quinta-feira, 28 de junho de 2007

Confiemos no Senhor em todos os momentos da vida

- Texto para reflexão: O Senhor era com José... (Gn. 39.2a)

Este texto de Gn. 39 fala que José agora está no Egito e vai parar na casa do capitão da guarda de Faraó, chamado Potifar. Diz também que o Senhor estava com José e lá foi varão próspero. José achou graça diante de Potifar de sorte que o colocou como chefe de tudo na sua casa. De maneira que Potifar foi extremamente abençoado por causa da presença do homem de Deus em sua casa. O Senhor abençoou a Potifar por amor de José.
José sabia muito que ele estava ali como escravo. Mas, o fato é que mesmo sabendo disso por inferência, dá a entender que José já estava guardando tudo aquilo no seu coração. E ele sempre confiava no Senhor seu Deus. Tanto que depois de ser chefe na casa de Potifar, ele foi parar na prisão com outros dois homens. Mas, ele sabia que ali dentro daquela prisão Deus estaria com ele. E lá José foi próspero também, pois o capitão da guarda o colocou como chefe dos presos. Lá ele interpretou dois sonhos: um do copeiro de Faraó e outro do padeiro de Faraó. José disse que o padeiro morreria depois de três dias e que o copeiro seria restaurado ao seu posto diante de Faraó. E José pediu para que o copeiro se lembrasse dele, mas ele não se lembrou. 
Depois de 2 anos Faraó teve um sonho das sete vacas gordas e sete magras. Mas nenhum adivinhador do Egito pôde interpretar o sonho. Aí o copeiro se lembra dos seus pecados e diz a Faraó que havia na prisão um jovem hebreu que interpretou os seus sonhos. E José estava lá na prisão durante esses 2 anos confiando no seu Deus. Faraó mandou chamar o jovem José.
Vemos a providência profunda do Deus da aliança quando o texto diz em Gn. 41.14: Então Faraó mandou chamar a José e o fizeram sair à pressa da masmorra; ele se barbeou, mudou de roupas, e foi apresentar-se a Faraó. E José mostrando a sua confiança em Deus responde a Faraó: Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó (Gn. 41.16). José disse a ele que o sonho acerca das 7 vacas magras e 7 gordas e as 7 espigas formosas eram 7 anos de fartura na terra e 7 anos de fome. Sendo assim, Faraó deveria escolher um homem capaz e entendido para preparar o suprimento para o povo do Egito durante os 7 anos de fartura. Faraó disse: Acharíamos um varão como este em quem haja o Espírito de Deus? (41.38).
E Faraó lhe deu o seu anel e o constituiu o governador do Egito.
Temos o exemplo precioso de um jovem que não se deixou levar pelas circunstâncias da sua vida. Ele foi humilhado pelos seus próprios irmãos que foram desumanos e maus para com ele. Ele foi vendido como uma mercadoria para os ismaelitas e agora está como escravo na casa de Potifar, não obstante, ele confia no Senhor. 
Depois ele vai parar numa prisão e lá ele continua confiando no Senhor, na sua direção e na sua providência. E agora, ele vê a mão do Senhor fazendo-o estar diante do rei do Egito e continua confiando no Senhor e diz para Faraó que o Senhor daria a resposta de paz a ele.
José teve uma experiência triste na vida, pois foi tirado do seu lugar de origem e isto deve ter trazido uma depressão profunda no seu coração. Ele está agora no Egito e quando tudo parece estar no controle ele é acusado de estupro de vai para na cadeia do Egito. Ele fica no meio de pessoas que foram condenadas por Faraó. Ele poderia muito bem amaldiçoar a sua história, a sua vida e o seu próprio Deus. Mas, ele não fez nada disso, ele confiou em Deus o seu Senhor.
Quando percorremos os capítulos sequentes da história de José vemos suas dificuldades aparecendo na vida. 
Ele está na prisão e recebe a graça de comandar tudo lá. O texto de Gn. 39.21 e 22 diz que ele recebeu graça e bondade da parte de Deus e o carcereiro lhe deu tudo em suas mãos. Mas, lá ele é aparentemente esquecido por 2 anos. 
Diante das adversidades da nossa vida nunca deixemos de confiar no Senhor. Na hora das estranhezas da nossa vida, não desistamos de depositar sempre a nossa confiança no Senhor.
Que digamos sempre como Davi: Deus meu, em ti confio, não me deixes confundido...(Sl. 25.2).

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Precisamos ser sinceros na oração diante do nosso Deus

- Texto para Reflexão:Até quando, ó Senhor, te esquecerás de mim? para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto? Até quando encherei de cuidados a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando o meu inimigo se exaltará sobre mim”? (Salmo 13.1-2).

