindo
Que Deus continue lhe abencoando e lhe mais 10 X 10 ANOS A MAIS.
FICO CONTENTE QUE HÁ HOMENS DE DEUS QUE AINDA PERSISTEM.
UM GRANDE ABRACO E FIQUE COM DEUS.
PR. MARCOS - IGREJA BATISTA DE JD MAUA.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Dez anos de pastorado




Pela graça de Deus, neste domingo comemorarei na presença dele 10 anos de pastorado. Na celebração de domingo a noite farei menção rápida de como tem sido na vida estes 10 anos de alegria, preocupações, derrotas e vitórias, tempestades e tempos de alívio, conversões e abandonos. Estes 10 anos com certeza foram tempos de aprendizado e muita dependência do eterno e soberano Deus.

Venha celebrar comigo este momento.

Dia 26/08/2007 - 18:30 na Igreja Presbiteriana de Pirituba.

Uma Paixão pela Supremacia de Deus (Texto de John Piper)


reflexão: “Pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra... Tudo foi criado por meio dele e ele” (Cl 1.16)
As Escrituras não poderiam ser mais claras. Tudo existe para Cristo, para magnificar nas mentes das pessoas o seu valor, a sua verdade, a sua grandeza. Esta verdade fundamental é o ponto de partida para que se possa verdadeiramente compreender a vida. Se perdemos este ponto, perdemos todo o restante. Se o estabelecermos corretamente nas nossas cabeças e nos nossos corações, nossas vidas se tornarão naquilo que foram destinadas a ser – ou seja, uma demonstração neste mundo da beleza, do valor e da grandeza de Deus.
Isto nos leva a uma conclusão muito simples: se quisermos que nossas vidas sejam aquilo que Deus planejou que fossem, no mundo e na igreja, precisamos realmente conhecer a Deus. A maioria das pessoas não trazem à sua vida uma visão muito grande de Deus – de quem ele é, como é e como age. Na verdade, não há praticamente visão alguma de Deus na nossa sociedade. Fora das paredes da igreja, ele é simplesmente ausente e assustadoramente ignorado.
Você fica espantado ao se levantar de manhã, abrir o jornal, e encontrar uma seção enorme sobre esportes, porém nenhuma intitulada “Deus”? Provavelmente não, porque está tão acostumado à negligência de Deus na nossa sociedade. Estamos totalmente adaptados à ausência do temor de Deus na televisão, na imprensa, no mundo da publicidade.
Que milagre! Esquecemo-nos de Deus, entretanto ainda estamos respirando ao invés de sermos esmagados sob a ira eterna! De forma inacreditável, provavelmente ainda vamos acordar vivos amanhã de manhã. “Ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons.” Pasme-se e admire!
Na igreja também, ao invés da nossa visão de Deus ser grandiosa, é desprezível; em vez de ser central, é secundária; vaga quando deveria ser clara, impotente em vez de ser determinante, insípida no lugar de ser encantadora; e tudo isso de tal forma que o conceito de se viver para a glória de Deus passou a ser um pensamento sem conteúdo. As palavras podem sair das nossas bocas, mas pergunte ao cristão normal o que sabe a respeito da glória deste Deus para quem pretende viver, e a resposta será extremamente breve.
Nossas igrejas não estão cheias de Deus nem das particularidades da sua glória, só transmitem as mais inócuas generalidades. O resultado é que as pessoas não estão cheias das coisas que realmente deveriam causar impacto:
· A glória de sua eternidade que ultrapassa a capacidade da nossa mente ao pensar que ele não tem começo nem fim;
· A glória de Seu conhecimento que faz a maior biblioteca do mundo parecer uma caixinha de fósforos e a Física Quântica semelhante a uma cartilha de primeiro ano;
· A glória de Sua sabedoria que nunca pôde ser aconselhada por homem algum, nem jamais poderá ser;
· A glória de Sua autoridade sobre céu, terra e inferno, sem a qual nenhum homem ou demônio pode se mover por um centímetro que seja;
· A glória de Sua providência, sem a qual nenhum pássaro cai no chão em parte alguma do mundo, nem fio de cabelo em cabeça alguma se embranquece;
· A glória de Sua palavra que sustenta todo o universo e todos os átomos e galáxias que nele estão;
· A glória de Seu poder para andar sobre a água, curar os enfermos, acalmar as tempestades, ou levantar os mortos;
· A glória de Sua pureza, de nunca haver pecado ou ter abrigado sequer uma atitude perversa ou pensamento malicioso;
· A glória de Sua fidelidade, de jamais ter quebrado sua palavra ou ter deixado uma única promessa cair no chão;
· A glória de Sua justiça, de considerar todas as dívidas morais do universo quitadas, seja na cruz ou no inferno;
· A glória de Sua paciência, para suportar a lentidão na santificação de John Piper;
· A glória de Sua obediência de servo, para abraçar a dor mais excruciante já concebida pela humanidade;
· A glória de Sua ira que um dia será revelada com tal força que homens, mulheres e crianças pedirão que pedras os esmaguem para não precisarem olhar no rosto do Cordeiro;
· A glória de Sua graça que justifica os ímpios;
· A glória de Seu amor que faz tudo isto por nós enquanto ainda somos pecadores.
Enquanto você não tiver uma paixão pela supremacia de Deus, sua vida não poderá ser vivida para a glória de Deus.
Enquanto as particularidades dos atributos de Deus não forem compreendidas, ao invés de serem meramente generalizadas, enquanto ele não for apresentado como magnificamente mais atraente do que qualquer outra coisa no mundo, nenhum de nós poderá viver uma vida para a glória de Deus, porque ninguém o conhecerá. Alguns talvez cheguem a usar a terminologia certa, mas não o verão em verdade. Não poderão falar dele para seus filhos, para seus vizinhos, ou para seus cônjuges, porque não haverá conteúdo em todas suas grandiosas palavras.
A missão que constitui a razão da minha existência é espalhar uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas, para que todos tenham a única verdadeira alegria. Se eu cair morto, morrerei executando a minha missão. Se eu viver mais vinte anos, espero que no final ainda esteja cumprindo esta missão. Penso que é por isto que você existe também. Você não precisa usar minhas palavras, mas é por esta razão que todos nós estamos neste planeta Terra. A menos que partilhe desta paixão pela supremacia de Deus, sua vida não será para a glória de Deus.
Deus é mais glorificado em nós quando nós estamos mais satisfeitos nele.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Está consumado!