A verdade é que não sabemos trabalhar com o sofrimento, com a dor. Não sabemos ser sinceros no clamor a Deus e não sabemos falar o que sentimos. Não sabemos falar com Deus na dor, para que ele seja o nosso amparo, abrigo e para que ele nos carregue em sua graça especial. Por isso, é muito difícil acontecer o que ocorreu com Davi na angústia deste Salmo. Ele foi sincero diante de Deus e abriu o seu coração, ele chorou diante de Deus. E mesmo diante da possível demora de Deus, ele aprendeu a louvar ao Senhor na dor, a celebrar e depender da graça de Deus em sua vida.
Neste Salmo vemos Davi abrindo o seu coração diante de Deus e expressando o seu sentimento de aflição, não só com a mais profunda angústia, mas também com um sentimento submerso num turbilhão de calamidades e uma multiplicidade de aflições. Assim, ele implora o auxílio e o socorro do Senhor seu Deus, pois, para Davi o único remédio para o seu coração é o Senhor (CALVINO, 1999, Vol. 1, p. 261).
Davi abre o coração diante do Senhor e indaga: Até quando, ó Senhor, te esquecerás de mim? para sempre?
Davi é cheio de inimigos ao redor de Judá, Davi no Salmo está em grande calamidade, ele está em grande tribulação de alma e chega a dizer com queixas que Deus o abandonou. E ele expõe isto diante de Deus com sinceridade. Ele diz para o Senhor se ele demorará tanto para ouvir a dor, o sofrimento terrível que Davi está passando.
Davi não esconde a sua dor e demonstra que ele não desacreditou das promessas de Deus. Por isso, ele pede a lembrança do Senhor para a sua vida, e isto o faz com sinceridade.
E ele continua expondo a sua dor diante de Deus dizendo: Até quando encherei de cuidados a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia?
Ele não quer mais consultar a si mesmo, ele não quer um remédio humano para a sua alma. Ele não quer firmar-se na segurança humana do seu coração. Pois, ele sabe que sendo assim, ele permanecerá inquieto e inseguro.
Ele quer uma resposta do alto, daquele que é o seu verdadeiro conforto para que os seus adversários não triunfem sobre ele vendo a sua possível miséria e desespero.
Aqui aprendemos com Davi o que significa ser sincero diante de Deus. Significa que não tornamo-nos falsos diante de Deus ao abrimos o nosso coração para ele, sem esconder a nossa insatisfação, sem esconder a nossa dor. Mas, o fato é que fazemos a nossa oração ao Senhor reconhecendo que só ele e mais ninguém pode resolver as dores do nosso coração.





sexta-feira, 22 de junho de 2007

Buscando o prêmio da soberana vocação em Cristo

- Texto para reflexão: “Prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus. Pelo que todos quantos somos perfeitos tenhamos este sentimento e se sentis alguma coisa de modo diverso, Deus também vo-lo revelará. Mas, andemos de acordo com o que já alcançamos” (Filip. 3.14-16).

Quando lemos este texto de maneira bem atenciosa percebemos que o apóstolo Paulo termina o vers. 16 dizendo: Mas, andemos de acordo com o que já alcançamos.
Nós alcançamos a bênção da salvação, da vida eterna que começa aqui na terra. Alcançamos a graça de sermos redimidos pelo sangue de Cristo Jesus. É exatamente este alvo do Reino de Deus que Paulo quer prosseguir e ganhar o prêmio como corredor celestial de Deus.
Pergunta-se: qual o alvo da nossa vida? As pessoas falam da seguinte maneira: Bem, eu preciso agradar a minha esposa com um carro novo. Eu quero comprar uma casa nova. Eu quero concluir a minha Faculdade. Eu quero entrar no MBA. Eu quero terminar meu curso de inglês. Eu quero finalmente comprar a casa de campo nova que minha esposa quer a dois anos.
Ah! Eu quero viajar para Paris e deste ano não passa. Daí vem o questionamento: o que sobrou como alvo no Reino de Deus? Nada!
Primeiro observamos e desejamos as coisas aqui da terra. Porque somos absolutamente materiais, terrenos e voltados para o terreno. Paulo não deseja as coisas da terra. Ele deseja Deus, deseja o Reino de Deus. A sua vocação é Cristo Jesus. O desejo de Paulo é desenvolver a sua salvação com temor e tremor (Filip. 2.12). Ele quer combater o bom combate com bom soldado de Jesus completando a sua carreira e guardando a fé (II Tm. 4.7). Ele quer receber a coroa da justiça. Ele quer o caráter de Cristo. Ele quer a salvação em Cristo Jesus. Ele quer o conhecimento de Deus. Ele quer viver no amor de Cristo. Ele quer a vocação celestial em Cristo Jesus. Não sua situação melhorada para o I Século. Não seus projetos humanos para o I Século da era cristã.
Paulo quer Cristo Jesus, a sua vocação é o Reino de Deus. Paulo tem um chamado: Jesus Cristo de Nazaré. Paulo quer o rumo, o alvo da vocação celestial que no grego significa: chamada para o alto. Ele quer ir morar na eternidade logo. E para isto ele não olha mais para trás. Ele olha para o que está diante dele. Só que o segredo é: em Cristo Jesus. Expressão que Paulo usa por 164 vezes em seus escritos (CHAMPLIN, 1995, Vol. 5, p. 53). Isto é tão forte em Paulo que no vers. 15 ele pede para os cristãos terem este sentimento, esta consagração na presença do Senhor.
Qual é o nosso alvo diante desta palavra de Paulo?
E o envolvimento total com o Reino de Deus? E a busca pelo eterno? E a oração? E o compromisso com a evangelização através da própria vida?
Os desafios são enormes e complicados, mas a graça de Deus nos sustentará para firmados e sustentados nele buscarmos o prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus.





terça-feira, 19 de junho de 2007

Nessa vida existe um tempo para cada momento

- Texto para reflexão: “Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou” (Eclesiastes 3.2).