- Texto para meditar: João 19:30 - Max Lucado
Há vários anos atrás, Paul Simon e Art Garfunkel nos encantaram com uma canção de um menino pobre que foi para Nova Iorque em sonho e caiu vítima da vida cruel da cidade. Sem dinheiro, tendo apenas estranhos como amigos, ele passava os dias "escondido, procurando os lugares mais pobres onde os mendigos vão, buscando pontos que só eles conhecem ".[1]
É fácil imaginar esse jovenzinho de rosto sujo e roupas velhas, procurando trabalho e não encontrando. Ele se arrasta pelas calçadas, lutando contra o frio e sonhando em ir para algum lugar "onde os invernos da cidade de Nova Iorque não me façam sangrar, levando-me para casa".
O garoto pensa em desistir. Em voltar para sua cidade. Desistir — algo que nunca pensou que pudesse fazer.
Mas no momento em que pega a toalha para atirá-la ao ringue, encontra um boxeador. Lembra-se destas palavras?
No espaço vazio se acha um lutador profissional levando com ele cada golpe que que o cortou até que gritasse de ira e vergonha – "Vou embora, vou embora!" mas o lutador permanece mesmo assim.[2]
"O lutador permanece." Existe algo magnético nessa frase. Ela soa autêntica.
Os que permanecem como o lutador são uma espécie rara. Não quero dizer necessariamente vencer, mas apenas permanecer. Ficar agarrado ali. Terminar. Não ir embora até que seja feito. Mas infelizmente muitos poucos de nós fazem isso. Nossa tendência humana é desistir cedo demais. Nossa inclinação é parar antes de cruzar a linha de chegada.
Nossa incapacidade de terminar o que começamos é vista nas menores coisas:
Um jardim com metade da grama cortada.Um livro lido pela metade. Cartas começadas, mas inacabadas. Um regime posto de lado. Um carro sobre cavaletes.
Ou se mostra nos pontos penosos da vida: Uma criança abandonada. Uma fé vacilante. A pessoa que muda sempre de emprego. Um casamento falido. Um mundo não evangelizado.
Estou tocando em algumas feridas abertas? Há qualquer possibilidade de estar me dirigindo a alguém que esteja considerando desistir? Se estou, quero encorajar você a permanecer. Quero encorajá-lo a lembrar a determinação de Jesus na cruz.
Jesus não desistiu. Não pense, porém, nem por um minuto, que não foi tentado a fazê-lo. Observe como ele estremece ao ouvir seus apóstolos caluniarem e discutirem. Olhe para ele quando chora junto ao túmulo de Lázaro ou quando se lamenta ao agarrar-se ao solo de Getsêmani.
Ele jamais quis desistir? Claro que sim!
Essa a razão pela qual suas palavras são tão esplêndidas. "Está consumado."
Pare e ouça. Você pode imaginar o grito da cruz? O céu está escuro. As outras duas vítimas gemem. As bocas zombeteiras se calaram. Talvez haja trovões. Talvez choro. Talvez silêncio. Jesus inala então profundamente, empurra os pés sobre o prego romano e grita: "Está consumado!"
O que estava consumado?
O plano da redenção do homem, longo como a história, estava consumado. A mensagem de Deus para o homem havia terminado. As palavras de Jesus como homem na terra não mais se repetiriam. A tarefa de escolher e treinar embaixadores terminara. O trabalho estava terminado. A canção fora cantada. O sangue derramado. O sacrifício feito. O aguilhão da morte fora removido. Tudo acabara.
Um grito de derrota? Dificilmente. Se as suas mãos não tivessem sido pregadas, ouso dizer que um punho triunfante teria sido levantado para o céu escuro. Não, não foi um grito de desespero. Mas de realização. Um grito de vitória, de cumprimento. Também um grito de alívio.
O lutador permaneceu. E agradecemos por tê-lo feito. Graças a Deus que Ele suportou.
Você está prestes a desistir? Não faça isso. Está desanimado como pai? Fique firme. Está cansado de fazer o bem? Faça apenas um pouco mais. Está pessimista em relação a seu emprego? Arregace as mangas e persevere. Não existe comunicação em seu casamento? Dê-lhe mais uma injeção. Não consegue resistir às tentações. Aceite o perdão de Deus e continue em frente. Seu dia está cheio de tristeza e desapontamentos? Seus amanhãs estão-se transformando em "nuncas"? A esperança é uma palavra esquecida?
Lembre-se, quem persevera não é aquele que não apresenta ferimentos nem está cansado. Pelo contrário, ele, como o lutador de boxe, está cheio de cicatrizes e sangrando. Estas palavras foram atribuídas a Madre Teresa: "Deus não nos chamou para ser bem-sucedidos, mas fiéis." O lutador, como nosso Mestre, foi traspassado e está cheio de dores. Ele, como Paulo, pode ter sido até algemado e açoitado. Mas permanece, persevera.
A Terra Prometida, diz Jesus, aguarda os que perseveram.[3] Ela não é apenas para aqueles que alcançam a vitória ou bebem champanhe. Não, de modo algum. A Terra Prometida é para aqueles que simplesmente permanecem até o fim.
Vamos perseverar.
Ouçam este coro de versículos destinados a dar-nos poder para manter-nos firmes:
Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.[4]
Por isso restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos retos para os vossos pés, para que não se extravie o que é manco, antes seja curado.'[5]
E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.'[6]
Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.'[7]
Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.'[8]

Obrigado, Paul Simon. Obrigado, apóstolo Paulo. Obrigado, apóstolo Tiago. Mas, obrigado mais que tudo ao Senhor Jesus, por nos ensinar a perseverar, a nos manter firmes e, no final, a terminar.
1. “The Boxer” por Paul Simon (c) 1968.2. Idem.3. Mateus 10:224. Tiago 1:2,35. Hebreus 12:12,136. Gálatas 6:97. 2 Timóteo 4:7,88. Tiago 1:12

Lucas 15: Uma parábola da espiritualidade cristã - O Pai


“O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;...porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”. (Lc.15:22 e 24)

Henri Nouwen diz que quer você seja o filho mais moço, ou o mais velho, você precisa compreender que é chamado a se tornar pai.
Uma das maneiras mais intensas de refletir a imagem e semelhança de Deus, é caracterizar a minha vocação e o meu pastorado através da paternidade. Por sua vez, esse processo tem o seu ponto de partida na volta para casa, no encontro com o verdadeiro eu, num abraço carinhoso do pai.
É interessante notar que a diferença entre o filho mais velho e o mais novo, é que o primeiro, saiu de casa permanecendo nela. O seu ressentimento, a vida construída pelo desempenho caracterizam essa realidade. O pai recebe tanto o irmão mais novo, quanto o mais velho. Ele faz isto com amor incondicional. A realidade é que, ambos precisavam voltar para casa.
Uma expressão que me chama atenção, é dita pelo filho mais novo, ao resolver voltar para casa. Ele não volta para ser filho, ele volta para ser empregado. O amor incondicional de seu pai, não é uma realidade para ele, pelo menos até aquele momento. Do mesmo modo, ao chamar o pai de injusto, o irmão mais velho utiliza como plataforma relacional, o desempenho e não o amor. Fiz tanto por você e você nunca me recompensou. Em ambos os casos, o pai convida seus filhos a voltar para a segurança do lar, isto pela estrada da graça e do amor incondicional.
Vazio existencial apesar da agenda cheia, aridez apesar das conquistas e ressentimento, amargura e comparação, são realidades das pessoas que eu e vocês pastoreamos. O nosso trabalho pastoral é conduzi-las de volta para casa, de volta ao criador.
ORAÇÃO: Pai a cultura, a igreja, os modelos tentam me convencer que eu devo ser um gerente, um gestor ou um messias. Me ajuda a entender a minha vocação pastoral.. Me ajuda a ser como o Senhor. Me ajuda a ser pai e orientador espiritual da minha comunidade.

Roberto Ferreira / verão de 2.004
Pastor em Bragança Paulista

Em Cristo Deus nos torna seres relacionais e não seres isolados na vida


- Texto para reflexão: É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais (Eclesiastes 4.9).
Há uma frase de Aristóteles que nos leva a refletir seriamente sobre amizade. A frase diz assim: "Amigos verdadeiros são um refúgio seguro". (MAXWELL, John C. O valor de uma amizade. São Paulo: United Press, 2006, p. 44).
Salomão fala agora da miséria que governa o mundo (CHAMPLIN, 2005, p. 2716). Salomão fala que olha de novo para toda a injustiça que existe no mundo. Ele afirma que vê muitos sendo explorados e maltratados. Esses choram, mas ninguém os ajuda. Salomão chega a uma conclusão: os que morreram são mais felizes do que os que continuam vivos. E são mais felizes do que todos os que ainda não nasceram e que ainda não viram as injustiças que há no mundo. Mas, Salomão detecta algo que predomina como individualismo na vida humana. No versículo quatro ele afirma que descobriu por que as pessoas se esforçam tanto para ter sucesso no seu trabalho. É porque querem ser mais do que os outros. E ele diz que tudo isso é ilusão. É tudo como correr atrás do vento.
Isso tem a ver com algo chamado competição, rivalidade, a produção na vida não é por uma razão nobre e sim para ultrapassar outros homens. E nessa perspectiva Salomão dirá que descobriu que na vida existe mais uma coisa que não vale a pena: é o homem viver sozinho, sem amigos, sem filhos, sem irmãos, sempre trabalhando e nunca satisfeito com a riqueza que tem. E no final do versículo oito ele afirma que isso é ilusão e uma triste maneira de viver. Então Salomão nos ensinará como devemos olhar para a vida comunitária. Como devemos viver de maneira alegre. Como devemos encarar o outro que está ao nosso lado e como devemos investir nas amizades de maneira sincera e leal.
Salomão afirma no versículo nove: É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais.
Surge uma pergunta para o nosso coração: o que significa a encarnação de Jesus?
É o caminho da descendente em que Deus vem até nós para se tornar humano como nós. E uma vez entre nós desceu ao desamparo total dos condenados à morte. Cada fibra do nosso ser é resgatada com a encarnação de Jesus aqui na terra (NOUWEN, Henri. Cartas para Marc. São Paulo: Loyola, 1999, p. 39). Antes o homem era um indivíduo egoísta e fechado em si mesmo. O homem não tinha referencial de pessoalidade integral. Ele era movido por uma essência de puro individualismo. Daí Deus envia o seu próprio Filho para nos ensinar o que significa ser pessoa. Ser pessoa significa ter o outro ao nosso lado, significa construir como reflexo da própria Trindade um caminho do companheirismo, no qual seres humanos podem alcançar uma vida de comunhão e celebrá-la na presença do criador com alegria e regozijo no coração.
A proposta de Salomão é a da cruz de Jesus. Ele não viu a cruz, mas ele já entendia o significado dela. A proposta da cruz é: É melhor haver dois do que um.
A solidão é estancada quando vem a cruz de Jesus porque nela ele reúne um povo para ser pessoal e amoroso. Um povo para não andar só e sim ao lado do outro. A cruz nos convida para a relação a dois, a três. A cruz nos conduz para esse caminho que nos faz somar juntos, nos faz andar na conquista do outro. Esse é o ideal de Deus para nós quando nos casamos. Sermos um na unidade e no relacionamento. Esse é o ideal de Deus na vida da igreja porque essa prática destrói a inveja, a disputa. Porque a luta é para dois e não para um só. Na vida relacional é lucro é para dois e não para o individualismo carrasco que traz tristeza. Na vida relacional é necessária a idéia de ajuda mútua porque sozinho o homem pode falhar, mas com o outro a possibilidade de vitória é maior, a possibilidade do sucesso é muito mais marcante do que só.
O individualismo traz um sucesso solitário enquanto que o relacionamento na comunidade traz alegria e ações de graças diante do criador. A cruz de Cristo é o grande elo para percebermos que é melhor sermos dois do que um. Cristo nos mantém unidos e nos faz voltar para a centralidade para a qual fomos criados: seres pessoais, seres relacionais. É melhor serem dois na vida da IPP do que um. Os irmãos não trabalham para uma causa chamada de individualismo. Trabalham por uma causa chamado Reino e Reino é sempre relacional.
Temos na nossa comunidade uma Associação Beneficente chamada de: Betsaida. Entendemos que a existência dela é para dois e não para um. O trabalho missionário da nossa comunidade (Grupo de Apoio Missionário - GAM) é para dois e não para um. Saibamos dessa realidade para pensarmos nos projetos de Deus para a vida comunitária. Não vivamos sozinhos na vida, mas na perspectiva da cruz que abraça, que ajunta e que faz ter mais de um. É vida de companheirismo que o Deus da relação nos chama a viver.