Devemos saber o que estamos vivendo. Uma vida sobre a qual não refletimos não vale a pena ser vivida. Contemplar nossa própria vida pertence à essência do ser humano; pensá-la, discuti-la, avaliá-la e formar opiniões sobre ela. Metade da experiência do viver é refletir sobre o que se vive. Isto vale a pena? Isto é bom ou não? Isto é velho ou novo? O que significa tudo isso? A maior alegria, bem como a maior dor do viver, não vem apenas do que vivemos, mas ainda mais de como pensamos e sentimos o que estamos vivendo. Pobreza e riqueza, sucesso e fracasso, beleza e feiúra não são apenas fatos da vida. São realidades vividas de forma bastante diferente por pessoas diferentes, dependendo de onde estão situadas. Refletir é essencial para o crescimento, o desenvolvimento e a mudança. É o poder singular da pessoa humana (NOUWEN, Henri, Podeis beber do cálice. São Paulo: Loyola, 1999, p. 3).
O termo para a palavra tempo no hebraico é: ocorrência–evento específico que acontece dentro de uma estação determinada (CHAMPLIN, R. N. 2005, Vol. 4, p. 2713).
Salomão trabalha um jogo de oposições no texto. Então há um evento para nascer e outro para morrer. E isso nos ajuda a entender os limites da nossa humanidade. Podemos fazer tudo, mas o nosso tempo está determinado. Aliás, tem uma teologia chamado de Teísmo Aberto. Os adeptos dela dizem que construímos o futuro com Deus. Como podemos construir o futuro com o criador se somos seres finitos no sentido físico. O tempo não é nosso, ele tem um Senhor que está no trono e sabe exatamente o que acontecerá. Ele sabe quem nascerá e quem há de morrer. Assim não tem como construirmos a vida, o futuro e os acontecimentos porque não somos Deus.
Quando Salomão afirma que há tempo de nascer e tempo de morrer, ele mostra o quanto a nossa estrutura é fraca. Saibamos dessa realidade profunda para que não andemos em função dos nossos próprios propósitos (desejos, inclinações e intenções). Temos tempo de existência determinado pelo criador. Então vivamos na presença dele enquanto temos fôlego de vida. Vivamos de maneira tal que a cada dia glorifiquemos e exaltemos o seu nome. Vivamos de maneira tal que nos lembremos das palavras de Davi no Salmo 31.15: Nas tuas mãos estão os meus dias.
Salomão afirma em Provérbios 16.1-3: As pessoas podem fazer seus planos, porém é o Senhor Deus quem dá a última palavra. Você pode pensar que tudo o que faz é certo, mas o Senhor julga as suas intenções. Peça a Deus que abençoe os seus planos, e eles darão certo dentro do projeto e direção dele.

Pr. Alcindo Almeida

CHAMPLIN, R. N. Comentário de Eclesiastes. São Paulo: Hagnos, 2005, Vol. 4.
NOUWEN, Henri. Cartas a Marc sobre Jesus. São Paulo: Loyola, 1999.
__________________. Transforma meu Pranto em Dança. São Paulo: Textus, 2002.
__________________. Podeis beber do cálice. São Paulo: Loyola, 1999.
__________________. Sofrimento que Cura. São Paulo: Paulinas, 2001.
_______________. A Espiritualidade do Deserto e o Ministério Contemporâneo – O Caminho do Coração. São Paulo: Loyola, 2000.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

A graça de Deus é a marca da nossa vida



- Texto para reflexão: E por derradeiro de todos apareceu também a mim, como a um abortivo. Pois eu sou o menor dos apóstolos, que nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo (I Cor. 15.8-11).

Fenelon foi um conselheiro do padre Tronson. E ele também tenta ensinar o neto de Luís XIV, o Duque de Edimburgo, um garoto cheio de orgulho e arrogante como o seu avô, ele diz: Vê se lembra que você é o do presente da graça de Deus”. Diga para você mesmo eu sou, eu mesmo o presente da graça de Deus para mim. Ele me deu a mim mesmo (HOUSTON, 2003, 144).
Paulo afirma que Deus ordenou a sua vida muito antes dos seus pais o formarem. Temos de reconhecer que apesar de às vezes, nos desesperamos por causa das influências negativas que desgastaram, marcaram e aleijaram a nossa identidade, este não é o nosso último destino. Paulo afirma neste texto que embora seja convertido depois de ter feito coisas terríveis, como perseguir a igreja de Deus. Ele é um filho da graça de Deus, ele é um predestinado, eleito de Deus pela graça. Paulo nos diz que fomos predestinados em amor (Ef. 1.4). Nós fomos adotados para sermos um dos seus filhos através de Jesus Cristo de acordo com a sua boa vontade.
Lemos a história de Paulo para que nós entremos na história nós mesmos. Falar de uma história é falar de evento. E o evento de Deus na nossa vida é a sua redenção pela graça. E o propósito da história de Paulo é ser contada para ser repetida. Nós entramos dentro dela e a experimentamos em nós mesmos. Olhem que evento histórico profundo da redenção em Paulo:

1. Deus apareceu a ele como a um abortivo: a idéia aqui é nascido fora do tempo. É mais ou menos a mesma palavra que vemos no Velho Testamento: que do Egito eu chamei o meu Filho. Paulo é escolhido para ser um filho de Deus já depois de longa data e nem imaginaria que depois de perseguidor da igreja de Deus, seria considerado perseguido por causa do Evangelho da graça de Deus. Ele quer contar e repetir esta história da graça de Deus em sua vida. Ele não pode se calar porque isto é o poder de Deus em transformar um homem duro e insensível quanto ao Evangelho. Ele mostra que Deus não apareceu somente aos doze apóstolos no seu estado glorioso, mas também a ele na estrada de Damasco e isto lhe daria a graça de ter autoridade como apóstolo de Jesus Cristo. Paulo considera isto como graça de Deus marcante em sua vida. A sua transformação foi tão marcante e tão radical e gerou tanta transformação que parece ter sido fora do tempo (CALVINO, 1996, 452).
2. Ele se considerava o menor dos apóstolos: Paulo dizia que nem era digno de ser chamado apóstolo, porque perseguiu a igreja de Deus. Ele achava que não merecia esta condição de autoridade como servo de Deus porque foi o grande perseguidor da igreja. Ele presenciou a morte de Estevão, concordou com a morte de outros cristãos. E isto fazia com que Paulo se considerasse o menor diante de todos. Ele via tão somente a graça de Deus de maneira marcante em sua vida para fazê-lo apóstolo do Evangelho.
3. Pela graça de Deus ele foi escolhido: pela graça de Deus Paulo diz que era um novo homem. Pela graça de Deus ele foi vaso de honra e a esta graça para com ele não foi vã. Antes trabalhou muito mais do que todos. Mas, ele volta a afirmar que não foi ele, mas a graça de Deus que estava sempre com ele. É a graça que opera em Paulo, não é ele que trabalha sozinho, é a graça que faz tudo em Paulo, o capacita e traz os resultados do Evangelho usando-o como instrumento. A graça é a operação profunda de Deus para Paulo ser quem é.
A história da graça de Deus na vida é tão marcante que Paulo quer contar, contar e contar. Assim como Fenelon ensinou o neto de Luís XIV, o Duque de Edimburgo que ele era o presente da graça de Deus, nós devemos nos lembrar também que somos o presente da graça de Deus. Nada nos torna melhores ou significativos a não ser a graça de Deus. Somos o que somos pela graça. Somos escolhidos pela graça, temos saúde pela graça, temos fé pela graça, temos esperança na eternidade pela graça. Temos uma família pela graça de Deus que é marcante em nossa vida. Ainda respiramos, andamos, comemos pela graça de Deus. Somos do Evangelho pela graça, somos servos mesmo pecadores, tudo pela graça de Deus em nós!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Os estágios do amor sincero no Reino de Deus


- Texto para reflexão: “Nós o amamos porque ele nos amou primeiro” (I João 4.19).

Quando lemos a história do teólogo Bernard de Clarvourx vemos que possuía quatro estágios no seu amor a Deus. Ele é o grande teólogo do Século XII que nós poderíamos chamar do “teólogo do amor divino”. E ele diz que o primeiro estágio de amar a Deus é amar a Deus para nosso próprio bem. É o tipo de amor que Isaque tinha por Esaú que fazia sempre algo para ele. E nós podemos chamar isto “o amor pelo vidro de doce”. Quando o filho vê o vidro de doce e quer comê-lo e ele diz: “Mamãe eu te amo por causa do vidro de doce”. Então, Bernard de Clarvourx diz que “esse é um começo”, mas nós temos que ir muito mais fundo que isso. E o segundo estágio do amor a Deus é amar a Deus por ele mesmo. É o tipo de amor que Isaque e Rebeca não tinham. Eles não conheciam os seus filhos. Nas suas próprias maquinações e auto-interesses eram cegos. E talvez seja o tipo de amor que nós temos pelos nossos próprios filhos: “Ah, eu amo o meu filho. Ele entrou na firma. Ele está agora na firma da família. E vai levar isto adiante depois que eu morrer. Então eu estou muito feliz com o meu filho”. Não! A segunda forma de amor de amar a Deus é por causa dele mesmo. Amando a ele mesmo por causa do Seu caráter. Este é um estágio nobre, mas como fazemos isso? Então Bernard diz que há um terceiro estágio. E isto é amar a Deus com o próprio amor de Deus. Que João diz: “Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro”. E é com o amor de Deus que nós o amamos. Não é que podemos dar a ele o amor que ele merece. Mas somos lembrados em Romanos 5 que Deus tem através do Espírito Santo, derramado o seu amor em nosso coração. É o Cristo que está vivendo em nós que nos capacita a amá-lo. E você me pergunta: E eu posso avançar mais um estágio no amor a Deus?.Bernard de Clarvourx diz que há um quarto estágio. E esse quarto estágio é que nós nos amamos como Deus nos ama. Isto quer dizer que o amor de Deus transforma a nossa herança. Ele transforma toda a falta de atenção de nossa própria nutrição. Ele transforma todo o “defeito” da nossa vida truncada. Ele transforma toda a nossa indiferença em relação a ele a ao nosso próximo. Então, entramos no estágio para nos amar como Deus nos ama é isto para o louvor da glória e da sua graça!!!Entre no estágio do amor de Deus em nome de Jesus!

Alcindo Almeida

domingo, 10 de junho de 2007

Cuidando do jardim de Deus na Espiritualidade



- Texto para relfexão:Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, e buscar a minha face e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar” (II Crônicas 7.14-15).

No capítulo 5 de II Crônicas acontece a consagração do Templo que tinha 4 partes: o transporte da arca á santidade das santidades, ou o santos dos santos, o ato da consagração, os sacrifícios e a aprovação de Deus diante de tudo o que foi realizado (MULDER, 2005, p. 447). Se não houvesse nenhum incidente, então tudo seria aceito diante de Deus.
No capítulo 6.40-42 Salomão pede para que Deus tenha seus ouvidos atentos à oração feita naquele lugar. E ele pede algo precioso no versículo 42: “Senhor Deus, não faças virar o rosto do teu ungido; lembra-te das tuas misericórdias para com teu servo Davi”.
A resposta vem de maneira positiva quando é afirmado que a glória do Senhor encheu o templo (7.2).
Quando percorremos o capítulo 7 vemos que Deus aparece a Salomão de noite para lhe responder que ele ouviu a sua oração e que ele escolheu para ele aquele lugar para casa de sacrifício. E no versículo 13 ele diz que se cerrasse o céu de modo que não houvesse chuva, ou se ordenasse aos gafanhotos que consumassem a terra, ou se enviasse a peste entre o meu povo. Ele esperaria algo do coração do seu povo. E eu quero falar com vocês hoje o que Deus espera de nós para que cuidemos de maneira leal e sincera do jardim dele na vida de espiritualidade.
O que aprendemos para o nosso cuidado do jardim de Deus na espiritualidade?