Alcindo Almeida
IGREJA PRESBITERIANA DE PIRITUBAR.

Um coração que ora e trabalha na vida


Texto para refletir: Neemias 4.1-9

Os homens segundo o coração de Deus têm traços de caráter sério e comprometido com a oração e trabalho no Reino de Deus. Um homem segundo o coração de Deus é aquele que anseia por agradar a Deus, é aquele que possui um coração que obedece (GEORGE, Jim. Um homem segundo o coração de Deus. São Paulo: United Press, 2005, p. 46). O texto de Atos 13.22 afirma que Davi fazia a vontade de Deus porque tinha um coração voltado para Deus.
Quando olhamos para o servo de Deus chamado Neemias, percebemos que ele é um homem que possui uma visão do coração voltado para Deus. E uma visão requer iniciativa e no Reino de Deus temos que fazer acontecer as coisas com todas as nossas forças. Uma visão requer integridade, isto é, viver uma vida pautada pela fé se lembrando de que Deus nos julga pelos valores do coração, os valores invisíveis, do fundo do nosso ser.
Vejam que Neemias tem uma visão de Deus. A visão é a de reconstruir os muros e a cidade de Jerusalém. Neemias não é isento do sofrimento na visão de Deus. E na sua trajetória de obedecer à visão de Deus, há ataques para ele desanimar na obra que intenta fazer na presença de Deus.
Quero compartilhar sobre como devemos nos portar para levar a sério a visão de Deus e a obediência com um coração sincero e verdadeiro diante dele. Um coração que opa e depende de Deus para tudo.
Tenhamos tempo com Deus:
O texto afirma que Neemias foi orar quando estava em desprezo. Ele no meio das dificuldades da vida ela conversou com Deus. Quando olhamos para o capítulo 1.4, Neemias se prepara na presença de Deus para depois ir falar com o rei Artaxerxes sobre a situação do seu povo. Invista tempo com Deus; Salomão tinha tempo com Deus; Davi tinha tempo com Deus; Salomão tinha tempo com Deus; Davi tinha tempo com Deus; Salomão tinha tempo com Deus; Ana tinha tempo com Deus; Moisés tinha tempo com Deus; Maria tinha tempo com Deus. Se você não tiver tempo com Deus, sua vida espiritual será uma derrota.
Seja corajoso e firme na batalha no Reino:
O texto afirma no versículo 6 que eles edificaram o muro e se fechou até metade. Porque o povo tinha ânimo para trabalhar. Por que desanimamos na vida?
Por que não levamos a sério a vida de dedicação a Deus?
Neemias não para, ele vai em frente na batalha pela conquista dos ideais de reconstruir o muro. Sejamos valentes e não desistamos. Deus está ao nosso lado como esteve com o povo na travessia do mar Vermelho.
Como permanecer firme e corajoso na vida espiritual?
Comece no lugar onde está;
Dê ênfase para as prioridades na vida;
Faça uma lista, uma agenda de oração diária na vida;
Lembre-se de que a oração é um dos itens mais importantes para uma vida de coragem e firmeza.
No versículo 9 Neemias e o povo busca coragem na oração. Eles trabalham a noite inteira, eles têm armas nas mãos para fortalecer a jornada, nas antes eles oram a Deus.
Quando somos homens segundo o coração de Deus ninguém nos resiste. Deus estará sempre nos levando na sua graça.
Que o eterno Deus nos ajude a entender estas verdades.

Alcindo Almeida
IGREJA PRESBITERIANA DE PIRITUBAR


terça-feira, 21 de agosto de 2007

Tudo tem seu tempo determinado por Deus


- Texto para reflexão: Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu (Eclesiastes 3.1).