1. Sejamos honestos em tudo na vida:
O texto afirma: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome...”
Salomão recebe uma proposta do Deus que está disposto a ouvir a oração do seu povo. Ele propõe que este povo lhe chame pelo nome e quando há uma proposta como essa para com o Deus da vida. A primeira atitude que Deus esperava de Salomão e de todo o povo era a honestidade. Chamar pelo nome de Deus é ser honesto. Quem tem o projeto de andar no jardim de Deus, na comunhão com ele precisa* urgentemente de honestidade. Não dá para chamarmos pelo nome de Deus quando andamos em falsidade. Não dá para pronunciarmos Deus, Jesus e Espírito Santo sem honestidade. Quando pensamos em cuidado do jardim de Deus na espiritualidade necessitamos de honestidade diante dele. Precisamos da honestidade de Abraão que dizia diante de Deus: eu me atrevo a falar contigo ainda que seja pó e cinza.
Sejamos honestos diante de Deus e assim teremos uma espiritualidade sadia e que edificará. Mostrará que de fato estamos no caminho certo dessa idéia de semear a missão de Deus onde andamos. Com honestidade eu posso orar pelos missionários, pelos que pregam fora da nossa terra. Com honestidade eu posso abrir a minha alma perante o Deus vivo e verdadeiro que estava com Salomão quando ele foi sincero diante dele. Ele poderia pedir qualquer coisa. Mas, ele abre o seu coração de maneira sincera diante de Deus e diz: “Tu usaste de grande benevolência para com meu pai Davi, e a mim me fizeste rei em seu lugar. Agora, pois, ó Senhor Deus, confirme-se a tua promessa, dada a meu pai Davi; porque tu me fizeste rei sobre um povo numeroso como o pó da terra. Dá-me, pois, agora sabedoria e conhecimento, para que eu possa sair e entrar perante este povo; pois quem poderá julgar este teu povo, que é tão grande? Deus quer ver isso naqueles que se propõem em cuidar do jardim dele nesta terra que está no caos profundo. A Bíblia diz que Deus se agrada da sinceridade e da justiça. Diz também que o fruto do nosso louvor é de lábios que confessam o nome dele com justiça e sinceridade.
Sejamos sinceros quando clamamos pelo nome do Senhor Deus.

Pr. Alcindo Almeida
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Contando as histórias do coração


- Texto para reflexão: Vivo, mas não eu, e sim Cristo em mim. De forma que a vida que agora vivo, vivo pela fé no Filho de Deus o qual me amou e a si mesmo se entregou por mim (Gálatas 2:20).

Quando contamos histórias do coração não é simplesmente o fato de ilustrar ou de contar parábolas da vida. As histórias do coração não são apenas palavras, mas são sentimentos e vida de uma pessoa. Então, contar histórias do coração é falar da atenção que Deus está dando para nós como o seu povo e quanto falamos de histórias assim, percebemos que elas são insubstituíveis, são marcantes e profundas. Elas são presentes de experiência pessoal. E com clareza o nosso próprio desenvolvimento depende do desenvolver de nossa própria capacidade de contar histórias porque somos seres históricos. E a nossa fé tem que possuir um desenvolvimento histórico.
A constante participação na Palavra de Deus faz com que nos abramos para as histórias do coração. Sem esta prática nós acabamos secando e estagnamos na nossa falta de crescimento e maturidade na vida cristã.
Contar histórias do coração é participar de uma nova maneira de viver. Quando contamos a história de Deus na nossa vida, afirmamos e mostramos a influência que Deus tem sobre a nossa vida e sobre o nosso coração.
Vejam a experiência de Paulo em Gálatas 2:20. Ele conta a história de que quem vive não é ele, e sim, Cristo nele. Esta realidade nos dá todo um novo sendo de identidade e um novo senso de propósito também. A vida cristã é uma vida compartilhada e socializada. Não sou “eu” e sim “Cristo em mim”. É ser parte do corpo de Cristo que é a essência de ser cristão. Então temos uma identidade comunitária para evidenciar a nossa história. É a igreja que deve nos formar para que tenhamos esta maneira de viver contando histórias do coração.
Paulo entende quem Cristo é na sua vida e começa a narrar às histórias do seu coração dizendo o que Cristo fez nele. A narrativa da sua vida é a história da redenção. Ele em todos os lugares conta o que Cristo fez em sua vida. Ele diz que Cristo morreu e ressuscitou por ele. Ele conta isto no Sinédrio perante Félix, perante o sumo sacerdote Ananias, perante Festo e Agripa. Em Éfeso ele conta as histórias da redenção, na Grécia, na prisão em Filipos, em Roma, em Corinto e Atenas. Nas suas viagens missionárias ele faz questão de narrar às histórias do seu coração totalmente voltado para o Reino de Deus. Ele conta como a graça de Deus o alcançou.
Necessitamos de espaço para contar histórias do coração, contar aos outros o que Deus fez por nós, em nós e através de nós. O cristianismo é um convite para narrarmos histórias do coração, o que Deus tem feito em nós.

Pr. Alcindo Almeida

A aliança nos traz significado na presença de Deus


- Texto para reflexão: Agora vou fazer a minha aliança com vocês, e com os seus descendentes e com todos os animais que saíram da barca e que estão com vocês, isto é, as aves, os animais domésticos e os animais selvagens, sim, todos os animais do mundo. Eu faço a seguinte aliança com vocês: prometo que nunca mais os seres vivos serão destruídos por um dilúvio. E nunca mais haverá outro dilúvio para destruir a terra. (Gn.9-9-11)

Neste texto notamos que Deus vem e estabelece uma aliança com pecadores. Então podemos perceber que aqueles que não possuem uma aliança estão perdidos e sem significado. Estes não sabem como lidar com a sua fragilidade e lágrimas. (CURY, 2004, p. 11) Estes não sabem viver, não entendem a razão da vida humana que é glorificar a Deus e depender dele sempre. 
Quando as coisas vão bem eles têm uma aparente segurança, mas quando não vêem o horizonte ficam sem sentido. Quando temos uma aliança com o Deus da amizade e do relacionamento passamos a nos conhecer e ver o quanto temos significado. Descobrimos que pertencemos a Deus e que somos dele sempre. 
Como diz a autora de Jesus Coach (Laurie) temos uma segurança em Deus que podemos passar qualquer situação que jamais perderemos os sentidos. (JONES, 2006, p. 215) 
Andando na aliança que Deus estabeleceu conosco entendemos o mundo exterior da vida através da nossa relação com Deus no mundo interior. Daí tudo tem significa não à luz do mundo, mas da Escritura que nos ensina que temos a mente de Cristo. 
Vivamos com o significado da aliança em nosso interior e percebamos que ser cristão é ter significado diante de Cristo e segui-lo significa ser parecido com ele através da aliança que ele mesmo através da obra eterna que a Trindade realizou em nós! (Alcindo Almeida)
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CURY, Augusto. Seja líder de si mesmo. Rio de Janeiro: Sextante. 2004. 
JONES, Laurie Beth. Jesus Coach. São Paulo: Mundo Cristão, 2006. 
WATTS, Rikk. Jesus, modelo pastoral. Rio de Janeiro: Habacuc, 2004.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Espiritualidade diz respeito à vida e vida vivida