Somos pessoas medrosas. O medo atrapalha a nossa vida, ele nos faz agir com o desejo de querer controlar tudo com forças sem necessidade. O medo nos deixa perturbados e muitas vezes raivosos com Deus e com as pessoas (NOUWEN, 1996, p.11). Porque as questões da vida não acontecem como queremos e essa realidade produz cada vez mais medo. Quando não entendemos os acontecimentos da vida como um plano e direção do criador, passamos por momentos de escuridão e depressão profunda na alma. O medo gera escravidão e barra a compreensão que tudo na vida tem um propósito. Salomão nos ensina verdades sobre o tempo de Deus para tudo na vida.
Salomão defende a tese de que Deus tem o controle de tudo nas suas mãos. Tudo faz parte da providência eterna e imutável de Deus (3.14). Salomão ensina que todos os tempos estão nas mãos do eterno Deus. A história do mundo é um ciclo de eventos todos controlados pelo eterno Deus (CHAMPLIN, 2005, p. 2713). Vocês já pararam para avaliar que é mais fácil passar o tempo todo preocupado com os assuntos urgentes do que começar a viver realmente na perspectiva da vida segundo a direção de Deus? Vocês já perceberam que vivemos em busca do tempo?
Vivemos em função do cotidiano e nos esquecemos que há o Deus soberano que controla o tempo e é Senhor absoluto dele. Já paramos para pensar que Isaías fala do Deus soberano que trabalha para aquele que nele espera? Pensamos na realidade do Deus que tem o controle absoluto de cada detalhe da nossa existência?
Salomão afirma que tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. Há tempo para toda ação e acontecimento da nossa vida. Deus tem preparado todos os atos da nossa história em suas mãos. Salomão entende com a sabedoria recebida que Deus fez o tempo para o homem e não o homem para o tempo (Ler o Livro A nuvem do não saber). O tempo é nosso escravo e não nós dele.
Quando andamos nessa perspectiva entendemos que Deus fez o tempo para nos servir e daí não precisamos ficar correndo, correndo e de maneira desesperada tentar desenhar os passos da nossa trajetória. Não, não precisamos disso, Deus tem o tempo dele para todos os atos da nossa vida e história. Deus tem o controle de tudo. Como diz o salmista Davi, todos os nossos dias estão contados quando nenhum deles ainda havia. Se tudo está debaixo da autoridade do Deus soberano por que somos tão desconfiados e tão descrentes na ação e providência do nosso Deus? Se Deus é Senhor do tempo e o usa para o desenrolar da nossa história, por que somos tão escravos do tempo.
Porque ainda não aprendemos a viver a realidade de Eclesiastes 3.1: "Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu".
Alcindo Almeida
IGREJA PRESBITERIANA DE PIRITUBAR.


Já tem a II Edição do livro Silenciando o coração diante do Pai

ALMEIDA, Alcindo. 2007. Silenciando o coração diante do Pai. Nele, o autor discorre sobre dois grandes princípios de Deus: como Ele gerencia a nossa vida através de seus propósitos e como nos responsabilizamos como eleitos, em cumprir sua vontade. “Sinceramente, duvido que alguém leia este livro e não pare para refletir a respeito de como anda, com o que sonha e quais são as motivações e projetos que deveriam comandar e dar razão à sua alma e coração. Isto pelo fato desta obra tratar exatamente sobre assuntos que têm a ver com a nossa vida prática, com a nossa devoção, com os nossos valores, com a nossa ética e com a nossa santidade. Coisas que devem ser governadas em nossa vida pelo profundo senso de reverência e dependência de Deus que precisamos ter, resgatar e até mesmo desenvolver em nossa caminha cristã” (Nelson Gonçalves Abreu Junior).

XVII Conferência Missionária da IP Pirituba

Tema: “Missão Integral: um chamado à consciência”
21/08/07: Reunião de Oração 20:00 - Anderson Venâncio - A consciência sobre missão de Jesus.
26/08/07 - Sérgio Moreira - A consciência sobre missão na igreja de Atos.
Pr. Aroldo Ribas – Cidadania (Contexto Social) Experiência com a Betsaida.
Comemoração dos dez anos de pastorado do Pr. Alcindo
28/08/07: Reunião de Oração 20:00 Pb. Levi OliveiraA visão de Missão no campo profissional.


Não deixe de participar deste tempo precioso e agende estas datas!
IGREJA PRESBITERIANA DE PIRITUBA Rua Joaquim de Oliveira Freitas, 2466e-mail:
ippba@terra.com.br
Site: www.ippirituba.org.br

Somos uma comunidade para viver em unidade


- Texto para Reflexão: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (João 13.35).
Há um comercial extraordinário da Caixa Econômica Federal. Há deficientes físicos correndo numa pista. E de repente um cai e se machuca. Os que estão lá na frente voltam e pegam este rapaz e todos
cruzam a linha de chega juntos e o lema é: "ninguém vence sozinho". Já dizia J. Vanier que viver com é diferente de fazer para (VANIER, 1983, p.128). Isto é o que significa a palavra discipulado: é viver com o outro na gratuidade, na verdade mútua, no exercício dos dons, na prática sincera e verdadeira do amor. Jesus nos convida para ser uma comunidade da unidade não da separação, dos próprios interesses. Ela não é uma comunidade que fica estática e não é um fim em si mesma. Ela é a comunidade dinâmica de Deus para mostrar ao mundo o que significa a amor de Deus na vida.
A condição para sermos conhecidos como discípulos de Jesus é nos amarmos CHAMPLIN, Vol. II, p. 517). Do contrário, não tem como sermos conhecidos como tais que seguem a Cristo. Não tem como dizermos que servimos a Cristo e não amamos aos irmãos. A comunidade de Jesus é reconhecida por uma vida em comum de pessoas que se amam e têm confiança mútua para discipular outros nesse caminho de amor e graça. A vida comunitária é então o lugar onde se descobre a fraqueza humana do ser e se aprende a assumi-la (VANIER, 1983, p.14). E essa prática só é fato numa comunidade por causa desse elemento chamado: amor.
Quando uma comunidade vive de si para o lado ela não exclui ninguém, ela passa do egoísmo para o amor, da morte para a vida. Ela começa a aprender que não é um ninho de cobras e sim, a casa de Deus, a casa do discipulado do amor. Ela passa a viver o amor de Cristo não na perspectiva da competição, não como um sentimento a ser desenvolvido, mas como uma atenção séria para o outro como um reconhecimento de uma aliança que Deus fez conosco por amor de cruz. É a idéia de Paulo em Filipenses 2.1 a 5 quando ele diz: Portanto, se há alguma exortação
em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão do Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, completai o meu gozo, para que tenhais o mesmo modo de pensar, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, pensando a mesma coisa; nada façais por contenda ou por vanglória, mas com humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo; não olhe cada um somente para o que é seu, mas cada qual também para o que é dos outros. Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus.
Rick Warren no seu livro Uma vida com propósito diz que a comunhão verdadeira é das pessoas numa comunidade é aquela que as torna autênticas, onde encontram a arte de dar e receber, onde encontram compaixão, onde as pessoas podem partilhar vida, alegria e dor (WARREN, 2002, pp. 122,123).
Há uma frase de George Washington Carver:
"Seja bom com os outros. A distância que você caminha na vida dependerá da sua ternura com os jovens, da sua compaixão com os idosos, da sua compreensão para com aqueles que lutam, da sua tolerância com os fracos e os fortes. Porque algum dia na vida você poderá ser um deles" (HUNTER, 2004, p. 85).
Que a graça de Deus seja sobre nós para que aprendamos a amar como ele nos ama em Cristo Jesus.

Pr. Alcindo Almeida

CHAMPLIN, R. N. Comentário de João. São Paulo: Candeia, Vol. II, 1995.
MENDES, Naamã. Igreja: lugar de vida. São Paulo: Betânia, 1992.
RABEY, Lois & Steve. Lado a Lado–um manual de discipulado. Rio de Janeiro: Textus, 2004.
VANIER, Jean. Comunidade, lugar do perdão e da festa. São Paulo: Paulinas, 1983.
WARREN, Rick. Uma vida com propósito. São Paulo: Vida, 2002.
WILLARD, Dallas. Conspiração Divina. Rio de Janeiro: Textus, 2002.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

XVII Conferência Missionária da Igreja Presbiteriana de Pirituba

Tema: “Missão Integral: um chamado à consciência”

Dia 18/08/07: Sábado– 19:00 hs - Pr. Ricardo Costa. Ele é pastor na IP Chácara Vinhedo. Ele trabalhará o tema: Igreja, um projeto para todos e com todos

Dia 19/08/07: 9:00 horas - Pr. Laércio da Igreja Presbiteriana deo Parque São Domingos. O seu tema será: Missão diante do impacto ambiental.

Dia 19/08/2007: às 18:30 - Pr. Rogério da Igreja Congregacional de São miguel Pasulista. Ele falaará sobre: Missão porque e para quê?

Não deixe de participar deste tempo precioso e agende estas datas agora.
IGREJA PRESBITERIANA DE PIRITUBA
Rua Joaquim de Oliveira Freitas, 2466

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As ações do Cordeiro de Deus




- Texto para reflexão: Pois o Cordeiro de Deus que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima (Ap. 7.17).

Eugene Peterson diz que são as visões verdadeiras, não as ilusões, que fazem as coisas acontecerem (PETERSON, 2005, p. 70). Não é uma ilusão que o Cordeiro de Deus se encontra no trono. Não é uma ilusão que o Cordeiro de Deus apascenta e nos guia as fontes de água vivas. Não é uma ilusão que o Cordeiro de Deus se encontra no trono enxugará toda lágrima dos olhos.
Deus nos amou em Cristo Jesus, ele deu o seu Filho para tomar o nosso lugar na cruz do Calvário. Com o seu sangue precioso ele nos comprou para a vida. A Palavra em clara em afirmar que ele nos tirou do império das trevas e nos transportou para o Reino de seu Filho. O Cordeiro de Deus fez tudo isto por amor e graça. Agora o Cordeiro de Deus se encontra assentado no trono e faz as seguintes ações em favor daqueles que ele mesmo comprou:

1. Ele nos apascenta sempre: ele nos acorda todas as manhãs, desperta os ouvidos para escutar os seus ensinamentos profundos como pastor da nossa alma. Como Davi expressa no Salmo 23.1, o Senhor é a sua primordial providência na vida e portanto, nada lhe faltará seja de bom ou de ruim. Davi diz nos vers. 2 e 3: Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha alma.... Davi expressa o descanso total que há para a sua vida em Deus, quando ele diz que o Senhor o faz repousar em pastos verdejantes, ou seja, apriscos que eram preparados em pastagens de terrenos férteis, nos quais pudesse se proteger do calor do sol. Uma ovelha numa pastagem desta, não sofreria nenhum cansaço. E quanto a guiar à águas tranqüilas Davi quer expressar que não é um lugar onde há correntezas fortes que impedem as ovelhas de beberem água, e descansarem de maneira tranqüila. Então, ele como ovelha do Senhor tem um lugar de tranqüilidade na presença de Deus e ali pode descansar e acompanhar o fluir suave das águas (CALVINO, 1998, pp. 512-513). Daí, Davi não tem falta alguma na sua vida, pois, toda a providência de cuidado da parte de Deus está na sua vida. Por isso, Davi diz que o Senhor restaura a sua alma. O Cordeiro nos apascenta em todo o nosso caminhar.

2. Ele nos guia para as fontes da água da vida: a mesma idéia do Salmo 23 é enfatizada aqui. O Cordeiro nos guia para um tempo de refrigério, um tempo de descanso em sua presença. Quando Jesus se encontra com a mulher samaritana ele pede água para beber. Ela então questiona e diz que Jesus sendo judeu pede de beber uma mulher samaritana. E Jesus diz a ela que se tivesse conhecido o dom de Deus e quem era o que pedia água, ela teria pedido e ele daria água viva. E na conversa com ela, Jesus diz em Jo. 4.14: Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna. A resposta imediata daquela mulher foi: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la. O Cordeiro nos guia para as fontes porque ele é a própria fonte. É dele que vem a água que sacia a nossa sede espiritual, é dele que vem a fonte para nos alimentarmos de maneira perfeita e absoluta. Ele nos comprou para alimentar o nosso ser com a água que traz vida eterna para sempre.

3. Ele enxugará toda lágrima dos olhos: com a visão do Cordeiro em nosso coração percebemos que a vida humana depende totalmente de Deus. Não podemos dar um passo sem a direção dele. Por isso, só ele pode enxugar as lágrimas dos olhos. Só ele pode entender a dor de uma mãe que perde o seu filho ainda jovem. Só ele pode entender a dor de um filho que perde o seu pai antes de vê-lo com a vida formada. Só o Cordeiro de Deus pode enxugar as lágrimas daquela moça que sofre com um tumor no seu corpo e ninguém mostra cura. Só o Cordeiro de Deus pode enxugar as lágrimas daquela senhora que vê o seu netinho enfermo num leito de hospital. Só o Cordeiro de Deus pode enxugar as lágrimas de todos nós. Sabem por quê?
Porque ele nos comprou na cruz do Calvário com o seu sangue precioso.


Alcindo Almeida

A Palavra de Deus penetra o nosso coração


- Texto para reflexão: Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração (Hb. 4.12).