Para os cristãos a espiritualidade provém do Espírito, do Espírito Santo de Deus. Espírito na língua original da Bíblia tanto no grego como no hebraico, é a palavra vento ou brisa, ou fôlego uma invisibilidade que tem efeitos visíveis (PETERSON , Diálogos de sabedoria. São Paulo: Vida, 2007, p. 9).
Para uma espiritualidade com vida é necessário entender que a igreja não é uma comunidade natural composta de pessoas com interesses comuns, mas, sim, uma comunidade sobrenatural que vive a espiritualidade de cima. Então fica evidente que a nossa tarefa consiste em orar com fé e ardor sabendo que não podemos presumir como a oração será respondida. Sabemos sim, que exercitamos nossa espiritualidade à medida que entregamos tudo que somos e termos na presença do nosso criador.
Não podemos optar por uma espiritualidade transformada numa atividade elitista, uma espécie de subcultura cristã esnobe, com seus próprios gurus e folclore. Não podemos optar por uma espiritualidade em que achamos que o tanto de Deus que precisamos é tão somente para legitimar nosso egoísmo espiritual de só pedir e determinar o que achamos que deve ser feito a nós. Então alguns oram dizendo: Senhor exigimos carro, casa, saúde e prosperidade para todos os sentidos da vida.
Isto jamais é espiritualidade, ao contrário, isto é carnalidade da pior espécie. Isto é demonstração de um mundanismo fanático e uma vida desprovida de qualquer espiritualidade bíblica. Isto é ser trapaceiramente perverso e infestado de independência divina.
Devemos aprender que não nos achegamos a Deus determinando nada mas, apenas orando e dependendo dele para tudo na vida. Jesus era assim diante do Pai e por isso ele dizia: Seja feita a tua vontade e não a minha.
Saibamos de algo importante: religião é uma questão do que fazemos, espiritualidade é, sobretudo, uma questão do que Deus faz em nós (PETERSON , 2007, p. 103).
Espiritualidade não é uma oração que você faz de joelhos; é o que você vive. Seus joelhos podem funcionar como apoio no momento das suas orações, mas nossa intenção, sempre, é que a nossa vida seja a nossa oração.
Espiritualidade diante de Deus se dá nesta dinâmica da vida!



Alcindo Almeida
Pastor na Igreja Presbiteriana de Pirituba

terça-feira, 5 de junho de 2007

Comentário sobre o texto: Aprendendo sobre as realidades da vida

SIM, é esse tipo de encorajamento que esperamos nessa vida, onde seguimos em viagem! Deus abençoe sua vida e que você continue a desfrutá-la sabiamente valorizando cada minuto dessa existência.
Abraços,
Cida Dorico

Indicação de leitura

A VIDA É COMO A NEBLINA - MEDITAÇÕES PARA REVIGORAR A FÉ. Piper, John. São Paulo: Mundo Cristão, 2005.
Um livro em que Piper fala de diversos assuntos preciosos para a vida cristã, como: sofrimento, ira, gratidão, glória em Deus, a ação da misericórdia do eterno, sabedoria, tempestades da vida, autocontrole e presunção. O livro é excelente. Contém 139 páginas

OS BRADOS DA CRUZ, Lutzer, Erwin . São Paulo: Vida, 2001.
O livro fala das sete palavras antes da morte do nosso Senhor Jesus Cristo. Fala da postura do nosso mestre em assumir judicialmente o nosso lugar na cruz. O livro tem verdades que nos fazem pensar muito sobre a obra redentora do Senhor Jesus na cruz. Contém 166 páginas.

A fórmula para vivermos uma vida comunitária sadia

- Texto para reflexão: “Quem é o homem que deseja a vida e quer longos dias para ver o bem? Guarda a tua língua do mal e os teus lábios de falarem dolosamente. Aparta-te do mal e faze o bem: busca a paz e segue-a. Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor. A face do Senhor está contra os que fazem o mal, para desarraigar da terra a memória deles. O justo clama e o Senhor os ouve e os livra de todas as suas angústias. Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito. Muitas são as aflições do justo, mas de todas elas o Senhor o livra. Ele lhe preserva todos os ossos; nem sequer um deles se quebra. A malícia matará o ímpio e os que odeiam o justo serão condenados. O Senhor resgata a alma dos seus servos e nenhum dos que nele se refugiam será condenado” (Salmo 34.12-22).

A virtude mais importante na vida é a dos relacionamentos. Estabelecer ligações com o semelhante se constitui no maior empreendimento da nossa vida. O homem de negócios que corre para ganhar dinheiro atropelando tudo e a todos precisa saber que no dia da infelicidade, em que ele se encontrar doente, desenganado pelos médicos e com poucos dias de vida. Quando estiver deitado numa cama de hospital e ouvir o choro dos seus familiares no corredor (porque não querem chorar dentro do quarto para ele não ver) o único bem que restará para ele, será o relacionamento com a sua mulher que ele tanto desprezou, com os amigos que ele tanto pisou por causa do dinheiro, será a amizade das pessoas que estavam perto dele e que não foi prezada. Naquele dia a riqueza material não valerá absolutamente nada. No final restarão os bons relacionamentos cultivados e Deus (GONDIM, 1995, p. 9).
Neste texto aprendemos como podemos cultivar e zelar pelo nosso relacionamento com o nosso próximo, conosco mesmo e com Deus. Davi nos ensina que devemos ser fraternos com os irmãos, ensina que devemos tomar cuidado no tratamento com o nosso próximo. E uma das maneiras é o cuidado com a língua, por isso, Davi diz que devemos guardar a nossa língua. Davi enfatiza a necessidade dos nossos lábios não falarem dolosamente. Então ele diz que devemos nos apartar do mal e fazer o bem, devemos buscar a paz e segui-la. Devemos amar no sentido de promover a paz e Davi nos convida a ter empenho para alcançar essa paz. Tanto com os inimigos como com os amigos. Quem busca a paz é seguidor de Jesus, porque ele pé o príncipe da paz. Aquele que trata até os inimigos com a paz.
Salomão disse que aquele que torna mal por bem não se apartará o mal da sua casa. Jesus nos advertiu que amássemos os nossos próprios inimigos que dirá os de casa. Esses princípios ensinados aqui vão totalmente contra o curso natural da nossa vida, pois, o normal é fazermos o bem somente para aqueles que nos fazem bem. Mas, Davi nos encoraja a não fazer mal, ao contrário, devemos bendizer as pessoas que muitas vezes nos perseguem.
Quando tornamos mal por mal perdemos a oportunidade de amontoar brasas vivas sobre a nossa própria cabeça. Crisóstomo disse o seguinte: “O fogo não é extinto pelo fogo, mas pela água; por igual modo, o erro e o ódio, são extintos não com a retaliação, mas com a gentileza, com a humildade e com a bondade”.
Só podemos fazer isto com amor. Porque amor é o único poder que consegue descobrir o belo. O amor é a única força que consegue tirar a feiura dos nossos atos. O amor é a única força que consegue reunir as pessoas. É a única força que consegue quebrar o nosso egoísmo. O amor é o único que destrói a malignidade das pessoas. O mais difícil e mais complicado a ser aprendido na vida é o amor. Pois, para um rapaz dizer no ouvido de uma moça: “eu te amo” é demasiadamente fácil, o duro é concretizar esse amor com gestos verdadeiros.
Lembro-me de um filme excelente “Caminhando nas Nuvens” estrelado por Keanau. Reaves e Aitana Sanches. No filme o rapaz chamado Paul se casa com a filha do dono de um vinhedo que era muito rico. E um dia Paul percebendo o envolvimento do pai dela com as suas riquezas, o questiona quanto ao amor dedicado à sua filha. E ele se revolta dizendo o seguinte: eu tenho demonstrado o meu amor dando essa riqueza toda para ela e para o restante da família. Paul responde dizendo: deixe que ela perceba que você a ama não através das suas riquezas, pois, ela tem riquezas, mas não tem o seu amor de pai. E no desenrolar da história ele perde todas as riquezas num incêndio e pega nas mãos dos dois e diz à sua filha: “por favor, me ensine a amar”. Precisamos pedir ao Senhor para que nos ensine a amar o nosso próximo, pois, Jesus disse que amar o próximo como a nós mesmos é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios (Mc. 12.33).
O Pastor Ricardo Gondim disse o seguinte no seu Livro Creia na Possibilidade da Vitória: “Antes de Cristo amamos as coisas e usamos as pessoas. Depois de Jesus deve-se amar as pessoas e usar as coisas” (GONDIM, 1995, p. 103).
Davi diz nos versículos 15 e 16. “Os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males para lhes extirpar da terra a memória”.
Interessante que o versículo 17 fala que os justos clamam e Deus ouve os livra de todas as suas tribulações. Mas, antes de ouvir essa oração é preciso refrear a língua, os lábios de falarem dolosamente. É preciso se apartar do mal e fazer o bem. E por fim é necessário buscar a paz e segui-la.
Temos a fórmula dada por Davi para vivermos uma vida comunitária com o nosso próximo. Agora, não podemos esquecer que o Senhor está perto vendo tudo o que fazemos. Portanto, nos lembremos que o Senhor está atento para a oração dos que se envolvem com essa prática, mas o Senhor está contra os que não praticam essas coisas.
Que ele nos ajude a praticar esses ensinos da sua Palavra em nome de Jesus.Pr. Alcindo Almeida

sexta-feira, 1 de junho de 2007

A igreja é um lar para o coração humano

A igreja tem que ser o lar, o lugar onde não precisamos ter medo de sermos felizes.
A igreja tem que ser o lugar onde não precisamos ter medo de rir, chorar, nos abraçar, sonhar (NOUWEN, Henri. Fontes de vida. São Paulo: Vozes, 1996, p. 21).
A igreja tem que ser o lugar onde podemos descansar o nosso coração aflito e pesaroso. A igreja tem que ser o lugar do afago, do acolhimento e do amor. A igreja tem que ser o lugar da simplicidade e do caminho para a cruz de Jesus de Nazaré.
Nouwen foi a primeira pessoa que usou a expressão "mobilidade descendente". Em um artigo de 1981, publicado na Sojouners, ele escreveu contra a incontrolável busca pelo prestígio, pelo poder e pela ambição - em outras palavras, a mobilidade ascendente - tão característica da cultura americana em que ele vivia antes de partir para o Canadá.
O grande paradoxo que as Escriturasnos revelam é que liberdade real e total só pode ser alcançada por meio da mobilidade descendente, ou seja, pelo caminho da humildade diante das pessoas.
A Palavra de Deus (Jesus Cristo) veio a nós e viveu entre nós como um escravo. O jeito divino é realmente o caminho para baixo (YANCEY, Alma Sobrevivente. 2004, p. 327). E através deste caminho da descendente que aprendemos melhor o que significa acolher as pessoas e trazê-las para um ar, um abrigo, um espaço onde elas podem crescer e se sentir gente.
Pensemos sobre isto e não deixemos de entender que a igreja deve ser um lar para o coração humano!