O que significa viver no segredo da face de Deus, viver imerso na presença de Deus? O que significa ouvir a voz do eterno em nosso coração? Onde podemos ter exortação, correção e encorajamento para viver em dias tão complicados e corridos?
Com toda a certeza a resposta destas perguntas está na Palavra de Deus, na própria voz de Deus por meio da Escritura. Então, o que ela é para nós?
1. A Palavra de Deus é viva e eficaz: Agostinho diz que da cidade santa Deus enviou carta para os seus servos: as Sagradas Escrituras. Elas tratam do nosso coração porque elas são vivas e ativas em nosso interior. A Palavra de Deus aplica o seu poder na vida dos eleitos com o fim de provocar reconhecimento da verdade que está contida nela. A Palavra de Deus é aplicada em nós para que jamais fujamos da graça de Deus. A Palavra de Deus é aplicada em nós para que vejamos de fato o quanto ela é poderosa e ativa.
2. Ela é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes: por ela ser tão poderosa e eficaz é mais cortante do que qualquer espada. Ela atua de maneira restringente até na vida daqueles que não a respeitam, daqueles que não andam com Deus. Ela penetra o coração do ímpio mostrando juízo. Ela faz a sociedade viver de maneira mais temente. Ela faz com que a violência seja menor na vida das pessoas. Ela faz com que as pessoas se respeitem mais. A Palavra vai na vida das pessoas por meio do senso de religião que Deus colocou em todos os seres humanos. Então, a Palavra é proclamada a fim de produzir um corte no coração para que a vida seja mais digna e mais respeitada. Na época uma espada só cortava de um lado. O poder da Palavra é tão forte que ela é como uma espada que corta dos dois lados (CALVINO, 1997, 112).
3. Ela penetra até a divisão de alma e espírito, de juntas e medulas: a Palavra de Deus é poderosa para verificar todas as afeições do nosso coração. Tanto as intelectuais como as emocionais. A idéia de divisão de alma e espírito, de juntas e medulas é que ela testa a alma toda de um ser humano. Ela explora todos os pensamentos e sonda toda a nossa vontade e desejos do nosso coração. Ela penetra as juntas expressando que não há nada oculto numa pessoa que ela não descubra. A Palavra sonda o coração da pessoa mais fechada do mundo. Ninguém é tão secreto que a Palavra não descubra os segredos. Ela vai lá no mais profundo do ser humano e desvenda os mistérios do coração.
4. Ela é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração: a Palavra é capaz de trazer à mente humana a luz do conhecimento. Não trevas que impeçam o penetrar da Palavra no coração humano. Às vezes, estamos tristes, desanimados e enganamos as pessoas que estão ao nosso redor, mas diante da Palavra que é apta para discernir tudo, não conseguimos. Porque ela dissipa tudo, descobre tudo, penetra todo o nosso ser. A Palavra de Deus descobre as angústias que afligem a nossa alma no mais profundo dela. Ela descobre os pensamentos impuros que nos afastam da graça de Deus. Ela descobre os planos horríveis que maquinamos contra o nosso próximo. Ela sabe de todos os pensamentos ruins que passam na mente e no coração. A Palavra vai lá dentro de nós mesmos e rasga a nossa alma com o seu poder. Ela averigua tudo, penetra tudo e discerni o que se passa dentro de nós. Por isso, a Palavra é viva e eficaz sempre na nossa vida porque ela vai no nosso íntimo e penetra em tudo o que somos e queremos fazer. Sendo assim, devemos louvar ao Senhor da Palavra que um dia a colocou em nosso coração para termos uma direção e um guiar da Palavra todos os dias da vida!


Pr. Alcindo Almeida

Cresça servindo as pessoas ao seu redor


Lembram-se de Davi? Ele cresceu na vida servindo ao seu próximo. Ele serviu Saul quando estava em aflição, serviu Jônatas na amizade e companheirismo. Ele serviu a cidade de Queila quando a defendeu, serviu Ziclague. E quando o filho do seu amigo estava sem nenhuma segurança. Davi o serviu de coração e por amor ao seu amigo Jônatas. Em II Samuel 9 Davi pergunta se resta ainda alguém da casa de Saul para que ele use de benevolência para com ele por amor de Jônatas. E Ziba servo da casa de Saul disse que ainda havia um filho de Jônatas, aleijado dos pés. Era Mefibosete que veio a Davi e, prostrando-se com o rosto em terra, lhe fez reverência. Davi disse a esse moço: Não temas, porque de certo usarei contigo de benevolência por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai; e tu sempre comerás à minha mesa.Encerro a reflexão de hoje com uma frase de George Washington Carver:
“Seja bom com os outros. A distância que você caminha na vida dependerá da sua ternura com os jovens, da sua compaixão com os idosos, da sua compreensão para com aqueles que lutam, da sua tolerância com os fracos e os fortes. Porque algum dia na vida você poderá ser um deles” (HUNTER, 2004, p. 85).
Que a graça de Deus seja sobre nós para que aprendamos a amar como ele nos ama em Cristo Jesus.
Alcindo Almeida