Filmes legais para se ver

Quero ficar com Poly. Reuben Feffer (Ben Stiller) é um homem prevenido, que detesta correr riscos. Porém um fato insólito muda completamente sua vida: sua esposa o abandona com um mergulhador, em plena lua-de-mel. Desolado com o ocorrido, Reuben acaba se envolvendo com Polly (Jennifer Aniston), uma mulher agitada que gosta de viver a vida intensamente. Filme legal!

Estrada para a glória. Inspiradora história verídica de como um lendário treinador de basquete do Texas levou a primeira equipe constituída unicamente por afro-descendentes à vitória na final do Campeonato Universitário Nacional de 1966. Josh Lucas estrela como o técnico Don Haskins, obstinado e dedicado treinador de basquete estudantil que mudou a história desse esporte graças à vitória de seu time numa época de inocência. – Ótimo filme !



Minha mãe quer que eu case. Daphne (Diane Keaton) é uma mãe solteira que criou suas três filhas com sucesso. Temendo que a caçula, Milly (Mandy Moore), faça uma escolha equivocada, Daphne decide escolher o futuro marido dela. Para tanto coloca um anúncio em um site de relacionamentos, sem contar para Milly, e começa a selecionar os pretendentes. Esta situação cria um verdadeiro cabo de guerra entre as duas.
- ótimo filme !

Leituras em Maio/2007

GRUN, Anselm. Dimensões da fé. Rio de Janeiro: Vozes, 2005. A fé cristã apóia-se na experiência dos primeiros cristãos, cuja verdade é que Cristo morreu por nós e ressuscitou. Este conceito, conservado pela Igreja, é transmitido até hoje. Para aprofundar aspectos importantes da fé, o livro faz ligação entre a Bíblia e a dogmática, além de falar da Psicologia atual. O autor mostra o caminho da fé e como fortalecê-la, de forma tranqüila, consistente e convicta. Contém 88 páginas.


SPURGEON C. H. Preparado para o combate da fé. São Paulo: Shedd, 2005. Embora seja um dos mais breves livros escritos por Spurgeon, é uma das mais notáveis de suas publicações. O livro consiste no discurso inaugural que Spurgeon proferiu na Conferência para Pastores em abril de 1891. Combatendo o bom combate da fé, exortou sua audiência a fazer o melhor a serviço do nosso Grande Mestre. Este livro publicado pouco antes de sua morte, é o último discurso de Spurgeon para seus companheiros pastores. Sem sombra de dúvida, este é um dos mais valiosos discursos que ele jamais proferiu. E apesar dos mais de 100 anos decorridos, sua mensagem continua urgente e atual.


STOTT,John. Ouça o espírito, ouça o mundo. São Paulo: ABU, 2004. Este livro trata de questões essenciais para o cristão moderno como: aprenda a ouvir o mundo do jeito que Deus ouve; aprenda a ouvir a voz de Deus apesar do barulho ao redor; aprenda a partilhar a riqueza do Evangelho com um mundo faminto; fortaleça sua vida espiritual aprendendo com Deus num mundo perdido. Este livro com certeza é dos mais importantes de John Stott e mexe com a nossa estrutura quando pensamos em cultura, igreja e vida na presença do eterno Deus. Contém 478 páginas.


GILBERTO, Antônio. Verdades pentecostais. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. Este livro enfatiza que conservar o genuíno avivamento pode ser mais difícil do que conquistá-lo. Daí o autor incentivar os leitores a sempre dependerem do divino Ajudador. Mas, quando o autor fala sobre a obra e batismo com o Espírito Santo ele escorrega feio na Teologia. Ele afirma que podemos anular a obra do Espírito Santo em nosso coração. Como estudioso das Sagradas Escrituras não posso concordar com isto em hipótese alguma. O Espírito Santo é Deus e não pode ser impedido por absolutamente ninguém. O Espírito sopra onde ele quer é o ensinamento de João no capítulo 3.8 do Evangelho. Contém 149 páginas.


ANDRADE, Claudionor de. As verdades centrais da fé cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. O autor Claudionor de Andrade ressalta o valor da Doutrina Bíblica. Dogmático - pois tem como fonte de autoridade as Escrituras Sagradas. Ele faz uma profunda explanação sobre Deus; Cristo como verdadeiro homem e verdadeiro Deus; o Espírito Santo, nosso divino Consolador. O livro é bem prático e nos esclarece várias dúvidas de maneira bem simples e fácil de compreender. O livro contém 270 páginas.


GRÜN, Anselm e Ramona Robben. ESTABELECER LIMITES, RESPEITAR LIMITES - Segredos para relações interpessoais bem-sucedidas. Rio de Janeiro: Vozes, 2007. Aprender a delimitar o nosso espaço e conhecer as próprias limitações: este é o foco do novo livro de Anselm Grün. Mas, como trabalhar essa questão sem se colocar frio diante das pessoas e situações envolvidas neste processo é, talvez, a tarefa mais difícil. Esse texto foi criado para ajudar homens e mulheres a caminharem com uma visão clara sobre si e o espaço que ocupam. E Grun nos mostra vários pontos onde ultrapassamos limites e atrapalhamos as relações pessoais. É importante estabelecer e respeitar os limites na vida horizontal bem como na vertical. Livro simplesmente extraordinário! Contém 197 páginas.


LUCADO, Max. Derrubando Golias. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2007. O melhor livro que li em 2007. Ele conta a história de Davi com exemplos de histórias da vida e transporta para a experiência do dia-a-dia. Ele tem uma frase que impactou o meu coração: Concentre-se nos gigantes - você tropeçará - concentre-se em Deus - seus gigantes cairão (LUCADO, 2007, p. 152). Contém 215 páginas.