A dependência de Deus é essencial para a condução da nossa vida


- Texto para reflexão: João 17.1-26.
Em Is. 55.9 aprendemos que nem sempre os nossos pensamentos são os mesmos que o do Pai. Mas, na nossa oração queremos usar ao Pai para que tudo combine com o nosso próprio jeito, com o nosso próprio pensamento. Não sabemos submeter-nos ao Pai para tudo que acontece no dia a dia da nossa vida.
O Evangelho de João nos mostra que a vontade da Trindade é sempre compartilhada. E o que nos identifica como pessoas é a relação comunitária que existe na Trindade. Eu me relaciono logo existo, pois, o sentido da vida está na relação. Deus é o nosso Pai porque há um relacionamento entre ele, o Filho e o Espírito Santo. Esta é sem sombra de dúvidas a base para termos a paternidade dele. Isto ajuda-nos a compreender o propósito de Deus para o casamento, onde rompemos com o pai terreno, fato que ajuda-nos a assumir que somos a imagem não dele, mas do Pai Celestial, que somos criados à imagem e semelhança do nosso criador. Não podemos separar a oração da nossa vida emocional. Não é buscar novos métodos, mas é reconstruir as coisas que têm a ver com a imagem de Deus em nós. E dentro desta perspectiva não podemos nos esquecer de que antes de orarmos é Cristo que ora por nós. Ninguém conhece a Deus sem ter comunhão com ele. Portanto, o melhor teólogo de uma igreja é aquele que conduz-nos à comunhão com o Pai.
O papel do pregador que ocupa um púlpito é levar o povo de Deus a ter comunhão com Deus e com o próximo. É preciso resgatar a idéia nos nossos púlpitos, de que precisamos ter uma espiritualidade teológica com uma teologia espiritual. Não adianta eu pregar coisas que não levam o povo a ter uma comunhão com Deus Pai. Eu não posso ser um "Forest Gump" no púlpito e sim, um mensageiro verdadeiro das Escrituras que ensinam uma teologia totalmente espiritual. De que Deus quer ter comunhão com o seu povo e que o seu povo tenha comunhão entre ele mesmo. Isto sim, é ter uma espiritualidade teológica com uma teologia bíblica espiritual.
J. Bunner disse: "Orar é encontrar-se com Deus na plenitude de todas as coisas, pensamentos, emoções e atitudes".
A oração sem cessar tem uma relação sem interrupção com o Pai. A experiência da oração leva-nos a experimentar tanto os momentos de deserto na vida, como do jardim na vida. Na dependência de Deus para o sustento quando experimentamos o deserto da vida, a peneira de Deus, é que somos colocados no jardim do Pai, onde experimentamos o gozo inefável e a paz que nos leva à uma tranqüilidade sem par vinda dos momentos de oração a sós com o Pai.
Pr. Alcindo Almeida

Quem é e faz discípulos é uma pessoa que tem a beleza da humildade na vida

Quando olhamos para o próprio Senhor Jesus vemos que ele dizia que não queria a sua vontade, mas a do Pai. Isso é humildade e simplicidade no ser e fazer discípulo. E por isso, quando Jesus andava com o povo, todos diziam: Quem é este que tudo faz bem? Quando seguimos a Cristo temos a renúncia de ambições humanas, sentimentos, desejos, esperanças a fim de que os propósitos do Pai sejam realizados. A humildade é fato essencial para isto acontecer. Jesus renunciou absolutamente tudo por amor a nós. Ele foi de fato o discípulo da humildade. Ele serviu as pessoas como aquela mulher cananéia, mulher samaritana, mulher pecadora. Ele lavou os pés dos seus próprios discípulos. Ele veio para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. Ele não foi apenas o mestre dos discursos, mas o mestre da humildade. Cristo não se comportava nem como herói nem como anti-herói. Sua inteligência era ímpar. Seus comportamentos fugiam aos padrões do intelecto humano. Quando todos esperavam que falasse, ele silenciava. Quando todos esperavam que tirasse proveito de atos sobrenaturais que praticava, pedia para que as pessoas ajudadas por ele não contassem a ninguém o que havia feito. Ele evitava qualquer tipo de ostentação. Que autor poderia imaginar um personagem tão intrigante como esse? Na noite em que foi traído, facilitou sua prisão, pois levou consigo apenas três dos seus discípulos (CURY, 2005, p.15). Ele não quis que a multidão que sempre o acompanhava estivesse presente naquele momento. É incomum e muito estranho uma pessoa se preocupar com o bem-estar dos seus opositores e Jesus sempre se preocupou porque era humilde de coração. Como Augusto Cury diz no seu livro O mestre dos mestres:

“O mundo dobrou-se aos seus pés não pela inteligência dos autores dos quatro evangelhos, pois neles não há intenção de produzir um texto com grande estilo literário. O mundo o reconheceu porque seus pensamentos e atitudes eram tão eloqüentes que falavam por si só, não precisavam de arranjos literários dos seus biógrafos. O que chama a atenção nas biografias de Cristo são seus comportamentos incomuns, seus gestos que extrapolam os conceitos, sua capacidade de considerar a dor de cada ser humano mesmo diante da sua” (CURY, 2005, p.15).

Você quer ser um discípulo de Cristo? Cultive a beleza da humildade e as pessoas dirão: esse é parecido com Jesus Cristo. Vejam que Jesus nos fala que ele tem autoridade no céu e na terra. Portanto, ele é o cabeça da igreja e diz para ela ir na humildade porque notamos que os discípulos adoram primeiramente a Cristo.
Jesus envia a sua igreja como discípula dele para o mundo. Ele veio e viveu entre nós, agora volta para o Pai e continua sua missão através de nós. Como igreja devemos ir numa missão integral e como afirma René Padilha está missão é a de ser sal na terra e luz do mundo—uma presença comprometida e comprometedora (PADILLA, Renê. Missão integral: 1992, p. 209). A nossa missão é ir até as pessoas pregar o Reino, fazê-las discípulas dele, batizá-las inserindo a idéia de fazerem parte do corpo de Cristo. Ensiná-las a guardar tudo que Jesus nos mandou. E para isto temos que conhecer a Palavra dele. E nos lembrar sempre que ele estará conosco. Mas, notem que a expressão mais forte no texto é: fazer discípulos. E um detalhe importante no original grego é que o verbo está no particípio presente: ensinando (CHAMPLIN, p. 655). Então é um processo contínuo e não algo apenas feito num momento de celebração num culto. É algo feito na vida diária.
Pergunta-se: é fácil fazer discípulos? Jamais! É algo árduo e muito complicado porque envolve a idéia de ser modelo, de ser imitador do Cristo vivo. E daí a demanda é complicada demais. Na visão do Reino o discípulo se qualifica pela tradução na prática do ensinamento do mestre (FABRIS, 1990, p. 419). Mas, o texto é consolador para nós. Jesus diz que estaria conosco todos os dias. E estar conosco é um toque da graça para nos ajudar e ser imitadores dele todos os dias e manter viva a nossa consciência da missão.
Pr. Alcindo Almeida